João Bentes

João Bentes fez parte do 1º plantel oficial do futebol do Sporting que encarou o Regional de 1907/08 alinhando normalmente como extremo-esquerdo. Nos primeiros tempos não era habitualmente titular mas ainda assim marcou o seu 1º golo logo ao 4º jogo oficial do clube (a 22 de Dezembro de 1907) num triunfo por 4-1 sobre o FC Cruz Negra no Campo Grande. A partir da temporada 1909/10 fixou-se na 1ª equipa leonina, ganhando cada vez mais importância no seio do grupo a ponto de ser nomeado capitão-geral. Muito polivalente, jogava em qualquer posição no campo (menos a guarda-redes). Nesse Verão o CIF foi convidado para ir jogar a Huelva com o Recreativo local. Eduardo Luiz Pinto Basto, capitão-geral da coletividade, reconhecendo que o seu clube não estava em condições para defrontar os espanhóis, sugeriu-lhes o Sporting como a alternativa mais adequada. João Bentes, como capitão-geral dos leões, foi contactado nesse sentido. Aceitou (apesar da nega da sua direção), com a condição de levar alguns reforços (seriam 5) de outros clubes para cobrir os pontos fracos do seu grupo. Após uma viagem extenuante os portugueses fizeram-se ao jogo (a 27 de Agosto), vencendo por 4-0 e arrebatando a assistência. Houve quem dissesse, anos depois, que este foi o 1º jogo da Seleção Nacional de futebol o que não corresponde à verdade. A partida de Huelva poderá ser considerada como o 1º contacto internacional dos jogadores do Sporting, isto apesar dos “reforços” de outros clubes, prática corrente na época. A 3 de Novembro de 1912 o Sporting inaugurou o seu novo Estádio. Para tal instituiu a Taça Visconde Alvalade a disputar com...

2004 – Campeões (pela 6ª vez) e recordistas no Futsal

8 de Maio de 2004. À 26ª de 30 jornadas o Sporting garantiu a conquista do Campeonato Nacional de Futsal ao bater no Pavilhão Paz e Amizade em Loures a equipa do Fundação Jorge Antunes, 5ª classificada, por 5-4. Os leões foram campeões pela 6ª vez, após 2 anos de jejum. O ceptro foi conquistado com todo o mérito com um Futsal de grande qualidade. 2.500 pessoas estiveram presentes neste jogo decisivo e no final a festa foi grande. O espetáculo foi de grande qualidade e muito emotivo. O Sporting foi mais pressionante desde o início, enquanto o adversário privilegiou a solidez defensiva e o contra-ataque. O Sporting chegou a 4-1 já no 2º tempo e relaxou demasiado. A desconcentração ia custando caro pois os visitantes aproximaram-se perigosamente no marcador. O final lá chegou com a saborosa vitória por 5-4. A equipa leonina alinhou neste encontro decisivo com Cristiano; Bibi, Zezito (1), Miguel Fernandes, Gonçalo Alves (2), Israel, Evandro (1), João Marçal (1), Paulinho e Deo. No balneário, após as intensas emoções vividas, as lágrimas corriam no rosto do capitão Zezito: “Todos os títulos que já conquistámos me deixaram feliz, mas este teve um sabor especial porque conseguimos calar a boca a todos aqueles que duvidavam da nossa capacidade. Fomos os mais fortes, e o resto é conversa”. Paulo Fernandes estreou-se como treinador principal, logo com um título: “Sou um homem muito feliz. É uma satisfação enorme olhar para trás e constatar que conseguimos ultrapassar as vicissitudes de uma época vivida sob grande tensão emocional. Merecemos bem esta alegria”. 15 dias depois, já campeões, os leões defrontaram o Benfica, desta...

Recorde no clube – Os 10 guarda-redes com melhor média de golos sofridos

O croata Ivkovic, que alinhou no Sporting em 4 temporadas  – de 1989 a 1993 é o guarda-redes da História do clube com a média mais baixa de golos sofridos, 0,727. Em 154 presenças cedeu apenas 112 golos. Para esta classificação são considerados apenas os guarda-redes que realizaram um mínimo de 30 jogos e a atualização está efetuada até ao final da temporada 2022/23. Vejamos agora quem são os 10 mais: CLA FUT J G MÉDIA 1º Ivkovic 154 -112 0,727 2º Costinha 104 -76 0,731 3º De Wilde 67 -49 0,731 4º Meszaros 80 -60 0,750 5º Ricardo 158 -131 0,829 6º Damas 444 -376 0,847 7º Adán 128 -109 0,852 8º Botelho 81 -69 0,852 9º Vaz 50 -43 0,860 10º Vital 39 -34...

1911 – O 1º Crosse realizado em Portugal

7 de Maio de 1911. A disciplina desportiva que mais significativos títulos deu ao Sporting nos seus mais de 100 anos de História teve o seu eclodir neste dia, em que se realizou o 1º corta-mato em Portugal. A partida deu-se do campo de futebol do Sporting. A comissão organizadora foi formada por Cândido da Silva, Augusto Sabbo e João Figueiredo. O júri era constituído por José Pontes, César de Mello e Pedro del Negro, e teve como missão deferir ou não, em última instância, as desqualificações impostas pelos fiscais de pista (que fiscalizaram, cada um, uma parte do percurso para constatar que não haveria “batotice”), para alem de fazer a distribuição dos prémios no domingo seguinte ao da corrida. Os concorrentes do Sporting Clube de Portugal (alinhados na foto) a esta prova pioneira foram Matias de Carvalho (1), Joaquim Pires (26), Augusto Barros (40), Amadeu Barros (9), Ricardo del Negro (20) e Álvaro Ferreira (12). Além do Sporting, concorreram ainda as equipas do Império, CIF, Ginásio Clube Português, Sport Lisboa e Benfica, Atheneu Comercial de Lisboa, Sport Grupo Progresso e Escola Académica. No final, a vitória sorriu ao benfiquista (que ficaria tristemente célebre por morrer em pleno esforço na maratona dos Jogos Olímpicos de Estocolmo de 1912) Francisco Lázaro. O melhor sportinguista seria Matias de Carvalho, em 3º lugar. Por equipas venceu o Império, seguido do Sporting e do Benfica. Os prémios dados pela Comissão constaram de uma taça para a equipa classificada com menor número de pontos e objetos de valor artístico para os melhor classificados individualmente. Todos estariam, com certeza, muito longe de perspetivar o futuro explendoroso...

Fernando Lourenço – Rapidez estonteante no Atletismo e no Futebol

Fernando Manuel Pereira Lourenço nasceu a 7 de Maio de 1918. Foi um atleta polivalente, que deu nas vistas sobretudo no Atletismo, mas que também chegou a jogar Futebol na principal equipa do Sporting. Nos Nacionais de Atletismo de 1941 sagrou-se Campeão dos 100 metros com 10,8 segundos. Ganhou também na estafeta 4X100 metros. No ano seguinte foi campeão Regional dos 100 (11s) e 4X100 metros. Nos Nacionais, disputados no Campo do Lima – Porto, sagrou-se bi-Campeão dos 100 metros, com 11,2s. A 4 de Janeiro de 1942 começou a fazer-se notado também no Futebol, ao marcar 2 golos num triunfo por 7-1 num amigável frente à Académica. Os responsáveis leoninos começaram a acreditar que a sua incrível velocidade poderia ser também útil no “desporto rei”, mas acabou por nunca ter grandes oportunidades. Nos Regionais de 1943 voltou a ganhar os 100 metros (com 11s), e nos Nacionais – que inauguraram a nova pista do Sporting, no Lumiar, sagrou-se tri-Campeão Nacional nos 100 metros (10,8s) e também venceu os 200, com 22,5s e os 4X100 metros. A 16 de Maio desse ano (1943), alinhou pela equipa principal de Futebol (como ponta-esquerda) no terreno do Unidos do Barreiro (triunfo por 7-3) na última jornada do Campeonato Nacional, naquela que foi a sua única partida oficial pelos sportinguistas. Já no ano anterior fizera parte do plantel, mas não alinhou oficialmente, o mesmo acontecendo em 1943/44. Em Agosto de 1944, nos Regionais, Fernando Lourenço triunfou nos 4X100 metros. Nos Nacionais alcançou mais um título, nos 4X100 metros, e com recorde nacional, fixado em 43,8s, naquela que foi a sua última presença destacada como “leão”....

Rui Pinheiro

Rui Jorge de Mendonça Pinheiro nasceu a 7 de Maio de 1953 em Nampula – Moçambique. Tornou-se conhecido no Sporting de Lourenço Marques (onde começou a jogar em 1967) como uma das grandes promessas do Basquetebol português, tendo vindo depois para Portugal. Ingressou no Sporting ainda nas camadas jovens, e para sempre ficou na memória um lançamento de 2 pontos seu que deu o título nacional de juniores aos leões (no último segundo), em Leiria, frente ao FC Porto, em 1971. Em 1974/75 ganhou o seu 1º título (como sénior) pelo Sporting, a Taça de Portugal – na Ajuda, frente ao Benfica (78-75). No ano seguinte conquistou a “dobradinha” e já era considerado por muitos o melhor basquetebolista português de sempre. Em 1977/78 voltou a dar contributo importantíssimo para mais uma “dobradinha”. Em 1980 venceu a Taça de Portugal, triunfando em mais 2 títulos nacionais em 1981 e 1982. Depois o Sporting acabou com o Basquetebol e Rui Pinheiro passou pelo Queluz e pelo Estoril. Jogou também inúmeras vezes na Seleção Nacional, construindo uma carreira que fez dele um dos melhores basquetebolistas portugueses de sempre. Numa entrevista ao site planetabasket.pt afirmou que Adriano Baganha foi o treinador que mais o marcou: “A sua capacidade técnica e inovadora para a altura, bem como o grande carisma em termos de balneário fizeram dele um dos melhores treinadores que passaram por Portugal”. Acrescentou ainda que: “O sucesso que tive como lançador deve-se exclusivamente ao trabalho, persistência e atitude. Hoje em dia é vulgar chegar a um treino e ver os atletas de formação a lançar de 3 pontos. Sei que é vistoso mas...

2018 – Bicampeões de Andebol com triunfo sobre o velho rival!

6 de Maio de 2018. A 3 jornadas do fim, o Andebol do Sporting CP deu mais uma prova da sua categoria ao bater o Benfica (orientado por Carlos Resende) no Pavilhão João Rocha por 33-27, garantindo a conquista do bi-Campeonato Nacional! Os leões, treinados por Hugo Canela, entraram a “todo o gás” na partida perante um adversário que era a única equipa ainda com possibilidades de obstar ao nosso título. Com muita agressividade defensiva e eficácia na frente, foi com naturalidade que a formação verde e branca esteve sempre em vantagem no 1º tempo, recolhendo aos balneários com uma diferença de 25-20 – registo que exemplifica na perfeição a diferença de andamento. Obrigado a reagir, de forma a tentar impedir a festa do Sporting CP, o Benfica não atirou a toalha ao chão na 2ª parte e conseguiu mesmo chegar-se à frente do marcador, muito por culpa das intervenções de Hugo Figueira (22-23). Aí, entrou em ação o fator “Pavilhão João Rocha”, onde mais de 2.500 sportinguistas galvanizaram os nossos jogadores. Após alguns momentos de grande equilíbrio, os leões conseguiram voltar a assumir as rédeas do encontro, embalando à velocidade de Pedro Portela (o melhor marcador verde e branco com 6 remates certeiros) para o triunfo final no braço-de-ferro com as águias – um resultado que, além de garantir o ‘caneco’, permitiu ao Sporting CP somar a sua 28.ª vitória seguida no campeonato, batendo o recorde do FC Porto referente à época 2015/16. Nesta fase final os leões ficaram nessa altura com 7 vitórias em 7 jogos e 6 pontos de avanço para o Benfica, 10 para o...

2017 – 1º título nacional para o nosso Râguebi feminino!

6 de Maio de 2017. No 1º ano enquanto modalidade oficial do Clube, o Râguebi feminino do Sporting CP conquistou o seu 1º título nacional. A viver um ano praticamente irrepreensível – a equipa só perdeu 1 jogo na época inteira, na 1ª prova do Circuito Nacional, frente ao Benfica, tendo essa sido a única das provas em que não saiu triunfante – o coletivo verde e branco selou a sua caminhada com mais um torneio ganho neste sábado, para o qual precisou de bater 4 adversários. Na 1ª partida do dia, as leoas venceram o São Miguel por 50-5, seguindo-se a Bairrada por 40-5 e a equipa de Agrária por 21-12, que qualificou as comandadas por Nuno Mourão para a final de Coimbra frente ao eterno rival, o Benfica. Num jogo bem disputado, mas em que o Sporting CP esteve sempre por cima, o triunfo, por 21-5, acabou por surgir como a cereja no topo do bolo. Além da vitória coletiva, também houve espaço para Antónia Martins se sagrar a melhor jogadora do torneio, reconhecimento feito no final, antes da entrega do título de campeãs nacionais, o momento mais ansiado e festejado pela equipa verde e...

Diego Cavinato – Um pé esquerdo fabuloso!

Diego Simoni Cavinato nasceu a 6 de Maio de 1985 em São Lourenço do Oeste (Brasil), mas tem dupla nacionalidade e já foi várias vezes internacional italiano. Ala, esteve no Sporting desde 2015/16 (proveniente do Acqua e Sapone). Com um pé esquerdo “aterrador” para os adversários, fez 294 golos até ao final da temporada 2021/22. De verde e branco ganhou (até ao final de 2021/22) 2 Ligas dos Campeões, 5 Campeonatos Nacionais, 5 Taças de Portugal, 4 Taças de Liga e 4 Supertaças! Quando renovou pelo Sporting no Verão de 2022 afirmou: “O Sporting CP já é a minha segunda pele. Sou muito agradecido a todas as pessoas do clube que me ajudaram, e estar aqui é um privilégio, uma honra e, acima de tudo, uma responsabilidade (…) A confiança que a equipa técnica, os adeptos e as pessoas que estão ao meu redor depositam em mim significa muito – é uma honra, mas também sabemos da responsabilidade que representa vestir esta camisola (…) era difícil imaginar melhor quando vim para cá, mas queremos sempre...

2018 – Bicampeãs de Futebol feminino!

6 de Maio de 2018. Estádio Alvalade. Na 21ª jornada do Campeonato Nacional de Futebol feminino o Sporting recebeu o Valadares Gaia, uma equipa bem orientada (por Sérgio Barreto). Este jogo tinha o grande aliciante de poder garantir a conquista do bicampeonato para as nossas cores. As visitantes marcaram primeiro, logo aos 18 minutos, por Lúcia Alves que aproveitou bem uma falta de comunicação entre Patrícia Morais e Matilde Figueiras. No entanto, em pouco tempo, “empurradas” pelas mais de 7.000 pessoas nas bancadas, as leoas (de Nuno Cristóvão) deram a volta ao resultado. Ana Capeta entrou em campo e a equipa melhorou logo em termos ofensivos. Foi a número 7 que encontrou Diana Silva solta na grande área (aos 35 minutos) e o remate em arco permitiu o empate. 3 minutos depois, após um cruzamento bombeado para a zona de ação da guarda-redes contrária, Carole Costa marcou de cabeça. No minuto seguinte, depois de Ana Borges deixar tudo para trás junto à ala direita, Ana Capeta surgiu a encostar de primeira para o 3-1. Na 2ª parte a supremacia do Sporting CP voltou a não estar em causa. As leoas criaram perigo por várias vezes, mas Carole Costa foi a única a conseguir marcar (71 minutos), de novo de cabeça, após assistência da fantástica Ana Borges. No final o 4-1 espelhou bem o que se passou no Estádio Alvalade, e a uma jornada do fim pudemos festejar (após 19 vitórias e 2 empates – Braga em casa e Estoril fora, ambos por 0-0), sendo de saudar ainda o regresso de Solange Carvalhas aos relvados. A equipa: Patrícia Morais; Matilde Fidalgo,...

1925 – Futebol ganha o seu 5º título Regional

6 de Maio de 1925. A final do Campeonato de Lisboa em Futebol disputou-se no campo de Palhavã entre o Sporting (vencedor da 1ª divisão) e o Carcavelinhos (campeão do 2º escalão). O treinador leonino era Julius Lelovich. A equipa: Cipriano; Joaquim Ferreira e Jorge Vieira (cap); José Leandro, Filipe dos Santos e Henrique Portela; Torres Pereira, Jaime Gonçalves, Alfredo de Sousa, João Francisco e Emílio Ramos. Segundo a imprensa da época, este foi um jogo extraordinariamente animado, muito rápido. Perante um Carcavelinhos buliçoso que se lançou para a frente desde o 1º minuto, o Sporting começou a partida em contra-ataque, mas Torres Pereira, desinspirado, perdia muito do jogo que lhe era dado. Cipriano, muito atento, fez algumas defesas importantes, enquanto os seus colegas da defensiva se mostravam competentes (contrabalançando o mau trabalho defensivo da linha média). Jaime marcou 2 golos na 1ª parte, o 1º com um soberbo golpe de cabeça a um canto de Emílio Ramos, e o 2º num tiro colocadissimo ao canto direito, apesar de estar cercado por 4 adversários. Nesta 1ª parte o Sporting teve momentos absolutamente “mágicos”, com o trio defensivo imparável e os 2 interiores de ataque a constituirem um perigo constante. Na 2ª parte o Carcavelinhos não conseguiu dar tanta réplica pois jogou duma forma mais individualista à procura de um golo. Jaime voltou a marcar a magnífico centro de Emílio Ramos (fazendo o 3-0 final). O jogo foi parecido com o da 1ª parte, mas com um domínio sportinguista ainda mais acentuado. Cipriano, Jorge, Joaquim Ferreira, João Francisco e Jaime foram os melhores jogadores da equipa leonina. No plano oposto estiveram Torres...

1923 – Bicampeões de Lisboa em Futebol

6 de Maio de 1923. Neste dia jogou-se a final do Campeonato Regional de Lisboa entre o Sporting (vencedor da 1ª divisão) e o Casa Pia (triunfou no 2º escalão). Duas horas antes do jogo, na Praça dos Restauradores e parte da Avenida, havia um mar de gente a “assaltar” os elétricos. Numa verdadeira vertigem havia automóveis, motos, side-cars, carroças e trens. Um barulho e agitação medonhos! No vestiário dos leões, muitos sócios rodeavam os jogadores. Havia exortações, ditos de fé e esperança por parte dos que não jogariam. Notava-se alguma palidez no rosto dos futebolistas… Entretanto faltavam equipamentos aos casapianos, e Salazar Carreira, num bom gesto desportivo, ofereceu ao capitão dos gansos uma camisola preta – não obstante os 2 clubes estarem de relações cortadas. Ao jogo assistiram cerca de 9.000 pessoas. O Sporting foi superior, venceu brilhantemente, com justiça e merecidamente, mas o Casa Pia teve muita “alma”. Foi um bom jogo, ao contrário daquilo que costumava (e costuma) acontecer em finais, cheio de boas jogadas de um lado e do outro, com dois adversários galhardos, bons desportistas, dignos e nobres. Predominou a lealdade, houve dignidade na vitória e na derrota. Augusto Sabbo escalou a seguinte equipa:  Cipriano, Joaquim Ferreira e Jorge Vieira; José Leandro, Filipe dos Santos e Henrique Portela; Torres Pereira, Jaime Gonçalves, Francisco Stromp, João Francisco e Emílio Ramos. O terreno estava um pouco empapado com a chuva que caiu toda a manhã. O Casa Pia começou com energia. Criaram-se algumas oportunidades de parte a parte, mas a defesa do Sporting mostrava-se muito difícil de transpôr. O Casa Pia atacava mais pelas pontas e o...

1984 – Capitaneados por Brito, Campeões Nacionais de Andebol pela 15ª vez

6 de Maio de 1984. Na dupla jornada do fim de semana, ao empatar na Luz a 17 golos e ao vencer o FC Porto no Alvalade por 29-23, o Sporting sagrou-se Campeão Nacional de Andebol. Sem ter feito um grande torneio das duas primeiras fases da prova, o Sporting (comandado por Ângelo Pintado) exibiu as suas credenciais nesta fase final, tendo chegado ao jogo derradeiro com o FC Porto com o título à vista, necessitando para isso da vitória decisiva. A experiência e força anímica do capitão Manuel Brito foram decisivas para a prestação da equipa nesta fase decisiva da prova. Na partida frente ao FC Porto alinharam e marcaram: Carlos Silva (Pedro Miguel); Carlos Correia (1), Marques (8), Mário Santos (1), Miranda (4), Pires (4), Areias (3), Brito (1), Carlos José (2), Franco (5) e Luzia. Na partida da véspera frente ao Benfica (que tinha de ganhar), talvez o jogo mais marcante da temporada, o Sporting só esteve à frente aos 12-10, mas soube, com muita tranquilidade, nos momentos finais e sem posse de bola, arrancar um precioso empate que deixou em natural delírio os sportinguistas. O Benfica, para muitos as equipa com melhores jogadores em Portugal, não conseguiu, assim, ultrapassar o  Sporting, que fez da garra a sua maior arma. Na classificação final o Sporting somou 15 pontos contra 13 do Benfica, 12 do Belenenses e 8 de FC Porto. Os leões eram campeões nacionais pela 15ª...

Octávio Machado – Nunca o Sporting defendeu tão bem como com ele

Octávio Joaquim Coelho Machado nasceu a 6 de Maio de 1949 em Palmela. Começou por jogar no Palmelense, atingindo depois grande destaque no Vitória de Setúbal, FC Porto e Seleção Nacional. Começou como treinador no Salgueiros, em 1983, passando depois largos anos como adjunto em várias equipas técnicas do FC Porto (com enorme sucesso). Após um interregno foi contratado por Pedro Santana Lopes (com o objetivo de trazer para Alvalade o rigor com que Octávio estava conotado) no decorrer da temporada 1995/95 numa altura em que a direção técnica do futebol sportinguista vivia dias de grande confusão. Chegou como adjunto de Fernando Mendes (técnico interino), estreando-se como tal a 16 de Março de 1996 num Sporting-Salgueiros (2-2). Menos de 1 mês depois já era treinador principal. O seu 1º jogo foi na Amadora (1-1). Melhorou claramente a equipa, e nessa temporada ainda conseguiu eliminar o Porto da Taça de Portugal, ganhar com brilhantismo a Supertaça aos dragões (3-0, em Paris), e chegar à final da Taça (derrota com o Benfica por 3-1, numa partida marcada pelo assassinato dum adepto leonino). Nesse curto período lançou o guarda-redes Tiago. Estranhamente voltou a ser adjunto no ano seguinte (agora do belga Waseige), mas quando as coisas começaram a correr mal voltou a assumir o posto de treinador principal. Numa época (mais uma vez) muito atribulada (com destaque para os problemas entre Sá Pinto e o selecionador Artur Jorge que levaram à suspensão daquele que era, na altura, o futebolista mais importante da equipa), conseguiu o 2º lugar no Campeonato. Dessa época ficou ainda como destaque a estreia de Simão na principal equipa...
Content Protected Using Blog Protector By: PcDrome.