Jaime Gonçalves

Nasceu a 6 de Fevereiro de 1899. Com 15 anos surgiu na 1ª equipa do Sporting, na temporada 1914/15, que coincidiu com uma grande conquista do clube – o seu 1º Campeonato Regional de Lisboa. Foi um futebolista muito mediático, o mais fotografado do seu tempo e durante um largo período o “menino mimado” da equipa, pois tinha boa aparência e espalhava classe no ataque leonino. Dotado de excelente técnica individual, as suas jogadas eram desconcertantes, possuindo um pontapé muito forte que aplicava sem contemplações de qualquer ângulo o que o tornava um verdadeiro “terror” dos guarda-redes. Normalmente na posição de interior-direito, ficaram famosas as suas combinações com outros ídolos do seu tempo como Torres Pereira ou João Francisco, que lançavam o pânico nos antagonistas. Jogou 13 épocas no Sporting, até 1927, conquistando 1 Campeonato Nacional e 5 Regionais de Lisboa. Foi o melhor marcador da equipa em 5 temporadas – 1917/18, 1919/20, 1921/22, 1922/23 e 1924/25. Internacional por duas vezes, marcou o 1º golo da História da Seleção portuguesa no nosso país, no 2º Portugal-Espanha (1-2) disputado a 17 de Dezembro de 1922. Dedicou toda a sua vida desportiva ao clube de Alvalade, onde também foi atleta em destaque no lançamento do dardo e praticante de Ciclismo, no início dos anos 20. Acabou a carreira com discrição deixando na memória de todos inúmeros lances geniais que o definiram como um dos melhores futebolistas do seu tempo. A sua filha, Délia Gonçalves, também foi uma “leoa de raça”. Praticou desde muito cedo Ginástica no clube e conseguiu destacar-se no Automobilismo, chegando a vencer o 2º Rali Internacional de Lisboa! Morreu a...

1989 – Mamede ressurgiu, Domingos brilhou e novo título europeu de Crosse

5 de Fevereiro de 1989. Foi magnífico o regresso do Sporting às vitórias na Taça dos Campeões Europeus de Crosse. A prova disputou-se nas Açoteias e os leões dominaram como nunca. As classificações individuais: 1º Domingos Castro, 2º Fernando Mamede, 4º Fernando Couto, 5º Dionísio Castro, 7º Joaquim Pinheiro, 8º Carlos Patrício. Coletivamente o Sporting ficou com 12 pontos, contra 38 do Club Dyc de Espanha, cuja principal figura era Vicente Polo. Jorge Gonçalves esteve presente e fez a festa. Domingos Castro correu com muita tranquilidade, fazendo a sua prova sem sobressaltos e vencendo facilmente. Fernando Mamede como que ressuscitou, voltando a ser o Mamede dos velhos tempos com uma prova de grande categoria. Assim que a corrida terminou, Domingos Castro e Fernando Mamede deram um longo abraço, indiferentes às ordens dos juízes que não queriam o “funil” entupido. Mamede afirmou então: “O Sporting merece isto”. Quanto a Domingos: “Estou muito feliz pela vitória individual, mas sobretudo porque a equipa triunfou. Gostei muito também do reaparecimento do Mamede nesta forma. Esta vitória não foi muito difícil, puxei cedo e não me acompanharam”. Logo a seguir Domingos Castro correu para Jorge Gonçalves para lhe dedicar a vitória. Também felicíssimo estava o prof. Moniz Pereira: “A dificuldade esteve em pôr a equipa como ela está agora. Foram precisos vários anos de trabalho. Julgo que não há equipa no mundo que possa fazer frente a este...

1962 – Vitória histórica do Crosse em Madrid

5 de Fevereiro de 1962. No 10º Grande Prémio Internacional de Madrid em corta-mato verificou-se uma vitória histórica do Atletismo português e do Sporting, em compita com a Espanha e o Real Madrid (que se classificou em 2º lugar). A “nata” dos atletas espanhóis esteve presente, mas Manuel Oliveira não deu hipóteses a ninguém. Joaquim Ferreira no 3º lugar e Manuel Marques no 9º garantiram o triunfo coletivo dos leões. Mas não foi só em Espanha que os atletas do Crosse leonino brilharam. Por cá, tudo começou com o esmagador triunfo no Corta-Mato dos Dez, colocando 5 atletas nos 5 primeiros lugares! Foram eles Manuel Oliveira, Manuel Marques, Joaquim Ferreira, Armando Aldegalega e Manuel Faria. Nos Regionais, o Sporting venceu pela 5ª vez consecutiva, desta vez com Manuel Marques a liderar o coletivo, seguido de Armando Aldegalega em 2º e Joaquim Ferreira em 3º. Para fechar com “chave de ouro” a época de Crosse, os leões conquistaram o Campeonato Nacional. Manuel Oliveira (foto) sagrou-se pela 1ª vez campeão nacional desta especialidade, numa prova e que a equipa leonina dominou como...

1984 – Mais um título europeu, com Mamede e Lopes a superarem-se pelo coletivo

5 de Fevereiro de 1984. Pela 6ª vez em 7 participações (!), o Sporting sagrou-se Campeão Europeu de Crosse. Fernando Mamede (2º), Carlos Lopes (3º), Ezequiel Canário (6º) e Rafael Marques (12º) foram os protagonistas. Carlos Lopes teria vencido se, mais ou menos a meio do percurso, não tivesse abrandado para “reunir as tropas”. Joaquim Pinheiro foi 13º e Hélder de Jesus 41º. A prova disputou-se no Circuito Internacional das Açoteias, e o Sporting igualou o número de títulos obtidos pelos belgas do Liégeois. A equipa leonina venceu de forma esmagadora, sendo significativo o facto de ter colocado os seus 4 atletas que contavam para a classificação coletiva entre os 12 primeiros. Lopes foi a grande figura da equipa, aquele que mais trabalhou para o coletivo, apesar de no final não ter sido o melhor classificado. Mamede, apesar de fora de forma, conseguiu, dadas as circunstâncias, uma magnífica classificação. Apesar de tudo, no final, Carlos Lopes lamentava-se de as suas pernas não acompanharem a força da “caixa”, enquanto Ezequiel Canário confessava que tomara 13 injeções para poder alinhar devido a problemas num joelho… O italiano Alberto Cova venceu individualmente, enquanto nas contas finais coletivas o Sporting totalizou 23 pontos contra 37 do MAM de Espanha e 47 do Pró-Patria da Itália. Foto: Helder de Jesus, Joaquim Pinheiro, Rafael Marques, Ezequiel Canário, Fernando Mamede e Carlos...

Mário da Cunha Rosa

Nasceu a 5 de Fevereiro de 1912. Foi praticante de Atletismo (velocista) do Sporting de 4 de Junho de 1933 a 2 de Agosto de 1942 nos 60 e 80 metros ( juniores), 100, 200 metros e estafetas (seniores). Sagrou-se campeão nacional dos 4X100 metros em 1934, 36, 37, 38 e 41 e venceu, na mesma especialidade, os Jogos Desportivos Nacionais de 1937. Nesse mesmo ano, com Neves Carvalho, António Rendas e Alves Pereira, bateu o recorde nacional dos 4X200 metros com 1,33,6s, que perdurou até 1945. Ganhou também vários títulos regionais. Representou a seleção de Lisboa, foi saltador em altura, campeão de ginástica de grupo e praticante de ginástica aplicada. Despediu-se da competição nos Campeonatos Nacionais de Atletismo de 1942. Durante 10 anos vestiu a camisola do Sporting. Tinha muita vontade, uma enorme persistência e disciplina. Vencia sem arrogância e perdia sem azedume, um desportista na verdadeira aceção da palavra. Honrou o desporto e o seu clube. Acabada a carreira de atleta, para além de capitão da secção de Atletismo e diretor da secção de Ginástica, pertenceu à direção do Sporting (como secretário adjunto) de 1946 a 1949. Foi ainda membro do Conselho Geral desde a sua fundação, de 1948 a 1965, presidente da Comissão da Sede, Campo e Propaganda, em 1954, e de várias comissões de aniversários, nomeadamente as dos 75 e 80 anos do Sporting. Distinguido como sócio de mérito em 1960, foi membro fundador do Grupo Stromp, em 1962, do qual foi presidente em 1969 e membro da Comissão Diretiva em 10 mandatos. Disse um dia: “Como dirigente vivi 3 momentos formidáveis: Ter trazido para o Sporting o prof. Reis...

1990 – Dionísio perdeu os complexos no 10º título europeu de Crosse

4 de Fevereiro de 1990. O palmarés impressionante do Sporting enriqueceu-se com mais um magnífico troféu. Foi o 10º título em 13 participações na Taça dos Campeões Europeus de Crosse. Esta foi uma grande vitória leonina, mais uma. Desta vez, Dionísio Castro venceu o seu irmão gémeo Domingos, que se classificou no 2º lugar. Carlos Patrício foi 6º, Eduardo Henriques 10º, e Fernando Couto 11º. O Sporting totalizou 19 pontos contra 32 dos franceses do Marignanais. A prova realizou-se nas Açoteias, no Algarve, e a vitória foi bem mais simples do que aquilo que se esperava. Até aos 3.500 metros os franceses atacaram com tudo e chegaram a disfrutar de ligeira vantagem na classificação coletiva, mas com o arranque dos gémeos Castro rumo à vitória e a magnífica prova de Carlos Patrício, os leões conseguiram controlar a situação para não deixar fugir o triunfo. No final era grande a emoção de Sousa Cintra e de Moniz Pereira, que envolvia Dionísio Castro com um longo abraço, enquanto Fernando Mamede (que no dia anterior numa entrevista ao jornal Record denunciou uma falta de apoio gritante ao Atletismo do Sporting, o que não caiu bem na equipa em vésperas de uma competição tão importante) chorava no ombro de Eduardo Henriques. Muito satisfeito, apesar de estar cada vez mais habituado a estas vitórias, Moniz Pereira afirmou no final: “Tinha a certeza de que o Sporting era a melhor equipa em prova, mas tentei colocar água na fervura porque nem sempre ganha o melhor. Estou muito feliz. Os meus rapazes foram magníficos”. O grande vencedor, Dionísio Castro estava felicíssimo: “É uma vitória com um...

2018 – Campeões europeus de Crosse em ambos os sexos!

4 de Fevereiro de 2018. Foi um feito grandioso e inédito! nunca na História da Taça dos Clubes Campeões Europeus de Clubes de corta-mato uma equipa havia somado tantas conquistas. Um feito agora alcançado pelo Atletismo do Sporting CP, que, em Mira, sagrou-se campeão europeu no escalão de femininos e masculinos da especialidade. Duas conquistas que aumentam para 27 o número de títulos europeus amealhados pelo Clube. As primeiras a entrar em prova foram as mulheres, numa corrida sempre muito equilibrada, onde a equipa leonina correu com um bloco de 5 que acabou por ser encabeçado por Jéssica Augusto, 2ª classificada apenas atrás de Katarzyna Rutkowska. Sara Moreira (5.ª), Inês Monteiro (7.ª) e Sviatlana Kudzelich (8.ª) fecharam a contabilidade das leoas, dando o 1º título europeu do dia. Coletivamente, seguiram-se as espanholas do Bilbao Atletismo e, em 3º, as turcas do Bursa. Ainda se celebrava efusivamente o 1º título quando começou a correr a equipa masculina. Com o queniano Davis Kiplangat, atleta que não partiu bem mas que acabou por fazer uma prova extraordinária, a equipa masculina do Sporting CP arrecadou não só a vitória coletiva como também a individual, por intermédio do jovem africano que venceu com grande vantagem toda a concorrência. Isaac Kimeli foi 2.º e Ramazan Ozdemir fechou o pódio individual, à medida que Rui Pedro Silva (6.º), Rui Teixeira (7.º) e Licínio Pimentel (11.º) garantiram o 2º título colectivo consecutivo. Após os 2 triunfos, Carlos Lopes, diretor da modalidade, espelhou a felicidade de todo o Atletismo verde e branco: “É um momento que se vive com agrado, prazer e com sentimento de dever cumprido. Há...

1979 – Equipa homogénea bisou na TCE de Crosse

4 de Fevereiro de 1979. O Sporting obteve a sua 2ª vitória consecutiva na Taça dos Campeões Europeus de Crosse (depois de 1977, agora 1979, pois a prova não se realizou em 78). Os protagonistas foram Fernando Mamede em 3º, Aniceto Simões em 7º, Carlos Lopes em 8º, Rafael Marques em 25º e Fernando Miguel em 28º. O Sporting conquistou a competição disputada em Arlon mostrando uma superioridade marcante atuando com serenidade e fazendo uso de uma ótima tática. O circuito apresentava péssimas condições, com gelo em muitos sítios e numerosas covas. Não nevou, mas fazia 7 graus negativos. Depois de cortada a meta, com as lágrimas correndo-lhe na cara, Fernando Mamede, o melhor sportinguista, afirmou dedicar “esta vitória a todos os que não acreditam em nós lá em Portugal, a todos os que nada fazem a nosso favor, a todos que não se interessam por nós. É a esses todos que estão contra nós que dedicamos esta vitória”. O Sporting acabou por totalizar 18 pontos, menos 3 que o Liège da Bélgica. Terminada a corrida, e já tranquilo, Moniz Pereira afirmou: “Esperava ganhar esta prova, mas tenho que admitir que apanhei um bom susto de início. Embora, bem vistas as coisas, possa considerar este triunfo como um triunfo da tática, dado que se primou em não ir em loucas correrias iniciais, obstando a um desgaste que apareceria, nesse caso, muito cedo. Não posso deixar de considerar muito boa a prova do Carlos Lopes que mostrou bem que dentro de 1 mês temos homem. Acabou por ser uma vitória justa, da melhor equipa, como se diz no futebol, mas...

1992 – Domingos Castro liderou a equipa ao 12º título europeu de Crosse

3 de Fevereiro de 1992. O Sporting obteve a sua 12ª vitória em 15 anos na Taça dos Campeões Europeus de Crosse, numa prova onde estiveram 22 equipas campeãs dos seus países na Europa. Domingos Castro e Carlos Monteiro colocaram-se no grupo da frente logo no início da corrida, enquanto Dionísio Castro e Eduardo Henriques “fechavam” a equipa, ainda nos primeiros. Volta a volta a superioridade leonina ia-se mantendo, uma vez com maior e outras com menor à vontade. Um pouco mais atrás, Alberto Maravilha e João Junqueira lutavam bravamente, tentando com as suas posições obstar a que as equipas adversárias “fechassem” os seus conjuntos o mais cedo possível. Até ao fim, muito homogénea, a equipa leonina conseguiu uma prestação magnífica, chegando ao final com 19 pontos contra 26 dos espanhóis da Reebok. Os vice-presidentes Abílio Fernandes e Correia Leal estiveram presentes em Alicante para acompanhar e apoiar a equipa. Toda a comitiva, sobretudo os atletas, registaram esta presença com natural agrado. Para o prof. Moniz Pereira: “Ficou provado mais uma vez como e porquê o Sporting tem dominado ao longo de 15 anos. Através dos tempos, com a renovação feita, temos conseguido substituir atletas como Fernando Mamede, Carlos Lopes, Ezequiel Canário e Joaquim Pinheiro, mantendo uma liderança”. O vencedor individual, Domingos Castro, referiu que: “Foi mais fácil do que esperava, mas primeiro pensei na equipa. Só quando vi que as coisas estavam seguras atrás de mim, através do Carlos Monteiro, do Eduardo Henriques e do Dionísio, é que me fui embora para a meta. Todos lutámos por este título, pelo que estamos satisfeitos e não esquecemos aqueles que,...

2019 – Campeãs europeias de Crosse pelo 2º ano consecutivo!

3 de Fevereiro de 2019. A equipa feminina do Sporting revalidou o título de campeão europeu de corta-mato, em Albufeira, com 25 pontos, pontos, numa prova vencida individualmente pela leoa Fancy Cherono, em 20m15s. Cherono foi a mais rápida nos 6.090 metros da prova, impondo-se a Jeptoo Kimely (Kasimpasa) 2ª classificada, a 3 segundos, e Trihas Gebre (Bilbao Atletismo Santutxo), 3ª a 28. A equipa leonina somou o segundo triunfo consecutivo na Taça dos Clubes Campeões Europeus de corta-mato, depois da vitória em 2018 em Mira, ao somar menos 22 pontos do que as espanholas do Bilbao Atletismo Santutxo e menos 30 do que as polacas do Podlasie Bialystok, segunda e terceiras classificadas, respetivamente. Além da vencedora, Fancy Cherono, a equipa do Sporting assegurou o título graças aos desempenhos de Sara Catarina Ribeiro, 5ª classificada a 38 segundos, Sara Moreira, 6ª a 42, e Jessica Augusto, 13.ª a 1m12s. Inês Monteiro ficou com 20º lugar e Carla Salomé Rocha em 28ª. A equipa masculina ficou na 3ª posição com 69 pontos, mais 26 que o Atletismo Bikila (campeões) e mais 17 que o Casone Noceto Club. Davis Kiplangat, que foi o mais rápido em 2018, terminou os quase 10km no 2º lugar, tendo Licínio Pimentel (15.º) sido o colega de equipa que mais se aproximou. Rui Teixeira foi 25º, Miguel Marques 27º, Alberto Paulo 29º e Rui Pedro Silva...
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