2023 – Apuramento nos penaltis em Londres, frente ao Arsenal, com golo “do outro Mundo” de Pote!

16 de Março de 2023. 2ª mão dos oitavos de final da Liga Europa. No Emirates Stadium, perante o líder da Premier League, o Sporting vinha dum empate 2-2 no Alvalade, numa partida que poderia ter caído para qualquer um dos lados e que deixou tudo em aberto para essa noite.

Rúben Amorim optou por deixar Nuno Santos de fora, o que surpreendeu, pois o esquerdino vinha sendo um dos mais importantes elementos da nossa equipa (poderia perfeitamente ter jogado na esquerda do ataque como tantas vezes aconteceu no ano do título de 2021), mas o nosso treinador lá sabia o que estava a fazer! Alinharam: Adán; St. Juste, Diomande e Gonçalo Inácio; Ricardo Esgaio, Ugarte, Pote (Dario Essugo 93) e Matheus Reis (Nuno Santos 93); Marcus Edwards (Tanlongo 119), Paulinho (Chermiti 90) e Trincão (Arthur 105).

Arteta deixou Odegaard e Saka no banco, tendo reaparecido o perigosíssimo Gabriel Jesus. Sporting entrou razoavelmente no jogo, e foi mesmo de Trincão o primeiro lance de algum perigo com um remate perto do poste aos 14 minutos. No entanto, aos 19 minutos, Esgaio falhou no controlo da profundidade de Martinelli, Adán ainda salvou à primeira, mas na recarga Xhaka fez o 1-0 – as coisas pareciam encaminhar-se para os locais.

Entretanto o Sporting tremeu um pouco, surgindo Adán com duas ou três intervenções de valor. Nos minutos finais do 1º tempo, uma arrancada de St. Juste (atirou por cima) uma transição rápida perante o oponente desequilibrado – na qual Edwards não conseguiu soltar no momento certo para Paulinho, e um tiraço de Ugarte mostraram que o Sporting estava bem vivo.

O intervalo chegou com a estatística a mostrar igual posse de bola e mais remates dos leões (6-5).

Arteta já tinha feito duas substituições forçadas na 1ª parte, e regressou dos balneários com Trossard no lugar de Gabriel Jesus, mas foi o Sporting a entrar melhor (e assim se manteve durante todo este período complementar).

Logo aos 51 minutos, cruzamento de Esgaio e Paulinho a tentar emendar, mas Ramsdale chegou primeiro!… O Sporting jogava muito bem, conseguia ter prevalência no meio-campo, e Pote (após uma recuperação de bola de Paulinho) fez, aos 62 minutos, um golo absolutamente extraordinário, com um remate a 50 metros da baliza que passou por cima do guardião local! Era o 1-1 e a eliminatória estava empatada!

Aos 65 minutos, canto da esquerda de Pote e Paulinho em boa posição a cabecear ligeiramente por cima – e o golo da vantagem ali tão perto… Aos 66 entraram Partey e Saka, dois habituais titulares dos londrinos.

Aos 73 minutos, passe primoroso de Esgaio e Edwards, completamente isolado perante Ramsdale atirou contra a cara do guarda-redes (que foi assistido durante alguns minutos) desperdiçando uma oportunidade incrível de ganhar vantagem perante o rival histórico do “seu” Tottenham (clube onde foi formado).

Perante uma chuva intensa, não houve mais oportunidades flagrantes até ao final do tempo regulamentar, e o final chegou com a sensação que o Sporting poderia perfeitamente ter resgatado o apuramento. Quando Mateu Lahoz (finalmente uma boa arbitragem num jogo do Sporting nas Competições Europeias – embora alguns puxões na área tenham passado despercebidos) apitou para o final dos 90 minutos, ficara para trás uma partida de maior domínio leonino, com mais posse de bola, mais remates e melhores oportunidades de golo.

Os 30 minutos de prolongamento foram complicados para o Sporting. Enquanto nos leões entravam Nuno Santos (finalmente!) e Dario Essugo, nos londrinos entrava Odegaard (que vinha fazendo uma temporada extraordinária).

Chermiti não esteve muito bem, Essugo comprometeu com um passe completamente disparatado que isolou Trosssard, mas Adán fez uma espantosa defesa para o poste!… O guardião espanhol continuou brilhante até ao final, Diomande (que jogo!!!) também salvou em cima da linha. Os leões tiveram agora a capacidade de sofrimento que era necessária para levar a decisão para os pontapés da marca de grande penalidade. Ugarte (jogaço!) ainda foi expulso quase no final com o 2º amarelo.

Para os penaltis o Sporting teve sorte nas duas moedas ao ar – numa Adán pôde escolher a baliza onde estavam por perto os sportinguistas, na outra o espanhol pôde decidir que seria o Sporting a abrir as hostilidades (marcar primeiro nestas ocasiões parece-nos sempre uma vantagem).

St. Juste e Esgaio marcaram sem problemas. Inácio ainda permitiu o toque de Ramsdale, mas foi para dentro! Arhur marcou o 7º penalty (muitas vezes fundamental) com segurança. Então foi a vez de Adán voltar a brilhar ao defender o remate de Martinelli! Logo a seguir Nuno Santos marcou com competência e decidiu a contenda a nosso favor!

No final foi o Sporting a passar, e ninguém pode dizer (apesar do prolongamento sofrido) que tenha havido alguma injustiça! Os leões foram leões e fizeram por merecer esta noite de enorme alegria.

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