Estreia magnífica do novo técnico Imbelloni com “show” de Faustino

24 de Janeiro de 1960. O Sporting até ia bem (apenas a 1 ponto do líder Benfica) mas desinteligências entre o técnico Fernando Vaz e a direção afastaram o treinador do comando técnico do Sporting. O principal motivo foi o empate, uma semana antes, em Coimbra a duas bolas devido a um golo de Wilson a 4 minutos do fim que retirou o comando do Campeonato aos sportinguistas. O líder dos juniores, Mário Imbelloni, assumiu assim a responsabilidade (provisória) de dirigir a equipa na difícil (assim se esperava) receção ao FC Porto.

O Sporting apresentou-se com: Octávio de Sá; Lino e Hilário; Mendes (cap), Lúcio e França; Hugo, Faustino, Vadinho, Diego e Seminário.

Os verde e brancos entraram na partida com uma disposição que fez prever aquilo que se iria passar. Logo aos 17 minutos a equipa da “casa” inaugurou o marcador. Vadinho recebeu a bola à entrada da área contrária, dominou bem, virou-se e rematou rasteiro – a bola ainda tabelou no poste e anichou-se no fundo da baliza de Acúrsio. 12 minutos depois, num lance do ataque leonino, Seminário chutou mal, a bola já ía a sair pela linha de cabeceira quando Diego a captou e passou atrasado a Faustino, que, muito expedito, a meteu dentro da baliza portista fazendo o 2-0, resultado com que se chegou ao intervalo.

Logo no 1º minuto do 2º tempo o marcador subiu para 3-0. Vadinho conduziu a bola pela extrema-direita, “sentou” Paula e centrou. Faustino, de mergulho, mandou-a para as redes, concretizando um tento de belo efeito. Aos 55 minutos foi Hugo a centrar e Vadinho a concretizar, aumentando a parada para 4-0. 2 minutos depois o “massacre” continuou, agora com um golo de muita sorte. Faustino, da extrema-direita, rematou frouxo, Vadinho emendou a trajetória da bola pelo caminho, que ainda tabelou num defesa portista. Perante tantas mudanças de direção do esférico Acúrsio ficou inapelavelmente batido.

Aos 68 minutos de jogo os portistas conseguiram o tento de honra. Daucik aventurou-se pela defesa leonina com alguma lentidão. Hilário e Lúcio não o “levaram a sério” e Octávio de Sá tão pouco, pois ao remate do jogador azul e branco deu pouquíssima oposição, deixando a bola passar-lhe por baixo da barriga. Finalmente, no último minuto, uma bela jogada individual de Seminário deu o 6-1. Depois de ultrapassar vários adversários, o peruano entrou na área e desviou com propósito a bola de Acúrsio.

Pôde dizer-se que houve um golpe psicológico na equipa do Sporting com a mudança de treinador. No final, Imbelloni referiu: “Os rapazes cumpriram e o resultado está à vista. Merecemos ganhar porque fomos mais incisivos, mais oportunos e também mais felizes, especialmente nos lances de golo. Não existe entre o futebol praticado pelo Sporting e o FC Porto tanta diferença, mas… é o futebol!”

Faustino (foto de arquivo) foi a grande figura da equipa do Sporting nesta tarde de Domingo. Diego e Mendes também estiveram em grande plano.

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