1974 – Triunfo (quase) decisivo sobre o Porto com bis de Dinis

17 de Março de 1974. O Sporting tinha 2 pontos de avanço do FC Porto e 3 do Benfica antes do despique entre leões e dragões em Alvalade para a 24ª jornada do Campeonato Nacional. Yazalde já marcara 39 golos na prova, e enquanto os leões tinham 78 tentos marcados, o FC Porto tinha 36 e o Benfica 39… Registou-se uma super-enchente no Estádio Alvalade para esta grande partida com tempo enevoado e temperatura amena. O Sporting, comandado por Mário Lino, alinhou com: Damas; Manaca, Bastos, Alhinho e Carlos Pereira; Vagner, Nélson e Baltazar (Dé); Marinho (Chico), Yazalde e Dinis. O ambiente foi festivo, de grande beleza, com os milhares e milhares de pessoas presentes quase todas ansiando por uma vitória leonina, dando grande brilho e côr ao espetáculo. A partida começou com cautelas de ambas as partes, mas logo com um maior atrevimento, bem notório, por parte dos sportinguistas. Numa jogada “a todo o gás” logo aos 5 minutos, que provocou um grande mal-estar na defesa portista (cujos jogadores entraram nervosos e intranquilos) surgiu o 1º golo. Após grande insistência a bola acabou por sobrar para Dinis, que muito próximo da linha de cabeceira e quase sem ângulo, rematou pelo “buraco da agulha” enganando Tibi. O Sporting acelerou. Cada avançada era um “ai Jesus” para a defensiva nortenha, e apenas um quarto-de-hora se passou até os leões chegarem ao 2º golo. Nélson, da direita, centrou bem para “cima” da baliza portista. Tibi parecia ter a situação controlada mas de súbito largou a bola, surgindo Dinis, rapidíssimo, a marcar. O guardião portista correu depois em direção ao árbitro alegando uma...

1913 – Êxitos na “Semana Sportiva”, com presença do 1º presidente da República

17 de Março de 1913. Numa organização do jornal “O Mundo” decorreu a Semana Sportiva, uma reunião com impacto, que poderia de alguma forma ombrear com os Jogos Olímpicos Nacionais. 2 dias antes da competição se iniciar a direção leonina fez publicar o seguinte texto (curioso) no jornal “O Século”: “A direção do Sporting Clube de Portugal avisa os seus consócios que, para as festas da Semana Sportiva, organizadas pelo jornal “O Mundo” (que contam com a presença do Presidente da República, Manuel de Arriaga) que se realizam no seu campo de 9 a 17 do corrente, se podem reservar lugares para senhoras de sua família na tribuna”. Manuel de Arriaga (foto), o 1º presidente da República (na altura com 72 anos) pontificou na inauguração ao lado dos ministros do interior, das finanças e dos negócios estrangeiros. Como não poderia deixar de ser as competições foram à liça no campo do Lumiar, recinto sportinguista, e foram seguidas com grande entusiasmo. Os atletas do Sporting estiveram brilhantes, sublinhando-se individualmente os triunfos de Salazar Carreira (400 metros), João Aguiar (1.500 metros), Armando Almeida (maratona), Carlos Santos (salto em altura sem corrida – 1m42cm – recorde nacional), Gabriel Ribeiro (salto em comprimento com corrida e 110 metros barreiras – em 18s, recorde nacional), Damião de Góis (salto em comprimento sem corrida – 2m92cm – recorde nacional), Francisco Stromp (lançamento do disco) e Carlos Fernandes (corrida de bicicletas). De realçar os 3 recordes nacionais batidos pelos leões. A imbatível equipa de Luta de Tração, treinada por Pedro del`Negro, venceu facilmente, aproveitando-se do seu...

Romagnoli – Um 10 com talento

Leandro Atilio Romagnoli nasceu a 17 de Março de 1981 em Buenos Aires – Argentina. No Mundo do Futebol tem a alcunha de “Pipi Romagnoli”. Começou por jogar no San Lorenzo (desde as camadas jovens), onde chegou às seleções (foi campeão do mundo de sub-20 em 2001) e ganhou alguns títulos já como sénior. Em 2002 chegou à seleção principal da Argentina (a sua única internacionalização) numa altura em que a Europa começou a reparar nele  e Maradona o elogiou com entusiasmo, mas pouco tempo mais tarde lesionou-se com muita gravidade. Regressou lentamente à competição, passando depois 2 anos no Vera Cruz – México, de onde chegou ao Sporting, por empréstimo, com direito de opção, no “mercado de Inverno” de 2005/06. Realizou a 1ª partida (estreou-se simultaneamente a Abel) a 11 de Janeiro de 2006 frente ao Vizela (2-1) para a Taça de Portugal. 10 dias depois marcou pela 1ª vez numa receção ao Marítimo (1-1) para o Campeonato. Logo os sportinguistas perceberam que estavam perante um jogador tecnicista, capaz de “inventar” espaços nas defensivas contrárias, mas algo débil em termos físicos. Esse “metade” de época foi positiva e o Sporting adquiriu o seu passe por cerca de 1 milhão de euros. Na temporada seguinte custou a “engrenar”, mas do meio da época para a frente assumiu-se como o 10 da equipa, ganhando resistência física e influência na equipa. Contribuiu para o triunfo da Taça de Portugal – a sua 1ª conquista de verde e branco. Em 2007/08 o Sporting venceu a Supertaça e a Taça de Portugal e o criativo argentino foi dos mais utilizados da equipa (51...

Douglas – Médio “todo-o-terreno” de altíssima qualidade

William Douglas Humia Menezes nasceu a 17 de Março de 1963 em Belo Horizonte – Brasil. Começou a carreira de futebolista na sua cidade, no Cruzeiro, onde conquistou títulos estaduais. Em 1988 mudou-se para a Portuguesa e no Verão do mesmo ano chegou ao Sporting como uma das “unhas do leão” de Jorge Gonçalves, numa altura em que já tinha sido várias vezes internacional pelo Brasil. Estreou-se oficialmente a 5 de Outubro com uma vitória histórica no Estádio do Ajax (2-1) em jogo a contar para a Taça UEFA. Marcou o 1º golo (e foi monumental) a 24 de Janeiro de 1989, na Madeira, frente ao Nacional (3-0) para a Taça de Portugal. Nessa 1ª temporada foi parte dum meio-campo de enorme qualidade que tinha ainda Oceano, Silas e Carlos Manuel (para além de outros valores como Carlos Xavier ou Litos). Ainda assim nada se ganhou. Nos anos seguintes continuou a ser “pedra basilar” das equipas leoninas, algumas de grande qualidade (ao lado de homens como Peixe, Figo, Balakov ou Filipe), mas nunca conseguiu ganhar qualquer título… A sua última partida pelo Sporting disputou-se a 10 de Maio de 1992 frente ao Paços de Ferreira (2-1) para o Campeonato. O último golo (tal como o 1º) fôra marcado na Ilha da Madeira, só que desta vez frente ao União, a 22 de Fevereiro de 1992, num triunfo por 5-1. Esteve um total de 4 épocas no Sporting. Realizou 124 jogos e marcou 14 golos. Deixou excelente imagem dum centrocampista “todo-o-terreno” com enormes qualidades técnicas e grande disponibilidade física. Não sendo muito robusto era duma resistência assinalável. Corria os 90...

Soeiro

Manuel Soeiro Esteves Vasques nasceu a 17 de Março de 1909 no Barreiro, onde cresceu, e começou por dar nas vistas num clube da sua terra – o Luso. Foi Filipe dos Santos (antigo jogador sportinguista) quem o descobriu e lhe ensinou os primeiros passos no clube barreirense. Ainda antes de ingressar na 1ª equipa via o trabalho físico imposto por Filipe dos Santos nos treinos e, em casa, levantava-se às 6 horas da manhã para ir imitá-lo para o quintal com grande estupefação da própria mãe! Chegou ao Sporting em 1933 (viria a tornar-se o 1º grande goleador da História do futebol leonino), estreando-se oficialmente a 25 de Março de 1934 (sob o comando de Rodolf Jenny) frente ao Barreirense em jogo a contar para o Regional. O Sporting venceu por 2-1 e o novo avançado marcou 1 golo. Logo nessa 1ª temporada ganhou um lugar como avançado-centro impressionando os 14 golos marcados em 12 jogos. Foi decisivo na conquista do Regional e do Campeonato de Portugal (marcou os 4 golos com que o Sporting derrotou o Barreirense na final). Daí em diante foi sempre protagonista. Sagrou-se o melhor marcador do Campeonato da 1ª Liga em 1934/35, com 14 golos, e em 1936/37, com 24. No Regional conseguiu o posto de melhor marcador em 1936/37 com 12 golos e em 1940/41 com 17. A chegada de Peyroteo, em 1937/38, fê-lo derivar para uma posição mais interior, sobre o lado direito, pelo que a sua veia goleadora diminuiu um pouco (mantendo-se, no entanto, notável). Foi-lhe feita uma festa de homenagem a 1 de Dezembro de 1943 com uma partida frente ao...

2023 – Apuramento nos penaltis em Londres, frente ao Arsenal, com golo “do outro Mundo” de Pote!

16 de Março de 2023. 2ª mão dos oitavos de final da Liga Europa. No Emirates Stadium, perante o líder da Premier League, o Sporting vinha dum empate 2-2 no Alvalade, numa partida que poderia ter caído para qualquer um dos lados e que deixou tudo em aberto para essa noite. Rúben Amorim optou por deixar Nuno Santos de fora, o que surpreendeu, pois o esquerdino vinha sendo um dos mais importantes elementos da nossa equipa (poderia perfeitamente ter jogado na esquerda do ataque como tantas vezes aconteceu no ano do título de 2021), mas o nosso treinador lá sabia o que estava a fazer! Alinharam: Adán; St. Juste, Diomande e Gonçalo Inácio; Ricardo Esgaio, Ugarte, Pote (Dario Essugo 93) e Matheus Reis (Nuno Santos 93); Marcus Edwards (Tanlongo 119), Paulinho (Chermiti 90) e Trincão (Arthur 105). Arteta deixou Odegaard e Saka no banco, tendo reaparecido o perigosíssimo Gabriel Jesus. Sporting entrou razoavelmente no jogo, e foi mesmo de Trincão o primeiro lance de algum perigo com um remate perto do poste aos 14 minutos. No entanto, aos 19 minutos, Esgaio falhou no controlo da profundidade de Martinelli, Adán ainda salvou à primeira, mas na recarga Xhaka fez o 1-0 – as coisas pareciam encaminhar-se para os locais. Entretanto o Sporting tremeu um pouco, surgindo Adán com duas ou três intervenções de valor. Nos minutos finais do 1º tempo, uma arrancada de St. Juste (atirou por cima) uma transição rápida perante o oponente desequilibrado – na qual Edwards não conseguiu soltar no momento certo para Paulinho, e um tiraço de Ugarte mostraram que o Sporting estava bem vivo. O...

2014 – Slimani decidiu frente ao Porto

16 de Março de 2014. O clássico entre Sporting e Porto (perante 37.000 pessoas) era importantíssimo para a definição do 2º lugar. Com 2 pontos de avanço sobre os portistas, uma vitória leonina colocava a equipa de Leonardo Jardim em ótima posição nesse particular. Sem poder contar com Maurício, o treinador sportinguista optou pela inclusão de Eric Dier no eixo defensivo, sendo também de destacar a titularidade de Diego Capel. A equipa: Rui Patrício; Cédric, Eric Dier, Rojo e Jefferson; William Carvalho, André Martins (André Carrillo 70) e Adrien; Carlos Mané (Wilson Eduardo 86), Slimani (Fredy Montero 73) e Diego Capel. O Sporting entrou bem, com grande atitude e velocidade, fazendo o primeiro quarto-de-hora “por cima” do adversário. Alguns lances perigosos foram criados, mas falhou sempre o último passe que possibilitasse uma finalização a contento. Aos poucos o Porto foi equilibrando, e sobretudo por Quaresma (que parecia de regresso ao seu melhor) também criou bons lances. Aos 16 minutos o extremo portista teve uma magnífica jogada pela esquerda e centrou de “letra” para Varela concluir e Rui Patrício executar uma defesa monumental. Aos 29, mais um excelente lance do homem “criado” em Alvalade com um remate ainda de muito longe que bateu com estrondo na trave. Quase no intervalo Jackson surgiu em excelente posição, mas perante a oposição de Cédric cabeceou por cima. O intervalo chegou com 0-0 após uma 1ª parte em que os portistas estiveram mais perto do golo. Para a 2ª parte o Sporting voltou a surgir com uma excelente atitude, que conseguiu manter por muito mais tempo, remetendo o Porto a uma postura de simples...

2002 – Bicampeões Nacionais de Ténis de Mesa

16 de Março de 2002. No Campeonato Nacional de Ténis de Mesa o Sporting foi campeão pela 27ª vez (2ª consecutiva) ao suplantar o Estrela da Amadora por 4-3 na 2ª mão do “play-off”. João Pedro Monteiro, Wang Shi Bo, Ricardo Oliveira e Tiago Rocha foram os obreiros da vitória. O confronto decisivo foi de grande nível, condizente com a valia das duas melhores formações portuguesas. João Pedro Monteiro foi o atleta mais em foco na equipa do Sporting durante o Campeonato, tendo perdido apenas 2 jogos na 1ª fase da competição. No “play-off” ganhou sempre, sendo a “trave mestra” do título. Em jogos fez 23-2. Wang Shi Bo só perdeu 4 jogos em toda a prova para 22 vitórias. Ricardo Oliveira fez 19-7, Tiago Rocha 2-0, Wang Shi Bo/João Pedro Monteiro fizeram 13-2, João Pedro Monteiro/Ricardo Oliveira 3-0 e Wang Shi Bo/Ricardo Oliveira fizeram 2-1. Chen Shi-Chao festejou o seu 10º título (8 como jogador e 2 como treinador), e, curiosamente, nem dormiu na noite anterior a esta final tal era o “nervoso miudinho” que o assaltava (nas palavras da sua esposa Bia). João Pedro Monteiro fez mais uma época sem mácula ao sagrar-se Campeão Nacional de seniores, Campeão Nacional absoluto e Campeão Nacional de pares (com Ricardo Oliveira, irmão do futebolista Rui Jorge, e contratado para esta temporada ao Estrela da...

1930 – 4 títulos Regionais de Râguebi em 4 Campeonatos!

16 de Março de 1930. Com uma vitória por 10-5 sobre o Gimnasio (que se vencesse seria campeão), o Sporting foi pela 4ª vez, em 4 anos, Campeão Regional de Râguebi. Esteban Torok realizou uma estupenda exibição, sendo considerado pela crítica o melhor homem em campo. Nos 8 jogos que contemplavam o torneio o Sporting venceu 7, cedendo apenas 1 empate. Os resultados: Ginásio – 0-0 e 10-5; Benfica – 3-0 e 3-0; Belenenses – 12-0 e 13-3;  Carcavelinhos – 12-3 e 30-5. Os jogadores mais utilizados foram: Manuel José, António Holbeche, Lourenço Cabral, Vasco Cayola, Cesário Cruz, Manuel Henriques, Joaquim Alvarez, Salazar Carreira, Cecílio Costa, Marcelino Figueiredo, António Morgado, João da Conceição, Filipe Rodrigues, Jaime Ribeiro, Esteban Torok e José Carvalho Amaro. Até à altura, nos 4 anos de Regionais, os leões realizaram 33 jogos. Ganharam 29, empataram 3 e perderam apenas...

José Garnel

José Garnel Pinto Junior nasceu a 16 de Março de 1898. Surgiu no Sporting (o seu 1º e único clube) em 1926 onde se começou a mostrar um lançador de eleição. Logo nessa 1ª temporada sagrou-se campeão do clube (prova que se realizava na altura) dos lançamentos do dardo, disco e peso. Nos Campeonatos de Lisboa venceu no disco e no peso, para nos Nacionais levar a melhor no disco, sempre sob a orientação de Salazar Carreira. No final da época já era detentor do recorde nacional do lançamento do disco, com 35m63cm. No ano seguinte, apesar da grave crise financeira que o clube atravessava (muito por culpa do baixo rendimento momentâneo no Futebol), Garnel consolidou o seu valor ao triunfar nos Regionais (disco), no 1º Porto-Lisboa (disco e peso) e no concurso do Académico (disco e peso). A partir daí foi um acumular impressionante de vitórias e recordes. Em 1930 o jornal “Sporting” publicou uma lista dos leões campeões nacionais de Atletismo, e aí Garnel já liderava, com 9 vitórias. Em 1932 bateu o recorde nacional do lançamento do peso com 13m07cm. Em Outubro de 1933, no jornal “Os Sports”, veio referenciado como o atleta nacional mais vezes campeão de Portugal, aí já com 13 títulos. Competiu ao mais alto nível até 1935 ficando depois como orientador técnico dos seus discípulos, o mais mediático dos quais foi Emídio Ruivo. Para além de inúmeros títulos regionais, foi Campeão Nacional do lançamento do peso por 7 vezes, do disco por 5, e do dardo por duas vezes. Foi recordista nacional do lançamento do peso de 1932 a 1939, do disco em...

2014 – Campeãs nacionais de crosse curto e títulos individuais nos 2 sexos

15 de Março de 2014. O Sporting sagrou-se pela 3ª vez (consecutiva) campeão nacional de Crosse curto feminino, ao dominar a prova realizada em Portalegre. Carla Salomé Rocha e Manuel Damião, ambos leões, sagraram-se campeões nacionais individuais. Destaque ainda para o 2º lugar de Catarina Ribeiro, outra sportinguista. Manuel Damião, que também tinha sido campeão nacional em crosse longo, sucedeu a outro sportinguista – Rui Silva, como campeão masculino, enquanto Carla Salomé Rocha venceu pelo 3º ano seguido. “Depois de me isolar, geri a vantagem e a prova acabou por correr dentro daquilo que previa. Só foi pena as coisas não terem corrido bem em termos de equipa”, referiu Manuel Damião, que se isolou à entrada para a última volta, acabando por ganhar de forma folgada. Quanto a Carla Salomé Rocha, que liderou desde o início, enalteceu a prestação das atletas do Sporting: “Dei tudo até ao final e acabei a prova com 21 segundos de vantagem sobre a Catarina Ribeiro. Ganhámos à vontade, com 3 atletas entre as 4 primeiras, tudo correu dentro dos planos”, enalteceu. Foto: Catarina Ribeiro e Carla Salomé Rocha no...

1959 – Vitória frente ao Benfica com David Julius em grande plano

15 de Março de 1959. O título já era uma miragem para os lados de Alvalade. À 25ª e penúltima jornada, receção ao Benfica, que lutava com o FC Porto pela liderança da prova. Comandado por Mário Imbelloni (que se estreava substituindo Enrique Fernández), o Sporting alinhou com: Octávio de Sá; Lino, Morato e Hilário; Mendes e David Julius; Hugo, Vasques, Caraballo, Travassos e Morais. Este foi um espetáculo emotivo e vibrante, com ambas as equipas a baterem-se ao limite dos seus recursos técnicos e físicos. O início foi algo nervoso, mas os encarnados eram aqueles que conseguiam explanar melhor o seu futebol. Ainda assim foram os leões a inaugurar o marcador, ao minuto 13. David Julius ganhou a bola a Serra e endossou-a a Morais. O extremo esquerdo centrou, e Artur, ao tentar aliviar a bola, colocou-a à mercê de Hugo (Costa Pereira e Vasques chocaram), que rematando vigorosamente fez o 1-0. O tempo para festejar foi muito curto, pois apenas 4 minutos depois os benfiquistas chegaram ao empate. Palmeiro, junto da linha de cabeceira, entregou a bola a Coluna, este centrou com força e Cavém, bem desmarcado, rematou a contar. Até ao intervalo o Benfica conseguiu maior prevalência do jogo pois controlou o meio-campo. O Sporting vivia das arrancadas de Morais e Hugo, que perto do descanso chegaram a criar calafrios sérios aos apaniguados benfiquistas. Na entrada para o 2º tempo a partida tornou-se mais equilibrada. O Benfica afrouxou o ritmo e as figuras do Sporting começaram a emergir. Estavam apenas decorridos 8 minutos quando Hugo atrasou para Travassos, este centrou alto e Vasques, depois de dominar a bola...

1970 – Campeões Nacionais de Futebol a 4 jornadas do fim

15 de Março de 1970. No Estádio do Restelo o Sporting de Fernando Vaz, coadjuvado por Mário Lino e Mário Moniz Pereira, sagrou-se Campeão Nacional (pela 17ª vez) a 4 jornadas do fim. Numa tarde ventosa mas soalheira, e perante muito público, os leões alinharam com: Damas; Pedro Gomes, Caló, José Carlos e Hilário; Gonçalves (Alexandre Baptista) e Peres; Marinho, Lourenço (José Moraes), Nélson e Dinis. O Sporting não ganhava há 4 épocas no Restelo, e perante um encontro que lhe podia conferir matematicamente o título os leões não conseguiram fazer uma grande exibição (aliás tal como o seu adversário). O vento (absolutamente incrível de intensidade) também não ajudou, e a partida nunca atingiu bitola elevada. O Belenenses aproveitou o fator vento (jogando a favor) para iniciar a partida a todo o “gás”, mas aos poucos o Sporting foi asumindo o controlo. Jogava-se o minuto 14 quando os leões inauguraram o marcador. Num lançamento em profundidade sobre a esquerda, Marinho recebeu, passou por Rodrigues e Freitas, fletiu para o centro e rematou de surpresa com grande violência, obtendo um golo fantástico. Até ao intervalo o jogo manteve-se equilibrado e sensaborão, salvando-se uma magnifica intervenção de Damas e uma bela assistência de Nélson, para Lourenço falhar. Esperava-se mais para a 2ª parte mas o jogo acabou por piorar, arrrastando-se monótono, pois se o Sporting ía cumprindo os seus objetivos, os azuis não mostravam talento para virar as coisas. Aos 65 minutos os leões aumentaram a contagem. Nélson, sempre muito batalhador, ganhou um lance que parecia perdido à defesa azul e Dinis (contratado esta época ao ASA de Angola) aproveitou, apossando-se da bola e...

Adrien Silva

Adrien Silva nasceu a 15 de Março de 1989 em Angoulême (França). Começou por jogar futebol nas escolas do Bordéus, até que os seus pais decidiram vir viver para Arcos de Valdevez, e aí passou a alinhar num clube da terra chamado Paço, destacando-se de tal maneira que acabou por ir parar ao Sporting com apenas 12 anos. Em Lisboa começou inicialmente por sentir grandes dificuldades na língua e também pelo facto de pela primeira vez viver sozinho, longe da proteção paternal, mas desde muito novo mostrou um caráter forte, uma personalidade tranquila e responsável, acabando por ser campeão e internacional em todos os escalões jovens. Em 2005 esteve dado como certo no Chelsea, que o tentou “roubar” ao Sporting, juntamente com mais 2 colegas que se destacavam na Academia leonina, mas foi o único que acabou por permanecer de verde e branco. Estreou-se oficialmente pela equipa principal aos 18 anos, no dia 17 de Agosto de 2007 (com Paulo Bento) num Sporting-Académica (4-1) para a 1ª jornada do Campeonato Nacional. Nessa 1ª temporada fez 15 jogos, comprovou ser um futebolista que poderia ter futuro no clube (embora ainda demonstrasse muitas carências) e contribuiu para a conquista da Taça de Portugal e da Supertaça. Na temporada seguinte continuou a evoluir, mostrando cada vez mais consistência. Paulo Bento utilizava-o sempre na posição 6. Fez 19 jogos e venceu a Supertaça. Em 2009/10 jogou ainda mais (24 presenças) e marcou o seu 1º golo – foi a 1 de Outubro de 2009 numa receção ao Hertha de Berlim para a Liga Europa. Essa foi uma temporada muito atribulada no qual o...
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