2014 – Campeãs nacionais de crosse curto e títulos individuais nos 2 sexos

15 de Março de 2014. O Sporting sagrou-se pela 3ª vez (consecutiva) campeão nacional de Crosse curto feminino, ao dominar a prova realizada em Portalegre. Carla Salomé Rocha e Manuel Damião, ambos leões, sagraram-se campeões nacionais individuais. Destaque ainda para o 2º lugar de Catarina Ribeiro, outra sportinguista. Manuel Damião, que também tinha sido campeão nacional em crosse longo, sucedeu a outro sportinguista – Rui Silva, como campeão masculino, enquanto Carla Salomé Rocha venceu pelo 3º ano seguido. “Depois de me isolar, geri a vantagem e a prova acabou por correr dentro daquilo que previa. Só foi pena as coisas não terem corrido bem em termos de equipa”, referiu Manuel Damião, que se isolou à entrada para a última volta, acabando por ganhar de forma folgada. Quanto a Carla Salomé Rocha, que liderou desde o início, enalteceu a prestação das atletas do Sporting: “Dei tudo até ao final e acabei a prova com 21 segundos de vantagem sobre a Catarina Ribeiro. Ganhámos à vontade, com 3 atletas entre as 4 primeiras, tudo correu dentro dos planos”, enalteceu. Foto: Catarina Ribeiro e Carla Salomé Rocha no...

1959 – Vitória frente ao Benfica com David Julius em grande plano

15 de Março de 1959. O título já era uma miragem para os lados de Alvalade. À 25ª e penúltima jornada, receção ao Benfica, que lutava com o FC Porto pela liderança da prova. Comandado por Mário Imbelloni (que se estreava substituindo Enrique Fernández), o Sporting alinhou com: Octávio de Sá; Lino, Morato e Hilário; Mendes e David Julius; Hugo, Vasques, Caraballo, Travassos e Morais. Este foi um espetáculo emotivo e vibrante, com ambas as equipas a baterem-se ao limite dos seus recursos técnicos e físicos. O início foi algo nervoso, mas os encarnados eram aqueles que conseguiam explanar melhor o seu futebol. Ainda assim foram os leões a inaugurar o marcador, ao minuto 13. David Julius ganhou a bola a Serra e endossou-a a Morais. O extremo esquerdo centrou, e Artur, ao tentar aliviar a bola, colocou-a à mercê de Hugo (Costa Pereira e Vasques chocaram), que rematando vigorosamente fez o 1-0. O tempo para festejar foi muito curto, pois apenas 4 minutos depois os benfiquistas chegaram ao empate. Palmeiro, junto da linha de cabeceira, entregou a bola a Coluna, este centrou com força e Cavém, bem desmarcado, rematou a contar. Até ao intervalo o Benfica conseguiu maior prevalência do jogo pois controlou o meio-campo. O Sporting vivia das arrancadas de Morais e Hugo, que perto do descanso chegaram a criar calafrios sérios aos apaniguados benfiquistas. Na entrada para o 2º tempo a partida tornou-se mais equilibrada. O Benfica afrouxou o ritmo e as figuras do Sporting começaram a emergir. Estavam apenas decorridos 8 minutos quando Hugo atrasou para Travassos, este centrou alto e Vasques, depois de dominar a bola...

1970 – Campeões Nacionais de Futebol a 4 jornadas do fim

15 de Março de 1970. No Estádio do Restelo o Sporting de Fernando Vaz, coadjuvado por Mário Lino e Mário Moniz Pereira, sagrou-se Campeão Nacional (pela 17ª vez) a 4 jornadas do fim. Numa tarde ventosa mas soalheira, e perante muito público, os leões alinharam com: Damas; Pedro Gomes, Caló, José Carlos e Hilário; Gonçalves (Alexandre Baptista) e Peres; Marinho, Lourenço (José Moraes), Nélson e Dinis. O Sporting não ganhava há 4 épocas no Restelo, e perante um encontro que lhe podia conferir matematicamente o título os leões não conseguiram fazer uma grande exibição (aliás tal como o seu adversário). O vento (absolutamente incrível de intensidade) também não ajudou, e a partida nunca atingiu bitola elevada. O Belenenses aproveitou o fator vento (jogando a favor) para iniciar a partida a todo o “gás”, mas aos poucos o Sporting foi asumindo o controlo. Jogava-se o minuto 14 quando os leões inauguraram o marcador. Num lançamento em profundidade sobre a esquerda, Marinho recebeu, passou por Rodrigues e Freitas, fletiu para o centro e rematou de surpresa com grande violência, obtendo um golo fantástico. Até ao intervalo o jogo manteve-se equilibrado e sensaborão, salvando-se uma magnifica intervenção de Damas e uma bela assistência de Nélson, para Lourenço falhar. Esperava-se mais para a 2ª parte mas o jogo acabou por piorar, arrrastando-se monótono, pois se o Sporting ía cumprindo os seus objetivos, os azuis não mostravam talento para virar as coisas. Aos 65 minutos os leões aumentaram a contagem. Nélson, sempre muito batalhador, ganhou um lance que parecia perdido à defesa azul e Dinis (contratado esta época ao ASA de Angola) aproveitou, apossando-se da bola e...

Adrien Silva

Adrien Silva nasceu a 15 de Março de 1989 em Angoulême (França). Começou por jogar futebol nas escolas do Bordéus, até que os seus pais decidiram vir viver para Arcos de Valdevez, e aí passou a alinhar num clube da terra chamado Paço, destacando-se de tal maneira que acabou por ir parar ao Sporting com apenas 12 anos. Em Lisboa começou inicialmente por sentir grandes dificuldades na língua e também pelo facto de pela primeira vez viver sozinho, longe da proteção paternal, mas desde muito novo mostrou um caráter forte, uma personalidade tranquila e responsável, acabando por ser campeão e internacional em todos os escalões jovens. Em 2005 esteve dado como certo no Chelsea, que o tentou “roubar” ao Sporting, juntamente com mais 2 colegas que se destacavam na Academia leonina, mas foi o único que acabou por permanecer de verde e branco. Estreou-se oficialmente pela equipa principal aos 18 anos, no dia 17 de Agosto de 2007 (com Paulo Bento) num Sporting-Académica (4-1) para a 1ª jornada do Campeonato Nacional. Nessa 1ª temporada fez 15 jogos, comprovou ser um futebolista que poderia ter futuro no clube (embora ainda demonstrasse muitas carências) e contribuiu para a conquista da Taça de Portugal e da Supertaça. Na temporada seguinte continuou a evoluir, mostrando cada vez mais consistência. Paulo Bento utilizava-o sempre na posição 6. Fez 19 jogos e venceu a Supertaça. Em 2009/10 jogou ainda mais (24 presenças) e marcou o seu 1º golo – foi a 1 de Outubro de 2009 numa receção ao Hertha de Berlim para a Liga Europa. Essa foi uma temporada muito atribulada no qual o...

1997 – Triunfo nas Antas sob o comando de Octávio

15 de Março de 1997. Com a eliminação na Taça UEFA aos pés do Metz e as derrotas em Braga e Setúbal às 9ª e 11ª jornadas, ao Sporting já só restava a Taça de Portugal para ganhar algo numa época futebolística de frustrações. O treinador belga Robert Waseige foi naturalmente afastado e Octávio Machado assumiu definitivamente as funções de técnico principal. A equipa melhorou muito e fixou-se no 2º lugar atrás do FC Porto, que caminhava rapidamente para o seu primeiro tri-campeonato. À 23ª jornada deslocação do Sporting às Antas naquela que foi talvez a melhor exibição da equipa treinada por Octávio Machado e uma das vitórias mais saborosas dessa era. O Sporting não ganhava no reduto dos portistas para o Campeonato há 20 anos. Os azuis e brancos tinham 10 pontos de avanço do Sporting e este encontro entre os 2 primeiros da classificação poderia arrumar já, de vez, a questão do título a 11 jornadas do fim… O Sporting apresentou-se com: De Wilde; Luís Miguel, Beto, Marco Aurélio e Pedrosa; Oceano e Pedro Martins; Pedro Barbosa (Saber – estreou-se essa noite), Sá Pinto (Vidigal) e Hadji; Yordanov (Dominguez). Desde o primeiro pontapé na bola da partida que o Sporting mostrou uma grande personalidade, controlando com grande apropósito o jogo no meio campo mercê da belíssima exibição de Pedro Martins. A estratégia leonina passou por “dar” algum aparente domínio de jogo ao adversário mas fazendo marcações muito “altas” que não davam grandes hipóteses aos portistas – de António Oliveira, de conseguir criar jogadas com princípio, meio e fim. Aos 29 minutos surgiu o 1º golo da noite na sequência...

1931 – Título Regional de Futebol reconquistado

15 de Março de 1931. Foi, de facto, uma luta muito apertada com o Belenenses a que se verificou para a decisão do Campeonato Regional. À entrada para a última jornada o Sporting tinha 1 ponto de avanço dos azuis pelo que era imperiosa a vitória na receção ao Carcavelinhos. A partida disputou-se no Campo Grande. Os leões, sob o comando de Joaquim Filipe dos Santos, alinharam com: Cipriano; Martinho (cap) e Jorge Vieira; Varela, Fernando Ferreira e Matias; Mourão, Abrantes Mendes, Rogério, Abelhinha e Eduardo Mourinha. Era imperioso vencer, e o Sporting acabou por ter um jogo tranquilo. À meia-hora já havia 3-0, com 2 magníficos pontapés de Mourinha e um tiro certeiro de Rogério. Neste 1º período de jogo o domínio pertenceu por inteiro aos leões, que se tivessem jogado de forma mais serena poderiam ter chegado ao intervalo com uma vantagem ainda mais dilatada. Os alcantarenses começaram bem a 2ª parte, até com algum domínio, mas novo golo de Mourinha, aos 65 minutos, desmoralizou os visitantes que sofreriam outro tento, do mesmo jogador, quase no final da contenda, estabelecendo o resultado final em 5-0. Matias e Mourinha foram as duas grandes figuras da equipa que 3 anos depois reconquistava o Regional Lisboeta, obtendo a sua 7ª vitória na competição, ficando apenas a uma vitória do Benfica (que, mais tarde, ultrapassaria largamente) e impedindo o tri do Belenenses. Na foto, uma das equipas dessa temporada (da esquerda para a direita): Cipriano, Mourão, Fernando Ferreira, Rogério, O`Neil, Jorge Vieira, Mourinha, Matias, Oliveira Martins, Varela e Carlos...

2012 – Uma das derrotas mais festejadas de sempre!

15 de Março de 2012. O Sporting entrou no estádio Cidade de Manchester com 1 golo de avanço e a perspetiva de eliminar o milionário City nos 1/8 final da Liga Europa. Ricardo Sá Pinto escalou a seguinte equipa: Rui Patrício; Pereirinha, Xandão, Anderson Polga e Insúa; Daniel Carriço e Schaars; Izmailov, Matias Fernández (Renato Neto 63) e Diego Capel (Jéffren 63); Van Wolfswinkel (André Carillo 68). A 1ª parte do Sporting perfeita, se é que se pode falar em perfeição no futebol. O todo poderoso City viu-se perante uma equipa a abarrotar de personalidade, classe e querer. Aos 26 minutos Matias foi carregado na área mas o árbitro nada assinalou (diga-se que a arbitragem esteve quase sempre bem). Aos 33, num livre direto, o chileno fez um golaço e aos 40, após solicitação de Pereirinha, Izmailov centrou milimetricamente para Van Wolfswinkel fazer o 0-2. O intervalo chegou com uma vantagem confortável na eliminatória e era necessária capacidade de sofrimento e a mesma atitude na 2ª parte. Os locais entraram com tudo no 2º tempo mas o 1º quarto-de-hora dos leões foi quase ao nível de todo o 1º tempo. No entanto, aos 59 minutos, Aguero ganhou espaço na área e marcou… Sá Pinto mexeu então numa equipa cada vez mais desgastada e menos criteriosa. Aos 74 Renato Neto precipitou-se e fez falta (na área ou à entrada dela?) e Balotelli empatou o jogo de penalty. O City acreditou e na sequência dum canto Aguero marcou o 3-2 aos 82 minutos. Entretanto Pereirinha lesionou-se mas as 3 substituições já estavam feitas… Os últimos instantes foram arrasadores para os corações...

Vidigal – Um centrocampista de grande pujança física

José Luís da Cruz Vidigal nasceu a 15 de Março de 1973 em Sá da Bandeira – Angola. 2º de 12 irmãos (vários dos quais futebolistas), começou por jogar no O Elvas, de onde transitou para o Estoril. Nos “canarinhos” (onde brilhou intensamente – na divisão de honra – chegando à Seleção de esperanças) esteve apenas uma época, pois no Verão de 1995 assinou pelo Sporting. Pelas suas caraterísticas físicas e estilo abnegado de jogar logo foi apelidado de “novo Oceano”. Estreou-se oficialmente na 1ª jornada do Campeonato, a 20 de Agosto, nas Antas (1-2). Nessa 1ª temporada, na qual o Sporting conheceu 3 treinadores (Carlos Queiroz, Fernando Mendes e Octávio Machado), foi entrando gradualmente na equipa, acabando por fazer 26 jogos e ganhando a Supertaça (foi titular na partida decisiva, em Paris, frente ao FC Porto). Na época seguinte voltou a jogar com alguma frequência mas sem assumir a titularidade (Oceano e Pedro Martins “reinavam” no miolo no terreno). Marcou entretanto o seu 1º golo a 23 de Agosto de 1996, num triunfo em Espinho por 3-1 – esta foi mesmo a sua época mais produtiva com 5 golos em 26 jogos. Na época terrível de 1997/98, com 4 treinadores (Octávio, Francisco Vital, Vicente Cantatore e Carlos Manuel) continuou a patentear as suas caraterísticas mais marcantes – a entrega e a força, e fez aquele que foi talvez o golo mais importante da temporada – o que garantiu a vitória frente ao Belenenses na penúltima jornada e consequente acesso às provas europeias. Com Mirko Jozic, em 1998/99, voltou a ser uma alternativa credível para médio defensivo ou defesa...

1982 – 8º título nacional de Basquetebol com triunfo frente ao Benfica

14 de Março de 1982. Neste dia terminou o Campeonato Nacional de Basquetebol (com uma vitória do Sporting sobre o Benfica por 100-88) que os leões conquistaram pela 8ª vez. A época até começou muito turbulenta. Os jogadores andaram numa “lufa-lufa” ajudando na angariação de fundos para que a equipa se mantivesse nos moldes tradicionais. Alguns dos melhores elementos, vendo que o tempo passava e que a situação não se resolvia, “mudaram de ares”. Ao fim e ao cabo tudo se normalizou e os leões arrancaram para uma temporada extraordinária. Para esta época o técnico Adriano Baganha foi substituído pela dupla Mário Albuquerque e Tó Mané. A equipa assentava a sua força num coletivo muito forte. Na fase final do Campeonato, em compita com Barreirense, Benfica e FC Porto, que se classificaram por esta ordem, os leões averbaram 5 vitórias e apenas uma derrota. O jogo decisivo frente ao Barreirense (a única equipa que tinha derrotado o Sporting) – na véspera, a 13 de Março, foi muito difícil e equilibrado. A turma do Barreiro, tal como o Sporting, usava o contra-ataque como principal arma, mas a união e a classe dos leões (com jogadores talentosíssimos como Israel – internacional brasileiro, Lisboa ou Rui Pinheiro) acabou por vir ao de cima, com um triunfo por 82-76. Depois foi uma grande festa! Alinharam: Hélder, Cardoso (2), Carlos Lisboa (10), Baganha (16), Israel (16), Rui Pinheiro (22), Taborda (2) e Mike Carter...

2008 – Pereirinha em destaque na vitória sobre o Bolton

13 de Março de 2008. Depois dum empate a uma bola em Inglaterra (golo de Vukcevic), o Sporting, de Paulo Bento, recebeu os ingleses em jogo a contar para os oitavos-de-final da Taça UEFA. Este foi o jogo 222 e a 93ª vitória do Sporting na Europa do Futebol. A equipa: Rui Patrício; Abel, Tonel, Anderson Polga e Grimi; João Moutinho; Pereirinha, Romagnoli (Rodrigo Tiuí 66) e Izmailov (Gladstone 87); Vukcevic (Adrien 75) e Liedson. O Sporting entrou em Alvalade com vantagem (o 0-0 chegava para seguir em frente) mas nem por isso os pupilos de Paulo Bento deixaram de ser a equipa mais ofensiva e com mais hipóteses de chegar ao golo. Em termos defensivos os leões estiveram em plano muito alto não permitindo veleidades às “torres” adversárias. Ainda assim o tempo foi passando e o resultado mantinha-se inalterado, pelo que Paulo Bento optou por alguma contenção no último quarto-de-hora ao lançar Adrien Silva e adiantar Moutinho. Finalmente, a 5 minutos do fim, Bruno Pereirinha (foto) apontou o golo solitário da partida, e diga-se que, mais ninguém do que ele merecia essa alegria pois foi claramente o melhor homem em campo....

1932 – Triunfo nas Amoreiras com Abelhinha em foco

13 de Março de 1932. Nas Amoreiras (“casa” do Benfica) o Sporting procurava defender o 1º lugar na 1ª fase do Campeonato Regional. Orientados pelo britânico Arthur John, os leões alinharam com: Dyson; Jurado e Martinho de Oliveira; Carlos Rodrigues, Varela e António Faustino; Eduardo Mourinha, Valadas, Luís Gomes, Abelhinha e Mourão. A partida foi disputadíssima mas os leões mostraram sempre maior segurança defensiva e capacidade para criar perigo. Quase em cima do intervalo Valadas fez o 1º golo para os sportinguistas e mais se acentuou a ideia de que seriam os verde e brancos a levar a melhor nessa tarde. Logo nos primeiros minutos do 2º tempo Abelhinha (na foto – arquivo) aumentou a contagem e nem o golo de Octávio, aos 68 minutos, obstou a que a equipa de Arthur John saísse com uma vitória natural em face daquilo que se passou em campo. No final, triunfo do Sporting por 2-1 e manutenção da liderança num Campeonato Regional com um regulamento inédito de duas fases e onde o Sporting chegou à final, onde viria a ser batido pelo...

Duílio – Central de pontapé fortíssimo

Duílio Dias Júnior nasceu a 13 de Março de 1957 em Curitiba – Brasil. Começou a jogar futebol e a conquistar títulos no clube da sua terra (ele é filho do maior goleador da História do clube), passando depois por Portuguesa, América e Fluminense (onde teve grande sucesso individual e coletivo). Chegou ao Sporting proveniente do “Tricolor” no Verão de 1985. Era tido como um central possante, “autoritário”, de grande craveira. Estreou-se oficialmente a 28 de Setembro num Sporting-Académica (2-0) para o Campeonato. Nessa 1ª temporada, sob o comando de Manuel José, não conseguiu ganhar a titularidade no centro da defesa (que pertencia à dupla Venâncio-Morato). Pareceu sentir alguns problemas de adaptação ao futebol europeu (bem mais intenso que o brasileiro) e ele não era propriamente um jogador rápido. Ainda assim realizou 16 jogos. Na época seguinte, com Manuel José (primeiro) e Keith Burkinshaw (depois) foi mais utilizado, começando a demonstrar a sua apetência de remate, fortíssimo e muitas vezes colocado. Marcou o 1º golo a 18 de Janeiro de 1987 num triunfo (3-2) no terreno do Oriental para a Taça de Portugal. 1987/88 foi a sua melhor e, paradoxalmente, última época de verde e branco. Habitualmente titular (40 presenças), fez dupla com Morato e apontou 4 golos, contribuindo para o triunfo na Supertaça. A sua última partida realizou-se a 5 de Junho de 1988 frente ao Penafiel (7-0), tendo marcado 1 golo na despedida. Nessa altura surgiu o presidente Jorge Gonçalves que promoveu uma grande mudança no plantel. Totalizou 3 épocas, 81 jogos oficiais e 6 golos pelo Sporting, ao serviço do qual ganhou uma Supertaça. Saiu de...

1977 – Manoel “abriu o livro” com “hat-trick” frente ao Benfica

13 de Março de 1977. O Sporting-Benfica para os oitavos-de-final da Taça de Portugal era uma espécie de tira-teimas muito interessante, já que o Sporting tinha perdido a liderança que pareceu chegar a ser definitiva (houve 6 pontos de vantagem) do Campeonato Nacional para os encarnados. Sob a orientação de Jimmy Hagan, o Sporting alinhou com: Matos; Vítor Gomes, Laranjeira (cap), Amândio e Inácio; Fraguito, Zezinho (Da Costa) e Baltazar; Marinho, Manoel e Freire (Palhares). Pelo andamento das coisas previa-se um Benfica mais dominador e favorito para este jogo – ainda por cima o Sporting  jogava desfalcado de José Mendes, Keita e Manuel Fernandes. Os visitantes entraram muito bem no jogo. Os sportinguistas quase só “cheiravam” a bola, que corria de pé para pé dos vermelhos, fazendo uso da sua bela técnica individual. De súbito tudo mudou com o 1º golo do Sporting, aos 10 minutos. Freire (que se estreava oficialmente na 1ª equipa leonina) centrou e Manoel (um reforço brasileiro que chegara no final da temporada anterior) rematou em jeito para o melhor sítio. O Benfica perturbou-se nitidamente e nunca mais se conseguiu recuperar. Os grandes favoritos viram-se em desvantagem e tornaram-see uma equipa amedrontada e nervosa. Ainda por cima, por volta da meia hora, Chalana (o novo menino bonito da Luz) lesionou-se, tendo de sair para dar o lugar a Cavungi. O intervalo chegou com 1-0, e pouco depois do mesmo Toni desperdiçou, de baliza aberta, uma recarga a defesa de Matos. Logo a seguir Freire falhou um cabeceamento após uma má saída de Bento, e aos 52 minutos o Sporting fez o 2-0 – Alberto cometeu uma...

Manuel Dias – O campeão franzino apaixonado pelo jornalismo

Nasceu a 13 de Março de 1904 em Lisboa, tendo começado muito novo a atividade de vendedor de jornais. Iniciou-se no GD Vendedor de Jornais e ingressou depois no Vendedor de Jornais FC onde nem sempre o deixaram correr por ser muito franzino. Afrontado, decidiu fundar ele próprio um clube – o Sport Picheleira Atlético Clube, na companhia de alguns amigos. Começou então a distinguir-se e foi convidado para ingressar no Sporting. Assim fez, mas surpreendentemente não marcou presença em diversas provas apesar de nelas estar inscrito pelos leões. A 1 de Agosto de 1926 disputava-se uma competição em que o prémio de vitória era uma medalha de ouro, mas o Picheleira recusou a sua inscrição. Consternado, dirigiu-se ao Estádio do Lumiar onde se disputavam os campeonatos nacionais e onde, como sempre, o Sporting o inscrevera. Alinhou nos 5.000 metros ao lado de grandes campeões, e ignorado no meio de toda aquela gente famosa ganhou a prova conquistando o seu 1º grande triunfo, com 16m29,4s. No ano seguinte estreou-se a ganhar no Regional de Crosse tendo recebido a seguinte apreciação do jornal “Os Sports”: “O seu estilo é mau, com um movimento de braços muito largo que lhe causa fadiga, assim como um exagerado balouçar de ombros. No entanto é extremamente rápido, o nosso melhor corredor de meio-fundo na atualidade. Precisa de preparar melhor o físico porque é muito frágil.” No final dessa época já era detentor do recorde nacional dos 3.000 metros com 9m16,8s, e o meio-fundo começou a ser notoriamente dominado por si. Em 1928 venceu pela 1ª vez o Nacional de Crosse, feito que viria a...
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