Soeiro

Manuel Soeiro Esteves Vasques nasceu a 17 de Março de 1909 no Barreiro, onde cresceu, e começou por dar nas vistas num clube da sua terra – o Luso. Foi Filipe dos Santos (antigo jogador sportinguista) quem o descobriu e lhe ensinou os primeiros passos no clube barreirense. Ainda antes de ingressar na 1ª equipa via o trabalho físico imposto por Filipe dos Santos nos treinos e, em casa, levantava-se às 6 horas da manhã para ir imitá-lo para o quintal com grande estupefação da própria mãe! Chegou ao Sporting em 1933 (viria a tornar-se o 1º grande goleador da História do futebol leonino), estreando-se oficialmente a 25 de Março de 1934 (sob o comando de Rodolf Jenny) frente ao Barreirense em jogo a contar para o Regional. O Sporting venceu por 2-1 e o novo avançado marcou 1 golo. Logo nessa 1ª temporada ganhou um lugar como avançado-centro impressionando os 14 golos marcados em 12 jogos. Foi decisivo na conquista do Regional e do Campeonato de Portugal (marcou os 4 golos com que o Sporting derrotou o Barreirense na final). Daí em diante foi sempre protagonista. Sagrou-se o melhor marcador do Campeonato da 1ª Liga em 1934/35, com 14 golos, e em 1936/37, com 24. No Regional conseguiu o posto de melhor marcador em 1936/37 com 12 golos e em 1940/41 com 17. A chegada de Peyroteo, em 1937/38, fê-lo derivar para uma posição mais interior, sobre o lado direito, pelo que a sua veia goleadora diminuiu um pouco (mantendo-se, no entanto, notável). Foi-lhe feita uma festa de homenagem a 1 de Dezembro de 1943 com uma partida frente ao...

José Garnel

José Garnel Pinto Junior nasceu a 16 de Março de 1898. Surgiu no Sporting (o seu 1º e único clube) em 1926 onde se começou a mostrar um lançador de eleição. Logo nessa 1ª temporada sagrou-se campeão do clube (prova que se realizava na altura) dos lançamentos do dardo, disco e peso. Nos Campeonatos de Lisboa venceu no disco e no peso, para nos Nacionais levar a melhor no disco, sempre sob a orientação de Salazar Carreira. No final da época já era detentor do recorde nacional do lançamento do disco, com 35m63cm. No ano seguinte, apesar da grave crise financeira que o clube atravessava (muito por culpa do baixo rendimento momentâneo no Futebol), Garnel consolidou o seu valor ao triunfar nos Regionais (disco), no 1º Porto-Lisboa (disco e peso) e no concurso do Académico (disco e peso). A partir daí foi um acumular impressionante de vitórias e recordes. Em 1930 o jornal “Sporting” publicou uma lista dos leões campeões nacionais de Atletismo, e aí Garnel já liderava, com 9 vitórias. Em 1932 bateu o recorde nacional do lançamento do peso com 13m07cm. Em Outubro de 1933, no jornal “Os Sports”, veio referenciado como o atleta nacional mais vezes campeão de Portugal, aí já com 13 títulos. Competiu ao mais alto nível até 1935 ficando depois como orientador técnico dos seus discípulos, o mais mediático dos quais foi Emídio Ruivo. Para além de inúmeros títulos regionais, foi Campeão Nacional do lançamento do peso por 7 vezes, do disco por 5, e do dardo por duas vezes. Foi recordista nacional do lançamento do peso de 1932 a 1939, do disco em...

Adrien Silva

Adrien Silva nasceu a 15 de Março de 1989 em Angoulême (França). Começou por jogar futebol nas escolas do Bordéus, até que os seus pais decidiram vir viver para Arcos de Valdevez, e aí passou a alinhar num clube da terra chamado Paço, destacando-se de tal maneira que acabou por ir parar ao Sporting com apenas 12 anos. Em Lisboa começou inicialmente por sentir grandes dificuldades na língua e também pelo facto de pela primeira vez viver sozinho, longe da proteção paternal, mas desde muito novo mostrou um caráter forte, uma personalidade tranquila e responsável, acabando por ser campeão e internacional em todos os escalões jovens. Em 2005 esteve dado como certo no Chelsea, que o tentou “roubar” ao Sporting, juntamente com mais 2 colegas que se destacavam na Academia leonina, mas foi o único que acabou por permanecer de verde e branco. Estreou-se oficialmente pela equipa principal aos 18 anos, no dia 17 de Agosto de 2007 (com Paulo Bento) num Sporting-Académica (4-1) para a 1ª jornada do Campeonato Nacional. Nessa 1ª temporada fez 15 jogos, comprovou ser um futebolista que poderia ter futuro no clube (embora ainda demonstrasse muitas carências) e contribuiu para a conquista da Taça de Portugal e da Supertaça. Na temporada seguinte continuou a evoluir, mostrando cada vez mais consistência. Paulo Bento utilizava-o sempre na posição 6. Fez 19 jogos e venceu a Supertaça. Em 2009/10 jogou ainda mais (24 presenças) e marcou o seu 1º golo – foi a 1 de Outubro de 2009 numa receção ao Hertha de Berlim para a Liga Europa. Essa foi uma temporada muito atribulada no qual o...

Sandra Teixeira

Nasceu a 13 de Março de 1978 em Coimbra. No Mundo do Atletismo e entre os amigos é conhecida por Sassi. Com 5 anos foi para Lisboa. Amante do desporto desde muito cedo, começou com 12 anos a jogar Andebol (no Caxias) e depois Futebol de Salão. Um dia, um amigo que gostava de assistir aos seus jogos convenceu-a a mudar para o Atletismo, pois nunca se cansava, correndo o tempo todo de um lado para o outro. Nas corridas da escola Sandra já costumava ganhar e por isso acabou por decidir experimentar. Foi correr uma prova de estrada em Queluz de Baixo e ganhou! Nas suas próprias palavras (e com um sorriso largo): “Lembro-me de andar com a taça no meu bairro a mostrá-la a toda a gente!” Com um início tão prometedor no Atletismo, o seu ex-técnico – Pedro Gomes, nunca mais a “largou”. Ia buscá-la a casa 3 vezes por semana e levava-a ao Estádio Nacional para treinar. Rapidamente se sagrou Campeã Nacional dos 400 metros e convidaram-na para ir a Inglaterra representar a Seleção, o que para ela foi uma grande alegria. A partir daí dedicou-se profundamente ao Atletismo. Esteve 6 anos no Linda-a-Pastora e desde 1998 que concretizou o sonho de representar o Sporting (porque sempre foi sportinguista e o convite para ingressar nos leões lhe deu uma grande alegria). A nível nacional o seu palmarés é extraordinário. Para além de outros triunfos (individuais e coletivos) em diversas provas de pista, estrada ou crosse, ganhou, de verde e branco, 1 Campeonato de Portugal dos 1.500 metros, 8 dos 800 e 2 dos 400 metros (todos...

Peyroteo

Fernando Baptista Seixas Peyroteo nasceu a 10 de Março de 1918 em Humpata, Angola. Depois de dar nas vistas no Sporting de Luanda chegou no Verão de 1937 a Lisboa. Tinha um pontapé fortíssimo e muito colocado, assim como um magnífico jogo de cabeça e poderio físico impressionante. Movimentava-se como ninguém dentro da área e a sua fama ultrapassou largamente as fronteiras do nosso país (em Espanha dizia-se que o futebol português “peyroteava”). Foi o grande finalizador dos famosos “cinco violinos”, linha atacante formada por Jesus Correia, Vasques, Peyroteo, Travassos e Albano que encantou as plateias portuguesas entre 1946 e 1949 . É o maior goleador da História do Futebol do clube e estatisticamente o mais eficaz de sempre no Mundo! Estreou-se a 12 de Setembro numa partida frente ao Benfica para um torneio triangular entre os 3 grandes de Lisboa. os leões venceram por 5-3 e Peyroteo fez 2 golos. O seu 1º jogo oficial foi a 17 de Outubro. O Sporting deslocou-se ao terreno do Casa Pia e venceu por 7-0. Peyroteo marcou por duas vezes. Esteve 12 épocas no Sporting apontando 533 golos (melhor marcador de sempre) em 327 jogos oficiais (a sua média também é a melhor – 1,63 golos por jogo). Ganhou 17 troféus oficiais – 3º melhor do clube a par de Canário – 6 Campeonatos Nacionais, 4 Taças de Portugal e 7 Campeonatos Regionais de Lisboa. Possui o recorde de mais golos marcados em jogos oficiais numa só época (57 em 1937/38, a sua temporada de estreia). É o melhor marcador de sempre do Sporting no Campeonato Nacional (298 golos), na Taça de...

Jorge Theriaga

Jorge Tenreiro Theriaga nasceu a 8 de Março de 1954 em Lisboa e é considerado, simplesmente, o melhor bilharista português de todos os tempos. Aos 12 anos começou a interessar-se pela modalidade, que praticava nos tempos livres. Aos 18, já estudante de medicina, e constatando o seu especial talento, tornou-se federado, conseguindo uma evolução muito rápida. Como sempre exerceu a sua profissão de médico, nunca colocou a hipótese de se profissionalizar, embora se mantivesse muito tempo entre os melhores do mundo. Em 1980 venceu o seu 1º título nacional às 3 tabelas, iniciando aí um percurso verdadeiramente ímpar. 2 anos depois voltou a ganhar e soma nesta altura 19 títulos nessa especialidade (para além de vários outros noutras vertentes), onde durante muitos anos não teve rival à altura. Internacionalmente também pontificou. Tudo começou em 1986 com o 3º lugar no Campeonato da Europa. 3 anos depois venceu a Taça do Mundo de Triatlo (3 tabelas, livre e 71/2). Em 1992 e 1993 voltou a ser a principal figura da seleção nacional classificada em 3º lugar no Campeonato do Mundo e da Europa, respetivamente. Em 1994 inscreveu-se como individual pois o Sporting abandonara a modalidade, mas no ano seguinte voltou ao convívio dos leões. Em 1996 conseguiu o seu maior título de sempre com a vitória na Taça do Mundo disputada na Bélgica. 3 anos depois perdeu essa mesma prova por apenas 1 ponto, conseguindo ainda um 3º lugar no Europeu disputado no Porto (com a maior série de carambolas da prova, 14). Coletivamente ajudou o Sporting a classificar-se por 3 vezes como vice-campeão europeu, em 1996, 2003 e 2005...

António do Couto

António do Couto nasceu a 8 de Março de 1884. Começou por jogar na Real Casa Pia de Lisboa (em finais do século XIX) passando depois para o Grupo Sport Lisboa onde se tornou o 1º capitão de equipa. Em meados de 1907 foi um dos jogadores atraídos pelas magníficas condições que o Sporting oferecia e mudou-se para o clube de Alvalade. Fez parte da 1ª equipa oficial leonina jogando como médio-centro – a sua posição de sempre. Foi um dos melhores futebolistas do seu tempo. Era fortíssimo fisicamente e tinha grande resistência. A 27 de Agosto de 1910 fez parte da equipa do Sporting (a que foram acrescentados alguns futebolistas convidados) que jogou pela 1ª vez no estrangeiro (durante algum tempo foi considerado, erradamente, o 1º jogo da Seleção Nacional), frente ao Recreativo Huelva (vitória por 4-0). Esteve 6 épocas no Sporting como futebolista, “arrumando” as botas em 1914. Foi membro do 1º Conselho Fiscal do Sporting, eleito a 4 de Janeiro de 1910, com as funções de relator. Concluiu os estudos em Arquitetura, e nesse papel foi autor do projeto das instalações do Campo Grande – inauguradas em 1917. Como Arquiteto foi ainda a principal figura de vários espaços como o parque de jogos do Casa Pia, o Campo do Restelo e a Estátua do Marquês de Pombal (aqui em parceria com Francisco Santos, seu amigo, e que com ele jogou no Sporting). Foi o sócio nº 1 do Sporting desde 1 de Janeiro de 1928 até à data da sua morte – 3 de Julho de...

Morais

João Pedro Morais nasceu a 6 de Março de 1935 em Cascais. Começou a jogar futebol no Torreense e chegou ao Sporting após o final da temporada 1957/58, tendo-se apresentado a 31 de Maio num jogo frente ao Vasco da Gama – no qual fez o passe para o golo solitário de Vadinho. Oficialmente, jogou pela 1ª vez a 14 de Setembro, no Barreiro, na 1ª jornada do Campeonato Nacional (1-0). O seu 1º golo foi apontado a 2 de Novembro numa vitória em Guimarães por 3-1. Sempre foi muito apreciada a sua capacidade para cruzar, por isso o posto de extremo (sobretudo à esquerda) foi aquele em que mais vezes alinhou. No entanto, necessidades da equipa fizeram-no jogar muitas vezes na defesa e mesmo no meio-campo, tendo-se destacado por uma grande capacidade de adaptação. Aliás, terá sido um dos mais polivalentes futebolistas que passou pelo clube, tendo inclusivamente referido um dia: “Só me faltou jogar a guarda-redes”. Também por esse motivo sempre foi muito utilizado, com exceção das duas últimas épocas. Fez o golo mais importante da História do Futebol do Sporting, de canto direto, na finalíssima da Taça das Taças de 1963/64, que deu a vitória aos leões frente aos húngaros do MTK Budapeste. Esteve para não alinhar nessa “epopeia”, mas uma lesão do defesa Hilário poucos dias antes (frente ao Vitória de Setúbal) levou a que Anselmo Fernández o convocasse à última hora, facto que o futebolista nunca encarou com “simpatia” e que lhe valeu algumas divergências mais ou menos graves com o arquiteto. Jogou pela última vez a 20 de Abril de 1969 em S....

José Eduardo

José Eduardo Malheiro Sampaio nasceu a 3 de Março de 1955 em Seixas do Minho – Caminha. Com 14 anos já fazia Atletismo no Sporting, mas foi no Domingos Sávio que começou a jogar futebol, passando depois por Atlético CP, Portimonense e Famalicão, antes de alinhar de verde e branco. A sua chegada a Alvalade (no Verão de 1979) criou algum “frisson”, pois, na temporada anterior, num choque entre si e Jordão, o magnífico atacante sportinguista contraíra uma gravíssima lesão. Estreou-se oficialmente, pela mão do técnico Rodrigues Dias, a 9 de Setembro de 1979 num Marítimo-Sporting (0-3). Nessa 1ª temporada não começou por jogar muito assiduamente, fazendo-o mais a partir da saída do outro lateral-direito, Artur, para os EUA (já com o treinador Fernando Mendes). No final da época sagrou-se campeão (alinhou em 14 jogos). Sem nunca ser um titular indiscutível sempre constituiu uma boa alternativa, ajudando a conquistar em 1982 a “dobradinha” (aí com Allison). 1982/83 foi a sua última temporada em Alvalade onde ganhou mais uma Supertaça. Jogou pela última vez em Braga (derrota por 3-0) a 20 de Março de 1983. Totalizou 4 épocas e 50 jogos (sem golos marcados) pela equipa principal do Sporting, pela qual ganhou 2 Campeonatos Nacionais, uma Taça de Portugal e outra Supertaça. Após a sua saída do clube representou o Penafiel, onde viria a terminar a carreira de futebolista. Mais tarde foi um dos pioneiros do Futsal no nosso país, do qual foi selecionador, tendo conquistado um Campeonato Europeu e o 4º lugar no Campeonato do Mundo. Em 1991, como treinador do Sporting, venceu a Taça Nacional de Futebol de...

Livramento

António José Parreira do Livramento nasceu a 28 de Fevereiro de 1943 em São Mansos. Começou por jogar futebol, mas a certa altura um técnico do Futebol Benfica (Torcato Ferreira) achou que o miúdo teria muito mais talento para o hóquei em patins e após muita insistência lá o conseguiu levar a alguns treinos. Em 1959 o Benfica conseguiu contratá-lo e logo chegou à selecão nacional de juniores. A sua ascenção foi meteórica, e começaram a surgiu inúmeros títulos com a “equipa das quinas”, que no final da sua carreira foram 3 mundiais e 7 europeus em 209 internacionalizações com 425 golos marcados. As grandes exibições levaram-no a sair do Benfica para Itália – para jogar no Hóquei Candi Monza (foi o 2º português a sair do país depois de Solipa), mas depois regressou ao clube das águias. Era genial e talentoso mas paradoxalmente também tinha uma alta dose de superstição. Quando um jogo lhe corria bem equipava-se da mesma maneira na partida seguinte tentando dar os mesmos passos. Em 1976 ingressou no clube do Banco Pinto e Sotto Mayor, onde era funcionário, chegando a campeão da 2ª Divisão. Só em 1976, e muito por influência de Chana, chegou finalmente ao clube do seu coração – o Sporting, onde era o artista de uma equipa de sonho que ganhou tudo, com destaque para a Taça dos Campeões Europeus (um título que faltava no currículo do jogador e do clube). Só que a formação leonina durou pouco tempo, pois Livramento rumou depois ao Amatori Lodi – de Itália, terminando a carreira, de novo no Sporting, em 1980. Após o abandono dos...
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