Jogaço frente ao “velho rival” para a Taça de Portugal

29 de Janeiro de 1984. Neste dia o futebol do Sporting viveu um dos seus melhores momentos da época com a eliminação do Benfica da Taça de Portugal, em jogo correspondente aos oitavos-de-final. O Sporting-Benfica foi considerado pela imprensa “um jogo memorável. A partida teve futebol de grande dimensão e uma competitividade que fez jus à história de rivalidade entre os 2 colossos de Lisboa”.

Com bancadas quase repletas, a equipa apresentada por Jozef Venglos foi a seguinte: Katzirz; Gabriel, Venâncio (Lito), Zezinho e Mário Jorge; Virgílio; Kostov, Oliveira e Romeu (Carlos Xavier); Manuel Fernandes (cap) e Jordão.

O Sporting entrou muito bem no jogo surpreendendo e confundindo claramente o Benfica de Eriksson. Basta dizer, para o confirmar, que nos primeiros 3 minutos os verde e brancos desperdiçaram 3 oportunidades flagrantíssimas para se adiantar no marcador. Ainda assim, e completamente contra a corrente do jogo, o Benfica foi a primeira equipa a marcar, logo aos 8 minutos. Na sequência dum canto a defensiva sportinguista afastou o esférico para longe, mas Carlos Manuel, a uns 30 metros da baliza do húngaro Katzirz, rematou espetacularmente não tendo o guardião leonino, sequer, esboçado a defesa.

Até ao intervalo um verdadeiro “furacão leonino” continuou de assalto às redes benfiquistas, mas por isto ou por aquilo a bola não chegou a entrar na baliza encarnada… Relembre-se um cabeceamento espetacular de Jordão à trave para exemplificar o domínio sportinguista.

Aos 52 minutos Zezinho e Carlos Manuel foram expulsos por se agredirem mutuamente. 7 minutos depois os leões chegaram (finalmente) ao empate numa jogada de insistência na qual a bola foi parar à posse de Jordão, que, ainda de muito longe, arriscou o remate obtendo um golo extraordinário.

Faltavam 11 minutos para a partida terminar quando, após uma excelente jogada individual, Lito levou a bola à cabeceira e centrou de forma magnífica para os pés de Manuel Fernandes, que rematou da melhor forma para o fundo das redes de Bento (a bola ainda tabelou em Bastos Lopes) – estava dada a reviravolta no marcador.

Curiosamente, neste 2º tempo, o Benfica até esteve melhor que no 1º, criando inclusivamente oportunidades (se bem que escassas) para chegar ao 0-2, mas, apesar disso, “a vitória acabou por assentar como uma luva ao Sporting, que fez da rapidez a sua principal arma”, e que, mais uma vez, contou com o desafortúnio de Venâncio, que se voltou a lesionar.

Jordão foi a grande figura da equipa com uma grande exibição. A entrada de Lito para a extrema direita foi providencial, Manuel Fernandes voltou a demonstrar a sua utilidade e o jovem Venâncio, enquanto jogou, voltou a mostrar-se um ótimo elemento.

Na cabina do Sporting o ambiente era de grande vibração depois duma grande exibição e uma ótima vitória frente ao rival de sempre. Para o técnico Venglos: “Assistiu-se a um jogo de dimensão internacional. O resultado corresponde inteiramente ao desenrolar do encontro. Estiveram em campo duas grandes equipas e o público assistiu a um grande espetáculo. O Sporting jogou muito bem na 1ª parte e poderia ter aí resolvido a eliminatória. Todos os jogadores estiveram bem, demonstrando grande força moral para dar a volta ao resultado.”

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1 Comment

  1. Um jogo memorável que tive o privilégio de assistir, apesar de estar na bancada sul, que nesta altura era tudo ao molho e fé em deus, saltei de alegria pela passagem à eliminatória… SCP4EVER!!!!

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