Alfredo Pinheiro

Alfredo Sérgio Amado de Azevedo Pinheiro nasceu a 27 de Dezembro de 1946 na Graça, em Lisboa. Começou no Sporting em 1962, tendo feito parte da magnífica equipa de Andebol do clube que conquistou o penta-Campeonato nacional entre 1969 e 1973 (antes já fizeram parte da equipa campeã em 1966 e 1967). Para além disso também esteve na conquista das 3 primeiras Taças de Portugal (1972, 1973 e 1975). Venceu ainda 5 Campeonatos Regionais. Foi também parte integrante da equipa de Andebol de Onze campeã nacional em 1965 e 1966 e duas vezes campeã regional. No último ano como jogador exerceu também as funções de treinador da equipa feminina de juniores. Depois de abandonar a prática da modalidade esteve como treinador nas camadas jovens leoninas, passando depois para a equipa principal onde foi campeão em 1978 (era adjunto, mas substituiu o treinador principal Matos Moura – vítima dum AVC, na fase final). Mais tarde treinou o Encarnação onde conseguiu um 3º lugar no Campeonato e chegou a uma final da Taça de Portugal – derrotado pelo Sporting. Depois orientou também o Clube TAP (que conseguiu promover à 2ª divisão). Anos mais tarde regressou ao Sporting ocupando diferentes cargos na estrutura do Andebol leonino. Como curiosidade refira-se que o seu irmão – Ramiro Pinheiro, foi também uma grande figura do Andebol sportinguista. Foi galardoado com o prémio Stromp na categoria “saudade” em 2015 (referente a...

Andebol – Sporting-38 Benfica-34 – Ganhámos a Supertaça!

17 de Dezembro de 2023. No Pavilhão Municipal de Santo Tirso, depois de ter vencido na véspera o FC Porto, no último segundo (de Martim Costa), por 35-34, o Sporting defrontou o Benfica para a decisão da Supertaça. Esta final foi bastante equilibrada – 18-17 ao intervalo. Na entrada para a 2ª parte foram os encarnados a começar por marcar, dando a toada para empates sucessivos. Com o ambiente ao rubro – verdadeiramente digno de um dérbi, os 2 guarda-redes (Leonel Maciel e Gustavo Capdeville) foram assumindo grande protagonismo. Entretanto o Sporting conseguiu, sensivelmente a meio da 2ª parte, por Natán Suarez, chegar pela 1ª vez aos 3 golos de vantagem (27-24). Os encarnados atacaram a partir daí em 7×6, mas com muitas dificuldades para superar a defesa leonina. Entretanto Ricardo Costa voltou a meter o filho Martim em campo, para desequilibrar de vez a partida. O jovem talento fez então 6 dos seus 9 golos, contribuindo decisivamente para a conquista do troféu – que escapava aos leões desde 2013.  Os comandados de Ricardo Costa mantiveram a liderança na entrada para os últimos 10 minutos, o Benfica foi reagindo (34-32) mas Martim Costa mostrou-se novamente disponível para executar e manter a liderança. Apesar da paragem na reta final, o Benfica acabou por não ter argumentos e o Sporting ergueu a sua 4ª...

Brito

Manuel Joaquim Brito “nasceu” a 4 de Dezembro de 1947 (ao que dizem esta terá sido a data do seu registo, pois a data real do seu nascimento fôra a 17 de Agosto) em São Vicente – Cabo Verde. Ingressou no Andebol junior do Sporting em 1964. Desde o início da sua carreira que mostrou qualidades muito acima da média na modalidade que escolheu. Esteve 23 anos no Sporting como jogador. Participou em todas as épocas no inédito penta-campeonato alcançado pelo clube (de 1969 a 1973), tendo ainda ganho um tetra- campeonato entre 1978 e 1981, e outro título em 1984. Taças de Portugal foram 5 (1972, 1973, 1975, 1981 e 1983). Como treinador fez um trabalho assinalável nas camadas jovens verde e brancas (com vitórias no Campeonato de Juvenis em 1985, no Campeonato de Juniores em 1997 e na Taça Nacional de Juniores em 1998), enquanto nos seniores alcançou duas Taças de Portugal – em 1989 e 1998. Está considerado por muitos apaixonados pela modalidade como o melhor andebolista português de sempre. A sua técnica e visão de jogo contribuiram largamente para que o Sporting conquistasse o predomínio da modalidade em Portugal. Foi internacional português 57 vezes, onde atingiu os seus pontos mais altos com a participação em 2 campeonatos do mundo. Entre tantas conquistas, Manuel Brito foi distinguido com vários galardões, entre eles o Prémio Stromp (1977), a Medalha de Mérito do Sporting, a Menção de Honra do Comité Olímpico de Portugal e o Prémio Rugidos de Leão. Nos primeiros dias de Maio de 2011 foi homenageado numa confraternização de ex-juvenis e juniores do andebol do Sporting, que teve...

Ricardo Andorinho

Ricardo José da Costa Andorinho nasceu a 14 de Novembro de 1976 em Évora. Começou a jogar Andebol no Évora Andebol Clube, mas chegou muito cedo ao Sporting (1994), com apenas 17 anos. Em Alvalade, alinhando normalmente na posição de ponta-esquerda, tornou-se um dos melhores andebolistas portugueses de sempre, vivendo momentos de consagração tanto a nível individual como coletivo. Em 2000 foi distinguido com o Prémio Stromp na categoria Atleta. No Sporting ganhou 1 Campeonato Nacional (2001), 4 Taças de Portugal (1998, 2001, 2003 e 2004) e duas Supertaças (1998 e 2002). No final da temporada 2003/04 o Andebol leonino sofreu uma grande reestruturação com forte contenção orçamental, o que o “obrigou” a deixar o clube “do seu coração” e aventurar-se em Espanha. A sua despedida ocorreu na final da Taça de Portugal ganha ao Belenenses (Junho de 2004), em Castelo Branco, por 29-23. Andorinho fez 7 golos e afirmou no final: “Sou sportinguista de alma e coração, servi o clube durante 10 anos e saio sobretudo pela questão desportiva”. Depois, numa das melhores equipas mundiais –  Portland San Antonio, teve grande sucesso. No entanto, uma lesão gravíssima contraída numa partida frente ao FC Barcelona em 2008 levou-o a abandonar a alta competição prematuramente… Foi internacional português por 155 vezes, marcando 528 golos. Abraçou, entretanto, o mundo empresarial após concluir diversas formações de elevado grau em Marketing e Novas Tecnologias. Teve também funções da Federação Portuguesa de Andebol como vice-presidente. Em 2018 foi um dos homens fortes da candidatura (2ª classificada) de João Benedito à presidência do...

Bessone Basto

António de Almeida Bessone Basto nasceu a 9 de Novembro de 1945 em Algés no seio de uma família muito ligada ao desporto. O seu avô paterno, Rodrigo Bessone Basto (fundador do Sport Algés e Dafundo), era um grande apaixonado da Natação, tendo levado o neto a diversos eventos ligados com a modalidade. O pai participou nos Jogos Olímpicos de Helsínquia em 1952 – como jogador da equipa nacional de Pólo Aquático, a mãe Genoveva Rosa também praticou Natação e a irmã igualmente. Logo, foi com grande naturalidade que António Bessone Basto enveredou muito cedo pela prática desportiva. Logo aos 8 anos fez a 1ª travessia do Tejo, e aos 12 foi pela 1ª vez internacional. Nos anos 60 foi figura da Natação nacional vencendo diversos Campeonatos Nacionais, chegando a triunfar a nível ibérico e também nos jogos luso-brasileiros. Jogou Pólo-Aquático no Algés e no Sporting, mas foi no Andebol leonino, como guarda-redes, que assumiu o maior protagonismo no clube. Foram 7 os títulos nacionais conquistados numa era dourada da modalidade entre os leões, avultando o inédito penta-campeonato alcançado entre 1969 e 1973 – um feito sem paralelo em Portugal. Para além disso também venceu de verde e branco 3 Taças de Portugal, numa modalidade em que chegou por 45 vezes à internacionalização. Numa vida inteiramente dedicada ao desporto, praticou ainda Râguebi, Judo, Karaté, Basquetebol, Andebol de Onze, Ténis, Ténis de Mesa e Pesca Submarina. Tinha uma máxima: quando começava num clube em determinada modalidade não mais mudava, pois segundo as suas próprias palavras: “Não fazia sentido para mim estar inserido num grupo, convivendo e partilhando determinados objetivos e...

José Pires – Ponta-esquerda rápido e concretizador

Nasceu a 25 de Outubro de 1960 em Almada. Era ainda um adolescente quando se iniciou no Andebol no clube da sua terra, onde se manteve até aos 20 anos, sempre a dar nas vistas. Chegou ao Sporting no Verão de 1981. Na sua 1ª época no clube, apesar de bem no plano individual, não conquistou títulos, mas a 11 de Junho de 1983 foi importantíssimo no triunfo na Taça de Portugal ao marcar 10 golos na vitória por 36-21 sobre o Encarnação (o seu 1º grande título em Alvalade).  Quase 1 ano depois, a 6 de Maio de 1984, sagrou-se finalmente Campeão Nacional de verde e branco, e no jogo decisivo perante o FC Porto (29-23) apontou 4 golos. Em 1984 acumulou a função de jogador do Sporting com a de treinador da equipa feminina do Almada, e após uma temporada de 1985 “em branco”, voltou a sagrar-se campeão a 26 de Abril de 1986 numa finalíssima a 2 jogos com o Belenenses em que marcou 8 golos. Após este momento de glória saiu (um tanto surpreendentemente para o Porto), mas pelas Antas (onde não ganhou títulos) ficou apenas 1 ano, regressando prontamente ao Sporting. Em mais duas épocas de verde e branco ganhou duas Taças de Portugal consecutivas – em 1988 frente ao Belenenses (29-20) – marcou 4 golos, e em 1989 (num jogo eletrizante) perante o Benfica (22-18) – onde realizou uma excelente exibição. No final da temporada voltou a sair por 1 ano, agora para o Vitória de Setúbal. O seu 3º período como andebolista do Sporting iniciou-se em 1990. Permaneceu mais 3 temporadas como...

Fernando Nunes

Fernando Miguel de Oliveira Nunes nasceu a 26 de Setembro de 1974. Começou a jogar Andebol no Seixal com apenas 11 anos, influenciado por um primo que já estava na modalidade. Logo começou a destacar-se, mostrando muito talento, e com 17 anos transferiu-se para o Vitória de Setúbal (por influência de Manuel Manita, que diz dele ser “um homem muito sensato, amigo dos seus amigos e da família, humilde, com sentido de responsabilidade e grande caráter”). Internacional português nas camadas de formação, foi Campeão Europeu de cadetes e 3º no Mundial de Juniores. Chegou a trabalhar num escritório e oficina de automóveis, mas depois dedicou-se totalmente ao Andebol pelo qual nutre verdadeira paixão. Estreou-se nos seniores pelo Vitória e rumou depois ao Ginásio do Sul. No início da temporada 2000/01 chegou ao Sporting e logo na época de estreia Fanã (como é conhecido no meio andebolístico) ganhou o Campeonato Nacional e a Taça de Portugal. Ponta-direita de excelentes recursos, ganhou a Supertaça em 2001/02 e as Taças de Portugal de 2002/03 e 2003/04. No ano seguinte regressou ao Ginásio do Sul e nas duas épocas que se seguiram foi para a Espanha, onde representou o Arrate. Voltou ao Sporting em 2007 numa fase em que o Andebol verde e branco não vivia um grande período. Anos mais tarde – em 2010, foi um dos protagonistas na conquista da Taça Challenge – a 1ª Competição Europeia ganha por um clube português de Andebol. A 27 de Junho de 2010, numa final da Taça de Portugal surpreendentemente perdida frente ao Xico Andebol, terminou uma belíssima carreira de jogador no qual se...

1997 – 1ª Supertaça para o Andebol, frente ao ABC

7 de Setembro de 1997. Depois de na época anterior terem ficado perto das vitórias no Campeonato Nacional e na Taça de Portugal mas de não terem vencido nada, Luis Hernâni e Carlos Silva mantiveram-se no comando técnico da equipa de Andebol do Sporting, partindo para a nova época com as ambições de sempre. As coisas começaram bem com os leões a conquistar a 1ª Supertaça do seu historial, derrotando no Pavilhão Municipal da Batalha o ABC de Braga por 28-18. Houve confusões criadas pela Federação Portuguesa de Andebol no que diz respeito à marcação da data da partida. O Sporting também não foi tido nem achado nesse processo, mas os bracarenses alinharam com uma equipa formada maioritariamente por juniores. Assim, apesar da vitória histórica do Sporting (na medida em que conquistou pela 1ª vez a competição), o triunfo não teve o mesmo “sabor” que teria em condições normais. A 1ª parte foi fraca por parte dos sportinguistas, talvez convencidos que venceriam facilmente perante um adversário debilitado. No entanto os bracarenses foram galhardos, e o intervalo chegou com um escasso 14-13. No 2º período o cariz do encontro mudou radicalmente, pois os leões aceleraram e a entrada de Tchikoulaev em jogo fez o nível do Andebol produzido pela equipa subir muito. O triunfo acabou por ser dilatado e os festejos finais não ultrapassaram alguma sobriedade, motivada pelo contexto da situação. O coordenador da Modalidade, Diamantino Ribeiro, afirmou no final: “Este é um título que ficará na História do clube, pois foi a nossa 1ª Supertaça. Os jogadores deram o seu melhor e por isso estão de parabéns. Apresentámo-nos no dia...

Frankis Carol – Um andebolista de classe mundial!

Frankis Carol Marzo nasceu a 7 de Setembro de 1987 em Guantanamo – Cuba. Tem também nacionalidade do Qatar. Chegou ao Sporting em Novembro de 2011, e apesar da sua 1ª época com as nossas cores não ter sido brilhante, os responsávei sportinguistas exerceram a cláusula de opção do seu contrato e por cá ficou até 2021 tornando-se um dos andebolistas mais categorizados de toda a gloriosa História do Andebol leonino. Alinhando normalmente na posição de central, conquistou pelo Sporting 1 Taça Challenge, 2 Campeonatos Nacionais, 3 Taças de Portugal e 1 Supertaça. Em Janeiro de 2018 foi eleito o melhor jogador da Taça da Ásia, prova que conquistou pelo Qatar. Em 2021 foi o melhor marcador do Campeonato do Mundo que se disputou no Egipto, recebendo uma proposta muito relevante do Al-Arabi SC, que o fez compreensivelmente sair do nosso clube, após 10 temporadas de grande nível (com 392 jogos e 1621 golos). Na hora de saída do Sporting afirmou: “Cheguei sem saber nada do clube e saio como um verdadeiro sportinguista. Foi um orgulho e uma honra usar a braçadeira de...

1952 – Os primeiros Campeões Nacionais de Andebol

30 de Agosto de 1952. Depois de ter vencido pela 2ª vez no 2º Campeonato Regional (com 9-5 frente ao Benfica), o Andebol (de 7) do Sporting participou no 1º Campeonato Nacional com legítimas aspirações. A verdade é que os leões nunca haviam sido campeões nacionais na vertente de onze, mas na nova modalidade começaram por “dar cartas” logo de início. Após um percurso sem mácula, a equipa leonina chegou à final que se disputou no recinto de Cascais, numa noite na qual muito público esteve presente. Sporting e Glória haviam eliminado respetivamente o Belenenses e a Associação Académica. Os leões foram manifestamente superiores, aproveitando o facto de serem o clube que há mais anos praticava esta modalidade em Portugal. Uns esmagadores 19-2 foi o desnível que o marcador alcançou no final, o que não traduzia a real diferença entre as equipas mas sim o seu diferente comportamento neste jogo. A defesa sportinguista barrou sempre o caminho dos atacantes contrários e sobretudo ao seu melhor marcador, Baptista, que só conseguiu 1 golo. Entre os leões, Ernesto esteve seguro e Chagas foi o melhor elemento sobre o terreno bem secundado por Lanceiro, Hermínio e Dalié. O desafio começou com andamento lento a que só Chagas se opunha com arrancadas em velocidade. O intervalo chegou já com 10-1, mas o Sporting continuou a dominar claramente no 2º tempo, alcançando um resultado muito desnivelado. A equipa verde e branca que obteve este feito histórico foi: Ernesto; Salgueiro, Lanceiro (1), Vital, Moura (1), Hermínio (8), Chagas (5), Sousa (1) e Delié...
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