Bobby Robson – Uma figura do Futebol internacional

Robert William Robson nasceu a 18 de Fevereiro de 1933 em Sacriston – Inglaterra. Influenciado pelo pai, descobriu o encanto pelo futebol e com 17 anos já era profissional no Fulham. Em 7 anos no clube londrino destacou-se como ponta-de-lança passando depois para o West Bromwich Albion. A seguir chegou à Seleção. Em 1962 regressou ao Fulham onde se tornou treinador de sucesso. Em 1969 começou um grande trabalho no Ipswich Town construindo uma equipa que anos depois brilharia a nível interno e na Europa. Em 1982 chegou à Seleção inglesa onde se manteve 6 anos, partindo então para o PSV Eindhoven onde se sagrou por duas vezes campeão holandês. No defeso de 1992 chegou ao Sporting pela mão de Sousa Cintra (tendo como adjuntos Manuel Fernandes e José Mourinho – este mais no papel de tradutor) e por sua iniciativa homens como Stan Valckx, Juskowiak, Capucho, Cherbakov ou Porfírio começaram a dar nas vistas no Alvalade. O início do seu percurso de verde e branco foi complicado e apesar de alguns bons momentos nada conseguiu conquistar. Ainda assim continuou para 1993/94, contando então com reforços como Costinha, Paulo Sousa ou Pacheco. Começou bem a temporada mas uma eliminatória que pareceu “embruxada” frente ao Casino Salzburgo, no qual o Sporting venceu em casa por 2-0 (com Figo a atirar duas bolas nos postes) e perdeu fora por 3-0 (após prolongamento), sofrendo o 2º golo aos 90 minutos, atirando 3 bolas aos postes e ainda sendo vítima duma péssima exibição do guarda-redes Costinha, levou a que Sousa Cintra perdesse a paciência e o substituisse por Carlos Queiroz, por quem o...

Dominguez – Um extremo com enormes potencialidades

José Manuel Martins Dominguez nasceu a 16 de Fevereiro de 1974 em Lisboa. Depois de jogar nas camadas jovens do Benfica (onde já mostrava dotes extraordinários mas foi dispensado por ser muito baixo…), esteve em Inglaterra, e foi a Birmingham (onde se tornara um ídolo dos adeptos locais – e já chegara à Seleção Nacional de sub-21) que o Sporting foi adquirir o seu passe. Dizia-se na altura que os responsáveis leoninos achavam que Dominguez, pela sua técnica magnífica (com toques verdadeiramente artísticos) era homem para causar, pelo menos, um penalty por jogo a favor da equipa. Carlos Queiroz (e depois Fernando Mendes e Octávio Machado) apostaram forte no novo extremo (39 presenças) nessa 1ª temporada, e a verdade é que Dominguez até correspondeu parcialmente às expetativas. Estreou-se oficialmente no dia 23 de Agosto de 1995 nas Antas numa partida (de grandes emoções) para a Supertaça que terminou empatada 2-2, obrigando à realização dum 3º jogo (já em final de temporada e que o Sporting venceu). Marcou o 1º golo num Sporting-Desp. Chaves (4-1) para o Campeonato Nacional, realizado a 5 de Maio de 1996. Talvez devido à sua baixa estatura tinha uma rapidez de execução notável e um drible muito fácil. Abria brechas nas defensivas contrárias com grande facilidade mas deu a ideia de faltar sempre algo, talvez mais pragmatismo na hora de assistir para o golo e sobretudo no momento de rematar (apenas 1 golo…). Na temporada seguinte (com Robert Waseige e Octávio Machado) Dominguez chegou a ser um mistério para todos os adeptos leoninos. Jogava “que se fartava” mas quase sempre só era utilizado nos últimos 15...

Valadas – Canhoto entusiasmante “empurrado” para o grande rival…

Alfredo Valadas Mendes nasceu a 16 de Fevereiro de 1912 nas Minas de S. Domingos. Começou a carreira de futebolista muito cedo no Luso de Beja (aos 14 anos já dava nas vistas), e concretizou o seu sonho de menino (era um sportinguista de coração) ao chegar ao Sporting no defeso de 1931. Estreou-se oficialmente no dia 13 de Dezembro  (sob o comando de Arthur John) num empate frente ao Chelas (2-2) para o Regional de Lisboa. Marcou o 1º golo a 10 de Janeiro de 1932 num triunfo por 10-2 perante o Luso do Barreiro para a mesma competição. Logo nessa 1ª temporada de verde e branco ganhou um lugar como interior-esquerdo fruto das suas magníficas potencialidades. Não era um virtuoso em termos técnicos mas jogava com um entusiasmo e querer contagiantes. Chegou nessa altura a internacional e marcou logo na estreia frente à Jugoslávia. Na 2ª temporada de verde e branco Valadas confirmou tudo o que dele se esperava. Agora com Rudolf Jeny como treinador, foi mais utilizado como extremo-esquerdo e marcou presença assinalável na equipa que chegou à final do Campeonato de Portugal. Entretanto os responsáveis do Sporting haviam-lhe prometido um emprego que lhe permitisse ter mais estabilidade, mas a promessa não foi cumprida. Com alguma mágoa saiu do clube e esteve quase 1 ano sem jogar até chegar ao Benfica, onde lhe proporcionaram excelentes condições. No rival este sportinguista ferrenho construiu uma carreira magnífica recheada de títulos. O seu último jogo (grande exibição) pelo Sporting aconteceu no dia 2 de Julho de 1933 na final do Campeonato de Portugal frente ao Belenenses (1-3). Marcara o golo...

Diego Capel – Raça e irreverência

Diego Ángel Capel Trinidad nasceu a 16 de Fevereiro de 1988 em Albox – Espanha. Começou a jogar no Barcelona mas ainda menino transferiu-se para Sevilha marcando presença assídua nas seleções espanholas (foi campeão de Europa de sub-19 e sub-21). Já senior começou rapidamente a brilhar a grande altura despertando a cobiça dos maiores clubes espanhóis, mas a transferência acabou por nunca se concretizar. Foi contratado pelo Sporting ao Sevilha no defeso de 2011, uma contratação que deu brado porque se tratava de um futebolista internacional de grandes créditos em Espanha. O seu estilo fazia lembrar um pouco o de Paulo Futre pela forma como rompia pelo corredor esquerdo e entrava sem contemplações na área contrária “esburacando” defesas. Estreou-se oficialmente a 13 de Agosto de 2011 na 1ª jornada do Campeonato em Olhão (1-1) com o treinador Domingos Paciência. Marcou o 1º golo oficial a 2 de Outubro do mesmo ano, em Guimarães (foi mesmo o único golo da partida). Nessa 1ª temporada foi uma das grandes figuras da equipa somando 49 jogos (o 2º mais utilizado a seguir a Schaars) e 7 golos ajudando o conjunto a fazer uma meritória carreira na Liga Europa (chegou às meias-finais) e na Taça de Portugal (chegou à final, sendo surpreendentemente batida pela Académica). A época seguinte foi a pior da História do futebol do Sporting, que não passou de um constrangedor 7º lugar no Campeonato. Ainda assim, e logo a seguir a Rui Patrício, o espanhol foi a principal figura da equipa, sendo aliás muitíssimo estimado pelos adeptos que sempre viram nele um exemplo de abnegação. Fez 5 golos em 36...

Manoel – Possante e batalhador

Manoel da Silva Costa nasceu a 14 de Fevereiro de 1953 em Uruguaiana – Rio Grande do Sul – Brasil. Chegou a Alvalade proveniente do Internacional de Porto Alegre (onde havia feito toda a carreira até ao momento) já na parte final da temporada 1975/76. Disse na altura o jornal “A Bola” que Manoel chegou “dos 35 graus do Brasil para os 11 de Lisboa sem uma simples camisola porque não pensava embarcar tão de repente.” Na sua 1ª entrevista referiu que levou muito tempo a estudar o convite do Sporting, hesitando, com medo da revolução, mas acrescentou: “No Brasil, jornais, rádio e TV falam das vossas brigas mas tudo o que há cá de bom não passa lá, não!” Estreou-se oficialmente (sob o comando de Juca) a 11 de Abril em Braga (1-2) para o Campeonato Nacional, marcando o seu 1º golo (que valeu o apuramento) a 15 de Maio nos 1/4 final da Taça de Portugal frente ao Varzim (1-0). Na temporada seguinte (já com Jimmy Hagan) formou um trio de ataque magnífico com Keita e Manuel Fernandes. Os leões tiveram uma 1ª metade de temporada excelente mas depois baixaram muito de rendimento acabando por não conseguir qualquer título. A 13 de Março de 1977 Manoel teve o momento mais alto ao serviço do Sporting, marcando os 3 golos com que os leões eliminaram o Benfica da Taça de Portugal. Para 1977/78 chegou Jordão e o trio virou quarteto. É evidente que não jogavam todos ao mesmo tempo (até porque Jordão esteve muito tempo lesionado), mas Paulo Emílio e, posteriormente, Rodrigues Dias, não se podiam queixar de falta de...

Ricardo – Magníficos reflexos e muito bom jogo de pés

Ricardo Alexandre Martins Soares Pereira nasceu a 11 de Fevereiro de 1976 no Montijo. Começou por jogar no clube da sua terra (chegou a ser avançado – e por isso, mais tarde, como senior, jogava muito bem com os pés) até o treinador Manuel José (então do Boavista) o contratar com apenas 19 anos. No Bessa começou, pouco a pouco, a destacar-se ganhando a titularidade e conquistando troféus (avultando o título de campeão em 2000/01), o que o levou a chegar à Seleção nacional. Aí foi criada grande polémica pela preferência de Scolari por ele em detrimento de Vítor Baía, mas, com “nervos de aço”, Ricardo foi desempenhando de forma positiva o seu papel por Portugal (onde somou 79 internacionalizações). Destacou-se nesse particular nos “lendários” desempates por pontapés da marca de grande-penalidade frente à Inglaterra. Depois de estar pertíssimo de assinar pelo Benfica acabou contratado pelo Sporting no Verão de 2003. Estreou-se oficialmente a 16 de Agosto frente à Académica (2-1), em jogo da 1ª jornada do Campeonato Nacional. No Sporting esperava-se de Ricardo que fosse um super guarda-redes, o que não se verificou. Ainda assim foi titularíssimo logo na 1ª época, com Fernando Santos. Na temporada seguinte (sob o comando de José Peseiro) voltou a ser o “dono da baliza”, no entanto tanto se mostrava muito bom “entre os postes” como algo comprometedor fora deles. Nesse ano, 2005, ajudou os leões a chegar à final da Taça UEFA, mas um misto de erro seu com carga de Luisão levou a uma derrota na Luz que deitou tudo a perder no Campeonato Nacional… Em 2005/06, após a chegada de...

Naybet – Raçudo e muito eficaz

Nourredine Naybet nasceu a 10 de Fevereiro de 1970 em Casablanca – Marrocos. Começou a carreira no Wydad, da sua cidade, onde se fixou na equipa principal com apenas 19 anos. 5 épocas depois chegou à Europa onde deu nas vistas ao serviço do Nantes de França. No defeso de 1994, com a premência de contratar jogadores de qualidade para o centro da defesa, Sousa Cintra “resgatou-o” por 300.000 contos e em boa hora o fez. Chegado a Alvalade logo mereceu a confiança de Carlos Queiroz para fazer dupla com Marco Aurélio (com quem se complementava muito bem). Estreou-se oficialmente a 20 de Agosto de 1994 num triunfo em Faro por 2-0 e marcou o 1º golo numa vitória em Leiria por 3-0, a 26 de Novembro.  Nessa 1ª época em Alvalade realizou 31 jogos oficiais e ajudou à conquista da Taça de Portugal. Na temporada seguinte manteve-se em nível muito alto e ganhou coletivamente a Supertaça. No Verão de 1996 o Sporting não o conseguiu “segurar”, vendendo o seu passe para o Deportivo da Corunha. O seu último jogo foi a final da Taça de Portugal frente ao Benfica (1-3) a 18 de Maio de 1996. Assim, acabou por permanecer apenas duas temporadas no Sporting nas quais deixou uma excelente imagem de jogador raçudo e muito eficaz. Fez 73 jogos oficiais e marcou 6 golos, ganhando uma Taça de Portugal e uma Supertaça. Em Espanha teve grande sucesso (chegando inclusivamente a campeão pelo Deportivo, onde esteve 8 anos). Terminou a carreira em 2006 após duas temporadas no Tottenham, passando a colaborar no corpo técnico da Seleção do seu país....

Ionela Târlea – Velocista de craveira mundial

Nasceu a 9 de Fevereiro de 1976 em Craiova – Roménia. Atleta de grande nível, tinha conseguido ficar entre as finalistas olímpicas na prova dos 400 metros barreiras, mas sem chegar às medalhas, em 1996, (Atlanta – 7ª classificada) e 2000 (Sidney – 6ª classificada). Em Atenas (2004) ganhou finalmente uma medalha ao classificar-se no 2º lugar numa prova emocionante com 53,38s ficando a 56 centésimos do ouro, que foi para a grega Fania Halkin. “Sinto-me muito satisfeita porque era um objetivo que vinha perseguindo desde Atlanta. Em Sidney melhorei, mas não foi o suficiente e esta era a oportunidade que não podia desperdiçar”, confessou no final a atleta romena, cuja ligação ao Sporting (durante 3 anos) fez questão de sublinhar aos jornalistas presentes: “O Sporting é o melhor clube de Atletismo que existe”, afirmou. A medalha de Ionela Tirlea foi a 4ª conquistada pelos atletas do Sporting nos Jogos Olímpicos de Atenas: depois de Yuri Bilonog (1º no lançamento do peso), Francis Obikwelu (2º nos 100 metros) e Rui Silva (3º nos 1.500 metros). Já nesse ano de 2004, em Junho, Ionela tinha estado em destaque ao vencer os 200 e 400 metros na Taça do Campeões Europeus de Atletismo, factos decisivos para o 6º lugar final obtido e manutenção da equipa sportinguista na elite europeia. No palmarés da romena constam ainda, como feitos mais notáveis, as vitórias no Campeonato do Mundo de juniores em 1994 (400 metros barreiras), Campeonato do Mundo de pista coberta em 1999 (200 metros) e Campeonato da Europa em 2002 (400 metros...

Anderson Polga – O 1º CM em Portugal e o estrangeiro que mais jogou de verde e branco

Anderson Corrêa Polga nasceu a 9 de Fevereiro de 1979 em Santiago – Brasil. Chegou ao Sporting proveniente do Grémio de Porto Alegre (onde sempre jogara) no defeso de 2003, tornando-se o 1º Campeão do Mundo (venceu pelo Brasil a Copa de 2002) a jogar em Portugal. Estreou-se oficialmente (com o treinador Fernando Santos) a 16 de Agosto numa partida frente à Académica para a 1ª jornada do Campeonato (triunfo por 2-1) que decorreu em Taveiro. Demorou algum tempo a adaptar-se mas não tardou muito a fixar-se numa dupla de centrais com Beto. Na temporada seguinte, com José Peseiro, a situação manteve-se (apesar do brasileiro continuar a não convencer). Coletivamente os sucessos voltaram a não surgir e Polga “digeriu” mal a ausência na final da Taça UEFA no Alvalade frente ao CSKA Moscovo. Depois dum início terrível de temporada em 2005/06, Paulo Bento substituiu José Peseiro no comando da equipa. Com o novo técnico, Anderson Polga (agora ao lado de Tonel) ganhou mais consistência no seu jogo. Na época seguinte o Sporting ganhou a Taça de Portugal e ficou a 1 ponto do Porto no Campeonato. Polga foi a par de Liedson um dos 3ºs mais utilizados (39 presenças), apenas superados por João Moutinho (41) e Nani (40). A sua prestação foi quase imaculada, mantendo apenas o senão de não fazer golos a nível interno, o que não sendo absolutamente fundamental para um central acaba por ser uma mais-valia importante. Ainda assim, a 2 de Outubro de 2007, marcou o seu 1º golo oficial num triunfo em Moscovo frente ao Spartak por 2-1 para a Liga dos Campeões (a...

César Prates – Um “TGV” no corredor direito

César Luís Prates nasceu a 8 de Fevereiro de 1975 em Aratiba – Brasil. Depois de brilhar (ainda muito jovem) no Internacional de Porto Alegre foi contratado pelo Real Madrid, onde nunca se conseguiu impôr. Passou períodos de sucessivos empréstimos a vários clubes brasileiros (com diversos títulos) até que chegou ao Sporting no “mercado de Inverno” de 1999/00. Estreou-se oficialmente (sob o comando de Augusto Inácio) a 12 de Janeiro de 2000 numa receção à União de Leiria para a Taça de Portugal e marcou o golo solitário da partida. Rapidamente ganhou o lugar no lado direito da defesa devido à forma incisiva como se movia nesse corredor. Lateral rápido, com boa capacidade para centrar e rematar, teve 18 presenças e deu um contributo importante para o título de campeã nacional da equipa sportinguista. No final da época os leões adquiriram o seu passe aos madrilenos. Na temporada seguinte (com Inácio, Fernando Mendes e Manuel Fernandes) manteve-se em bom plano, sendo indiscutível na sua posição (41 presenças) e ajudando a ganhar a Supertaça. 2001/02 foi uma época gloriosa para o Sporting mas não tanto para o veloz brasileiro. Laszlo Bölöni, com um meio campo ofensivo e ataque muito criativos, privilegiava a segurança defensiva e por isso optava por defesas “puros” nessa posição, preferindo até a ela adaptar Beto ou Quiroga. Assim, César Prates até foi dos suplentes mais utilizados, mas mais como médio-ala direito. Na época seguinte a situação manteve-se, pelo que acabou por sair para o Galatasaray no defeso de 2003. O seu último jogo pelos leões foi realizado no Estádio das Antas frente ao FC Porto a 1...
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