Entrada de leão na Liga dos Campeões 2006/07

12 de Setembro de 2006. Após uma ausência de 5 anos na fase de grupos da Liga dos Campeões o Sporting regressou à elite do futebol do velho continente. Como comparsas de grupo surgiram grandes nomes como o Inter de Milão, o Bayern Munique e o Spartak de Moscovo. A 1ª partida realizou-se no Alvalade frente aos italianos, e os leões fizeram sonhar os seus adeptos de que uma prestação relevante na competição seria possível. A jovem equipa sportinguista realizou uma bela partida perante aquela que tinha sido classificada por José Mourinho (verdadeiro “guru” dos amantes de futebol em Portugal por estes dias) como a equipa do mundo com melhores jogadores. A verdade é que os leões, orientados por Paulo Bento, não se atemorizaram. As equipas: Sporting – Ricardo (cap); Abel, Tonel, Anderson Polga e Caneira; Miguel Veloso; Nani (Tello), Romagnoli (Alecsandro) e João Moutinho; Yannick Djaló (que se estreou oficialmente) e Liedson. Inter – Toldo; Maicon, Córdoba (cap), Samuel e Grosso (Zanetti); Dacourt e Patrick Vieira; Figo (Mariano González) e Stankovic; Ibrahimovic e Adriano (Crespo). Um golo fantástico de Caneira, com um potente disparo de longe (já na 2ª parte), selou um triunfo que esteve de acordo com o desenrolar da partida, num encontro em que os leões tiveram muita personalidade e querer. Na 1ª parte quase não houve oportunidades de golo mas o Sporting teve sempre mais volume de jogo. No 2º tempo os leões continuaram a dominar, e, logo após o golo, Vieira foi expulso por dar uma cabeçada em Alecsandro. A partir daí os leões controlaram bem as operações e o avolumar da vantagem esteve...

A estreia (auspiciosa) de Peyroteo

12 de Setembro de 1937. Nesse dia Peyroteo estreou-se com a camisola do Sporting nas Salésias, num torneio triangular com Benfica e Belenenses. O adversário foi a equipa encarnada e o novo avançado-centro leonino estava “uma pilha de nervos”. No balneário o ambiente era de grande descontração, com muitas piadas e muitos sorrisos, mas Jozef Szabo (o treinador) mantinha-se impávido. A 10 minutos do início da partida o técnico leonino falou (finalmente) no seu português macarrónico. Depois de tecer várias considerações acerca da tática a empregar, chamou a atenção de todos ao afirmar que no centro do ataque jogaria o Fernando, um rapaz novo sem experiência. Todos os companheiros o deveriam ajudar e não fazer malandrices, senão, lá voariam 10% do ordenado! Dirigindo-se depois a Peyroteo, tentou incutir-lhe confiança, aconselhando-o a não dar ouvidos aquilo que os adversários lhe iriam dizer (e que não deveria ser nada simpático), e para não se esquecer que o principal papel dum avançado era “caréga Maria”, que na gíria do húngaro significava atirar à baliza sem contemplações sempre que fosse possível. A verdade é que o Sporting fez um jogo soberbo (sobretudo em termos atacantes), triunfou por 5-3 e Peyroteo fez 2 golos. O 1º tento de Peyroteo pelo Sporting foi marcado aos 28 minutos dessa partida, quando após trabalho de Heitor, o novo avançado centro leonino atirou a bola direita à rede para a esquerda do guardião benfiquista (Tavares). Foi, segundo o jornal “Os Sports”: “Um excelente pontapé na passada, rico de prestesa e decisão”. Uma semana depois, vitória no Porto por 2-1 com 2 golos do novo avançado, depois triunfo na Taça...

José Peseiro superiorizou-se claramente a Ronald Koeman

11 de Setembro de 2005. Em jogo referente à 3ª jornada do Campeonato Nacional, o Sporting (com duas vitórias amealhadas) de José Peseiro recebeu o Benfica de Ronald Koeman. A equipa: Ricardo; Rogério, Tonel, Anderson Polga e Rodrigo Tello; Luís Loureiro; João Moutinho, Sá Pinto (Pinilla) e Douala (João Alves); Deivid (Wender) e Liedson. O Sporting foi a melhor equipa desde o início. Enquanto o técnico leonino manteve a estrutura habitual, o benfiquista resolveu inovar, pelo que os leões se mostraram sempre mais consistentes e capazes de alcançar os seus objetivos. Os pupilos de José Peseiro tiveram sempre mais posse de bola e criaram mais e melhores oportunidades de golo. Aos 25 minutos Polga cabeceou para Ricardo Rocha salvar sobre o risco. Aos 37 foi João Moutinho a rematar de forma poderosa (de fora da área) para Moreira corresponder com uma excelente defesa. No minuto seguinte, na sequência do respetivo canto, Tonel solicitou Luís Loureiro que arrancou um potente remate em queda fazendo um belíssimo golo (o seu único de verde e branco), o 1º da partida. O Sporting voltou a entrar melhor no 2º tempo, com Tello (bela defesa de Moreira) e Liedson (Luisão salvou sobre a linha) quase a aumentarem a contagem. Sem que nada o fizesse prever, num livre-direto que tabelou na barreira sportinguista, Simão empatou o jogo aos 65 minutos… O Sporting não se amedrontou, e pouco depois Nelson salvou sobre a linha um remate de Sá Pinto, para logo a seguir Moreira defender de novo superiormente um remate de Wender (a estrear-se, tal como João Alves, pelos leões). A um quarto de hora do fim, após...

O “folhetim” Di Stefano

11 de Setembro de 1974. Esse foi o dia em que o lendário Alfredo Di Stefano foi despedido do cargo de treinador do Sporting após um curtíssimo período no cargo. O Futebol do Sporting vinha da conquista da “dobradinha” mas havia confusão no comando técnico da equipa e não só. Mário Lino sagrara-se Campeão e saiu. Osvaldo Silva vencera a Taça mas ainda não merecia confiança total da direção para assumir o comando da equipa. Então, com laivos de algum sensacionalismo, João Rocha chegou a acordo com o conceituado Di Stefano (antiga legenda do Real Madrid) para dirigir a equipa. Por outro lado, e com alguma surpresa, Yazalde foi pretendido pelo Boavista, e com ainda maior surpresa o presidente sportinguista não fechou a porta ao negócio, pedindo 15.000 contos. O argentino acabou por permanecer em Alvalade, naquela que seria a sua última época de “leão ao peito” e onde continuou a provar os seus atributos, obtendo a expressiva marca de 36 golos, três dezenas dos quais no Campeonato Nacional. Com Di Stefano aos comandos da equipa a pré-temporada do conjunto, reconhecidamente de grande valor (onde a principal novidade era o lateral-esquerdo brasileiro Da Costa), foi péssima. Após derrotas claras no Troféu Cidade de Sevilha, os leões não conseguiram vencer o Torneio Internacional do Algarve face a clubes locais, e a derrota no Brasil frente ao Cruzeiro de Belo Horizonte por 6-0 (!) ajudou a tornar negro o cenário. O técnico argentino, já muito contestado, ainda mereceu o benefício da dúvida de João Rocha, mas a derrota por 1-0 no Algarve frente ao Olhanense (seria o 1º e único jogo...

Triunfo na Taça de Honra com 3-0 ao Benfica

11 de Setembro de 1963. Depois dum mau início de pré-temporada com presenças muito sofríveis no Torneio de Bilbau e no Torneio “Bodas de Ouro” em Santander, o Sporting conseguiu recompor-se com a brilhante vitória na Taça de Honra da Associação de Futebol de Lisboa (a 6ª do palmarés verde e branco). É verdade que a competição, apesar de bem visível, já não tinha o prestígio de outros tempos, mas uma final ganha frente ao Benfica tinha sempre o seu significado. Assim, depois de bater o Atlético CP por 5-3 (golos de Mascarenhas3 e Bé2), os leões mediram forças com os encarnados, no Restelo. Sob o comando de Gentil Cardoso, o Sporting alinhou com: Carvalho; Lino e Hilário; Mendes, Lúcio e David Julius; Morais, Bé (a principal novidade da equipa de futebol para a nova época, vinda do Brasil), Mascarenhas, Alexandre Baptista e Géo. O Sporting entrou de forma altiva na partida, com grande personalidade, e logo aos 4 minutos, Lúcio teve uma ótima oportunidade para inaugurar o marcador na marcação dum penalty (discutível) – o tiro saiu forte (como sempre), mas à figura de Rita. O Sporting praticava um futebol mais à flor da relva, ao bom estilo brasileiro, enquanto os encarnados jogavam num estilo mais direto. A verdade é que a bola tanto estava numa como na outra baliza, o que proporcionava um espetáculo interessante. Ao fim de 23 minutos de jogo o Sporting abriu o ativo. Da extrema-direita Morais fez um longo cruzamento sobre a defesa encarnada. Germano tocou a bola de cabeça com pouca força, aproveitando Mascarenhas, sem a deixar cair no chão, para desferir...

O último golo, o último jogo, a festa de homenagem e as razões do abandono de Peyroteo

11 de Setembro de 1949. Na 2ª jornada da Taça Preparação da Associação de Futebol de Lisboa (uma prova de pré-temporada que o Sporting viria ganhar), numa vitória por 8-0 sobre o Oriental, em Alvalade, Peyroteo marcou pela última vez (que não oficialmente – o derradeiro golo oficial fôra em Junho frente ao Torino para a Taça Latina) com a camisola do Sporting. Nessa partida estreou-se o extremo Rola, vindo do Estarreja. O último golo de Peyroteo (marcou 3 nesta tarde) foi o 7º da equipa, aos 59 minutos de jogo, concluindo como só ele sabia um centro de Rola. Em “A Bola”, escreveu-se que: “Sem se ter creditado duma grande tarde, Peyroteo fez crer que ainda faz falta ao Sporting”. E se fazia… A 25 de Setembro o notável avançado alinhou pela última vez, no Sporting-Atlético CP (2-1) para a mesma competição. Na véspera da festa de despedida, em entrevista ao jornal “A Bola”, o agora exclusivamente comerciante desabafou: “Não posso corresponder às exigências de preparação dum jogador de futebol que queira manter-se em forma e ser útil ao seu clube e à modalidade que pratica. Os treinos tomam muito tempo e requerem um estado de espírito que nem sempre é favorável. Daqui resultam lesados: eu, porque abandono o estabelecimento, quando lá devia estar; o clube, porque espera um rendimento que é falseado, criando-se, até, mal-estar nos restantes companheiros de grupo, que pensam, logicamente, que houve uma situação de favor, mais acentuada ainda quando se trata dos estágios da Seleção. Além disso, ou por consequência disso, quando entro em campo vou cheio de vontade de jogar mas depois de meia...

Géo a brilhar e 3-0 ao Benfica na conquista da Taça de Honra da AFL

10 de Setembro de 1961. Tinha sido em 1947 que o Sporting havia conquistado a sua última Taça de Honra da Associação de Futebol de Lisboa. Verdade se diga que pouquíssimas vezes a competição se voltou a realizar, mas dando seguimento a um início de época muito favorável, o Sporting voltou a conquistar o torneio, 14 anos depois. O 1º jogo da competição realizou-se a 31 de Agosto, frente ao Belenenses. Com o golo solitário do “miúdo” Serranito (por essa altura uma grande esperança do futebol leonino), o Sporting foi apurado para a final a disputar com o Benfica. O encontro decisivo disputou-se no Jamor nesse 10 de Setembro de 1961, tendo o Sporting (sob o comando de Otto Glória) alinhado com: Carvalho; Lino e Hilário; Péridis, Morato e Lúcio; Hugo, Serranito, Figueiredo, Géo e Morais. Ainda não havia 1 minuto de jogo quando, sobre o centro do terreno, Géo recebeu um passe, e apesar de estar muito longe da baliza procurou “ser feliz”. O remate saiu forte e certeiro, mesmo ao ângulo superior direito da baliza encarnada, e Costa Pereira nada pôde fazer… Um golão. O intervalo chegou com 1-0 para o Sporting, resultado lógico face ao desenrolar da partida. Os leões entraram para a 2ª parte mantendo o domínio de jogo, e aos 73 minutos, após receber mais um passe curto, agora ligeiramente descaído para a direita, Géo correu de forma fulgurante e aplicou um “missíl” rasteiro e letal, aumentando a contagem. A 6 minutos do fim, o jovem Serranito obteve o justo prémio pela sua prometedora atuação ao marcar o último golo da partida, após receber...

Começou bem a temporada – nas Antas, sob a “batuta” de Fraguito

10 de Setembro de 1972. Começou muito bem a temporada oficial para o Sporting de Ronnie Allen. Nas Antas, os leões levaram a melhor por 1-0 na 1ª jornada do Campeonato Nacional. A equipa: Damas; Pedro Gomes (cap), Laranjeira, Bastos e Carlos Pereira; Fraguito, Manaca (Tomé) e Vagner (Gonçalves); Marinho, Yazalde e Nelson. O Sporting entrou melhor no jogo, mostrando uma melhor organização, mais consistência e personalidade. Logo aos 2 minutos, Fraguito (a principal aquisição para a nova época, vindo do Boavista – Carlos Pereira também se estreou) rematou bem, Rui não segurou e Nelson falhou uma clamorosa oportunidade para inaugurar o marcador – aliás, o avançado leonino estaria em foco ao desperdiçar várias oportunidades de “golo feito” durante o 1º período de jogo. Do outro lado era o jovem Oliveira a criar os principais calafrios para os lisboetas, mas ainda assim a equipa portista mostrava-se algo desgarrada. O único golo da partida foi marcado aos 17 minutos da 1ª parte. Marinho, na extrema-esquerda, fintou por duas vezes Gualter, foi à linha de fundo e centrou, surgindo Yazalde a emendar com classe, de pé esquerdo, para o fundo das redes. Após o golo, o Sporting teve o seu melhor período de toda a partida. Fraguito continuava a construir e Nelson a desperdiçar, mas, do outro lado, Flávio e Oliveira também estiveram muito perto de marcar antes do descanso. O FC Porto iniciou a 2ª parte com uma boa oportunidade para chegar ao empate, mas num dos raros falhanços de Laranjeira, Damas foi “grande de mais” para a tentativa de Abel. A verdade é que os portistas cresceram muito, e...

10ª vitória na Taça de Honra da AFL com golo de Careca

9 de Setembro de 1990. Nesse dia o Sporting conquistou o seu 1º troféu da temporada ao vencer a Taça de Honra da AFL, batendo o Benfica no Estádio da Luz. A equipa de Marinho Peres estava motivada com as vitórias nos 3 primeiros jogos do Campeonato Nacional e não perdeu o ensejo de conquistar uma Taça que em tempos fôra muito prestigiada, e que se procurava recuperar. No 1º jogo, no dia anterior, os leões bateram no Alvalade o Belenenses por 2-0 com golos de Gomes (a fazer um início de época arrasador) e Lima. A final disputou-se no Estádio da Luz perante 25.000 pessoas (o que honrou muito a competição) tendo o Sporting alinhado com: Ivkovic (cap); João Luiz, Miguel, Luizinho e Leal; Bozinowski; Carlos Xavier, Douglas e Careca – Figo 88; Gomes e Lima. Perante um Benfica na sua máxima força, o único golo dos pupilos de Marinho Peres e da partida surgiu aos 22 minutos por Careca (que chegado algumas semanas antes fôra apelidado pelo presidente Sousa Cintra como o “novo Eusébio”). Carlos Xavier marcou um pontapé de canto da esquerda, houve um desvio de Neno (que não conseguiu segurar) e Careca surgiu muito bem ao 2º a concluir na insistência. O Sporting fez um boa partida, sobretudo na 1ª parte, na qual jogou deliberadamente ao ataque, procurando o golo. No 2º tempo a equipa mudou de sistema, optando pelo contra-ataque, mas os pupilos de Eriksson nunca conseguiram romper uma defesa sportinguista muito “senhora de si”. Ivkovic, com grande segurança, terá sido mesmo a principal figura da equipa verde e branca, tendo no final passeado o...

5-1 aos Campeões de Espanha!

8 de Setembro de 1940. Nesse dia o Sporting recebeu no Lumiar os campeões espanhóis do Atlético Aviación de Madrid (futuro Atlético Madrid). O jogo, de abertura da época, era aguardado com enorme expetativa e causou grande sensação. Jozef Szabo era o treinador do Sporting e escolheu a sequinte equipa: Azevedo; Octávio Barrosa – que se estreou (Rui de Araújo) e Álvaro Cardoso; Paciência, Gregório e Manecas; Mourão (cap), Armando Ferreira, Peyroteo, Pireza e João Cruz. Os espanhóis, habituados a jogar na relva, sentiram dificuldades com o piso duro do Lumiar. O Sporting entrou de rompante, levando a bola à baliza adversária logo na 1ª jogada. Peyroteo fugiu bem e centrou, mas nem Mourão nem Cruz conseguiram emendar para as redes. À passagem do quarto-de-hora João Cruz falhou um penalty a punir mão na bola de Mesa (permitiu a defesa a Guillermo), mas aos 20 minutos surgiu finalmente o 1º golo. A centro bem medido de João Cruz, Peyroteo cabeceou inapelavelmente. A 7 minutos do intervalo Campos apanhou Azevedo desprevenido e rematou de muito longe mas a bola bateu na trave. A 2ª parte começou morna, mas tudo mudou quando entre os 57 e os 60 minutos os leões fizeram mais 3 golos, 2 de João Cruz (ambos magníficos) e 1 de Pireza (com um potente remate à entrada da área). Pouco depois Peyroteo fez o 5-0 com uma emenda à boca da baliza. Depois de verem-lhes ser negada uma grande-penalidade existente, os espanhóis lá fizeram o ponto de honra a 5 minutos do fim por Pruden, sem hipóteses para Azevedo. João Cruz foi a principal figura duma equipa que...
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