Um pouco sobre Cristiano Ronaldo fora dos campos de futebol

Toda a gente conhece o nome Cristiano Ronaldo. Toda a gente conhece os seus feitos desportivos, conquistas e vitórias e as capacidades técnicas. E o que toma forma fora dos relvados?

Cristiano Ronaldo dos Santos Aveiro nasceu no Hospital da Cruz de Carvalho, no dia 5 de fevereiro de 1985. Era o quarto filho de Dolores Aveiro, cozinheira de uma escola primária, e de José Dinis Aveiro, jardineiro da Câmara Municipal do Funchal. O nome Ronaldo veio do pai, pois era fã do ator e Presidente dos Estados Unidos Ronald Regan. Cristiano, foi escolhido pela tia que trabalhava num orfanato.

Ronaldo não era dos melhores alunos. Segundo a mãe, ela não o castigava como os professores a aconselhavam. Ele tinha era de treinar muito para se tornar um grande jogador. Quando chegava a casa pegava num iogurte e numa bola antes de voltar para a rua e só regressava a casa já de noite, muitas vezes depois da meia-noite.

Cristiano cresceu com pouco, no bairro mais pobre da Madeira, vestia roupa velha e remendada. Vivia numa casa de blocos de madeira e tijolo sem pintura, com um telhado de zinco e as paredes cobertas de chaparia de metal.

Conhecido como o “Menino Chorão”, por causa das birras que fazia sempre perdia um jogo, Cristiano Ronaldo começou a jogar futebol no Andorinha, um clube da ilha da Madeira. Em 1997, arrumou toda a sua roupa numa mochila e rumou a Lisboa para integrar as camadas jovens do Sporting.

Deixar a sua família e amigos, a sua casa e tudo o que sempre conheceu com apenas 12 anos foi algo muito duro para Cristiano. Como seria normal para qualquer criança. Mudou-se para a residência do clube dentro do antigo estádio de Alvalade, pois na altura ainda não existia a academia do clube em Alcochete.

Apesar de ter dito à sua mãe que ia perseguir o seu sonho quando deixou a Madeira, os primeiros meses foram muito difíceis. Todos os dias carregava o cartão do telefone para ligar à família. Chorava e implorava para voltar para casa, tinha muitas saudades dos amigos e dos irmãos e estava muito triste. A mãe nunca cedeu e encorajava-o a perseguir uma carreira no mundo do futebol, era tudo o que ele tinha.

O seu sotaque também não ajudava. Muitas vezes era gozado pelos seus colegas na escola e no clube. Passava muito tempo no quarto sozinho a repetir as mesmas palavras até lhe parecer que eram iguais às dos outros colegas. O seu orgulho trouxe-lhe alguns castigos na Academia do Sporting, mas a solidão a que se confinava tornou-o obcecado com a carreira e em provar a todos que era o melhor. Começou a treinar com pesos nos tornozelos e a treinar até mais tarde, mesmo quando todos os seus colegas já tinham ido embora.

Toda a persistência e capacidade de auto-aperfeiçoamento contínua tornaram-no no excelente atleta e profissional que Ronaldo indubitavelmente é. No entanto, Cristiano é um ávido empresário fora dos campos. Apesar do salário milionário que ganha como futebolista, CR7 tem a plena consciência de que a carreira de um jogador acaba mais cedo do que em outras profissões ou, em casos piores, poderá acabar mais cedo ainda por alguma lesão grave.

Para além das campanhas publicitárias, tem lançado os seus próprios negócios como, por exemplo, roupa interior, sapatos, camisolas, cobertores e fragrâncias. E como se tal não lhe chegasse, abriu o seu próprio museu na Madeira e um hotel. Apostando numa carreira noutros campos verdes, em 2015, Ronaldo iniciou uma trajetória no poker. “Comecei a jogar poker há alguns anos e adoro a competitividade, a estratégia e o divertimento. Estou ansioso por levar o meu jogo para as mesas online a ao vivo e conhecer os meus fãs, cara a cara”, disse na ocasião.

Cristiano sempre batalhou muito para alcançar o que alcançou e, talvez, dadas todas as dificuldades pelas quais passou, é também uma pessoa extremamente solidária. É embaixador na instituição Save the Children, empenha-se em várias causas sociais e recentemente comprometeu-se com ajuda financeira para apoiar a ilha da Madeira, após esta ter sido fustigada por vário incêndios.

Em 2015, a iniciativa Athletes Gone Good elegeu Cristiano Ronaldo como o atleta mais solidário do mundo.

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