Manuel Dias – O campeão franzino apaixonado pelo jornalismo

Nasceu a 13 de Março de 1904 em Lisboa, tendo começado muito novo a atividade de vendedor de jornais. Iniciou-se no GD Vendedor de Jornais e ingressou depois no Vendedor de Jornais FC onde nem sempre o deixaram correr por ser muito franzino. Afrontado, decidiu fundar ele próprio um clube – o Sport Picheleira Atlético Clube, na companhia de alguns amigos. Começou então a distinguir-se e foi convidado para ingressar no Sporting. Assim fez, mas surpreendentemente não marcou presença em diversas provas apesar de nelas estar inscrito pelos leões. A 1 de Agosto de 1926 disputava-se uma competição em que o prémio de vitória era uma medalha de ouro, mas o Picheleira recusou a sua inscrição. Consternado, dirigiu-se ao Estádio do Lumiar onde se disputavam os campeonatos nacionais e onde, como sempre, o Sporting o inscrevera. Alinhou nos 5.000 metros ao lado de grandes campeões, e ignorado no meio de toda aquela gente famosa ganhou a prova conquistando o seu 1º grande triunfo, com 16m29,4s. No ano seguinte estreou-se a ganhar no Regional de Crosse tendo recebido a seguinte apreciação do jornal “Os Sports”: “O seu estilo é mau, com um movimento de braços muito largo que lhe causa fadiga, assim como um exagerado balouçar de ombros. No entanto é extremamente rápido, o nosso melhor corredor de meio-fundo na atualidade. Precisa de preparar melhor o físico porque é muito frágil.” No final dessa época já era detentor do recorde nacional dos 3.000 metros com 9m16,8s, e o meio-fundo começou a ser notoriamente dominado por si. Em 1928 venceu pela 1ª vez o Nacional de Crosse, feito que viria a...

2011 – Campeões Nacionais de Crosse curto e título individual para Rui Silva

12 de Março de 2011. A equipa masculina do Sporting venceu pela 7ª vez o Campeonato Nacional de Crosse curto, prova realizada em Vila Nova da Barquinha. Os leões somaram 30 pontos contra 31 do Maia Atlético Clube numa luta muito renhida. Rui Silva triunfou individualmente (também pela 7ª vez). Mário Teixeira (7º), Ricardo Mateus (10º), Luís Pinto (12.º) e Carlos Silva tornaram possível mais esta excelente vitória. No setor feminino as leoas ficaram no 2º lugar, com 27 pontos, atrás do Braga (21 pontos). A equipa foi constituída por Clarisse Cruz (3ª), Sandra Teixeira (4ª), Solange Jesus (9ª) e Sara Pinho...

2018 – Campeãs nacionais de corta-mato curto e título individual para Daniela Cunha

11 de Março de 2019. Daniela Cunha foi a primeira a cortar a meta no Campeonato Nacional de Corta-Mato Curto (4 km), que se realizou nesse sábado em Torres Vedras, conduzindo o Sporting CP à vitória coletiva em femininos. Nos masculinos, Bruno Albuquerque ficou em 3º lugar, com os leões a sagrarem-se vice-campeões. A atleta leonina esteve ao mais alto nível ao superar toda a concorrência, classificando-se no 1º posto das seniores femininas 13m08s, à frente de Marta Martins da ACR Senhora do Desterro 13m20s e da colega de equipa Ercília Machado 13m24s, que completou o pódio. Destaque ainda para a presença de 5 representantes, no total, do Sporting CP no top-10: além de Daniela Cunha (1.º lugar) e Ercília Machado (3.º), Sandra Teixeira ficou na 4.ª posição, Susana Godinho na 5.ª e Solange Jesus na 10.ª. Nas sub-23, Lília Martins alcançou o 3º posto – 14m04s. Em termos coletivos, as leoas venceram com 13 pontos, seguindo-se o Recreio Desportivo de Águeda (51) e a União Desportiva da Várzea (79). No sector masculino os leões viram Bruno Albuquerque carimbar o 3º lugar da classificação geral em masculinos (o melhor resultado dos verde e branco na prova), apenas atrás de Samuel Barata e Rui Pinto (ambos do Benfica). Coletivamente, a equipa leonina ficou em 2º lugar na competição com 32 pontos, contra os 19 dos encarnados. O  Maia Atlético Clube fechou as contas do pódio com...

2019 – Campeões Nacionais de corta-mato em ambos os sexos!

10 de Março de 2019. Decorreu neste domingo, no Parque da Bela Vista, em Lisboa, o Campeonato Nacional de Corta-mato, onde o Sporting Clube de Portugal foi o grande vencedor ao somar os títulos colectivos de ambos os sexos. Na prova masculina, o benfiquista Rui Pinto, campeão nacional há 2 anos, e que este ano impressionara no nacional de distância curta, ainda andou na frente, mas acabou por desistir antes da última volta, cedendo aos ataques de Licínio Pimentel (40 anos) e Rui Teixeira (37 anos), ambos do Sporting. Na última volta, as posições ficaram bem vincadas, com Rui Teixeira, campeão em 2018, a conseguir ser mais forte no sprint, obtendo o seu 2º triunfo consecutivo, 7 segundos à frente de Licínio Pimentel, atleta que desde 2006 se classifica sempre no ‘top 9’, repetindo o título de vice-campeão obtido em 2015 e 2017. No 3º lugar, chegou o mais jovem – Miguel Marques, a 21 segundos do vencedor. Nuno Costa, do Maia, ficou na 4ª posição, enquanto António Silva fechou a contagem para a classificação leonina por equipas (conquista do título – 4º consecutivo), alcançando o 5º lugar individual. Na vertente feminina o Sporting foi também o vencedor por equipas. Dulce Félix, que depois de ter sido 2ª em 2016 e de ter estado ausente em 2017 e 2018, por ter sido mãe, obteve o seu 7º título de campeã nacional, ficando a 1 título apenas da mais campeã – Rosa Mota. A benfiquista foi paciente, jogou a sua cartada na hora certa, isolou-se e cortou a meta 5 segundos antes da nossa Catarina Ribeiro (campeã em 2018) que...

2012 – Campeões Nacionais de Crosse coletiva e individualmente em M e F

10 de Março de 2012. As equipas masculina e feminina de atletismo do Sporting sagraram-se Campeãs Nacionais de crosse curto, numa prova que decorreu em Guimarães. Rui Silva venceu a prova masculina, enquanto que Carla Salomé Rocha esteve em destaque nas senhoras aos conquistar o título nacional individual, o nacional de sub-23, o universitário e alcançou ainda o 1.º lugar na prova de crosse curto. Na prova feminina, as leoas fizeram o pleno e ficaram classicadas da seguinte forma: 1.ª Carla Salomé Rocha, 2.ª Clarisse Cruz, 3.ª Sandra Teixeira e 4.ª Solange Jesus. Nos homens: 1.º Rui Silva, 5.ª Albuquerque, 9.º Mário Teixeira e 10.º Luís...

2017 – Campeões nacionais de Corta-mato longo em ambos os sexos

5 de Março de 2017. O Sporting CP conquistou nesse domingo de manhã 2 títulos nacionais, no género masculino e feminino, nos campeonatos de corta-mato longo que se realizaram em Mira. À hegemonia verde e branca em termos coletivos juntou-se o título individual de Jéssica Augusto (séniores femininos) e o de Miguel Marques (sub-23 masculinos). Os primeiros a entrar em ação foram mesmo os atletas masculinos, onde o equilíbrio reinou durante toda a prova, que se veio a discutir ao centímetro e até ao último instante. Com a dianteira da corrida a ser repartida entre atletas leoninos e encarnados desde o início até ao final (nos primeiros 14, só um não pertencia a nenhum destes conjuntos), foi Rui Pinto, do Benfica, quem acabou por se superiorizar nos últimos metros, seguido de perto pelos leões Licínio Pimentel e Ricardo Dias. Coletivamente, o Sporting CP foi o conjunto mais forte, conseguindo bater os rivais da Luz por 2 pontos. Nesta prova, destaque também para o sportinguista Miguel Marques, que venceu no escalão de sub-23. Minutos depois, foram as mulheres a entrar em prova, protagonizando uma corrida bem diferente. visto que Jéssica Augusto desde a 1ª passada mostrou estar a um nível acima das demais. Com um ritmo altíssimo, a leoa conquistou uma margem confortável e geriu a vantagem até ao fim, sendo seguida por Salomé Rocha, a vencedora em título da época anterior. Também a nível coletivo o domínio verde e branco foi considerável, tendo o Sporting CP vencido por 54 pontos de diferença e 4 atletas nas 5 primeiras classificadas. A juntar aos 2 títulos no escalão de séniores, também a equipa...

2013 – Campeãs Nacionais coletivas de Crosse curto e títulos individuais para leões

2 de Março de 2013. Realizou-se nessa tarde em Coimbra o Campeonato Nacional de Corta-Mato curto, no qual o Sporting esteve muito bem representado. As “leoas” venceram individualmente e coletivamente, com Carla Salomé Rocha como 1ª classificada, seguida de Catarina Ribeiro (2.ª), Clarisse Cruz (3.ª) e Sandra Teixeira (4.ª). Nos masculinos, o Sporting conquistou a melhor posição individualmente, com Rui Silva no 1º lugar.  Em termos coletivos os leões ficaram no 2º lugar atrás do Benfica (22 pontos contra 17 dos encarnados). O atleta leonino gastou 10m39s nos 4km do percurso, triunfando com 2 segundos de vantagem sobre Alberto Paulo, 4 sobre Tiago Costa e 6 sobre Ricardo Ribas, que cedeu na parte final. Estes três atletas do Benfica e ainda José Moreira, 8º classificado, garantiram o título coletivo. Rui Pinto, 10.º da geral, sagrou-se campeão sub-23. A corrida feminina não teve história tal foi a superioridade do Sporting, que colocou as suas 4 atletas pontuáveis nos 4 primeiros lugares. Carla Salomé Rocha acabaria por triunfar, com 12m01s, menos 1 segundo do que Catarina Ribeiro. Clarisse Cruz, com 12m12s completou o pódio, e Sandra Teixeira, com 12m16s fechou a equipa, que somou 10 pontos, contra 47 da UD Várzea, cuja melhor atleta foi a júnior Silvana Dias, em 5º...

1976 – Carlos Lopes vence o seu 1º Mundial de Crosse

28 de Fevereiro de 1976. Carlos Lopes, o franzino sportinguista, atingiu o “topo do mundo”. No Crosse das Nações em Chepstow (País de Gales) Carlos Lopes triunfou de forma espetacular, sagrando-se Campeão do Mundo e deixando para trás, um a um, os atletas mais famosos. Esta constituiu a mais bela proeza individual do Atletismo português até à data. Após 4.000 metros à cabeça do grupo das “feras”, Lopes acelerou e começou a provocar a erosão do mesmo até ficar sozinho no comando da corrida. Enquanto os seus mais credenciados adversários íam ficando para trás, incomodados e desgastados pela irregularidade do piso revolto do hipódromo, o nosso campeão parecia estar a correr numa pista de tartan tal era a leveza do seu estilo e a eficácia do seu andamento. Na meta Lopes deu mais de 16 segundos ao 2º classificado – o inglês Simons, que por sua vez também cortou isolado a linha de chegada. Lismont, Uhlemann, Mariano Haro, Gaston Roellants e outras estrelas mundiais foram batidas sem apelo nem agravo pelo português. À chegada à meta, atrasado 100 metros em relação ao nosso compatriota, Simons perguntou quem era o fulano que ganhara a corrida. Disseram-lhe que tinha sido o português Lopes. Desdenhosamente retorquiu: “Não o conheço”. O inglês devia ter problemas de memória porque Lopes já o vencera em San Sebastian, não muito tempo antes. Incapaz de cair em deslumbramentos, o campeão confessou que “os outros” o tinham deixado fugir convencidos de que ele não aguentaria o ritmo, “mas as forças redobram quando se vai à frente”. À chegada a Lisboa Fernando Mamede afirmou: “Quando me apercebi de que o Lopes ia...

Domínio impressionante no Crosse

25 de Fevereiro de 1951. Neste dia Filipe Luís sagrou-se Campeão Nacional de Crosse pela 3ª vez. Falhou o triunfo coletivo no Campeonato Nacional, que foi para o Belenenses, no entanto Filipe Luís impôs, mais uma vez, toda a sua categoria. O que não estava no “programa” eram as fracas prestações de Álvaro Conde (apenas 10º) e Afonso Marques (13º). Com a prestação irreconhecível destes 2 atletas de valor indubitável o Sporting perdeu a oportunidade de conseguir um pleno individual e coletivo em todas as provas da temporada. Mau grado esse facto, esta foi uma época fantástica. Tudo começou a 7 de Janeiro no Corta-Mato de Abertura. Apesar da ausência de Fernando Carvalho (um dos que maior peso tinha na equipa), o Sporting conquistou um brilhante triunfo coletivo assente na vitória individual de Filipe Luís e nos 3º e 5ºs lugares de Manuel Nogueira e Joaquim Quaresma. Duas semanas depois veio o Corta-Mato dos Dez, tradicional prova do calendário oficial da Associação de Atletismo de Lisboa e que resultou, uma vez mais, numa jornada interessante e entusiástica. No que diz respeito aos vencedores não houve surpresas. O Sporting não deu hipóteses a ninguém, e como tal venceu. Desta vez Álvaro Conde foi o vencedor individual, após grande luta com colegas e adversários. Fernando Carvalho foi 3º e Manuel Faria 6º. A 11 de Fevereiro, no Campeonato Regional, Filipe Luís e o Sporting reincidiram nas vitórias, triunfando com grande nitidez. Fernando Carvalho em 3º e Álvaro Conde em 4º completaram o trio para a vitória coletiva. Por curiosidade refira-se que os “entendidos” na modalidade começaram por esta altura a sugerir...

1991 – Gémeos Castro magníficos num dificílimo título europeu de Crosse

10 de Fevereiro de 1991. O Sporting venceu pela 11ª vez a Taça dos Campeões Europeus de Crosse, 3ª consecutiva,  em Margnane (a 40km de Marselha). Domingos e Dionísio Castro cortaram a meta com o mesmo tempo. Entre 20 equipas, o Sporting somou 25 pontos contra 28 dos espanhóis do Alicante. A forma como decorreu a prova tornou este um dos mais difíceis triunfos de sempre e a vitória esteve em dúvida até muito perto do final. A corrida (de 10.845 metros) decorreu sobre um piso muito duro, com desníveis muito acentuados e o vento característico daquela zona de França. O Benfica, que ficou em 3º lugar, tentou comandar as operações de início, e tudo indicava que só uma forte reação dos leões os poderia levar ao triunfo. A pouco e pouco os manos Castro começaram a controlar a situação, mas para que a vitória fosse possível os seus companheiros teriam de se posicionar bem. À entrada para a última volta os espanhóis e os sportinguistas tinham os mesmos pontos, mas “nuestro hermanos” fechavam primeiro a equipa, pelo que estavam à frente. O Benfica, entretanto, começava a ceder. Moniz Pereira “empurrou” então os seus restantes atletas para a frente, e com grande esforço, Alberto Maravilha entrava nos 10 primeiros, enquanto Eduardo Henriques e João Junqueira se intrometiam entre os quartos homens adversários. Nos últimos metros da derradeira volta a vitória foi garantida “a ferros”. O numeroso público rendeu-se ao valor dos gémeos Castro, que no final viram os seus rostos inundados de lágrimas. As classificações dos leões: Domingos Castro (1º), Dionísio Castro (2º), Alberto Maravilha (9º), Eduardo Henriques (13º)...
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