Francisco Lemos

Francisco António Torrejoncillo Lemos nasceu a 4 de Outubro de 1939 em Lisboa. Começou muito cedo a praticar Atletismo no Sporting. Entre 1955 e 1957 conquistou vários títulos e alcançou diversos lugares de honra em provas de velocidade nas camadas jovens. No Badminton atingiu grande relevo ao fazer parte das equipas que conquistaram os 2 títulos nacionais do palmarés leonino na modalidade – em 1958 e 1959. Esteve no Badminton do Sporting desde 1958 até à sua extinção, em 1964. Em 1963/64 a Secção de Badminton verde e branca organizou os primeiros Campeonatos Abertos do clube, instituindo as Taças Challenge “Peggy Cohen” para senhoras e “Francisco Lemos” para homens, reconhecendo assim a sua importância no desenvolvimento da modalidade, não só no Sporting como no país. Depois do clube de Alvalade extinguir a secção, Francisco Lemos esteve no Clube Naval de Lourenço Marques e no CIF (até 1976). Em Moçambique sagrou-se o 1º Campeão de Lourenço Marques e no CIF chegou a Campeão Nacional em pares homens. Fez parte da Seleção de Lisboa e integrou a 1ª Seleção Nacional. Aliás, em 1973, foi o 1º jogador a capitanear a selecção portuguesa, num torneio em Bruxelas. Licenciado em Educação Física mereceu distinções importantes, a mais marcante das quais terá sido a de Sócio de Mérito com Distinção da Federação Portuguesa de Badminton. Foi também Selecionador nacional. Nota: Texto elaborado com base na informação contida no site wiki...

Torres Pereira

Alfredo Torres Pereira nasceu a 3 de Outubro de 1896 em Lisboa. Começou a jogar futebol bem cedo, ingressando no Sporting em 1914 para as categorias inferiores. Estreou-se na categoria principal na temporada 1917/18 e logo na sua posição de sempre – extremo-direito. Desde essa altura, e durante longos anos, foi o “dono do lugar”, assumindo-se como digno sucessor de António Stromp nessa posição específica no terreno. Em 1918/19 conquistou o seu 1º grande título de verde e branco – o Regional de Lisboa. 3 anos depois voltou a sentir o doce sabor do triunfo nessa mesma competição, chegando ainda à final do 1º Campeonato de Portugal onde (apesar de 1 golo seu), o Sporting acabou perdendo com o FC Porto após 3 jogos intensos. 1922/23 (sob o comando de Augusto Sabbo) foi o seu melhor ano de sempre. Sagrou-se Campeão Regional (pela 3ª vez) e estreou-se como Campeão de Portugal (em cujos jogos – frente a Porto e Académica, foi um dos protagonistas). Para além disso contabilizou a sua única presença na Seleção Nacional – no 2º Portugal-Espanha, realizado no Lumiar a 17 Dezembro de 1922 (1-2). Em 1924/25 foi Campeão Regional pela 4ª vez e no ano seguinte já era capitão da equipa fruto da sua experiência e conduta. Nesse ano surgiu Abrantes Mendes, ainda muito jovem, para lhe fazer concorrência e em 1926/27 perdeu definitivamente o lugar para o novo e muito talentoso colega de equipa. Alinhou pela última vez a 20 de Fevereiro de 1927 num Império-Sporting (1-1) para o Regional. No total jogou 10 temporadas na categoria principal do Futebol do Sporting conquistando 1 Campeonato...

Manuel da Silva

Nasceu em 1915 em Lisboa. Foi polícia-sinaleiro e pugilista no Ginásio Clube Português. Algum tempo depois de chegar ao Sporting obteve o seu 1º grande triunfo, em Agosto de 1941, nos Nacionais de Atletismo, ao vencer a prova do lançamento do disco com 35m76cm. Aí começou um percurso notável de magnífico lançador, recheado de vitórias tanto em provas regionais como nacionais. No final da época de 1946 era o melhor lançador da História do clube no disco (41m82cm) e no martelo (48m41cm), sagrando-se nessa mesma época Campeão Ibérico do martelo. Nos Campeonatos Regionais de Julho de 1948 bateu o recorde nacional do lançamento do peso com 13m95cm, sendo já visto como o homem mais forte de Portugal! Em 1950 já era recordista leonino no disco (42m24cm), martelo e peso (13m95cm). Nos Nacionais de Agosto de 1954 conseguiu alcançar um novo máximo nacional no lançamento do disco, com 45m51cm. No final referiu: “Finalmente consegui. Lutei contra este recorde um ror de vezes. Este ano em treinos derrubei-o e fiquei esperançado de cometer a mesma proeza oficialmente. Por isso poupei-me nos lançamentos do peso e do martelo para que pudesse estar em boas condições para lançar o disco e bater o recorde. Sinto-me satisfeito, era o único que me faltava”. Em 1958, numa carreira longuíssima ao mais alto nível pelo Sporting, culminou o seu palmarés com a vitória no lançamento do peso dos Campeonatos Nacionais disputados em Alvalade, fazendo a marca de 12m55cm. Em suma, em 18 anos de Sporting, Manuel da Silva foi Campeão Nacional do lançamento do peso por 9 vezes, do disco por 12 vezes e do martelo...

Amadeu Cruz

Amadeu Cruz, homem de origens muito humildes (como acontecia com a esmagadora maioria dos portugueses na altura) era guarda-redes do União Belenense (que depois se viria a tornar no Belenenses) quando chegou ao Sporting no Verão de 1911. Os leões já tinham 3 bons guardiões, e por isso o novo jogador começou a alinhar como médio-esquerdo por opção de Daniel Queiroz dos Santos (capitão-geral da equipa e o homem que fazia “as linhas”). Curiosamente, e apesar de se ter imposto logo como elemento importante no meio-campo, Amadeu Cruz foi “transferido” na época seguinte para a defesa onde fez parelha com Jaime Cadete. Em 1913/14 a dupla manteve-se. Amadeu Cruz era cada vez mais visto como um defesa-direito de bons recursos, humilde, trabalhador e eficaz. A 19 de Julho de 1914 contribuiu para que a equipa de futebol do Sporting conquistasse o seu 1º troféu de âmbito nacional – os Jogos Olímpicos Nacionais, ao bater na final o Império por 5-1. A temporada 14/15 foi histórica. Finalmente conseguiu-se ganhar o tão ansiado Campeonato Regional de Lisboa. Amadeu Cruz foi uma das figuras da equipa, fazendo dupla defensiva com o estreante (que se viria a tornar mítico) Jorge Vieira. Até ao defeso de 1920 Amadeu Cruz manteve-se sempre de “pedra e cal” como defesa-direito da 1ª categoria do Sporting, sagrando-se mais uma vez Campeão Regional em 1919. Para 1920/21, com a chegada do categorizado Joaquim Ferreira à equipa, houve surpresa com o regresso de Amadeu Cruz à baliza, tantos anos depois. A verdade é que o abnegado “leão” deu excelente conta de si. Em 1922 (já com Augusto Sabbo como treinador)...

Madalena Gentil

Madalena Filomena Monteiro Gentil nasceu a 30 de Setembro de 1952. Iniciou a sua actividade de praticante de Ténis de Mesa no Sporting em 1967, era ainda uma adolescente, e logo na estreia conseguiu sagrar-se Campeã Nacional de pares ao lado de Gizela. Logo no ano seguinte foi Campeã Nacional individual, feito que repetiu mais 5 vezes (1973, 74, 75, 76 e 78). Em pares, para além do título já referido, ganhou em 1972, 73, 78 e 79 (sempre ao lado da também fantástica Ana Lia). No que se refere a títulos nacionais em pares mistos, conseguiu-os por duas vezes – em 1974 (com Ivanoel Moreira) e em 1978 (ao lado de José Alvoeiro). A nível coletivo contribuiu para 6 títulos nacionais das leoas (1968, 72, 73, 75, 76 e 77) e outras tantas Taças de Portugal (1972, 74, 76, 77, 78 e 81). Em Maio de 1981 conseguiu a sua última conquista como atleta leonina – Campeonato Regional – ao lado de Anabela Fernandes e Eduardo Lopes. No total foram 15 anos sempre em alto nível na equipa sportinguista. Em 1991 foi galardoada com o prémio “Rugidos de Leão” na categoria “funcionária”. A partir de 1969 e até 2007, altura em que se reformou, exerceu profissionalmente funções durante 38 anos na secretaria de sócios do Sporting. Internada no hospital 3 dias antes com um problema vesicular, morreu a 31 de Agosto de 2012. Na memória ficou uma das melhores mesatenistas da gloriosa História verde e branca na...

Marinho

Mário da Silva Mateus nasceu a 30 de Setembro de 1943 em Pedrouços – Lisboa. Começou nos principiantes do Atlético CP e já na categoria principal ajudou o clube (como sua principal figura) a subir à 1ª divisão. Certo dia partiu uma perna e foi no posto clínico do Sporting que fez a recuperação, ficando muito bem impressionado. O Sporting interessou-se por ele, tal como o Belenenses e o Vitória de Setúbal, mas as boas recordações de Alvalade fizeram-no assinar pelos leões por 500 contos, mais 4 de salário mensal. Estreou-se oficialmente no dia 10 de Setembro de 1967, num Leixões-Sporting (1-2) da 1ª jornada do Campeonato, logo se estreando a marcar. Fazendo uso das suas principais caraterísticas – a velocidade e o talento para a assistências, depressa conseguiu um “lugar ao sol” na turma verde e branca como extremo-direito. Em 1969/70 foi campeão pela 1ª vez realizando uma temporada fantástica com 39 presenças e 20 golos (e até marcou no jogo do título no Restelo). No ano seguinte e em 1972/73 ganhou a Taça de Portugal. A sua época mais eloquente terá sido a de 1973/74, na qual Yazalde conquistou a “bota de ouro” do futebol europeu muito à custa das suas assistências, para além das quais conseguiu ainda fazer 14 golos. Os leões fizeram a “dobradinha” e Marinho marcou o golo decisivo no prolongamento da final da Taça de Portugal frente ao Benfica. 1976/77 foi a sua última temporada no Sporting, de onde saiu com 33 anos. A sua partida derradeira foi jogada a 8 de Maio frente ao Académico em Coimbra (1-2). Uma semana antes tinha feito o último...

Pireza

Pedro Pireza nasceu a 30 de Setembro de 1911. Natural do Barreiro, começou por jogar no Luso (ao mesmo tempo que trabalhava nos caminhos de ferro como serralheiro), afirmando-se mais tarde no FC Barreirense que ajudou a levar a duas finais do Campeonato de Portugal. O Sporting interessou-se naturalmente pelos seus atributos, e após um curto período de experiência em que não convenceu, acabou por ingressar mesmo nos leões numa 2ª tentativa. Estreou-se oficialmente de verde e branco a 13 de Outubro de 1935 num Benfica-Sporting (4-0) para o Campeonato de Lisboa, o qual os leões, apesar do péssimo início, viriam a ganhar pela 10ª vez. Marcou o 1º golo (bisou) uma semana depois, na deslocação ao União Lisboa (7-1). Logo nessa 1ª época foi o melhor marcador da equipa com 28 golos. Na posição de interior-esquerdo ou direito, impôs-se desde logo na equipa leonina. Apesar de franzino, era um “artista” com a bola nos pés, com uma técnica, combatividade e facilidade de remate que encantavam as plateias. Fazia verdadeira magia em espaços muito curtos de terreno, sempre com grande calma e habilidade. Tinha uma personalidade muito brincalhona. Com o exigente técnico Szabo, por exemplo, fugia do pelotão que corria nos jardins do Campo Grande e depois escondia-se na vegetação para fumar. O técnico húngaro vinha no fim do grupo porque achava que os últimos é que seriam mais suscetíveis a fazer malandrices, e por vezes chegava a parabenizar Pireza (que na volta seguinte regressara à “cabeça” do pelotão), no final, pelo seu excelente esforço! Formou com Mourão, Soeiro, Peyroteo e João Cruz um quinteto magnífico no ataque sportinguista,...

Fernando Nunes

Fernando Miguel de Oliveira Nunes nasceu a 26 de Setembro de 1974. Começou a jogar Andebol no Seixal com apenas 11 anos, influenciado por um primo que já estava na modalidade. Logo começou a destacar-se, mostrando muito talento, e com 17 anos transferiu-se para o Vitória de Setúbal (por influência de Manuel Manita, que diz dele ser “um homem muito sensato, amigo dos seus amigos e da família, humilde, com sentido de responsabilidade e grande caráter”). Internacional português nas camadas de formação, foi Campeão Europeu de cadetes e 3º no Mundial de Juniores. Chegou a trabalhar num escritório e oficina de automóveis, mas depois dedicou-se totalmente ao Andebol pelo qual nutre verdadeira paixão. Estreou-se nos seniores pelo Vitória e rumou depois ao Ginásio do Sul. No início da temporada 2000/01 chegou ao Sporting e logo na época de estreia Fanã (como é conhecido no meio andebolístico) ganhou o Campeonato Nacional e a Taça de Portugal. Ponta-direita de excelentes recursos, ganhou a Supertaça em 2001/02 e as Taças de Portugal de 2002/03 e 2003/04. No ano seguinte regressou ao Ginásio do Sul e nas duas épocas que se seguiram foi para a Espanha, onde representou o Arrate. Voltou ao Sporting em 2007 numa fase em que o Andebol verde e branco não vivia um grande período. Anos mais tarde – em 2010, foi um dos protagonistas na conquista da Taça Challenge – a 1ª Competição Europeia ganha por um clube português de Andebol. A 27 de Junho de 2010, numa final da Taça de Portugal surpreendentemente perdida frente ao Xico Andebol, terminou uma belíssima carreira de jogador no qual se...

José Carlos

José Carlos da Silva José nasceu a 22 de Setembro de 1941 em Vila Franca de Xira. Proveniente da CUF do Barreiro (jogara antes no Oriental), chegou ao Sporting muito jovem, no início da temporada 1962/63. Estreou-se oficialmente (com o técnico Juca) a 19 de Setembro de 1962, em Shelbourne (2-0) para a Taça dos Campeões Europeus. Marcou o 1º golo uma semana depois, no jogo da 2ª mão frente ao mesmo adversário (5-1). Logo nessa 1ª temporada ganhou um lugar na equipa como médio esquerdo (31 presenças) e conquistou a Taça de Portugal. Diz quem com ele jogava que fazê-lo era um descanso, pois estava sempre pronto a “dobrar” um colega e surgia em todo o lado. A sua forte personalidade e a entrega que patenteava ao jogo fizeram dele capitão de equipa durante alguns anos. Polivalente, tanto foi defesa-direito como central (o seu posto de referência), passando também pelo meio-campo da turma leonina. 1 ano antes de se retirar recebeu o máximo galardão atribuído pelo clube – o prémio Stromp. Jogou a sua última partida oficial pelos leões a 26 de Maio de 1974 num Sporting-Boavista (2-0) para os quartos-de-final da Taça de Portugal. Saiu do Sporting como campeão e vencedor da Taça, verdadeiramente pela “porta grande”. Raçudo e eficaz, jogou pelos leões durante um longo período de 12 épocas, nas quais alinhou em 348 jogos oficiais (7º mais utilizado de sempre) e marcou 4 golos. Conquistou uma Taça das Taças (onde assumiu papel importante), 3 Campeonatos Nacionais e 4 Taças de Portugal. A sua preponderância no Sporting estendeu-se naturalmente à Seleção Nacional, pela qual jogou por...

António Rosa Rodrigues

António Rosa Rodrigues nasceu em Lisboa. Os amigos chamavam “Neco” e com o seus irmãos Cândido (Candinho), José e Jorge eram conhecidos pelos “manos Catatau” e foram das primeiras grandes figuras do futebol português. Em 1904 foi um dos fundadores e dos primeiros 24 associados do Grupo Sport Lisboa – um dos clubes que viriam a resultar no Benfica, mas em meados de 1907 fez parte do grupo de futebolistas do GSL que se mudou para o Sporting, atraído pelas melhores condições proporcionadas pelo clube leonino – diga-se em acrescento que Neco estava proibido pelo seu pai – o “velho Catatau”, tal como o seu irmão Candinho, de jogar pelo Grupo Sport Lisboa pois tinha fraturado um braço – ao que consta atropelado! – num dos treinos feitos às escuras em Belém, na zona que constituía a cerca do quartel e que era também utilizada para exercícios de dois regimentos de tropa a cavalo…  Na sequência do acidente partiu uma perna a uma criança que atravessava inadvertidamente o campo e teve que ir responder à esquadra porque os terrenos eram considerados públicos e deviam ser utilizados “com urbanidade”! A 1 de Dezembro de 1907 fez parte da 1ª equipa do Sporting (como extremo-direito) a competir oficialmente, em jogo da 1ª jornada do Campeonato Regional de Lisboa. O adversário foi precisamente o Grupo Sport Lisboa e os leões triunfaram por 2-1, com um dos golos marcado por ele (“a meias” com o grande “símbolo” benfiquista Cosme Damião). No final o jornal “Os Sports” considerou que “António e Cândido foram os sóis que iluminaram a equipa do Sporting”. No jogo da...
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