Vidigal – Um centrocampista de grande pujança física

José Luís da Cruz Vidigal nasceu a 15 de Março de 1973 em Sá da Bandeira – Angola. 2º de 12 irmãos (vários dos quais futebolistas), começou por jogar no O Elvas, de onde transitou para o Estoril. Nos “canarinhos” (onde brilhou intensamente – na divisão de honra – chegando à Seleção de esperanças) esteve apenas uma época, pois no Verão de 1995 assinou pelo Sporting. Pelas suas caraterísticas físicas e estilo abnegado de jogar logo foi apelidado de “novo Oceano”.

Estreou-se oficialmente na 1ª jornada do Campeonato, a 20 de Agosto, nas Antas (1-2). Nessa 1ª temporada, na qual o Sporting conheceu 3 treinadores (Carlos Queiroz, Fernando Mendes e Octávio Machado), foi entrando gradualmente na equipa, acabando por fazer 26 jogos e ganhando a Supertaça (foi titular na partida decisiva, em Paris, frente ao FC Porto).

Na época seguinte voltou a jogar com alguma frequência mas sem assumir a titularidade (Oceano e Pedro Martins “reinavam” no miolo no terreno). Marcou entretanto o seu 1º golo a 23 de Agosto de 1996, num triunfo em Espinho por 3-1 – esta foi mesmo a sua época mais produtiva com 5 golos em 26 jogos.

Na época terrível de 1997/98, com 4 treinadores (Octávio, Francisco Vital, Vicente Cantatore e Carlos Manuel) continuou a patentear as suas caraterísticas mais marcantes – a entrega e a força, e fez aquele que foi talvez o golo mais importante da temporada – o que garantiu a vitória frente ao Belenenses na penúltima jornada e consequente acesso às provas europeias. Com Mirko Jozic, em 1998/99, voltou a ser uma alternativa credível para médio defensivo ou defesa central, mas entretanto chegaram Delfim e Duscher, e mais uma vez não foi 1ª escolha.

A sua última temporada em Alvalade foi a de 99/2000. Augusto Inácio fez dele uma das “traves mestras” do conjunto que conquistou o título nacional. Verdadeiro “pulmão” da equipa, com uma força inesgotável e vontade férrea, chegou à Seleção Nacional e acabou por sair no final para o Nápoles (por 1 milhão de contos). O seu último jogo oficial pelos leões realizou-se a 25 de Maio de 2000 e foi a finalíssima da Taça de Portugal frente ao FC Porto (0-2).

Esteve um total de 5 épocas no Sporting. Alinhou em 139 jogos oficiais e marcou 9 golos. Ganhou 1 Campeonato Nacional e uma Supertaça.

Em Itália esteve 8 épocas, tendo passado, depois de Nápoles, pelo Livorno e Udinese. Acabou a carreira em Portugal, na temporada 2008/09, ao serviço do Estrela da Amadora. Foi 15 vezes internacional A e esteve presente no Europeu de 2000 na Bélgica e Holanda.

De 2011 a 2013 regressou ao Sporting para fazer parte do staff da estrutura do futebol, algo que voltou a acontecer recentemente com a eleição de Frederico Varandas para a presidência.

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