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Sidónio – Capacidade goleadora verdadeiramente fora-de-série

Sidónio Freitas da Silva nasceu a 10 de Setembro de 1921. Chegou ao Sporting proveniente do Operário (e depois de já ter jogado no Benfica anos antes). Estreou-se oficialmente (com o treinador Abrantes Mendes) a 21 de Abril de 1946 (curiosamente no dia em que o médio João Nogueira jogava pela última vez) num Sporting-Atlético CP (2-1) no qual marcou os golos do triunfo leonino. Nessa temporada ainda foi a tempo de realizar 7 jogos oficiais e marcar 17 golos (!), 1 dos quais na final da Taça de Portugal ganha ao Atlético CP por 4-2.

Com um apuradíssimo “faro” pelo golo, teve o “azar” de ser contemporâneo de Peyroteo – o seu rival na posição de avançado-centro. Em 1946/47 os leões de Robert Kelly iniciaram o percurso para o seu 1º tri-Campeonato e ganharam o 18º e último Regional. Sidónio participou em 6 jogos e marcou 6 golos.

1947/48 foi a sua última temporada de verde e branco. Foi mais uma época de glória com a conquista do Campeonato e da Taça. Sidónio jogou 10 vezes e marcou 12 golos. Alinhou pela última vez a 4 de Abril de 1948 num Sporting-Olhanense (3-2) para o Campeonato. Marcara o último golo (numa tarde em que bisou) a 18 de Janeiro num triunfo por 6-3 em Coimbra frente à Académica. O “problema” é que Peyroteo continuava em grande forma e para além disso ainda surgira Martins, outro avançado de muita qualidade. Perante este “cenário” Sidónio acabou por sair para o Belenenses.

Esteve um total de 3 épocas na equipa principal do Sporting pela qual realizou 23 jogos oficiais e marcou 35 golos – uma média impressionante de 1,52 por jogo, a 2ª melhor da História do clube (a seguir a Peyroteo).  Ganhou 2 Campeonatos Nacionais, duas Taças de Portugal e 1 Campeonato Regional.

Depois permaneceu vários anos nos azuis de Belém, passando mais tarde pelo Torreense. Morreu a 16 de Julho de 1991.