4 títulos Regionais de Râguebi em 4 Campeonatos!

16 de Março de 1930. Com uma vitória por 10-5 sobre o Gimnasio (que se vencesse seria campeão), o Sporting foi pela 4ª vez, em 4 anos, Campeão Regional de Râguebi. Esteban Torok realizou uma estupenda exibição, sendo considerado pela crítica o melhor homem em campo. Nos 8 jogos que contemplavam o torneio o Sporting venceu 7, cedendo apenas 1 empate. Os resultados: Ginásio – 0-0 e 10-5; Benfica – 3-0 e 3-0; Belenenses – 12-0 e 13-3;  Carcavelinhos – 12-3 e 30-5. Os jogadores mais utilizados foram: Manuel José, António Holbeche, Lourenço Cabral, Vasco Cayola, Cesário Cruz, Manuel Henriques, Joaquim Alvarez, Salazar Carreira, Cecílio Costa, Marcelino Figueiredo, António Morgado, João da Conceição, Filipe Rodrigues, Jaime Ribeiro, Esteban Torok e José Carvalho Amaro. Até à altura, nos 4 anos de Regionais, os leões realizaram 33 jogos. Ganharam 29, empataram 3 e perderam apenas...

1931 – Título Regional de Futebol reconquistado

15 de Março de 1931. Foi, de facto, uma luta muito apertada com o Belenenses a que se verificou para a decisão do Campeonato Regional. À entrada para a última jornada o Sporting tinha 1 ponto de avanço dos azuis pelo que era imperiosa a vitória na receção ao Carcavelinhos. A partida disputou-se no Campo Grande. Os leões, sob o comando de Joaquim Filipe dos Santos, alinharam com: Cipriano; Martinho (cap) e Jorge Vieira; Varela, Fernando Ferreira e Matias; Mourão, Abrantes Mendes, Rogério, Abelhinha e Eduardo Mourinha. Era imperioso vencer, e o Sporting acabou por ter um jogo tranquilo. À meia-hora já havia 3-0, com 2 magníficos pontapés de Mourinha e um tiro certeiro de Rogério. Neste 1º período de jogo o domínio pertenceu por inteiro aos leões, que se tivessem jogado de forma mais serena poderiam ter chegado ao intervalo com uma vantagem ainda mais dilatada. Os alcantarenses começaram bem a 2ª parte, até com algum domínio, mas novo golo de Mourinha, aos 65 minutos, desmoralizou os visitantes que sofreriam outro tento, do mesmo jogador, quase no final da contenda, estabelecendo o resultado final em 5-0. Matias e Mourinha foram as duas grandes figuras da equipa que 3 anos depois reconquistava o Regional Lisboeta, obtendo a sua 7ª vitória na competição, ficando apenas a uma vitória do Benfica (que, mais tarde, ultrapassaria largamente) e impedindo o tri do Belenenses. Na foto, uma das equipas dessa temporada (da esquerda para a direita): Cipriano, Mourão, Fernando Ferreira, Rogério, O`Neil, Jorge Vieira, Mourinha, Matias, Oliveira Martins, Varela e Carlos...

Triunfo nas Amoreiras com Abelhinha em foco

13 de Março de 1932. Nas Amoreiras (“casa” do Benfica) o Sporting procurava defender o 1º lugar na 1ª fase do Campeonato Regional. Orientados pelo britânico Arthur John, os leões alinharam com: Dyson; Jurado e Martinho de Oliveira; Carlos Rodrigues, Varela e António Faustino; Eduardo Mourinha, Valadas, Luís Gomes, Abelhinha e Mourão. A partida foi disputadíssima mas os leões mostraram sempre maior segurança defensiva e capacidade para criar perigo. Quase em cima do intervalo Valadas fez o 1º golo para os sportinguistas e mais se acentuou a ideia de que seriam os verde e brancos a levar a melhor nessa tarde. Logo nos primeiros minutos do 2º tempo Abelhinha (na foto – arquivo) aumentou a contagem e nem o golo de Octávio, aos 68 minutos, obstou a que a equipa de Arthur John saísse com uma vitória natural em face daquilo que se passou em campo. No final, triunfo do Sporting por 2-1 e manutenção da liderança num Campeonato Regional com um regulamento inédito de duas fases e onde o Sporting chegou à final, onde viria a ser batido pelo...

Uma goleada histórica

12 de Março de 1911. Em jogo realizado na Quinta dos Castellos no Campo Grande, o Sporting venceu o Lisboa FC por 14-0 (a maior goleada de sempre dos leões até então em jogos oficiais – permaneceria até 1928), a contar para o Campeonato de Lisboa. O Sporting alinhou com: Gastão Pinto Basto; Francisco Santos e Jaime Cadete; António Neves Vital, António Couto e Carlos Shirley; António Stromp, António Rosa Rodrigues, Francisco Stromp, Cândido Rosa Rodrigues e João Bentes (cap). Segundo a imprensa da época: “Os sportinguistas dominaram totalmente o jogo, fazendo 7 golos em cada parte. A defesa contrária não pôde resistir à impetuosidade dos avançados do Lumiar que surgiam como setas por todos os lados. Da parte do Sporting havia, incontestavelmente, muito mais conhecimentos sobre o jogo e jogadores muito mais experientes. O ataque apresentava uma caraterística marcante – a rapidez, para além de que alguns dos avançados estarem já muito habituados a jogar juntos, possuindo bastante entrosamento. Da defesa sportinguista pouco houve a dizer, pois não teve praticamente nenhum trabalho. O guarda-redes Gastão Pinto Basto (a principal novidade na equipa desta época) contactou muito pouco com a bola, e nunca em situações perigosas. Aliás, o novo guardião leonino andava com sorte pois desde que ocupara o seu lugar na equipa ainda não tinha tido um jogo propriamente difícil”. Carlos Shirley (foto de arquivo), cujas exibições como avançado eram frequentemente censuradas pela imprensa, portou-se muito bem no meio-campo, “sendo pena que nem sempre os avançados o compreendessem”. Em suma, uma vitória fácil, e histórica… Augusto Sabbo (que viria mais tarde a treinar os leões) foi o árbitro e a...

1940 – Os primeiros Campeões Nacionais de Hóquei em Patins

2 de Março de 1940. Neste dia o Sporting venceu o 1º Campeonato de Portugal de Hóquei em Patins. Uma semana antes disputou-se no rinque do Benfica a 1ª mão da final. Defrontaram-se o Infante de Sagres (campeão do Porto) e o Sporting (campeão de Lisboa). A equipa leonina foi formada por Gastão Silva; Álvaro Lopes, Álvaro Rato, Alberto Mendes (3) e Júlio Sanches (2). O suplente José Manuel Carreira também jogou. Segundo o jornal “Os Sports”: “O Sporting não jogou bem mas venceu por 5-2. O jogo foi difícil para os leões. Os nortenhos estiveram à frente por 1-0 e 2-1. Álvaro Rato falhou 3 penaltis e Alberto Mendes 1. Ao intervalo verificava-se um empate a 2 golos, mas na 2ª parte, sobretudo devido à fogosidade de Mendes e à classe de Júlio Sanches, o Sporting obteve uma vitória importante que lhe dá uma boa vantagem para o jogo decisivo da 2ª mão”. Para a final o Sporting deslocou-se ao Porto e num rinque improvisado no salão nobre do Palácio de Cristal voltou a bater o seu adversário, agora por 4-3. Os leões chegaram a estar a perder por 3-1, mas o talento de Júlio Sanches fez prevalecer a equipa verde e branca. O avançado leonino fez os 4 golos num dia memorável para ele e para o seu clube que se sagrava o 1º campeão de Portugal da modalidade. Para além deste magnífico triunfo os leões já haviam ganho nesta época o seu 1º título regional (1-0 ao Benfica na final) e a Taça de Honra (2ª vitória) com 4 triunfos em 4 jogos frente a Benfica, Futebol Benfica, Ateneu...

Bi-Campeões Regionais de Râguebi, só com vitórias

12 de Fevereiro de 1928. Nesta data disputou-se o jogo mais interessante do Regional de Râguebi no qual o Sporting se sagrou de novo (2ª vez consecutiva) campeão de Lisboa (ainda não havia Campeonato Nacional…) com 8 vitórias em 8 jogos! Os resultados obtidos pelos sportinguistas foram os seguintes: Ateneu – 14-0 e 9-0, Carcavelinhos – 6-0 e 13-3, Benfica – 25-0 e 11-5, Gimnasio – 11-0 e 6-5. Este encontro perante os encarnados foi jogado com uma vivacidade invulgar numa luta muito enérgica. Segundo o jornal “Sporting”, “a equipa leonina mostrou-se equilibrada, com uma linha avançada muito persistente de princípio ao fim do jogo. O quinze exibiu um jogo agradável e correto. Montjuills brilhou mais que qualquer outro pela variedade e apropósito do seu jogo. Salazar Carreira também esteve muito bem. Na 2ª parte os leões acentuaram o domínio e todos chegaram esgotados ao final, vencendo por 11-5”. O Sporting apresentou: Defesa: Oliveira Martins;  Três-Quartos: José Carvalho Amaro, Salazar Carreira, Charles de Montjuills e Alberto Pepino; Médio de Abertura: Luiz Laurent; Médio de Formação: Lourenço Cabral; Avançados: Mário Garcia, Cecílio Costa, Manuel José, João Rodrigues, Carlos de Sousa, António Simões, António Holbeche e António Soares. Não estiveram presentes neste jogo mas também contribuiram para o título: Afonso Salcedo, António Silva, Dewett Beaumont, Jaime Ribeiro, José Carvalho Amaro, Serra e Moura e Cesário...

1936 – Leões ultrapassam águias com o 1º tri no Regional de Futebol

12 de Fevereiro de 1936. Apesar de terem iniciado o Regional Lisboeta pessimamente, ao perderem no terreno do Benfica por 4-0, e de não terem conseguido “vingar” esse resultado na 2ª volta (1-2), os sportinguistas, fruto do facto de terem triunfado em todos os outros jogos e das “escorregadelas” encarnadas, conseguiram chegar ao final da prova em igualdade pontual com o seu arqui-rival. Foi então necessário recorrer a uma partida de desempate para encontrar o Campeão. O jogo disputou-se nas Salésias e, apesar de ser dia de trabalho, o campo encheu-se duma multidão colossal, tendo o Sporting (orientado por Wilhelm Possak) se apresentado com: Dyson; João Jurado e Vianinha; Abelhinha, Rui Araújo e Raúl Siva; Mourão, Pireza, Soeiro, Rui Carneiro e Francisco Lopes. Nos primeiros 10 minutos de jogo houve um maior domínio por parte do Benfica, mas o Sporting reagiu de pronto lançando-se abertamente ao ataque. Entretanto, alguma violência ía surgindo entre os jogadores. A ânsia pelo golo deu-lhes um grande nervosismo, pois era objetivo supremo de ambos os contendores alcançar este ceptro lisboeta (ambas as equipas tinham 9 títulos até à altura). Finalmente, aos 29 minutos, o Sporting inaugurou o marcador por Soeiro, em grande estilo (tal como documenta a foto), a centro de Mourão. Choveram aplausos da entusiasmadíssima claque sportinguista, e apesar de algumas oportunidades de golo terem surgido de parte a parte, o intervalo chegou com a vantagem mínima dos leões. No início da 2ª parte o Benfica voltou a entrar como na 1ª, conseguindo alguma prevalência, mas Dyson dava confiança aos leões com intervenções seguras. A partir de certa altura o jogo ficou ainda mais...

Mourinha decidiu, e na liderança do Regional até ao fim

25 de Janeiro de 1931. Sporting e Belenenses degladiavam-se na luta pelo Campeonato de Lisboa. No Campo Grande (logo à 1ª jornada) os azuis ganharam, enquanto nas Salésias se verificou um empate a 2 golos. Nesta tarde os leões recebiam o Benfica, enquanto o Belenenses (com 1 ponto de avanço e esperançado numa vitória encarnada) se havia com o União Lisboa. No Campo Grande o Sporting tinha de vencer para continuar a sonhar com a reconquista do título. A turma orientada por Filipe dos Santos alinhou com: Cipriano; Martinho (cap) e Jorge Vieira; Varela, Fernando Ferreira e Matias; Mourão, Abrantes Mendes, Oliveira Martins, Abelhinha e Eduardo Mourinha. Num terreno enlameado pela chuva persistente os leões beneficiaram dos seus maiores índices físicos, tanto na batalha do meio-campo como no poder de remate. No 1º tempo houve uma ligeira vantagem territorial dos verdes, com um assédio sempre mais perigoso que o seu adversário. Logo aos 5 minutos, numa recarga, Mourinha (na foto – uma aquisição desta época proveniente da Naval 1º Maio e que “pegou de estaca”) fez o golo solitário da partida com um remate formidável que não tinha defesa. Na 2ª parte o domínio foi mais alternado. Os benfiquistas prevaleceram nos primeiros 20 minutos mas o Sporting reagiu de pronto, fazendo intensos ataques à baliza de Dyson. De notar que o Benfica jogou a maior parte do tempo com 10 jogadores mercê da inutilização de Aníbal José, ainda no 1º tempo, tendo falhado também um penalty. No final a crítica foi unânime em considerar o “resultado escasso face ao domínio sportinguista”, tendo realçado a exibição dos leões Cipriano, Martinho e Jorge Vieira. O...

Traves mal colocadas(!) e espírito desportivo dos benfiquistas

24 de Janeiro de 1909. Nesse dia disputou-se no Lumiar um interessantíssimo Sporting-Benfica a contar para o Campeonato Regional. Os leões procuravam desagravar-se da derrota infligida pelos benfiquistas na 1ªvolta. Segundo a imprensa da época “Houve luta animada, brilhante, com ataques primorosamente conduzidos de parte a parte e energia crescente em cada fase do jogo. O Sporting patenteou acentuadíssimos progressos, resistindo soberbamente ao temível adversário (que era o principal concorrente do Carcavelos nessa temporada) colocando-o muitas vezes em cheque. Os leões marcaram primeiro num pontapé alto e muito bem dirigido por António das Neves Vital (que jogou a avançado-centro) passando a bola entre a trave e as mãos do guarda-redes do Benfica, que parecia demasiado baixo para a função. Leopoldo Mocho fez o empate num golo muito parecido (…) as traves deviam estar colocadas, em altura superior à regulamentar, pois ambos os guarda-redes tiveram grandes dificuldades nas bolas altas”. A meio da 2ª parte, de penalty, o Benfica fez 2-1, por Artur José Pereira, devido ao facto de José Bello ter dado 2 toques num pontapé de baliza… As regras de Liga não autorizavam tão rigoroso castigo mas Merick Barley, o árbitro, referiu que a irregularidade impediu António Corga de fazer golo, e que por isso, tal como se fazia em Inglaterra (segundo o juíz), marcou penalty… O Benfica, numa atitude de grande desportivismo, não quis aceitar como legítima a vitória e oficiou à direção da Liga no próprio dia do jogo declinando os seus direitos no 2º golo e solicitando a anulação do desafio. Este procedimento ficou apontado como exemplo e atestado meritório e honroso do elevado espírito desportivo...

15 minutos em grande chegaram para ganhar o derby!

23 de Janeiro de 1927. A equipa de futebol do Sporting teve uma presença discreta no Campeonato Regional de 1926/27. Pese embora contasse com um ótimo técnico, profissional e com provas dadas (Augusto Sabbo), o futebol leonino carecia de organização e empenho. Aliás, o treinador do Sporting seria despedido em Janeiro (ainda antes do derby a que nos referimos agora), pois a Direção do clube julgou-se incapaz de lhe pagar 1.000$ mensais (de facto, uma exorbitância para a época). Segundo Jorge Vieira, capitão-geral da turma verde e branca, “O Sporting ficou muito longe dos seus resultados habituais devido à deficiente assiduidade da maioria dos jogadores aos treinos (um estado de espírito lamentavel que urge remediar) e à irregularidade na composição das equipas (que resultou, a maioria das vezes, de impossibilidade física ou social dos componentes dos grupos)”. Apesar de todos os problemas, a receção ao Benfica veio dar alguns motivos de regojizo aos apaniguados leoninos. O Benfica era favorito pois os leões faziam um mau campeonato e as águias seguiam com ambições (acabariam por terminar a prova atrás do Sporting). O jogo confirmou as expectativas, mas o resultado contrariou-as. A equipa verde e branca: Cipriano; António Rodrigues e Jorge Vieira; João Francisco, Serra e Moura e Martinho; Abrantes Mendes, Jaime Gonçalves, Filipe dos Santos, Cervantes e José Manuel Martins. Logo aos 11 minutos Antunes inaugurou o marcador para os benfiquistas aproveitando a lentidão de Jorge Vieira no alívio duma jogada de aflição na sua área. Durante todo o 1º tempo foram os encarnados a controlar o jogo, e o resultado até era curto ao intervalo, apesar de Cervantes ter desperdiçado uma...
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