João Pedro Monteiro – Um fenómeno no Ténis de Mesa

João Pedro Andrade Monteiro nasceu a 29 de Agosto de 1983 em Nave de Haver – Vilar Formoso – Guarda. É conhecido no meio do Ténis de Mesa por “Monti”, e teve o 1º contacto com a modalidade numas férias que foi passar á Suíça com os primos. Mais tarde, em Outubro desse mesmo ano, aquele que viria a ser o seu 1º treinador -prof. Filipe Amaral, foi realizar uma bateria de testes físicos á escola primária de Tercena, escola que frequentava e viu nele bastante potencial para se poder tornar jogador de Ténis de Mesa. Iniciou assim a prática da bolinha de celulóide no Grupo Recreativo de Tercena – o seu 1º clube. Logo no 1º ano como federado sagrou-se Campeão Nacional de iniciados e com a acumulação de várias vitórias a sua paixão pela modalidade foi crescendo. Aos 13 anos ingressou no seu clube do coração – o Sporting, onde se sagrou tricampeão Nacional de equipas e várias vezes campeão nacional individual (cadetes, juniores, sub-21 e seniores). 7 anos mais tarde recebeu uma proposta do Clube Desportivo de São Roque com um projeto muito ambicioso para o qual o jovem esquerdino era peça fulcral no objetivo – tornar esse clube num dos maiores em Portugal da modalidade. João Monteiro esteve apenas 3 anos no clube mas o suficiente para deixar a sua marca, pois foi bicampeão Nacional por equipas e continuou a colecionar títulos nacionais individuais. Aos 22 anos surgiu a inevitável internacionalização com uma proposta dum dos melhores clubes alemães, o TTF Liebherr Ochsenhausen. Deixou então a família, os amigos e o seu país para tentar evoluir...

Ângelo Girão – Posicionamento, rapidez e um dom para as bolas paradas

Ângelo André Ferreira Girão nasceu a 28 de Agosto de 1989. Começou a praticar Hóquei em Patins a nível federado muito menino, nos escalões de formação do Estrela Vigorosa Sport (1996/97), passando depois pelo FC Porto (1997/98 a 2006/07) e Gulpilhares (2007/08). Na Académica de Espinho fez o seu primeiro ano como sénior, subindo nessa mesma temporada à 1ª divisão. Saiu dos espinhenses para Valongo em 2012, ficando duas épocas no clube verde rubro (em 2014 foi campeão nacional) até chegar ao Sporting CP. O seu 1º título internacional de clubes foi já no Sporting, com a conquista da Taça CERS em 2015. Aí foi figura em grande destaque, defendendo 3 penaltis no desempate na final frente ao Réus. A nível nacional já conquistou vários títulos de verde e branco – Supertaça em 2015, Elite Cup em 2016 e 2018 e o Campeonato Nacional em 2018 (30 anos depois!). Em 2019 sagrou-se campeão europeu de verde e branco, depois triunfou na Taça Continental e no mesmo ano foi campeão do mundo de seleções como a grande figura da equipa portuguesa! Em 2021 voltou a ser campeão nacional e campeão europeu pelo Sporting CP! Na baliza, o posicionamento e a velocidade de movimentos são os seus pontos fortes. Especialista na defesa de bolas paradas, é claramente um atleta com um grande espírito de sacrifício, o que lhe traz resultados assinaláveis em termos de performance. Passou pelas equipas nacionais de juvenis e juniores onde venceu 2 Campeonatos da Europa – juvenis em 2005 e juniores em 2008, tendo triunfado ainda nesse ano na Taça Latina em sub-23. Estreou-se pela selecção principal em...

Silas – Internacional brasileiro de grande craveira

Paulo Silas do Prado Pereira nasceu a 27 de Agosto de 1965 em Campinas – Brasil. Com apenas 19 anos já era profissional do São Paulo e foi a grande figura do Brasil no Mundial sub-20 (1985) que os “canarinhos” venceram. Nos paulistas permaneceu 4 anos conquistando os títulos nacionais mais importantes, ao mesmo tempo que já jogava na seleção principal brasileira (marcando presença no Mundial de 1986). Chegou ao Sporting no Verão de 1988 como uma das “unhas” do novo presidente Jorge Gonçalves num momento de grande ilusão para os sportinguistas. Estreou-se oficialmente (e fez o 1º golo) a 21 de Agosto numa vitória (2-0) em Matosinhos frente ao Leixões para a 1ª jornada do Campeonato Nacional. O técnico leonino era o uruguaio Pedro Rocha. “Pegou de estaca” na equipa (no lado direito do meio-campo ofensivo) realizando 40 jogos oficiais e marcando 11 golos, o mais vistoso e mediático dos quais em Amesterdão perante o Ajax (para a Taça UEFA), num chapéu magnífico ao guarda-redes Menzo. A temporada seguinte foi muito atribulada (com lesões, rumores de transferências e presenças na seleção do Brasil), pelo que o categorizado brasileiro só regressou à competição (pelo Sporting) no ano de 1990. Só foi a tempo de realizar 12 jogos e marcar 3 golos, acabando por abandonar o clube no final da época. A 25 de Março fez o último jogo (e golo) oficial pelos leões numa derrota na Luz por 2-1. Totalizou 52 jogos oficiais pelo Sporting, tendo marcado 14 golos. Apesar da sua passagem por Alvalade ter sido curta deixou uma excelente imagem pois constituía, indubitavelmente, um futebolista de grande...

Cadete – Explosivo e carismático

Jorge Paulo Cadete dos Santos Reis nasceu a 27 de Agosto de 1968 em Porto Amélia – Moçambique. Era ainda juvenil quando o Sporting o recrutou ao Ac. Santarém, chegando à equipa principal no Verão de 1987. Estreou-se oficialmente (vindo diretamente dos juniores) a 23 de Agosto de 1987 (com Keith Burkinshaw) no Sporting-Rio Ave (4-1) para a 1ª jornada do Campeonato Nacional.  Nessa 1ª temporada em Alvalade era visto como um médio ala direito e somou apenas 8 presenças. Na época seguinte esteve emprestado ao Vitória de Setúbal onde evoluiu muito como jogador (com o técnico Manuel Fernandes), e quando regressou para 1989/90 Manuel José começou a utilizá-lo como avançado ao lado do experientíssimo Fernando Gomes – ele próprio teve grandes responsabilidades nesse facto pois assumiu publicamente que “poderia ser o ponta-de-lança do Sporting”. Marcou o seu 1º golo a 3 de Dezembro de 1989 em Santa Maria da Feira (triunfo por 2-1). Em 1990/91, já com Marinho Peres como técnico, Cadete manteve a “sociedade” com Gomes, ganhando carisma entre os sportinguistas sobretudo pelo seu contributo para a excelente campanha europeia da equipa. No ano seguinte assumiu-se como um temível goleador fazendo 25 golos no Campeonato, para em 1992/93 (com Robson) se sagrar o melhor marcador da principal competição futebolística nacional com 18 golos (fazendo dupla com Yordanov ou Juskowiak). Em Dezembro de 1994 assumiu publicamente (numa altura em que era o capitão de equipa) o seu desagrado pelo despedimento do treinador Bobby Robson e a verdade é que, a partir daí, não foi aposta consistente do novo técnico Carlos Queiroz (embora nos primeiros meses ainda fosse bastante...

Robert Waseige – Técnico experiente que não “vingou” em Alvalade

Nasceu a 26 de Agosto de 1939 em Rocourt – Bélgica. Como futebolista foi um defesa que representou o FC Liège, Racing White e Winterslag. Neste clube chegou a acumular a funções de jogador e treinador, carreira na qual começou em 1971 (e levou o clube da 3ª à 1ª divisão belga). Passou depois por Standard de Liège, Lokeren, FC Liège (onde conquistou uma Taça da Bélgica) e Charleroi. Chegou ao Sporting (a sua 1ª experiência no estrangeiro) no Verão de 1996 proveniente do Standard Liège, onde regressara em 1994. A sua contratação causou alguma estranheza, pois Octávio Machado tinha terminado em bom plano a sua missão como técnico principal na temporada anterior – o “Palmelão” regressou ao posto de adjunto. Por outro lado Waseige (ao que consta uma escolha do diretor desportivo da altura – Norton de Matos) não era propriamente um técnico titulado, embora tenha feito bons trabalhos em clubes de 2º plano no seu país. Estreou-se oficialmente na Maia (a 23 de Agosto), num Espinho-Sporting (1-3) para a 1ª jornada do Campeonato. Os seus primeiros tempos até foram razoáveis (esteve 7 jogos sem perder e eliminou o Montpellier da Taça UEFA), mas uma derrota em Alvalade frente ao FC Porto, a eliminação na Europa perante o Metz e as derrotas em Braga e Setúbal fizeram perder a paciência aos adeptos, acabando por sair após um nulo em casa perante a União de Leiria (deixando o Sporting no 3º lugar do Campeonato). Então foi o seu adjunto, Octávio Machado, a reassumir a equipa. 2 factos avultaram da sua curta passagem por Alvalade: a aposta em Yordanov como...

Mario Imbelloni – O treinador da maior goleada ao Porto para o Campeonato

António Mário Imbelloni di Leo nasceu a 25 de Agosto de 1924 em Lanús – Argentina. Com 15 anos tornou-se profissional de futebol alinhando no San Lorenzo de Almagro, clube pelo qual se sagrou campeão argentino. A sua equipa veio à Europa em 1951 espalhar o imenso “perfume” do seu futebol, e após ter derrotado a Seleção de Espanha por 6-1 no Santiago Barnabéu, Imbelloni foi contratado pelo Real Madrid onde não se conseguiu impor devido ao excesso de estrangeiros. Veio então para Portugal para alinhar no Atlético CP, e logo na altura começou (em determinadas fases) a acumular a função de jogador com a de treinador. A 10 de Junho de 1956 vestiu a camisola do Sporting (foi um dos jogadores convidados pelos leões) na inauguração do Estádio Alvalade de 2ª geração. Algum tempo depois passou a treinar as camadas jovens leoninas. A 15 de Março de 1959 estreou-se como treinador da equipa principal (na penúltima jornada do Campeonato) em substituição de Enrique Fernández. O início foi o melhor pois derrotou o Benfica por 2-1. Ficou em funções até ao final da temporada realizando toda a Taça de Portugal onde chegou até às meias-finais (eliminado pelo Benfica). Para a época seguinte a direção leonina comandada por Brás Medeiros contratou Fernando Vaz, pelo que o argentino voltou à orientação dos juniores. No entanto, a 24 de Janeiro de 1960, regressou como técnico principal. Reestreou-se magistralmente, com 6-1 ao FC Porto (a maior vitória de sempre do Sporting frente ao Porto para o Campeonato), e apesar de ter feito uma carreira perto da perfeição acabou substituído por Alfredo González após...

Acosta – O nosso “matador”

Alberto Frederico Acosta nasceu a 23 de Agosto de 1966. Depois duma carreira que já ia longa, com passagens por França, Chile e Japão (para além, claro, da sua Argentina), chegou ao Sporting numa altura em que a equipa leonina vivia “órfã” duma referência no seu ataque. Apesar de já ter muitas internacionalizações pelo seu país, os sportinguistas duvidaram da sua capacidade, sobretudo pelo facto de já contar 32 anos. Estreou-se oficialmente a 19 de Dezembro de 1998 numa derrota (“mentirosa”) nas Antas por 3-2 e marcou o seu 1º golo (bisou) a 31 de Janeiro de 1999 numa receção à Académica (5-0). Com Mirko Jozic (que o indicara ao clube) não jogou muito, até porque passou por um período largo de adaptação (o que acontece com muitos sul-americanos que chegam à Europa). Na temporada seguinte Materazzi parecia não contar com ele mas a chegada de Augusto Inácio ao comando técnico do Sporting e a firme aposta no argentino fê-lo transfigurar-se, a ponto de se tornar um verdadeiro ídolo dos sportinguistas e de ter sido um dos principais protagonistas na conquista do Campeonato Nacional de 2000, 18 anos depois… Nessa época foi o melhor marcador da equipa com 24 golos. Desse ano fantástico ficaram muitas recordações, as mais fortes das quais, no entanto, terão sido a magnífica exibição na Luz para a Taça de Portugal (com 2 golos) e o remate fantástico que valeu o 2º tento contra o FC Porto no jogo da “viragem” do Campeonato. Em 2000/01 voltou a estar em grande plano, foi mais uma vez o artilheiro da equipa (21 golos) e contribuiu para o triunfo...

Paulo Guerra – “O rei da lama”

Paulo Alexandre Martins Guerra nasceu a 21 de Agosto de 1970 em Barrancos (Alentejo).  A sua paixão pelo Atletismo começou cedo, e o seu 1º clube foi o da terra – Barrancos Futebol Clube. Mais tarde esteve no Grupo Desportivo Diana (1988) e no Arraiolense (1989). Representou Portugal pela 1ª vez no Campeonato Europeu de  Crosse (Juniores) em Stavanger, tendo obtido o 34º lugar. Ingressou no Sporting em finais de 1990. Em Março de 1991 ajudou os leões a vencer o Campeonato Nacional de Crosse com um 12º lugar. Numa altura em que o gémeos Castro estavam no auge da sua forma, Guerra começava praticamente na “alta roda”. Orientado por homens como Moniz Pereira, Bernardo Manuel e Rafael Marques, sagrou-se Campeão Regional de Crosse em Janeiro de 1993, e essa foi a 1ª vez que deu realmente nas vistas de verde e branco. Na Taça dos Campeões Europeus ficou num magnífico 4º lugar ajudando os leões a sagrarem-se campeões pela 13ª vez. No Nacional ficou em 5º e o coletivo leonino voltou a vencer. Após 3 anos em claro crescendo ao serviço do Sporting surgiu a notícia inesperada em Setembro de 1993 –  Paulo Guerra rescindiu contrato com os leões e assinou pelo Maratona Clube de Portugal. Afirmou na altura que: “A transferência não se efetuou por dinheiro, apesar de ir receber um pouco mais, mas sim para que o pagamento do meu salário não esteja dependente das receitas do Futebol…” Pelos maratonistas consolidou uma carreira de sucesso. Foi tetra-campeão europeu de Crosse (1994, 1995, 1999 e 2000) e conseguiu um 3º lugar no Mundial de 1999. A nível...

João Pinto – “O grande artista”

João Manuel Vieira Pinto nasceu a 19 de Agosto de 1971 no Porto. Afirma que “Quando era miúdo o modelo que gostava de criar, o jogador que gostava de ser, passava por Chalana, Oliveira, Gomes, Futre… Mas aos 10 anos já só queria ser eu próprio…” Era um “puto reguila”, vivia num bairro de gente pobre (Falcão), e passava quase todo o tempo a jogar futebol. Começou no Águias da Areosa, e depois de brilhar num torneio (frente ao Porto) foi convidado e ingressar no Boavista. Mais tarde sagrou-se Campeão do Mundo de sub-20, em 1989 e 1991. Logo a seguir foi transferido para o Atlético de Madrid onde poderia cumprir o sonho de jogar ao lado de Futre, mas acabou recambiado para o Atlético Madrileño e rapidamente voltou ao Bessa… Decisivo para a conquista da Taça de Portugal de 1992 (de novo frente ao Porto – que o recusara em miúdo) valeu 500.000 contos numa transferência para o Benfica. No Verão de 1993 esteve muito perto do Sporting, mas acabou por permanecer na Luz, fazendo na temporada que se seguiu o “jogo da sua vida”, em Alvalade, onde marcou 3 golos num 6-3 para os encarnados que lhes valeu o título. Com os anos tornou-se verdadeiramente um “símbolo” no Benfica, levando a equipa “às costas” em inúmeras ocasiões, pelo que todos colheu de surpresa a sua dispensa, no final da época de 2000, por Vale e Azevedo… Desta vez o Sporting foi lesto e contratou-o. No Alvalade foi excelentemente acolhido pela maioria dos sportinguistas, enquanto milhares e milhares de benfiquistas não queriam acreditar que tinham perdido o seu...

José Luzia – Um dos mais brilhantes andebolistas que vestiu de verde e branco

José Alfredo Buco Luzia nasceu a 18 de Agosto de 1963. Iniciou a carreira em 1976 na Académica da Amadora. Foi um dos melhores andebolistas portugueses de sempre (talvez o mais marcante da geração que antecedeu a de Carlos Resende). Atleta de vastos recursos, polivalente (era central, pivô ou lateral-esquerdo), algo temperamental, nunca escondeu o seu amor ao Sporting. Jogou cerca de 20 anos, passando pelos principais clubes portugueses (Sporting, Porto, ABC, Benfica, Académica de Coimbra, Belenenses e Almada). Em Alvalade, enquanto jogador, foi Campeão Nacional de Juvenis em 1980, ganhou a Taça de Portugal em 1983 e o Campeonato Nacional em 1984. 3 anos depois foi campeão pelo ABC. Alinhou cerca de uma centena de vezes pela Seleção Nacional e marcou 168 golos. Morreu a 6 Junho 2004 vítima de doença prolongada numa altura em que era técnico-adjunto do Sporting (desde a temporada anterior – e já o tinha sido também em períodos passados). Após a conquista da Taça de Portugal (17 dias depois), o treinador Fran Teixeira homenageou-o, exibindo na camisola uma foto sua com o falecido adjunto estimado por todos. Atletas brilhantes e de diferentes gerações como, por exemplo, João Gonçalves e Ricardo Andorinho, expressaram publicamente o seu apreço por Luzia e o facto de terem sido fortemente marcados por ele, tanto ao nível humano como desportivo. Poucos dias após a sua morte, João Gonçalves publicou um texto no jornal “Correio da Manhã” referindo-se ao amigo perdido. Vale a pena recordá-lo: “Extrovertido, sempre com um sorriso, o Zé era amigo do seu amigo e dispunha bem quem o rodeava. Como ele costumava dizer, estava sempre pronto para algo...
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