Acosta e Schmeichel fantásticos no derby para a Taça de Portugal

26 de Janeiro de 2000. Nos oitavos-de-final da Taça de Portugal, grande espetáculo no Estádio da Luz num sempre apetecido Benfica-Sporting. Sob o comando de Augusto Inácio, a equipa leonina: Schmeichel; César Prates, Beto, André Cruz (Quiroga) e Rui Jorge; Vidigal e Delfim; Mpenza, Pedro Barbosa (Toñito) e De Franceschi (Fumo – único jogo oficial do moçambicano); Acosta.

Foram cerca de 20.000 os sportinguistas que se deslocaram à Luz, e como que motivados por tão grande falange de apoio na “casa” do adversário, os leões começaram o encontro em grande velocidade. Apesar de tudo Schmeichel foi o 1º guarda-redes chamado a intervir com dificuldade, após uma jogada de entendimento entre João Pinto e Nuno Gomes.

O Sporting explorava muito bem os flancos através dos laterais e dos médios-ala. Aos 13 minutos o italiano De Franceschi desembaraçou-se de Andrade e centrou de pé direito para Acosta cabecear muito bem, inaugurando o marcador.

Acosta (chegou atrasado a centro de Pedro Barbosa) e De Franceschi (em excelente posição, atirou contra o corpo de Andrade) podiam ter aumentado a vantagem, mas os locais reagiram obrigando o guardião dinamarquês leonino a boas intervenções.

Aos 34 minutos, na marcação irrepreensível dum livre-direto, Uribe fez o empate. O Sporting não se afetou, e após uma excelente defesa de Enke para canto a remate de De Franceschi, César Prates enviou a bola para a cabeça de Acosta. O argentino, a fazer uma excelente época (correspondendo à fama com que viera rotulado na temporada anterior), atirou-a para a baliza, onde entrou após um ligeiro desvio de André Cruz. Tudo isto aos 37 minutos – e o Sporting estava de novo na frente.

Antes do intervalo, Mpenza e Acosta ainda podiam ter marcado, numa 1ª parte verdadeiramente espetacular.

Nos primeiros 20 minutos do 2º tempo Schmeichel foi enorme, evitando o empate em várias situações criadas pelos irrequietos João Pinto e Nuno Gomes. O Sporting, apesar de mais remetido à defensiva, também gerou boas situações de golo por Acosta, Vidigal e Mpenza (o belga esteve inspirado).

Aos 74 minutos o grego Machairidis cometeu falta sobre Acosta na área encarnada – viu o 2º cartão amarelo e foi expulso. Na conversão, Acosta fez o 1-3.

O Benfica não se entregou, e ainda e sempre pela sua excelente dupla atacante tentou minimizar os estragos, mas a 4 minutos do fim foi o Sporting a marcar outra vez com um belo petardo de Mpenza (após assistência de Toñito), anulado por Vítor Pereira (lance que deixou muitas dúvidas). 2 minutos depois o belga esteve de novo quase a marcar, mas Enke fez uma excelente defesa.

O final chegou com a vitória sportinguista por 3-1 num grande jogo de futebol em que o coletivo verde e branco se sobrepôs ao adversário, numa exibição extremamente personalizada. O grande protagonista do jogo foi o argentino Beto Acosta: “Foi uma grande partida e o nosso triunfo foi merecido. É sempre bom marcar, ainda para mais quando se trata dum derby. Finalmente as pessoas afeiçoaram-se a mim, o que me dá muita força para continuar a trabalhar”.

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1 Comment

  1. Tinha ideia que a expulsão do grego, foi por cartão cor de bosta directo… o A. Acosta ia isolado, quando o tipo o agarrou.

    Mais uma do (dito) sócio cinquentenário Leonino: o anular do golo do Mpenza, que daria o 4-1, é nojento!!!

    Já np 1º Domingo desse mês, jogámos lá para o campenato, empatámos lá a zero e ainda na 1ª parte, uma jogada entre Acosta e Ayew (julgo!), deu origem a um golo, também num excelente remate… que também seria incompreensivelmente “não considerado”!!!

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