Rui Jorge – O esquerdino fiável de personalidade forte

Rui Jorge de Sousa Dias Macedo de Oliveira nasceu a 27 de Março de 1973 em Vila Nova de Gaia. Oriundo das camadas jovens do FC Porto, esteve uma época emprestado ao Rio Ave, impondo-se depois nos portistas, clube pelo qual chegou a internacional (duas vezes).

Chegou ao Sporting no defeso de 1998 envolvido numa troca de jogadores entre leões e dragões. Rui Jorge e Bino vieram para Alvalade, enquanto Costinha e Peixe fizeram o caminho inverso. Graças a ele os sportinguistas vieram a considerar essa transação bem proveitosa para as suas cores.

Estreou-se oficialmente (sob o comando de Mirko Jozic) a 24 de Agosto de 1998 no Vitória de Setúbal-Sporting (1-1) para a 1ª jornada do Campeonato Nacional, tendo marcado o 1º golo a 13 de Dezembro do mesmo ano numa receção ao Braga (4-1). Nessa 1ª temporada entre os leões jogou preferencialmente no lado esquerdo do meio campo e não foi um titular indiscutível (27 presenças).

No ano seguinte, com Inácio, voltou à sua posição preferencial (de onde nunca mais saiu) na esquerda da defesa, tornando-se protagonista na equipa – situação que manteve enquanto permaneceu em Alvalade, até ao final da temporada 2004/05 (até ao termo da carreira só fez mais uma época, no Belenenses – onde iniciou o percurso de treinador).

Jogou pela última vez a 22 de Maio de 2005 num Sporting-Nacional da Madeira (2-4), partida derradeira duma semana terrível para a equipa, que de poder ser Campeã Nacional e ganhar a Taça UEFA, acabou sem qualquer título.

No total esteve 7 épocas no Sporting tendo realizado 243 jogos e marcado 5 golos. Ganhou 2 Campeonatos Nacionais, uma Taça de Portugal e duas Supertaças.

Ficou para a História do Sporting como um futebolista muito pendular, plenamente confiável. Todos os adeptos sabiam que “por ali” não haveria problemas nem comprometimentos. Por outro lado foi parte integrante da equipa numa altura em que o Sporting voltou aos títulos (ele que veio como campeão do FC Porto) nos quais deixou uma marca muito palpável. Muitos viam nele uma espécie de talismã.

Outra faceta notada de Rui Jorge era o seu discurso e forte personalidade. Nas conferências de imprensa, nos “flashes interviews”, nas entrevistas, sempre mostrou uma faceta de alguém que dizia algo importante fugindo aos “clichés” tão habituais nos intervenientes no mundo do Futebol.

Foi internacional A por 45 vezes (1 golo), com presenças nas fases finais do Euro 2000 e 2004 e do Mundial 2002, e atualmente dirige a Seleção portuguesa de sub-21. Quem sabe um dia poderá regressar ao clube um homem que deixou uma imagem fantástica e que tem sempre muito a acrescentar por onde passa.

Em 2004 foi Prémio Stromp e 2 anos depois recebeu o “Leão de Prata”.

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