Carlos Ferreira

Carlos Manuel da Silva Panta Ferreira nasceu a 2 de Agosto de 1966 em Moçambique. Logo começou a revelar grande tendência pela prática desportiva e ingressou na Ginástica. Ainda muito jovem foi para o Minho, e depois de chegar a jogar Futebol como federado, apareceu o Andebol na sua vida, tendo começado no Fermentões, com 12 anos. Mais tarde passou pelo Francisco d`Holanda, ingressando depois no ABC onde viveu tempos de glória conquistando Campeonatos (4), Taças (4), Supertaças (3) e chegando inclusivamente à final da Liga dos Campeões Europeus. Finalmente, e dizemos finalmente porque sempre assumiu o Sporting como clube do seu coração, chegou ao Alvalade em 1994 para alinhar de “leão ao peito”. De verde e branco jogou 7 épocas, nas quais conseguiu conquistar 1 Campeonato Nacional (15 anos depois da última vitória), 2 Taças de Portugal e 1 Supertaça. Dele disse um dia Manuel Brito: “Foi um atleta duma postura exemplar, que defendeu o Sporting com grande dignidade, bom colega, e com um perfil de liderança deveras invejável, sustentado por uma conduta como homem que servia de exemplo para todos os colegas”. Já Ricardo Andorinho, outra das grandes figuras da História do Andebol leonino referiu: “A minha opinião sobre o Carlos está longe de ser isenta pois partilhámos muito mais do que Andebol ao longo das nossas vidas. Creio que é unânime, à volta da comunidade andebolística, dizer que o Carlos é um líder. A competitividade individual e a sua capacidade de transmissão da mesma fez crescer não só grandes atletas mas seguramente melhores pessoas”. A sua derradeira partida pelos leões aconteceu a 24 de Junho de 2001...

Carlos Correia

Carlos Jacinto Romão Correia nasceu a 17 de Julho de 1948 em Lisboa. Desde muito novo que esteve ligado ao desporto. Com 12 anos já praticava Ginástica no Sporting, na Rua do Passadiço, sob a orientação do Prof. Moura e Sá. Depois tentou o Atletismo, e aí deu nas vistas no salto em comprimento, chegando mesmo ao recorde nacional de cadetes com 5m93cm -também se destacava na velocidade. Mais tarde veio o Basquetebol, no CDUL, onde chegou a internacional e a titular nos seniores (ainda com idade de junior). Desportista nato, foi no entanto no Andebol que mais se destacou, começando logo pelos títulos regional e nacional (3º e último para o Sporting CP) na vertente de 11 em 1965/66, onde ainda não era, no entanto, um dos mais destacados elementos da equipa. A partir de finais dos anos 60 começou a vir ao de cima a sua categoria no Andebol de 7, rapidamente chegando a internacional esperança e A. Em 1967 obteve o seu 1º título nacional na modalidade (embora ainda pouco utilizado), mas a 19 de Abril de 1969 já marcava presença destacada na equipa leonina orientada por Matos Moura que venceu o FC Porto por 19-16 (marcou 2 golos) iniciando um até então inédito penta na modalidade. Ao lado de homens como Manuel Brito, Bessone Basto, Manuel Marques, Alfredo Pinheiro e tantos outros, fez parte de um coletivo fortíssimo que marcou uma era no Andebol nacional. Curiosamente, vários anos depois, entre 77/78 e 80/81 foi novamente figura destacada num outro conjunto (com homens que vieram de trás com realce para Brito, mas a quem se juntaram...

Ramiro Pinheiro

Ramiro Amado de Azevedo Pinheiro nasceu a 13 de Julho de 1945. Iniciou a sua atividade no Sporting em 1961. Fez parte da brilhante equipa que entre 1966 e 1973 conquistou 7 Campeonatos Nacionais de Andebol em 8 possíveis, incluindo um Penta entre 69 e 73. Venceu ainda duas Taças de Portugal (1972 e 1973). Para além disso foi várias vezes Campeão Regional e bi-Campeão Nacional de juniores em Andebol de 11. Diz quem o conhecia que tinha um enorme respeito por companheiros e adversários, e por isso era muito estimado por todos. Licenciou-se em Engenharia Civil pelo Instituto Superior Técnico, onde era Assistente antes de ingressar no serviço militar obrigatório. Já no posto de Capitão morreu na Guerra do Ultramar, em Luanda, a 3 de Fevereiro de...

1975 – 3ª Taça de Portugal para o Andebol, com Carlos Silva e João Manuel em foco

12 de Julho de 1975. Nesse dia, no Pavilhão dos Desportos em Lisboa, o Sporting obteve uma vitória difícil mas merecida por 20-18 frente ao Benfica na final da Taça de Portugal de Andebol. Os leões conseguiram a sua 3ª vitória na competição, A equipa verde e branca começou a partida de forma fulgurante chegando a 8-2! João Manuel (um caso sério nos remates em suspensão) marcava golos em série, mas pouco a pouco os benfiquistas foram-se aproximando. Ainda assim o intervalo chegou com 14-10 para o Sporting. A certa altura da 2ª parte surgiu o caso do jogo quando o benfiquista Franco agrediu Brito a soco. O público afeto ao Sporting reagiu tentando vingar-se do jogador da equipa adversária cujo técnico, e muito bem, não o voltou a pôr em campo e o jogo esteve interrompido alguns minutos para que Brito fosse assistido. Os dirigentes e seccionistas do Sporting iam, no entretanto, tentando acalmar o público. Nos últimos minutos o Benfica conseguiu aproximar-se, acabando a margem final de 2 golos por ser enganadora face à superioridade patenteada pelos leões durante toda a partida. O guarda-redes Carlos Silva fez uma exibição extraordinária tal como Sacadura. João Manuel mostrou grande facilidade de remate e o capitão Brito “orientou” sempre muito bem a equipa. Mesmo sem poder contar com 3 dos seus principais elementos (Manuel Marques, Carlos Correia e Alfredo Pinheiro) os leões (orientados por Matos Moura) obtiveram um valoroso triunfo. Alinharam: Carlos Silva, Perrolas (1), Sacadura (1), João Manuel (8), Fernando Jorge (2), Adão (1), Brito (2) e Vasconcelos (5). Carlos Silva afirmou no final: “O Sporting ganhou bem, e eu estive...

1967 – Bicampeões Nacionais de Andebol

10 de Julho de 1967. Ao vencerem o Benfica por 15-12, os leões sagraram-se bicampeões nacionais de Andebol a duas jornadas do fim. Mesmo sem fazerem uma exibição extraordinária, os sportinguistas provaram a sua regularidade cotando-se como o melhor coletivo do torneio. A equipa: Bessone; Mesquita (1), Gonçalves (1), Branco (1), Castanheira (1), Vítor Dias (1), Luís António (2), Pedro Feist (4), António Marques (3) e Jorge Feist (1). O jogo disputou-se no Estádio Alvalade (num rinque ao ar livre situado nas traseiras do antigo peão) perante tanta gente que as portas tiveram de fechar antes do início da partida para não se correr o risco de sobre-lotação. A partida era decisiva para os 2 clubes pois com 4 pontos de desvantagem para os leões os benfiquistas eram obrigados a vencer, e em vantagem chegaram ao intervalo, por 6-5. Na 2ª parte tudo mudou, e com uma atuação muito consistente, focando o seu jogo num letal contra-ataque, o Sporting venceu bem. Duas semanas depois a competição (que englobava ainda FC Porto, V. Setúbal, CDUP e Sporting de Espinho) terminou, tendo o Sporting conseguido a magnífica proeza de alcançar 10 vitórias em 10 jogos. Curiosamente, em termos de orientação técnica, a equipa não teve qualquer estabilidade, tendo sido treinada sucessivamente por Chagas, Pereira de Sousa, Américo Teixeira e Pedro Feist. Este foi o 5º título nacional alcançado pelo Sporting na...

2003 – Emoção a rodos na final da Taça de Portugal de Andebol

6 de Julho de 2003. O Sporting derrotou o FC Porto na final da Taça de Portugal de Andebol com uma vitória sofrida por 30-29. Este foi o 10º triunfo dos leões na competição. A prova disputou-se no Pavilhão Atlântico, em Lisboa, e foi resolvida em “final-four”, tendo os verde e brancos derrotado nas meias-finais o Águas Santas por 27-25. O jogo decisivo foi emocionante, entre as duas equipas com maior historial em Portugal na modalidade. O Sporting procurava a desforra da vitória do FC Porto no Campeonato e conseguiu-a com todo o mérito. Se a meia-final já tinha sido disputadíssima então a final foi magnífica de emoção e luta. Até ao intervalo houve grande equilíbrio, chegando os leões ao descanso com uma vantagem mínima – 11-10. Os portistas estiveram muito bem nos minutos iniciais do 2º tempo, chegando ao avanço de 20-18, e os minutos finais foram de tudo por tudo de ambos os contendores, numa peleja verdadeiramente imprópria para cardíacos. No final o Sporting acabou por vencer por 30-29 numa partida memorável. O treinador José Tomaz afirmou então que: “Existem muitas variáveis em jogo, e nós usámos todos os argumentos para tentar vencer”. Moniz Pereira enalteceu a “atitude de grande profissionalismo de todos os atletas do Sporting, pelo que a conquista tem um sabor especial”. O Sporting alinhou neste encontro inesquecível com: Miguel Fernandes e Ricardo Correia; José Vieira (5), Ricardo Andorinho (6), Kraljic (8), José Santos, Armando Pires, Luís Gomes (5), Rui Silva (1), Ricardo Dias (3) e Fernando Nunes (2). Esta partida marcou a despedida do clube do treinador José Tomaz...

2001 – Taça de Portugal completa “dobradinha” no Andebol

24 de Junho de 2001. Numa temporada excelente para o Andebol sportinguista, os leões juntaram a vitória na Taça de Portugal (9ª) ao Campeonato (conquistado cerca de 1 mês antes), conseguindo a tão ansiada “dobradinha”. Na meia-final o Sporting batera o Ginásio do Sul por 30-22, patenteando uma clara superioridade. A partida decisiva disputou-se em Tavira e foi como que um tira-teimas do” play-off” final do Campeonato entre Sporting e FC Porto. Com as lesões de Milan Stohr e Ricardo Andorinho (só entrou em campo para marcar os livres de 7 metros), e a expulsão de Paulo Faria logo na fase inicial do encontro por pontapear a mesa do cronometrista, o Sporting recuperou de 1-5 para 8-8, chegando ao intervalo a vencer por 15-13. Na 2ª parte continuou a grande emoção. O FC Porto fez um parcial de 6-0 chegando a 19-15, mas o Sporting mudava continuamente de estratégia, confundindo um pouco o seu adversário e conseguindo reduzir para 22-23 a 10 minutos do fim. Tudo se decidiu no último minuto com um livre de 7 metros de Ricardo Andorinho a fazer o 25-24 e o grande sentido coletivo da equipa leonina a defender, anulando as 3 tentativas de remate de Petric. No final surgiu a explosão de alegria e uma imagem ficou na retina – a do guarda-redes Carlos Ferreira, sentado, encostado a um dos postes da sua baliza e a chorar. Na temporada seguinte iria jogar no FC Porto pois a sua vida profissional estava enraizada no norte, mas mais uma vez deu uma grande demonstração de classe. A equipa orientada por José Tomaz: Carlos Ferreira; David Graça (3),...

2004 – Triunfo na Taça de Portugal de Andebol, na despedida de jogadores marcantes

23 de Junho de 2004. Não podiam desejar melhor despedida os vários jogadores de Andebol do Sporting que deixaram o clube no final da época 2003/04. Ricardo Andorinho (Portland San Antonio) e Vojislav Kraljic (JD Arrate) foram os 2 principais exemplos desse facto, mas Jerkovic, Fernando Nunes e David Graça também saíram com mais uma Taça de Portugal no currículo, razão pela qual os seus festejos foram mais emotivos. O Sporting conseguiu a sua 11ª Taça de Portugal – a 2ª consecutiva, tendo o técnico galego Fran Teixeira (que se estreou esta época no clube, vindo do FC Gaia) festejado o seu 1º título em Portugal. Na meia-final desta “final-four” o Sporting derrotara o S. Bernardo por 29-20, enquanto nos quartos-de-final afastara o FC Porto por 32-30. O jogo decisivo disputou-se em Castelo Branco e opôs o Sporting ao Belenenses. Ao intervalo o Sporting já vencia por 16-8, triunfando no final por 29-23 com alguma tranquilidade. Ricardo Andorinho (foto), a principal figura da equipa neste jogo (a par de Miguel Fernandes), era um dos mais emocionados após a conquista deste troféu dado que a despedida de Alvalade já era um facto consumado (após 10 anos de verde e branco). Afirmou no final: “Estou muito feliz com este êxito, ainda mais porque vou deixar o Sporting e termino assim o meu vínculo com um título nacional. É uma situação difícil de gerir no ponto de vista emocional. A vida continua, vou partir para uma nova aventura e espero que tudo corra bem. As coisas estavam acertadas contratualmente, o Sporting tomou algumas decisões no início do ano e perante isso os atletas tiveram...

2002 – 2ª Supertaça para o Andebol, frente ao FC Porto

23 de Junho de 2002. Depois de não conseguir cumprir os objetivos de triunfar no Campeonato e na Taça, o Sporting conquistou a Supertaça de Andebol (que, ao contrário do habitual, se disputou em final de temporada e não no início da temporada seguinte) ao bater o FC Porto por 18-16. A partida disputou-se no pavilhão de Lagoa, e foi a 2ª vez que o Sporting venceu este troféu. O duelo teve mais emoção que qualidade num pavilhão com alta temperatura. O Sporting começou bem o jogo e assim se manteve a todo o tempo. Ao intervalo o resultado estava em 10-8. Miguel Fernandes (um reforço desta época, recrutado ao Belenenses) esteve em grande plano na baliza. Para ele: “Não salvámos a época pois não alcançámos os objetivos, mas esta vitória é muito valorizada por ter sido obtida frente aos campeões nacionais”. Alinharam na equipa comandada por José Tomaz: Miguel Fernandes; Fernando Nunes (2), Rui Silva (2), José Vieira, Luís Gomes (4), Milan Stohr (4), Ricardo Dias (3), Armando Pires, David Graça (3), João Lopes, Vítor Tapadinhas, Hugo Canela e Ricardo Correia. Na foto, Luís Gomes, uma das principais figuras da equipa verde e...

1971 – O 1º Tri-Campeonato para o Andebol do Sporting

19 de Junho de 1971. Neste dia o Sporting conquistou o seu 8º título nacional de Andebol, o 1º Tri-Campeonato da sua História, após uma finalíssima com o FC Porto na qual triunfou por 16-9.  O jogo, empolgante, foi disputado no pavilhão gimnodesportivo de Viseu perante mais de 1.500 pessoas. O Sporting tinha a fama de decidir as partidas por rasgos individuais das suas melhores vedetas, mas desta vez a equipa funcionou como um verdadeiro bloco que regalou os olhos de qualquer amante da modalidade. A emoção fora e dentro do recinto foi extraordinária. Os nortenhos ainda conseguiram equilibrar no 1º quarto-de-hora, mas a partir daí os campeões abalaram para uma exibição irresistível, chegando ao intervalo a vencer por 10-6. Na 2ª parte o marcador só voltou a funcionar quase ao quarto-de-hora (!) tal era a disputa no rinque, mas com grande determinação os sportinguistas acabaram por ampliar, pouco a pouco, o seu triunfo. O guarda-redes Bessone terá sido o homem do jogo desta final, dando uma confiança impressionante aos seus companheiros. Matos Moura, o técnico leonino, afirmou no final: “Fomos dignos vencedores, mas tivemos um adversário que valorizou muito a nossa vitória. O nervosismo de alguns jogadores prejudicou um pouco o trabalho dos árbitros (José Cortez e António Albuquerque, de Coimbra), mas tudo acabou em bem. A equipa campeã: Bessone; Mesquita, Carlos Correia, Mendes (1), Manuel Marques (6), Luís António (6), Brito (3), Armando, Sacadura, Adão e Alfredo. Na foto, os campeões – de cima para baixo e da esquerda para a direita: Bessone Basto, Luis António, Manuel Marques, Adriano Mesquita, Carlos Correia, Luis Sacadura, José Luis e Carlos Silva; Ramiro...
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