1935 – Tetracampeões Regionais de Andebol de Onze

24 de Março de 1935. Com uma vitória por 2-0 sobre Os Treze (o grande rival regional), os leões sagraram-se pela 4ª vez Campeões Regionais de Andebol. Cândido fez os 2 golos desse importante triunfo duma equipa que alinhou com Aleluia (Almasqué); Fontainhas, Farinha (Américo Nunes), Guilherme César, Abreu, Manuel da Silva, Borges de Castro, Vidal, Carvalho, José Manuel Martins e Cândido. Esta conquista seguiu-se à vitória no Torneio Preparação ajudando a cimentar o domínio leonino na modalidade. Durante o Torneio o Sporting perdeu pela 1ª vez um jogo. Foi a 14 de Outubro de 1934, dia que ficou marcado na História do Andebol lisboeta como sendo o da 1ª derrota sportinguista numa partida (ao fim de 4 anos!). Foi por 2-1, frente ao Os Treze, mas que não impediu o triunfo sportinguista no já referido Torneio Preparação. Para completar a temporada em beleza o Sporting ainda arrebataria a Taça de Honra, ao bater o Académico, em duas mãos, por 3-1 e...

1958 – Consagração no Alvalade na conquista do 14º título nacional do Futebol

23 de Março de 1958. No Alvalade, na última jornada do Campeonato Nacional, o Sporting precisava de vencer o Caldas para se sagrar campeão. Sob o comando de Enrique Fernández os leões alinharam com: Carlos Gomes; Valente, Galaz e Pacheco; David Julius e Osvaldinho; Hugo, Vasques, Vadinho, Travassos (cap) e Martins. O Sporting entrou “a todo o gás” para resolver rapidamente o problema e logo aos 10 minutos surgiu o 1º golo. Vasques e Martins combinaram sobre a esquerda solicitando depois Travassos no centro do terreno que rematou forte e com boa conta. A bola ainda roçou em Vadinho antes de se anichar no fundo da baliza. O “velhinho” (Travassos) organizava todo o jogo leonino num 1º quarto-de-hora de futebol admirável. Prosseguindo em bom ritmo, os leões fizeram, à passagem da meia hora o tranquilizador 2-0. Desta vez a jogada foi sobre a direita entre Hugo e Vasques. Um centro daquele foi aproveitado por Martins, que com um tiro sesgado e muito violento não deu qualquer hipótese de defesa a Vítor. Após o descanso uma chuva intensa abateu-se sobre o Alvalade, numa altura em que se começava a fazer a festa. O nível futebolístico baixou, mas o Sporting consolidou o triunfo com novo golo aos 55 minutos. Travassos abriu em profundidade para Martins, este centrou impecavelmente, correspondendo Vasques com um vôo magnífico. Até final Vadinho ainda perdeu duas ótimas oportunidades perante um adversário muito animoso que deu boa réplica. Travassos foi considerado pela generalidade da crítica como o melhor dos campeões de 57/58. Nesta partida confirmou-o com uma excelente exibição, mas toda a equipa se exibiu em bom plano, mesmo...

1941 – Vitória decisiva contra o grande rival

23 de Março de 1941. Neste dia disputou-se no Estádio do Lumiar uma partida que poderia ser decisiva (e foi-o) para o Campeonato Nacional. O Sporting levava 3 pontos de avanço do Benfica e para os encarnados (que jogavam “em casa”) era imperioso vencer. Arbitrou (muito mal) António Palhinhas de Setúbal, que além de marcar mal um penalty contra o Sporting perdoou duas grandes penalidades a cada equipa e invalidou mal um golo ao Benfica. A equipa: Azevedo; Rui de Araújo e Álvaro Cardoso; Paciência, Gregório e Manecas; Mourão, Armando Ferreira, Peyroteo, Soeiro e João Cruz. Segundo o jornal “Os Sports”, a chuva caiu torrencialmente, ensopando os jogadores e alagando o terreno. Os choques e as quedas sucederam-se, e a equipa do Sporting, mais forte fisicamente, levou vantagem”. Os leões entraram ao ataque, e Martins (guardião encarnado) teve 3 intervenções difíceis logo de início. Aos 12 minutos o árbitro apitou mão de Rui de Araújo na área leonina (o jogador levou as mãos à cabeça contrafeito) e no penalty Francisco Ferreira fez 1-0, apesar de Azevedo ainda ter tocado na bola. O Sporting demorou um pouco a recompor-se, mas quando o fez criou diversas situações de perigo, “apesar de alguma inoperância de Soeiro (algo individualista)”. Finalmente, aos 20 minutos, surgiu o empate. Soeiro centrou e Mourão cabeceou, Martins defendeu, mas um benfiquista chutou contra Mourão tendo a bola resvalado para as redes! Antes deste golo Rodrigues tinha marcado, mas o árbitro anulou por fora-de-jogo (aparentemente inexistente). O Sporting, após a igualdade, manteve o domínio do jogo. Armando Ferreira exibia-se em crescendo e a chuvada começou. Com o terreno pesado os...

2013 – A eleição de Bruno de Carvalho

23 de Março de 2013. Os resultados parciais das eleições no Sporting Clube de Portugal foram conhecidos por volta das duas horas da manhã (do dia seguinte), e divulgados  por Eduardo Barroso, presidente da Mesa da Assembleia-Geral. Os resultados eram ainda provisórios porque, a juntar aos votos presenciais, foram considerados apenas os votos por correspondência enviados até sexta-feira. A contagem definitiva seria feita na terça-feira seguinte mas nada mudou. Já não havia volta a dar, Bruno de Carvalho já ganhara! O novo presidente liderava a votação para o Conselho Diretivo com 45.327 votos, o que equivalia a 53,66 % dos votos e ainda 8.944 sócios votantes, o que correspondia a 59,54 %. José Couceiro, candidato da Lista C, recebeu 38.327 votos, que correspondiam a 45,35 % e a 5.928 sócios (39, 46 %). Quanto a Carlos Severino, da Lista A, recebeu 863 votos, que correspondiam a 1,02 % e 150 sócios votantes (1 %). Na Assembleia-Geral, a liderança também era da Lista B, de Jaime Marta Soares, com 56,05% dos votos (39.105 votos). A lista C, de Tito Fontes, reunia 44, 46% dos votos (36186 votos) e a Lista A, de Carlos Teixeira, 5, 3% (4123 votos). Quanto ao Conselho Fiscal e Independente, nova liderança da Lista B, de Jorge Bacelar Gouveia, com 43, 73% (36.218 votos). A Lista C, de Nuno Marques, tinha 35, 18% (29.104 votos), a Lista A, de António Lucas, 12,12% (312 sócios)e a Lista D (Independente) de Vicente Caldeira Pires, reuniu 18,89% das preferências. Começava aí uma nova era no Sporting. As máximas prometidas por Bruno de Carvalho eram competência, rigor e inteligência. Augusto...

1947 – Filipe Luís ganhou o seu 1º Campeonato Nacional de Crosse

23 de Março de 1947. Filipe Luís sagrou-se Campeão Nacional de Crosse pela 1ª vez. Somente atletas do Sporting e do Benfica se apresentaram para a prova na Tapadinha na extensão de 7km num percurso um tanto duro e variado traçado à volta do campo do Atlético Clube de Portugal e nos terrenos que levavam ao Bairro Salazar pela entrada do forte de Monsanto. Participaram 9 atletas do Benfica e 6 do Sporting. Os corredores iniciaram a prova em andamento rápido. Manuel Nogueira caiu por duas vezes, e logo aí o Sporting perdeu a possibilidade de vencer por equipas. Filipe Luís chegou em 1º no final com cerca de 80 metros de vantagem do benfiquista Manuel Gomes. O atleta do Sporting realizou uma época extraordinária. Já ganhara o Crosse de Abertura, o Corta-Mato dos Sete e os Regionais de Crosse. Mais tarde seria o grande vencedor dos 15km de estrada e do Grande Prémio do Natal em Crosse. Na temporada de pista começou por ganhar os 10.000 metros nos Regionais – uma das 14 vitórias do Sporting, que “esmagou” o Benfica. No Campeonato Nacional o fundista sportinguista venceu os 5.000 e os 10.000 metros, tendo os leões obtido mais 9 triunfos, deixando de novo os seus arqui-rivais a grande distância. Aliás, também as senhoras obtiveram o título nacional coletivo (o 3º), aí com a fantástica Hedi de Sá em grande plano ao obter 4 das 5 vitórias (60, 80 barreiras, 150 metros e salto em altura). De realçar ainda, na temporada de Atletismo, a obtenção do recorde nacional dos 4X200 metros por Domingos Canhão, João Jacinto, Myre Dores e...

1932 – As ideias de Retamoza Dias, o novo Presidente

23 de Março de 1932. Neste dia Álvaro Luís Retamoza Dias tomou posse como presidente do Sporting. Poucas semanas depois, numa entrevista ao jornal “Os Sports”, o novo líder leonino afirmava que: “Assumir a presidência foi para mim um sacrifício e uma responsabilidade. Fi-lo por espírito de disciplina e confiado na colaboração de numerosos amigos que me escolheram para tão alto cargo. O Sporting Clube de Portugal atravessa financeiramente um momento difícil fruto da crise económica que é geral no país. Procuraremos um equilíbrio orçamental mas o Futebol merece-nos um cuidado especial. A disciplina, dedicação e compreensão dos nossos atletas tem-nos facilitado o trabalho. Algumas secções serão impulsionadas para ressurgirem. Vamos organizar as escolas de Natação, mas ainda não temos o intuito de ganhar nesta modalidade. Continuaremos a prestar atenção ao Ciclismo, que tem tido sempre boa representação – Alfredo de Sousa, a dedicação personificada, procurará reformar um bloco que chegou a marcar um valor insofismável. Na secção de Andebol (de onze) vamos concorrer ao Campeonato de Lisboa e é notável o número de sócios que quer praticar esta modalidade. No Atletismo a dedicação de Mário Porto liberta-nos de preocupações, e nos momentos decisivos não faltará o conselho precioso e a orientação competente do dr. Salazar Carreira. O Ténis encontra-se entregue à dedicação de António Simões e os seus representantes vão com certeza honrar as cores do clube. No que diz respeito às relações com o Benfica, elas têm no passado tantos pontos de contacto que a própria tradição imporá uma solução favorável aos interesses comuns. Existem dificuldades com o nosso atual campo de jogos que o plano de...

Leal – Lateral regular e eficaz

José Martins Leal nasceu a 23 de Março de 1965 em Luanda – Angola. Começou nos Repesenses e passou ainda pelo Viseu e Benfica antes de dar nas vistas no Académico de Viseu. Chegou ao Sporting proveniente da turma viseense no Verão de 1989. Estreou-se oficialmente no Sporting-Nápoles (0-0) para a Taça UEFA. A sua posição de origem era a de defesa-central, mas Manuel José começou a utilizá-lo como lateral-esquerdo (Venâncio, Luizinho e Miguel garantiam eficácia no eixo defensivo) e por aí se fixou. Logo na 1ª época foi o defesa-esquerdo mais utilizado da equipa com 20 presenças. Marcou o 1º golo já na época seguinte, na Amadora, a 29 de Setembro de 1990 (tento decisivo, nos últimos minutos, no triunfo por 2-1 da equipa de Marinho Peres, que somava vitórias no início do Campeonato). Nessa temporada foi, a par de Gomes, o futebolista mais utilizado da equipa (50 jogos), conseguindo fazer 5 golos. Futebolista regular e muito utilizado independentemente dos treinadores que iam passando pela equipa, voltou a ser dos mais efetivos em 1991/92 (a par Ivkovic, Figo e Cadete) com 38 jogos oficiais. Mais uma vez fez 5 golos. Com Bobby Robson, em 1992/93, manteve a titularidade. Marcou o último golo a 2 de Maio de 1993 num triunfo em Guimarães por 3-2. Curiosamente, o seu substituto natural – Paulo Torres, marcou aí pela 1ª vez. No ano seguinte Paulo Torres afirmou-se definitivamente e Leal jogou pouco (apenas 9 jogos), acabando dispensado. Alinhou pela última vez de verde e branco a 2 de Junho de 1994 na última jornada do Campeonato frente ao Paços de Ferreira (3-1)....

1981 – 7º título nacional de Basquetebol (apesar de muitas contrariedades)

22 de Março de 1981. Neste dia o Sporting garantiu a conquista do título nacional de Basquetebol (o 7º) ao derrotar o Atlético CP por 106-79. Os leões completaram a fase final com 8 vitórias e apenas duas derrotas, tendo sido o seu atleta John Fultz o melhor marcador da prova com 294 pontos. O Sporting havia começado a competição com alguns problemas devido ao pedido de demissão de Adriano Baganha (que depois voltou) e dos seus adjuntos, mas foi conseguindo ultrapassar as dificuldades até à hora da consagração final. Nesta partida decisiva frente ao Atlético CP os leões confirmaram o título alcançando a vitória com tranquilidade e alardeando a sua grande categoria e superioridade. Alinharam no confronto decisivo: Carlos Lisboa (17), Fultz (35), Israel (8), José Luís (5), Augusto Baganha (12), Leonel Santos, Paiva (6), Hélder, Santiago (18) e João Cardoso (5). No final, e apesar do grande contentamento pelo título alcançado, Adriano Baganha não evitou críticas: “Nos últimos 2 anos conseguimos bons resultados, mas melhores se teriam conseguido com uma melhor organização e estrutura. Realço o espírito de grupo desta equipa, que permitiu ultrapassar um sem-número de problemas que se foram avolumando ao longo da época. Não fico excessivamente eufórico nestas horas porque neste caso particular do Sporting há muito a fazer pelo seu basquetebol e pelo basquetebol português”. Na foto, Carlos Lisboa, um dos principais artífices do título. nota: agradecemos a colaboração de Nuno Pessoa...

Duscher – Um “coast to coast” magnífico

Aldo Pedro Duscher nasceu a 22 de Março de 1979 em Esquel – Argentina. Numa altura em que era uma das grandes promessas do futebol do país do tango chegou ao Sporting, no Verão de 1998 (vindo do Newell`s Old Boys), indicado pelo novo treinador, o croata Mirko Jozic. Estreou-se oficialmente a 24 de Agosto, em Setúbal (1-1) na 1ª jornada do Campeonato, e, curiosamente, foi expulso. Marcou o 1º golo (bisou) a 13 de Dezembro numa receção ao Braga (4-1), numa partida em que também Rui Jorge se estreou a marcar de “leão ao peito”. Essa sua 1ª temporada no clube (apesar de ter apenas 19 anos) foi magnífica, tornando-se mesmo a grande revelação da época. Centrocampista com muito boa técnica, excelente capacidade de passe e capacidade para fazer um vai-e-vem constante de área a área, jogou 29 vezes e marcou 3 golos. Na temporada seguinte o Sporting mudou de treinador (chegou Materazzi, que ao fim de pouco tempo foi substituído por Inácio), mas o argentino manteve-se intocável na equipa, assumindo-se mesmo como o “coração” do conjunto, impondo o seu ritmo. Excelente recuperador de bolas, tinha uma fantástica capacidade para depois distribuir jogo com critério. Nessa época o Sporting chegou ao título após 17 anos de jejum e no final não conseguiu segurar esta “pérola” argentina, que saiu para a Corunha. Jogou pela última vez de verde e branco a 25 de Maio de 2000 na finalíssima da Taça de Portugal perdida frente ao Porto (0-2). Marcara o último golo 11 dias antes, em Vidal Pinheiro, no jogo que decidiu o Campeonato. Fez um total de 62 jogos...

Leandro – Um “playboy” com enorme potencial

Leandro Machado Nascimento nasceu a 22 de Março de 1976 em Santo Amaro da Imperatriz – Brasil. Começou nas camadas jovens do Avaí e deu nas vistas nos seniores do Internacional de Porto Alegre, chegando às seleções brasileiras (incluindo a principal, onde alinhou 4 vezes e marcou 1 golo). Em 1996 chegou a Valência onde mostrou qualidades mas uma conduta extra-desportiva um pouco inadequada para um profissional de futebol. Ainda assim o Sporting “resgatou-o” por cerca de 1 milhão de contos no Verão de 1997. Estreou-se oficialmente em Jerusalém, frente ao Beitar, no 1º jogo do Sporting para a Liga dos Campeões (pré-eliminatória). 14 dias depois marcou pela 1ª vez (bisou) pelo clube, frente ao mesmo adversário, ficando para sempre como o autor do 1º golo dos leões na História da competição. Nessa 1ª temporada, verdadeiramente tumultuosa, na qual os leões tiveram 4 treinadores (Octávio Machado, Francisco Vital, Vicente Cantatore e Carlos Manuel), mostrou enormes potencialidades mas alguma fragilidade psicológica. Foi dos mais utilizados da equipa (38 presenças) e o seu melhor marcador (15 golos). Na memória, entre outras incidências, ficaram um golo fantástico de calcanhar frente ao Varzim para a Taça de Portugal e 3 golos no Restelo (triunfo por 4-0) após uma semana em que, constou, teve problemas disciplinares. Na temporada seguinte, sob o comando de Mirko Jozic (com quem teve problemas), acabou por sair ainda na fase inicial numa altura em que era a principal figura do ataque sportinguista… Marcou o último golo em Bolonha para a Taça UEFA, a 29 de Setembro de 1998 (derrota por 2-1). Jogou pela última vez a 7 de Novembro...
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