8-2 à melhor equipa de França!

10 de Junho de 1948. Este foi um dos jogos mais marcantes de sempre do futebol português entre equipas portuguesas e estrangeiras, numa fase em que as provas europeias não passavam ainda duma miragem. O futebol nacional estava mesmo a precisar dum triunfo revitalizador como este, após uma série de “desgraças”. O Lille era o titular da Taça de França e estava apenas a 1 ponto do Olympique de Marselha no seu Campeonato, mas o Sporting (recém-vencedor do Campeonato Nacional e Taça de Portugal) deu largas à sua esplêndida forma, com uma linha avançada que fazia “magia”. O jogo foi disputado no Estádio Nacional e Cândido de Oliveira escalou a seguinte equipa: Azevedo; Álvaro Cardoso e Juvenal; Canário, Manecas e Veríssimo; Jesus Correia, Vasques, Peyroteo, Travassos e Albano. Os franceses começaram a partida com alguma dureza, pelo que os leões se atemorizaram um pouco, jogando com cautela. Em contra-ataque, aos 15 minutos, após uma bola perdida por Vasques, Strap fez o 0-1. O mesmo jogador aumentou a contagem 8 minutos depois num vôo espectacular, de cabeça. Pensou-se então em mais uma “débacle” para o futebol nacional, mas aos 25 minutos, de pé esquerdo, assistido por Peyroteo, Vasques reduziu, e daí até ao empate foi um ápice, com Albano, após jogada com Travassos, a marcar em habilidade. Logo a seguir Peyroteo virou por completo o jogo a centro de Jesus Correira. Aos 43 minutos Veríssimo fez o 4-2 numa recarga e no minuto seguinte Jesus Correia, da meia-esquerda, aumentou para 5-2, resultado (surpreendente) com que se chegou ao intervalo. No reinício, beneficiando do vento, os franceses tentaram voltar a “entrar” no...

2012 – Leoas conquistaram CN Atletismo em pista pela 42ª vez

10 de Junho de 2012. Realizaram-se nesse fim de semana (9 e 10) os Campeonatos Nacionais de Atletismo. O 1º dia da prova ficou marcado pelo infortúnio de 2 dos melhores atletas portugueses de sempre – Naide Gomes e Francis Obikwelu – que se lesionaram seriamente. Logo na 1ª prova masculina, os 100 metros, Francis Obikwelu desistiu por lesão na perna direita – saiu de pista em grandes dificuldades – o que não deu qualquer ponto aos leões, deixando a equipa numa posição delicada na tentativa de recuperar o título masculino. O Sporting não conseguiu, ao longo das restantes provas, recuperar esta desvantagem para o Benfica, terminando o 1º dia de competição com novo desaire, quando Bruno Albuquerque – que liderava a prova de 5.000 metros na última curva – foi empurrado para fora de pista pelo atleta do Benfica, levando a um protesto. Nos femininos o Sporting foi somando vitórias na maioria das provas disputadas, mas Naide Gomes, a meio do concurso do salto em comprimento, sofreu uma rutura do tendão de Aquiles que a colocou fora dos Jogos Olímpicos de Londres… No final do 1º dia o Sporting liderava folgadamente em femininos e encontrava-se na 2ª posição em masculinos. O 2º dia do Nacional de Clubes começou com a notícia do protesto leonino ter sido aceite pela Federação de Atletismo – relativamente ao empurrão a Bruno Albuquerque na prova de 5.000 metros – o que reduziu a desvantagem leonina em masculinos, para apenas 3 pontos quando existiam ainda 10 provas por se disputar. A verdade é que nesse 2º dia o Sporting venceu 9 das 10 provas femininas,...

1989 – “Fim do mundo” em Loures e vitória na Taça de Portugal de Andebol

10 de Junho de 1989. Segundo o jornal “A Bola” foi “o fim do Mundo em Loures” com a vitória do Sporting na final da Taça de Portugal, batendo o Benfica por 22-18 – leões que tinham derrotado o FC Porto por 26-24 na meia-final, O pavilhão estava vibrante de entusiasmo com as claques sportinguistas a superiorizarem-se claramente à torcida benfiquista. Os candidatos à presidência do clube, Jorge Gonçalves (atual presidente) e António Simões estiveram presentes. O Sporting, que devido a alguma irregularidade perdera o Campeonato, entrou em jogo de forma periclitante, e foi o Benfica a adiantar-se de início. A meio da 1ª parte Manuel Brito (o treinador) começou a intervir mais no jogo e as coisas mudaram. Aos 21 minutos surgiu o empate a 8 golos. Ao intervalo, 13-12 para o Sporting. Na 2ª parte o Sporting foi ainda mais agressivo na defesa e o Benfica teve grandes dificuldades em ultrapassá-la. O Sporting jogava então mais em contra-ataque. Aos 40 minutos já venciam os leões por 18-13, o Benfica tentou uma ligeira aproximação mas os verde e brancos já tinham o jogo controlado. O Benfica ganhara há pouco o título de campeão nacional, pretendia a “dobradinha”, mas os pupilos de Manuel Brito não deram hipóteses. O guarda-redes Carlos Silva, de 38 anos, esteve numa tarde memorável, defendendo até o indefensável. Nos últimos minutos,uma vantagem sportinguista de 2 golos foi perdurando, e mostrando uma capacidade enorme de saber ganhar, a claque leonina chamou também no final pelo nome do rival. A partida foi excelente, com lances de enorme recorte técnico, muito cordato de ambas as partes. Carlos Silva e...

A inauguração do 2º Estádio Alvalade

10 de Junho de 1956. Neste dia foi inaugurado o Estádio Alvalade de 2ª geração. Logo em inícios de Dezembro de 1955 o Sporting abrira a chamada “campanha do cimento”, anunciando que a construção do novo Estádio Alvalade necessitaria de 120.000 sacos, cerca de 6 milhões de quilos! Apelou-se então a todos os sportinguistas, com o “slogan” de que o novo Estádio seria de todos. Editaram-se 10.000 cadernetas duma tonelada e outras tantas de meia tonelada, para um total de 9.000 contos. 6 meses depois a obra estava feita. Terra de Olímpia veio de avião até Madrid e depois num cortejo de mais de duzentas vespas até Alvalade onde, de forma emocionada, foi colocada. O Sporting associou as festas do seu cinquentenário ao evento, e nunca se vira em Portugal semelhante manifestação clubista. Nesse 10 de Junho, milhares e milhares de pessoas acorreram. De Goa, África, todos os pontos do Continente, uns para assistir outros para participar no desfile, todos para tomarem parte na inauguração do Estádio Olímpico do Sporting. Estiveram também os delegados ao congresso da FIFA de mais de meia centena de países, o chefe de Estado português, ministros e altas individualidades da nação. Desde as 11 horas que as vastas arquibancadas estiveram cheias de gente. No momento de começar o Festival o majestoso estádio apresentava um aspeto imponente e admirável. Quando o ministro da educação nacional (em nome do Chefe de Estado) declarou o Estádio inaugurado, ouviu-se uma estrondosa salva de palmas logo seguida do barulho ensurdecedor dos morteiros. O Chefe de Estado desceu depois à pista e colocou no estandarte do Sporting as insígnias da Ordem...

A inauguração do Estádio Nacional

10 de Junho de 1944. Dia de festa. Inaugurava-se finalmente o Estádio Nacional. Portugal passava a ter, enfim, um Estádio que era mais um símbolo do Estado Novo, construído, inclusivamente, à imagem e semelhança de algumas construções hitlerianas. Os leões decidiram nomear sócio honorário do clube o general Óscar Carmona com a justificação de que: “O Estado prometera ao Desporto Nacional o seu estádio. A promessa cumpriu-se. E o Sporting paga a sua quota-parte na dívida de gratidão do Desporto Nacional, permitindo-se reconhecer seu sócio honorário a figura veneranda do nosso Chefe do Estado”… Em compita (no “prato-forte” da festa) o Sporting (Campeão Nacional) e o Benfica (vencedor da Taça de Portugal). Orientados por Jozef Szabo, os leões apresentaram: Azevedo; Álvaro Cardoso e Manecas; Canário, Barrosa e Eliseu; Mourão, João Cruz, Peyroteo, António Marques (na impossibilidade de ser substituído à última hora jogou, apesar do falecimento da mãe, e com uma “direta nas costas”) e Albano. O Benfica começou abertamente ao ataque, mas foi o Sporting, por João Cruz, a criar a 1ª sensação de golo. O Sporting ia tapando os caminhos da baliza com Azevedo em bom plano. A certa altura Albano fugiu como uma seta pela esquerda obrigando Martins à defesa da tarde. O Sporting animou-se com este lance e começou a adiantar-se no terreno. Albano e Mourão estiveram depois pertíssimo de marcar. No último quarto-de hora do 1º tempo os benfiquistas retomaram o comando do jogo e podiam ter inaugurado o marcador. Para a 2ª parte o Benfica voltou a entrar melhor, mas sem criar perigo. Azevedo saía muitas vezes da baliza a cortar ofensivas adversárias. Aos...

Divanei – Muito talento e “estrelinha” de campeão

Divanei Alexandre Menino nasceu a 10 de Junho de 1984 em Indaiatuba SP – Brasil. Os seus primeiros passos no Futsal português foram dados na Fundação Jorge Antunes, de Vizela, que teve grandes equipas na 2ª metade da 1ª década deste século. Por lá ficou 3 temporadas a espalhar o “perfume” do seu Futsal pelos pavilhões nacionais, a ponto de o Sporting se ter interessado e ter conseguido o seu concurso no decorrer na temporada 2008/09. “Pegou de estaca” de verde e branco (tal como não podia deixar de ser) devido à sua imensa qualidade. Ficou até ao final de 2010/11 após ter conquistado tudo o que havia para conquistar e nível interno (grande destaque para o título de 2010 onde marcou golos em todos os 4 jogos da final do play-off). Saiu então para o CSKA de Moscovo, mas no início de 2012/13 foi grande entusiasmo que os sportinguistas souberam do seu regresso. Pelo Alvalade ficou mais 2 temporadas, de novo com grande sucesso e protagonismo. No defeso de 2014 voltou a sair, de novo para o leste da Europa (agora para o Kairat Almaty do Cazaquistão) e de novo de forma muito emocionada. Meses mais tarde sagrou-se campeão europeu pelo seu novo clube, na prova realizada em Lisboa, e onde foi sempre muito acarinhado pelos adeptos do Sporting. Em 2017/18 regressou mais uma vez ao Sporting, naquela que foi a sua última temporada no Alvalade. Em 6 temporadas de verde e branco o talentoso ala conquistou 4 Campeonatos Nacionais, 3 Taças de Portugal e 4...

Enrique Fernández – Campeão em 3 países e 4 clubes diferentes

Enrique Fernández Viola nasceu a 10 de Junho de 1912 em Montevideu – Uruguai. Como futebolista (internacional por 8 vezes), jogando como médio ofensivo, destacou-se no Nacional de Montevideu, passando depois por Independiente e FC Barcelona. Mais tarde “abraçou” a carreira de treinador (com apenas 25 anos, devido a uma lesão grave), tendo ganho 2 Campeonatos uruguaios pelo Nacional, duas Ligas espanholas e uma Taça Latina (frente ao Sporting) pelo Barcelona e outra Liga pelo Real Madrid (foi o único técnico a conseguir ser campeão nos 2 colossos espanhóis). Foi também campeão no Chile ao serviço do Colo-Colo, de onde transitou para o Sporting na parte final da temporada de 1956/57 (substituindo Abel Picabêa). A 18 de Abril estreou-se oficialmente no “banco” leonino, num Sporting-Atlético CP (3-1) para a Taça de Portugal. Acabou por ser eliminado da competição nos quartos-de-final pelo Vitória de Setúbal mas foi-lhe dada a oportunidade (pelo presidente Francisco de Cazal Ribeiro) de iniciar a época seguinte. Em boa hora o fez, pois reconquistou o título nacional (na última jornada) para os leões (o 10º) após uma prova disputadíssima com o FC Porto. As expetativas eram altas para a época seguinte, mas, desta vez, as coisas não sairam bem, e acabou por treinar pela última vez a equipa a 8 de Março de 1959 com uma derrota na Covilhã por 1-0, deixando o clube no 4º lugar da classificação. Acabou por deixar uma boa imagem em Alvalade, sobretudo pelo título conquistado, mas também por ter lançado e apostado na 1ª equipa em homens como David Julius, Vadinho, Ivson, Lino, Morais, Carvalho, Hilário, Morato, entre outros. Foi...

Oliveira – Um 10 genial

António Luís Alves Ribeiro de Oliveira nasceu em Penafiel a 10 de Junho de 1952. Desde muito cedo nutriu grande fascínio pelo futebol. Franzino, começou no clube da terra, mas aos 15 anos arriscou uma ida para testes às Antas e por lá ficou. Rapidamente chegou à equipa principal onde desde logo mostrou o “perfume” do seu jogo. Contribuiu para acabar com um jejum de 18 anos dos portistas e chegou à Seleção Nacional. Em 1978 foi contratado pelo Bétis de Sevilha, tornando-se o jogador mais bem pago da História do clube, recebendo 36.000 contos de prémio de transferência, 8.000 contos de “luvas” e 60.000 pesetas mensais. No entanto, 6 meses depois, e completamente desadaptado, quis voltar a Portugal e retornou ao FC Porto. No Verão de 1980, após importantes quezílias no clube portista, saiu para Penafiel, onde se tornou treinador-jogador da equipa duriense com grande destaque. No Verão de 1981 chegou ao Sporting (por cerca de 20.000 contos) numa das contratações mais inteligentes do consulado de João Rocha à frente do clube. Sob a orientação de Malcolm Allison, estreou-se oficialmente num Sporting-Belenenses (2-2) da 1ª jornada do Campeonato que o Sporting viria a conquistar. Marcou pela 1ª vez à 3ª jornada numa receção ao Braga (3-1). Formou com Manuel Fernandes e Jordão um trio ofensivo do melhor que os leões já conheceram. Só à sua conta fez 22 golos (em 34 jogos oficiais) nessa 1ª temporada, sendo peça fundamental na “dobradinha” conquistada pelos verde e brancos, a ponto de ser galardoado com o Prémio Stromp (atleta profissional). Com a inesperada saída de Allison começou a temporada seguinte como...

2013 – 43º Campeonato Nacional de Atletismo para as sportinguistas

9 de Junho de 2013. A equipa feminina de Atletismo do Sporting conquistou o seu 43º  título de Campeã Nacional, ao ganhar a final realizada no Estádio Universitário de Lisboa. O nosso Clube terminou com 162 pontos pontos, muito acima do Benfica, que fez 143. No setor masculino, os nossos atletas bateram-se igualmente de forma meritória, terminando em 2º lugar, com 151 pontos, apenas menos 7 do que o Benfica. Recorde-se que houve 3 ausências de peso: os lesionados Francis Obikwelu, Carlos Nascimento e João Almeida. Os leões vencedores nas várias disciplinas: F 100m – Andreia Felisberto – 12,00s 4X100m – 46,58s 200m – Carla Tavares – 24,30s 400m – Cátia Azevedo – 54,53s 4x400m – 3m40,92s 800m – Sandra Teixeira – 02m07, 74s 1.500m – Sandra Teixeira – 4m26,45s 3.000m –  Doroteia Peixoto – 10m03,01s 3.000m obs. – Clarisse Cruz – 10m11,85s 3.000m marcha – Vera Santos – 12m58,36s 5.000m – Carla Salomé Rocha – 16m06,54s Dardo – Sílvia Cruz – 55m12cm Disco – Irina Rodrigues – 54m66cm Martelo – Vânia Silva – 61m59cm Peso – Irina Rodrigues – 14m07cm Triplo-salto – Patrícia Mamona – 13m37cm M 200m – David Lima – 21,14s 400m – Victor Santos – 47,52s 4×400 m –  3m13,22s 400m b. – Ricardo Lima – 50,96s 5.000m – Rui Silva – 14m19,38s 5.000m marcha – João Vieira – 20m27,86s Martelo – Dário Manso – 66m37cm Vara – Edi Maia – 5m55cm Os restantes resultados de atletas do Sporting foram os seguintes: F 100m b. –  2.ª Andreia Felisberto 400m b. –  2.ª Carolina Duarte Altura – 2ª Marisa Anselmo Comprimento – 3ª Naide Gomes Vara...

1991 – Taça de Portugal de Ténis de Mesa para os homens e as senhoras

9 de Junho de 1991. Em provas realizadas no pavilhão da Ala Nun`Alvares de Gondomar, as equipas masculina e feminina do Sporting venceram a Taça de Portugal de Ténis de Mesa. Os homens bateram na final o Estrela da Amadora por 3-0 com Pedro Miguel, Nuno Dias e Paulo Fernandes. Chen Shi-Chao também participou na competição. No setor feminino o Sporting levou a melhor sobre o FC Porto por 3-0, com Odete Cardoso, Margarida Lopes e Luísa Lopes em grande plano. Estas foram a 19ª Taça de Portugal no setor masculino e a 13ª no feminino conquistadas pelos leões. Na foto Margarida Lopes e Luísa Lopes, duas das atletas...

1984 – Magnífica conquista da Taça de Portugal de Hóquei em Patins

9 de Junho de 1984. Neste dia o Sporting conquistou a sua 3ª Taça de Portugal em Hóquei em Patins, mas a História dessa prova foi extraordinária e merece uma abordagem mais pormenorizada. A 17 de Maio, na 1ª mão das meias-finais, o Sporting perdeu por 8-1 no pavilhão da Luz com o Benfica – marcou Realista. Ao intervalo o resultado era de 2-1, mas a velocidade do Benfica na 2ª parte desuniu os leões, onde só Trindade esteve próximo do seu nível, apesar de perder oportunidades incríveis. Uma semana depois, e contra todas as expetativas, o Sporting cometeu a proeza de virar a eliminatória com um triunfo por 12-4! A equipa: Ramalhete e Serra; José Rosado, Realista (3), Trindade (2), Luís Nunes (5), Sérgio (1) e Campelo (1). Foi uma sensacional recuperação! O Sporting chegou a 4-1, mas a sofreguidão impediu mais golos. O Benfica recompôs-se e pareceu que tudo estava decidido ao intervalo com o resultado em 5-3. Ainda por cima, logo no início da 2ª parte, os vermelhos reduziram para 5-4… Só que os sportinguistas, muito apoiados pela “Força Verde”, aceleraram e os benfiquistas cederam por todos os lados. Livramento fez uma gestão inteligente da componente física ao rodar todos os elementos. A grande força do conjunto e determinação dos leões fê-los chegar à final, com um resultado extraordinário. A 2 de Junho o Sporting foi às Antas para a 1ª mão da final, tendo perdido por 9-7. Os “leões” jogaram com: Ramalhete e Serra; José Rosado (1), Realista (1), Luís Nunes (1), Trindade (4), Campelo e Sérgio. O Sporting ganhava por 3-2 ao intervalo num jogo muito equilibrado. A 2...

1974 – Vitória na Taça de Portugal completa “dobradinha” no Futebol

9 de Junho de 1974. Surpreendentemente, num processo sem contornos muito claros, Mário Lino tomou (ou tomaram por ele) a decisão de se afastar do comando técnico da equipa do Sporting mesmo antes da final da Taça de Portugal. Pelo que se ouviu, Lino não estava satisfeito com a organização interna do clube… Comunicou a sua decisão aos jogadores (na preleção) no dia em que o Sporting recebeu e venceu a Portuguesa de Santos por 4-0 na festa do título. Apesar da incredulidade da maioria dos jogadores a equipa chegou motivada ao Jamor para tentar a “dobradinha” 20 anos depois. Sem poder contar com Yazalde – que se encontrava na Alemanha debelando uma lesão, a turma leonina alinhou num sistema um pouco diferente do habitual, mais cauteloso. Osvaldo Silva orientou o conjunto, que alinhou com: Damas; Manaca, Bastos, Alhinho e Baltazar; Nélson, Vagner (Dani), Paulo Rocha (Chico) e Dinis; Marinho e Dé. O Benfica entrou em campo na firme disposição de se “vingar” das agruras do Campeonato. Aos 33 minutos os encarnados abriram o marcador. Com um passe longo, Toni colocou a bola nas costas da defesa leonina. Jordão conseguiu isolar-se e quando Damas saiu perto dele o angolano assistiu Nené (provavelmente em fora-de-jogo) que marcou com toda a facilidade. O Sporting procurou reagir, puxando dos galões de campeão, mas só aos 88 minutos conseguiu chegar ao empate. Marinho, em grande velocidade, centrou da extrema direita e Chico elevou-se muito bem, fazendo de cabeça o golo. O final chegou com um empate, pelo que houve que recorrer-se a um prolongamento de 30 minutos. A preciosa vitória verde e branca surgiu...

1912 – Sucesso rotundo nos Jogos Olímpicos Nacionais

Entre Maio e Junho de 1912 o Sporting mostrou ao país (mais uma vez) a sua força ao triunfar claramente (pela 2ª vez) nos 3ºs Jogos Olímpicos Nacionais. O próprio Presidente da República esteve presente numa competição dividida por várias jornadas que ganhava cada vez maior protagonismo a nível nacional. A importância do certame também se pôde atestar pela numerosíssima presença de público, sempre muito animado com as incidências das diversas provas. António Stromp (100m e 200m em 25,2s – recorde nacional), Gabriel Ribeiro (110m barreiras em 19,2s – recorde nacional), Matias de Carvalho (1.500m em 4m36s – recorde nacional e Crosse), Gabriel Ribeiro (salto em comprimento com corrida), Fernando Caetano Pereira (lançamento do disco) e António Soares Junior (1.000m em bicicleta) foram os vencedores individuais, duma equipa que, coletivamente, ainda triunfou na prova de estafetas, na Luta de Tracção (o momento da prova, na foto), no Crosse e na Maratona. Um verdadeiro regalo! Mais uma vez, António Stromp (agora com 17 anos) mostrava ser o homem mais rápido do país. Na 1ª corrida de âmbito nacional de Crosse, Matias de Carvalho triunfou, logo seguido de mais 2 sportinguistas – João Aguiar e J. M. Carvalho. Nas bicicletas António Soares Junior dominou como quis, mantendo-se invencível. Aliás, anos atrás, no velódromo de Palhavã, afirmaram-se vários atletas como valorosos corredores de fundo, meio-fundo e velocidade. As suas qualidades aprimoravam-se em competição, mas o velódromo fechou… Entre os sprinters sobressaia um, era Soares Junior. De amador invencivel passou a profissional, para se bater com as estrelas do cimento. Quando o velódromo fechou era Campeão de Portugal nas corridas de velocidade. Os seus...

Dores

João do Nascimento Dores nasceu a 9 de Junho de 1920. Estreou-se oficialmente (com o técnico Jozef Szabo) a 8 de Outubro de 1939 (com apenas 19 anos) num Sporting-Carcavelinhos (9-1) para o Campeonato Regional de Lisboa. Nessa temporada fez 10 jogos, assumindo-se como a grande alternativa ao mítico Azevedo. Na gloriosa época que se seguiu (o Sporting ganhou tudo) jogou apenas duas vezes (uma delas no jogo de festa da última jornada, no Barreiro). Em 1941/42 Dores teve a sua época mais efetiva alinhando em 14 partidas. Nas temporadas que se seguiram foi jogando de vez em quando, tendo passado mesmo 2 anos (45/46 e 46/47) sem qualquer jogo oficial – é que, para além da sua inegável categoria, Azevedo era alguém sempre disponível, mesmo em condições difíceis, e merecia enorme confiança dos treinadores.  A 3 de Abril de 1949 Dores jogou pela última vez oficialmente de “leão ao peito” numa receção ao FC Porto (1-2) para o Campeonato. Em 10 temporadas, totalizou 50 jogos oficiais pelo Sporting e sofreu 80 golos. Fez parte das equipas que ganharam 4 Campeonatos Nacionais, 3 Taças de Portugal e 4 Regionais de Lisboa. Ninguém duvidava da sua categoria, mas o grande nível de Azevedo fez de Dores uma espécie de “eterno suplente” de luxo a quem nunca se ouviu palavras polémicas ou causadores de mau ambiente devido à sua condição. Depois de deixar o Futebol a nível oficial jogou largos anos (quase até aos 80!) nos veteranos do Sporting. Morreu em Novembro de...
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