Maria Antónia Borges – Uma grande campeã no lançamento do peso

Maria Antónia Borges nasceu a 11 de Outubro de 1983. Começou por alinhar no Clube de Atletismo das Galinheiras, em 2001, mas em finais de 2002 já rumava ao Sporting para reforçar o lançamento de peso feminino do Atletismo do clube. Após a saída de Teresa Machado tornou-se uma espécie de sua “digna sucessora”. Desde 2004 (ano em que obteve a nacionalidade portuguesa) contribuiu para 16 títulos coletivos (8 em pista coberta e outros tantos em pista). Entretanto foi Campeã  de Portugal individual por 10 vezes na sua especialidade (lançamento do peso) – 5 ao ar livre (2005, 2006, 2008, 2009 e 2010) e 5 em pista coberta (2006, 2008, 2009, 2010, 2011). Internacionalmente o seu principal feito foi a conquista da medalha de bronze nos Jogos da Lusofonia (2009). No ano seguinte foi 7ª nos Campeonatos Ibero-Americanos. Com um invejável palmarés, é sem dúvida uma das grandes atletas da História do...

É nosso o mais velho medalhado de sempre em Mundiais de Atletismo!

29 de Setembro de 2019. O segundo dia dos Mundiais de Atletismo de Doha, no Catar, foi feliz para Portugal, com João Vieira a arrecadar a primeira medalha da comitiva verde e branca presente no Médio Oriente. O marchista e capitão leonino atingiu o 2.º lugar nos 50 km de marcha e venceu a medalha de prata, terminando a prova em 4h04m59s, 39 segundos depois do japonês Yusuke Suzuki, novo campeão do mundo. O canadiano Evan Dunfee completou o pódio, numa prova em que se registou o abandono do francês Yohann Diniz, que defendia o título. Devido ao calor intenso que se faz sentir no Catar, a prova teve início pelas 23h30, com o intuito de proporcionar melhores condições atmosféricas aos atletas. Ainda assim, João Vieira conseguiu arrecadar a primeira medalha nestes Mundiais para o clube verde e branco e, aos 43 anos e no seu 11.º Mundial, tornou-se mesmo no mais velho medalhado de sempre na competição! “Foi a prova mais difícil da minha carreira, devido às condições climatéricas e o horário tardio da competição. É sempre bom regressar a casa, sobretudo com uma medalha ao peito. O trabalho foi bem feito e esta medalha é gratificante”, afirmou João Vieira, no regresso, no Aeroporto de Lisboa . “A partir do 38.º quilómetro, quando comecei a apanhar adversários que estavam a ficar mais lentos, senti que podia chegar às medalhas. A partir daí, foi um galgar de lugares. Tinha o controlo da competição, segui ao risco as diretrizes preparadas com a minha treinadora”, explicou. Único português medalhado nestes Mundiais, o atleta, de 43 anos, quer começar já a preparar...

Carlos Calado – Um dos melhores atletas da sua geração

Carlos Nuno Tavares Calado nasceu a 5 de Outubro de 1975 em Alcanena. Cedo se distinguiu pelas suas proezas atléticas. Começou pelo corta-mato escolar em Alcanena e depois passou para o Inatel onde chamou a atenção pelos seus desempenhos. Mais tarde esteve no Clube de Natação de Rio Maior. Em 1994 deu nas vistas no Mundial de juniores ao ficar em 6º no triplo-salto e 8º no salto em comprimento. Chegou ao Sporting em 1996 logo após os Jogos Olímpicos de Atlanta. Em Alvalade esteve 7 anos de “ouro” onde se consagrou como um atleta de grande qualidade. Aliás, Calado é dos casos raros de sucesso nas chamadas “disciplinas técnicas” do Atletismo português, quando se sabe que o nosso país é dominado pelos atletas de fundo e meio-fundo. Em 1997 foi campeão europeu de sub-23 no salto em comprimento e 2º nos 100 metros. No mesmo ano foi Campeão Nacional dos 200 metros em pista e do comprimento em pista coberta. No ano seguinte conseguiu um brilhante 2º lugar nos Europeus de pista coberta em Valência no salto em comprimento. A nível nacional foi pela 2ª vez Campeão do Comprimento. Em 1999 foi Campeão de Portugal dos 100 metros em pista. Na pista coberta alcançou os títulos nos 60, comprimento e triplo-salto! No glorioso ano de 2000 o Sporting foi Campeão Europeu de pista, e Carlos Calado fez parte da equipa. Individualmente sagrou-se Campeão Nacional de pista coberta no salto em comprimento pela 4ª vez. Esteve também presente nos Jogos Olímpicos de Sidney. Em 2001 conseguiu 2 brilhantes 3ºs lugares nos Mundiais de pista e pista coberta no salto...

Francisco Lemos

Francisco António Torrejoncillo Lemos nasceu a 4 de Outubro de 1939 em Lisboa. Começou muito cedo a praticar Atletismo no Sporting. Entre 1955 e 1957 conquistou vários títulos e alcançou diversos lugares de honra em provas de velocidade nas camadas jovens. No Badminton atingiu grande relevo ao fazer parte das equipas que conquistaram os 2 títulos nacionais do palmarés leonino na modalidade – em 1958 e 1959. Esteve no Badminton do Sporting desde 1958 até à sua extinção, em 1964. Em 1963/64 a Secção de Badminton verde e branca organizou os primeiros Campeonatos Abertos do clube, instituindo as Taças Challenge “Peggy Cohen” para senhoras e “Francisco Lemos” para homens, reconhecendo assim a sua importância no desenvolvimento da modalidade, não só no Sporting como no país. Depois do clube de Alvalade extinguir a secção, Francisco Lemos esteve no Clube Naval de Lourenço Marques e no CIF (até 1976). Em Moçambique sagrou-se o 1º Campeão de Lourenço Marques e no CIF chegou a Campeão Nacional em pares homens. Fez parte da Seleção de Lisboa e integrou a 1ª Seleção Nacional. Aliás, em 1973, foi o 1º jogador a capitanear a selecção portuguesa, num torneio em Bruxelas. Licenciado em Educação Física mereceu distinções importantes, a mais marcante das quais terá sido a de Sócio de Mérito com Distinção da Federação Portuguesa de Badminton. Foi também Selecionador nacional. Nota: Texto elaborado com base na informação contida no site wiki...

2022 – Campeões Nacionais de estrada em ambos os sexos e título individual para Rui Pinto!

2 de Outubro de 2022 foi um domingo de glória para o Atletismo do Sporting. Leões e Leoas estiveram em competição no Campeonato Nacional de Estrada, que decorreu em Joane – Famalicão, e fizeram História ao vencerem pela 1ª vez nas 4 equipas (ambos os sexos, seniores e juniores). A manhã começou com a prova de 10km das atletas femininas. No fimal os resultados foram 2 títulos nacionais coletivos – o 6º consecutivo em seniores, e a nível individual Ana Mafalda Ferreira arrecadou o 2º lugar (34m03s) pelo 2º ano consecutivo e Sara Catarina Ribeiro foi 3ª. Em juniores Rita Figueiredo (sub-20) foi a 1ª classificada com o tempo de 35m46s. Ana Mafalda: “O meu 2º lugar foi um pouco agridoce. Lutei até ao fim pelo título, mas a adversária foi mais forte. Tentei manter-me o mais concentrada possível na prova. Aos 5km estávamos as duas isoladas na frente e a partir daí tentei gerir ao máximo, mas a adversária reagiu sempre. Faltou ganhar, mas estou muito feliz pela prata conquistada. Repeti o 2º lugar do ano passado e sou vice-campeã nacional”. Em masculinos, os resultados também foram magníficos em seniores e juniores. No escalão principal Rui Pinto triunfou com 29m41s. Lucas da Silva foi 3º. Em juniores, Duarte Santos ficou em 2º e Lourenço Ferreira em 3º. Paulo Reis, coordenador técnico do Atletismo do Sporting: “Vamos desfrutar do momento. Isto era algo que nunca tínhamos conquistado. O Sporting CP nunca tinha conseguido o pleno. Como pessoas ambiciosas que somos, trabalhamos sempre pelo melhor e desta vez conseguimos, claro que com algumas dificuldades porque os adversários também estão cá é para nos dificultar a vida. Conquistámos 4...

Manuel da Silva

Nasceu em 1915 em Lisboa. Foi polícia-sinaleiro e pugilista no Ginásio Clube Português. Algum tempo depois de chegar ao Sporting obteve o seu 1º grande triunfo, em Agosto de 1941, nos Nacionais de Atletismo, ao vencer a prova do lançamento do disco com 35m76cm. Aí começou um percurso notável de magnífico lançador, recheado de vitórias tanto em provas regionais como nacionais. No final da época de 1946 era o melhor lançador da História do clube no disco (41m82cm) e no martelo (48m41cm), sagrando-se nessa mesma época Campeão Ibérico do martelo. Nos Campeonatos Regionais de Julho de 1948 bateu o recorde nacional do lançamento do peso com 13m95cm, sendo já visto como o homem mais forte de Portugal! Em 1950 já era recordista leonino no disco (42m24cm), martelo e peso (13m95cm). Nos Nacionais de Agosto de 1954 conseguiu alcançar um novo máximo nacional no lançamento do disco, com 45m51cm. No final referiu: “Finalmente consegui. Lutei contra este recorde um ror de vezes. Este ano em treinos derrubei-o e fiquei esperançado de cometer a mesma proeza oficialmente. Por isso poupei-me nos lançamentos do peso e do martelo para que pudesse estar em boas condições para lançar o disco e bater o recorde. Sinto-me satisfeito, era o único que me faltava”. Em 1958, numa carreira longuíssima ao mais alto nível pelo Sporting, culminou o seu palmarés com a vitória no lançamento do peso dos Campeonatos Nacionais disputados em Alvalade, fazendo a marca de 12m55cm. Em suma, em 18 anos de Sporting, Manuel da Silva foi Campeão Nacional do lançamento do peso por 9 vezes, do disco por 12 vezes e do martelo...

O dia mais brilhante (até então) do Atletismo leonino

28 de Setembro de 1930. Nesse dia a secção de Atletismo do Sporting terá vivido a mais brilhante tarde do seu já, até então, magnífico historial. Aconteceu nos Campeonatos Nacionais, no Porto. Dispondo apenas de 14 atletas (por contrariedades várias) os leões triunfaram em 11 provas dum certame que decorreu com alguns incidentes devido a incorreções várias do público nortenho para com os sportinguistas (ao contrário dos próprios atletas e dirigentes portuenses e das delegações dos outros clubes de Lisboa e Coimbra). Em destaque estiveram Mário Porto (que venceu os 100 e 200 metros, igualando o recorde do clube na 1ª e batendo-o na 2ª), Manuel Dias (bateu o recorde nacional dos 5.000 metros, com 15m25,8s), José Palhares Costa (igualou o recorde nacional dos 110 metros barreiras, com 16,2s) e José Garnel (que além de vencer dardo, disco e peso, bateu o recorde nacional do lançamento do peso, com 13m). Os campeões: 100m – Mário Porto – 11s (igualou recorde do clube) 110m barreiras – Palhares Costa – 16,2s (igualou recorde nacional) 200m – Mário Porto – 23,4s (bateu recorde do clube) 1.500m – Joaquim Alvarez – 4m23,8s 5.000m – Manuel Dias – 15m25,8s (recorde nacional – bateu também os recordes dos 2.000, 3.000 e 4.000m). 10.000m – António Almeida – 33m54,8s Comprimento – Mário Martins Correia – 5m91cm Dardo – José Garnel – 46m05cm Disco – José Garnel – 37m75cm Peso – José Garnel – 13m (recorde nacional) Triplo Salto – Fernando Marrecas – 12m87cm Para além deste dia, que foi o ponto alto da temporada leonina, foi impressionante o conjunto de resultados da equipa de Atletismo do...

Atletismo – Campeões nacionais de estrada em ambos os sexos!

24 de Setembro de 2023. As equipas de Atletismo do Sporting Clube de Portugal voltaram a dar uma demonstração de força nos Campeonatos Nacionais de Estrada. O Sporting CP venceram coletivamente as provas masculina e feminina, em conjunto (o que vem acontecendo desde 2020/21). Neste domingo de manhã, em Viana do Castelo, o resultado não foi diferente naquela que foi a 30.ª edição da prova. Em absolutos, os Leões sagraram-se Tricampeões Nacionais de Estrada e as Leoas somaram o 7º título seguido – desde 2016/2017 que só a equipa feminina verde e branca sobe ininterruptamente ao lugar mais alto do pódio. A hegemónica formação feminina venceu com um total de 11 pontos e contou com 3 leoas entre as 5 primeiras classificadas: Ana Mafalda Ferreira repetiu o 2º posto do ano passado, sendo seguida por Catarina Ribeiro (4.ª) e Fancy Cherono (5.º), todas muito próximas. Já na vertente masculina, além do título coletivo (7 pontos), o Sporting CP teve o queniano Vincent Rono a vencer a corrida e Hélio Gomes, no 2º lugar, completou uma grande prova e sagrou-se Campeão de Portugal pela segunda vez na sua carreira – repetiu o feito de 2016/2017. Por fim, Rui Pinto, que tinha vencido a última edição, chegou pouco depois e terminou como 4º...

António Travassos – Um bom atleta com incrível longevidade

António Vicente da Silva Travassos nasceu a 24 de Setembro de 1971 em Rebocho, aldeia localizada perto de Coruche. Aos 12 anos começou a treinar-se regularmente com a equipa do Casal do Moinho de Vento (Alverca), tornando-se federado em juvenil pelo Real Juventude da Agruela. Foi aí que conheceu o seu treinador – Prof. Osvaldo Apolinário. Como júnior representou o Juventude da Castanheira, passando em sénior para o Belenenses. Foi pela equipa de Belém que atingiu algo impensável para o rapaz que aos 12 anos desistiu na sua 1ª prova de Atletismo: representar o seu país nos Jogos Olímpicos de Atlanta 96. Nesse ano, António Travassos progrediu para 3m37,80s (quando os mínimos eram 3m38s) mas em Atlanta não se conseguiu aproximar dessa marca, acabando em 36º entre cerca de 70 atletas com 3m42s. Na época seguinte transferiu-se para o Benfica, conseguindo ser semi-finalista no Campeonato do Mundo de Atenas e trazer uma prestigiante medalha de bronze nas Universíadas da Sícilia em 1.500 metros. Desse ano de 1997 datam os seus recordes pessoais de 800 a 3000 metros. Em 1998, foi finalista no Campeonato da Europa de Pista Coberta, mas por um erro de estratégia acabou em 7º lugar. Contudo, não foi o único português na final e outro dava-se a conhecer ao mundo do atletismo – Rui Silva, no 1º de muitos títulos internacionais. Em 2000 bateu o seu recorde pessoal nos 1.500 metros em pista coberta, garantindo mais uma presença internacional nos Europeus de Pista Coberta em Gent. Porém, problemas no tendão de Aquiles começaram a aparecer e não conseguiu chegar a mais uma final. Ficou-se pelas meias-finais com...

Aniceto Simões – Figura importante da “era dourada” do Crosse leonino

Aniceto Silva Simões nasceu a 8 de Setembro de 1945 em Lorvão – Penacova. Começou no Atletismo no Salatinas do ACM de Coimbra, passando depois para o Santa Clara (da mesma cidade). Mais tarde correu pelo Benfica (entre 1973 e 1975). Em finais de 1976 ingressou no Sporting – após os Jogos Olímpicos de Montreal onde foi 8º classificado na final dos 5.000 metros batendo o recorde nacional que então pertencia a Carlos Lopes e que viria a ser batido 2 anos mais tarde por Fernando Mamede. A sua 1ª vitória de verde e branco foi o Grande Prémio do Natal de 1976. Logo a seguir, no Grande Prémio dos Reis, obteve o 2º triunfo em duas provas pelo Sporting! Em Fevereiro de 1977 ajudou a equipa de Crosse leonina a conquistar o seu 1º título europeu ao classificar-se no 8º lugar na prova realizada em Palência. Nos Nacionais de pista por equipas os leões ganharam folgadamente e Aniceto Simões contribuiu para o feito ao triunfar nos 5.000 e 10.000 metros. A época seguinte também começou bem para Aniceto Simões e para o Sporting. Os leões venceram o Crosse de Lyon, e Simões foi 5º. Nos Nacionais de Crosse o Sporting venceu e Aniceto Simões foi 3º. Nos Nacionais de pista o Sporting venceu pela 11ª vez consecutiva e Simões triunfou nos 5.000 metros. Em Fevereiro de 1979 a equipa de Crosse do Sporting foi Campeã Europeia (em Arlon) pela 2ª vez. Aniceto Simões foi 7º e dias depois venceu o Regional de Crosse. No Nacional foi 3º ajudando à vitória coletiva. Nos Nacionais Individuais de pista venceu os...
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