Peres – Médio ofensivo com futebol “perfumado”

Fernando Peres da Silva nasceu a 8 de Janeiro de 1942 em Algés. Formado no Belenenses cedo deu nas vistas com internacionalizações nas camadas jovens. Mais tarde foi internacional militar e ainda militando no clube do Restelo foi integrado na seleção principal portuguesa.

Chegou ao Sporting no Verão de 1965 como principal aposta para reverter a tendência após 3 anos sem títulos nacionais. Para adquirir o seu passe o Sporting pagou 100 contos ao Belenenses e 800 ao jogador, que foi ganhar 4 contos por mês.

Logo na estreia oficial, a 12 de Setembro, marcou o seu 1º golo na deslocação a Évora para defrontar o Lusitano na 1ª jornada do Campeonato (5-2). O seu futebol tecnicista (com um pé esquerdo magnífico) e ótima qualidade de passe conquistaram rapidamente a “plateia” de Alvalade. Fez 40 jogos e marcou 13 golos contribuindo em boa escala para o 12º título nacional dos leões, apontando até o golo decisivo na Póvoa de Varzim.

As duas temporadas seguintes não foram tão felizes e acabou por sair para a Académica no defeso de 1968. Em Coimbra permaneceu apenas 1 ano pois em Alvalade sentiu-se rapidamente saudades do “perfume” do seu futebol.

No início da época 1969/70 regressou ao Sporting e mais uma vez provou toda a sua qualidade ao contribuir para mais um título com 37 presenças e 14 golos em partidas oficiais. Nas duas temporadas seguintes voltou a estar em grande plano mas conflitos com a direção fizeram-no sair do clube numa altura em que ainda possuía grandes recursos…

A 23 de Maio de 1971 contribuiu de forma decisiva (com 7 golos) para o jogo que está na História como a maior goleada de sempre no futebol profissional em Portugal (21-0), frente ao Mindelense, para a Taça de Portugal.

Realizou o seu último jogo de verde e branco na final da Taça de Portugal, a 4 de Junho de 1972, frente ao Benfica (2-3 ap) apontando 1 golo.

No Sporting acabou por fazer 6 temporadas com 200 presenças e 64 golos. Ganhou 2 Campeonatos Nacionais e uma Taça de Portugal. Depois jogou no Brasil (Vasco da Gama) e FC Porto. Foi 27 vezes internacional A apontando 4 golos.

Em finais dos anos 70 encetou a carreira de treinador passando, entre outros clubes, por União de Leiria, Vitória de Guimarães e Estoril.

Na temporada 1988/89 Jorge Gonçalves chamou-o para voltar ao Sporting para adjunto do uruguaio Pedro Rocha, uma equipa técnica que não conseguiu “criar raízes” em Alvalade.

Morreu a 10 de Fevereiro de 2019, vítima de doença prolongada.

Peres

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