13 títulos individuais na pista coberta provam hegemonia leonina

19 de Fevereiro de 2012. Os atletas do Sporting presentes no Campeonato de Portugal de Pista Coberta que decorreu na Nave Desportiva de Espinho neste dia e no anterior conquistaram 13 títulos. O grande destaque da competição foi Patrícia Mamona (foto), que bateu o recorde nacional do triplo salto. Foram vários os atletas leoninos que triunfaram nas várias corridas da prova, onde estava igualmente inserido o Campeonato de Portugal de Provas Combinadas. No primeiro dia de competição, Ricardo Lima, nos 400m, Hélio Gomes, nos 1500m (melhorou em 4 centésimos o seu recorde pessoal), Edi Maia, na vara, e João Vieira, nos 5000m marcha, sairam vitoriosos. Entre as leoas o domínio foi igualmente avassalador. Tal como nos masculinos (venceram 4 das 6 provas), não deram hipótese, alcançando 5 triunfos, num total de 7. Vera Barbosa venceu e melhorou a sua marca pessoal nos 400m, com Sandra Teixeira nos 1500m, Marisa Anselmo na altura, Irina Rodrigues no peso e Shaina Mags no comprimento (melhorou o seu recorde pessoal) a saírem igualmente vitoriosas. Já no 2º dia de competições, melhor início seria impossível, com Patrícia Mamona a bater o recorde nacional do triplo salto com a marca de 13m94cm na sessão da manhã. Ainda no setor feminino, Maria Leonor Tavares venceu a prova do salto com vara. Entre os leões, João Almeida venceu os 60 m barreiras e, mesmo não tendo vencido a prova, Francisco Belo, com a marca de 18m64cm, destacou-se ao bater o recorde nacional sub-23 no lançamento do peso. Na última prova da competição, nos 4×400 m, o Sporting fechou na melhor maneira a sua participação com uma vitória....

1929 – 4º Campeonato Nacional para o Polo Aquático num duelo de titãs frente ao Porto

5 de Outubro de 1929. Nesse dia o Sporting conquistou pela 4ª vez o Campeonato de Portugal de Polo Aquático. A partida decisiva disputou-se na Doca de Santo Amaro e foi disputadíssima (mesmo com alguma violência). No final o Sporting levou a melhor por 2-1 frente ao FC Porto com um bis de Carlos de Sousa. Os campeões mais utilizados foram António Gomes, Joaquim Oliveira Duarte, António Soares, Afonso Cortez (capitão de equipa), Vasco Ayala dos Prazeres, Carlos Sousa e Coelho da Costa. De realçar ainda que o Sporting juntou este título nacional ao Regional, conquistado pouco tempo antes. Ainda nos deportos náuticos, destaque para as vitórias nos Campeonatos Regionais de Lisboa de Vasco Ayala dos Prazeres (100 metros livres), Amadeu Felício (200 metros livres), Fernando Felício (400 metros livres) e Manuel Antunes (1.500 metros livres). A turma de estafetas de 4X50 metros com Vasco Ayala dos Prazeres, Amadeu Felício, Eduardo Santos e Fernando Felício, também triunfou. Também na água, Fernando Felício foi Campeão Regional de saltos e triunfou na prestigiada Travessia do Tejo (que já ía na sua 21ª edição), com o também sportinguista Afonso Cortez em 2º lugar (a 15 de Setembro). Foto: Afonso Cortez, Coelho da Costa, Carlos Sousa, António Gomes e Oliveira Duarte; António Soares e Ayala dos...

1922 – Vencedores do 1º Campeonato de Portugal de Polo Aquático

26 de Agosto de 1922. Após se ter sagrado Campeão Regional de Polo Aquático, o Sporting foi disputar o título nacional (no 1º Campeonato de Portugal) com o campeão do norte. Em Viana do Castelo, o Sporting venceu o Clube Escola Náutica, do Porto, por 3-0. Segundo o jornal “Sport Lisboa”: “Depois de diversas passagens, o Sporting rematou pela 1ª vez. Victorino (guarda-redes portuense) segurou a bola, que depois lhe resvalou das mãos e entrou. Houve aplausos de parte da assistência e surpresa total de outra parte, que achou o gesto inexplicável… Victorino deu então a bola ao árbitro dizendo-lhe que ela estava untada, mas o juiz não o atendeu. O CEN continuava a protestar a bola (que era do Sporting), e os leões acabariam por marcar o 2º golo (…) Os lisboetas jogavam esplendidamente. Pouco depois entrou a 3ª bola. Os jogadores do CEN foram entretanto desistindo, abandonando o jogo, um por um involuntário pinhão submarino e outro por uma unhada no braço!” A partida terminou com 3-0, sagrando-se o Sporting Campeão de Portugal. Os jogadores utilizados nesta saga foram Oliveira Duarte (guarda-redes), António Soares e Mário Garcia (defesas); Francisco Leote (médio); Henrique Teles, Arnold Stoker, António Silva e Emile Renou (avançados). De referir ainda que, nos desportos aquáticos, Guilherme Street Caupers (que era suplente no Polo Aquático) foi brilhantemente Campeão Regional e Nacional de Saltos para a Agua, enquanto que na Travessia do Tejo a nado, os leões conseguiram colocar vários nadadores nos 10 melhores, com destaque para Luís Carlos Reis em 5º e Francisco Leote em 6º lugar. Na foto, a equipa campeã: Emile Renou, Henrique Teles,...

1926 – Polo Aquático sagra-se Campeão de Portugal pela 2ª vez

Agosto de 1926. Numa final realizada em Aveiro frente ao Comercial do Porto, o Sporting triunfou pela 2ª vez no Campeonato de Portugal de Polo Aquático, perante um ambiente de grande vibração e num jogo fantástico e de excelente técnica de parte a parte. Os protagonistas desta magnífica vitória por 4-0 foram: Arnold Stocker, Francisco Leote, Mário Garcia, António Soares, Coelho da Costa, Oliveira Duarte, Mário Marques, Esteben Torok, António Silva e Jacinto (ou Jaime) Montalvão. Já a 1 de Agosto os leões tinham arrebatado o título de Campeões Regionais da modalidade (na altura mais conhecida por “Water Polo”). Na foto (de cima para baixo e da esquerda para a direita): Esteban Torok, Arnold Stocker, Francisco Leote e Joaquim Oliveira Duarte; Mário Garcia, António Soares e António...

1934 – 2º Campeonato Nacional para o Futebol, com “poker” de Soeiro

8 de Julho de 1934. O Campeonato de Portugal de futebol teve como finalistas o Sporting e o FC Barreirense. Nos quartos-de-final o Sporting eliminara com classe o Belenenses, enquanto nas meias-finais os leões afastaram o Benfica, naqueles que foram os jogos mais mediáticos de sempre (até então) entre os 2 rivais, e nos quais os sportinguistas se superiorizaram à tangente. Afastado o Benfica, o treinador/jogador húngaro do Sporting – Rudolf Jeny, anunciou antes da partida da final, tal como havia acontecido na do ano anterior, que não iria alinhar: “Não devo jogar. Num campeonato nacional entendo que não deve jogar um jogador que não é português. No meu posto deve jogar o Cervantes”, e assim foi na realidade. Os sportinguistas partiram para esse jogo com grande favoritismo o que causou um menor entusiasmo do público pelo desafio (por exemplo em relação à época anterior). Em despique estavam 2 tipos de futebol bem diferentes. Dum lado o Sporting, com grande sentido prático, ótimos índices físicos e uma forma muito pragmática de atacar o adversário. Do outro o Barreirense, com jogadores muito dotados tecnicamente que praticavam um estilo de jogo muito bonito à vista, mas algo lento. Na partida, disputada no Estádio do Lumiar, o Sporting alinhou com: Jóia; Jurado e Joaquim Serrano; Abelhinha, Rui Araújo (cap) e Faustino; Mourão, Vasco Nunes, Soeiro, Reynolds e Cervantes. Deste “cocktail” de estilos resultou um jogo muito interessante. Os leões entraram com algum excesso de confiança, tendo os barreirenses inaugurado o marcador por Nunes. O Sporting tremeu e bem podia ter sofrido o 2º em algumas ocasiões. Inclusivamente, muitos dos que assistiram à partida afirmaram...

1936 – Campeões Nacionais de Futebol pela 3ª vez

5 de Julho de 1936. FC Porto, Benfica e Belenenses já possuiam nas suas vitrinas 3 Campeonato de Portugal. O Sporting já ía para a sua 8ª final e ainda só possuía 2 títulos. Na fase derradeira duma época que mostrava à saciedade um conjunto leonino de grande força coletiva, os verdes defrontaram no Lumiar a muito competitiva equipa do Belenenses – que já afastara FC Porto e Benfica da competição. A partida contou com a presença do Chefe de Estado, Marechal Carmona. Orientada por Wilhelm Possak, a equipa verde e branca: Azevedo, João Jurado e Vianinha, Abelhinha, Rui Araújo e Faustino; Abrantes Mendes, Pireza, Soeiro, Mourão e Francisco Lopes. A 1ª parte foi muito disputada e equilibrada, com ataques e golos repartidos. Aos 12 minutos o médio-esquerdo Faustino abriu o ativo para os leões – Francisco Lopes marcou um canto à maneira curta para Pireza, este devolveu a bola ao extremo que a tocou para Faustino que, na passada, vindo de trás, aplicou um belo pontapé para dentro da baliza. Já perto do intervalo Rafael Correia empatou a contenda. O 2º período de jogo foi bem mais acidentado e aquele no qual os leões mostraram uma superioridade que justificou a vitória. Os adeptos belenenses começaram a contestar com alguma veemência o árbitro da partida, e o “caldo ficou entornado” quando à passagem da meia-hora Pireza desempatou para os verde e brancos, pois um dos seus companheiros estava alegadamente em fora-de-jogo posicional. O ambiente chegou a estar “feio” e a agitação foi tal que muito pouco faltou para se dar a intervenção da Guarda Republicana. A apenas 4 minutos do fim,...

Porto eliminado do Campeonato de Portugal após 3 jogos épicos!

27 de Junho de 1933. Sporting e FC Porto protagonizaram confrontos magníficos de emoção nas meias-finais do Campeonato de Portugal. O 1º jogo realizou-se em Lisboa a 18 de Junho, tendo-se verificado um empate a uma bola. Apesar do domínio leonino os portistas conseguiram chegar à igualdade no último minuto beneficiando dum erro de Dyson. Logo a seguir, no Porto, novo empate, agora sem golos, numa partida renhidíssima. Foi portanto necessária a realização dum jogo de desempate. O desafio disputou-se em Coimbra, no campo do Arnado, a 27 de Junho. Por entre uma assistência inflamada os leões, orientados por Rudolf Jeny, alinharam com: Dyson; Jurado e Joaquim Serrano; Varela, Rui de Araújo e Faustino; Mourão, Abrantes Mendes, Gralho, Abelhinha e Valadas. Os portistas abriram o ativo por Pinga ainda na 1ª parte (em que alinharam com o vento e o sol a favor), num remate no qual Dyson ainda tocou na bola, mas com pouca convicção, deixando-a escapar para dentro das redes… Nesta 1ª parte Siska – o guardião portuense, teve mais trabalho que o seu homólogo sportinguista, mas a única verdadeira oportunidade foi desperdiçada por Valadas. No 2º tempo os leões deram a volta ao jogo. Logo no início um fantástico golpe de cabeça de Mourão restabeleceu a igualdade. A meio deste período Valadas com um excelente pontapé fez o 2-1 que desmotivou seriamente os nortenhos. Pinga entrou então num período de alguma violência e o jogo perdeu interesse. Pouco antes do final Abrantes Mendes vislumbrou um “furo” na defesa portista e atirou com força. Inteligente, ao aperceber-se que Siska ía bem lançado para a defesa, Gralho emendou com mestria...

1938 – 4º Campeonato Nacional de Futebol conquistado!

26 de Junho de 1938. Neste dia o Sporting conquistou o Campeonato de Portugal de Futebol. Esta foi a 6ª final consecutiva dos leões e o 4º triunfo obtido, o que colocou sportinguistas e FC Porto como os clubes com mais triunfos na competição. A eliminatória mais difícil de ultrapassar tinha sido a dos quartos-de-final. Nas Salésias, sem Peyroteo, o Sporting perdeu por 4-2 e foi necessária uma equipa tremendamente persistente e lutadora para dar a volta à eliminatória, triunfando no Lumiar por 3-0 com, para não variar, Fernando Peyroteo em grande destaque. Este jogo teve algo curiosíssimo e relatado assim pelo jornal Os Sports: “Um pormenor interessante que merece referência. O Sporting, para evitar perdas de tempo, dispôs à volta do retângulo alguns rapazinhos para apanharem as bolas fora. É um sistema que lá fora já vimos adotado em vários jogos internacionais, mas que entre nós ainda não fôra posto em prática”. 2 dias antes do encontro da final Szabo, ao seu melhor estilo, aconselhou os seus futebolistas a não namorarem pois precisavam de “canetas” para o jogo. Na véspera, na sede do clube, explanou a tática para a partida, e na tarde de 26 de Junho Sporting e Benfica encontraram-se no Campo do Lumiar para o jogo decisivo. O público era numeroso e entusiasta, e realce-se o facto de ter tido um excelente comportamento durante toda a partida, aliás tal como jogadores e equipa de arbitragem. A equipa: Azevedo; João Jurado e Joaquim Serrano; Rui de Araújo, Paciência e Manecas; Mourão, Pireza, Peyroteo, Soeiro e João Cruz. O Sporting entrou no jogo duma forma fantástica e antes do...

1923 – Campeões Nacionais de Futebol pela 1ª vez

24 de Junho de 1923. A final do Campeonato de Portugal de Futebol foi marcada para Faro, neste dia, colocando frente a frente Sporting e Académica de Coimbra. A viagem dos leões para a capital algarvia demorou 12 horas, chegando o combóio à estação ao som de foguetes e morteiros num clima de grande festa (apesar das 4 horas de atraso). Recambolesca foi a viagem dos “estudantes”, que só chegaram a Faro 6 horas antes do jogo, e isto porque, sendo a viagem realizada em dia de S. João, os futebolistas da Académica, para desentorpecer as pernas, aproveitaram as longas paragens nas estações para participarem em bailes de capas ao ombro e viras contínuos! O jogo era aguardado com ansiedade pois qualquer das equipas procurava aquela que era na altura a consagração máxima duma equipa de Futebol em Portugal. Sob a arbitragem de Eduardo Vieira, capitão geral do Sporting Farense, o Sporting (orientado por Augusto Sabbo), alinhou com: Cipriano; Joaquim Ferreira e Jorge Vieira; José Leandro, Filipe dos Santos e Henrique Portela; Torres Pereira, Jaime Gonçalves, Francisco Stromp (cap), João Francisco e Carlos Fernandes. O Sporting triunfou sem grandes dificuldades apesar da equipa estudantil ter dado uma boa réplica. Ainda assim, aos 5 minutos, na sequência dum canto, um jogador coimbrão atirou ao poste. Os leões responderam, obrigando João Ferreira a belas defesas, até que aos 12 minutos Carlos Fernandes centrou atrasado, Stromp gritou a João Francisco para que deixasse passar a bola (apesar de estar a atar a bota!) e com um pontapé forte fez o 1º golo. 6 minutos depois, de penalty, Joaquim Ferreira aumentou a conta, e com 2-0 se chegaria...

“Vingança com juros” frente ao FC Porto

17 de Junho de 1923. Na meia-final do Campeonato de Portugal surgiu um escaldante Sporting-FC Porto, quando ninguém havia esquecido ainda as incidências da época anterior (a 1ª final da competição, ganha pelos azuis e brancos). O jogo teve lugar no Campo de Insua dos Ventos, em Coimbra. As idas a Coimbra foram sempre acontecimentos especiais. Os desafios de futebol quase se perdiam na atmosfera estudantil, em rituais de capas e batinas e muitas ovações ao seu adorado Baco! De Lisboa e Porto rumaram vários comboios especiais com largos milhares de adeptos, e os portistas surpreenderam quando das bancadas do recinto desfraldaram bandeiras de todos os tamanhos e feitios. Os jogadores do Sporting ficaram no hotel até à hora do desafio, em sofrimento, perante um jogo que poderia comprometer toda uma época de sucesso. Os nervos entre os leões eram mais que muitos, pois tinha grande dimensão a vontade de “vingar” a derrota da época anterior. Seria uma final antecipada… Curiosa também a união entre lisboetas. Cândido de Oliveira, capitão do Casa Pia, chegou a massajar alguns futebolistas leoninos antes do jogo. Mas a união não foi só entre lisboetas, pois Coimbra tinha, também, o “coração verde”. A Académica ofereceu aos jogadores do Sporting as suas capas para que com elas entrassem em campo, o que se repetiu à saída.  O entusiasmo entre todos era enorme, e o jogo lá começou, sob a arbitragem de Todd (que viera da Madeira com a equipa do Marítimo). Orientados por Augusto Sabbo, os leões alinharam com: Cipriano; Joaquim Ferreira e Jorge Vieira; José Leandro, Filipe dos Santos e Henrique Portela; Torres Pereira, Jaime Gonçalves,...
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