1º triunfo no Torneio do Guadiana, numa final frente ao Vitória de Setúbal

30 de Julho de 2005. Nesse dia, no Estádio do Algarve, o Sporting conquistou pela 1ª vez o Torneio Internacional do Guadiana (ao bater na final o Vitória de Setúbal por 2-0), uma competição de pré-temporada que serviu para recolher os primeiros sinais da equipa leonina para a época que se aproximava. A equipa de José Peseiro, que tinha estado muito próximo da glória na temporada anterior (perto do título e na final da UEFA), apresentava como principais reforços Tonel, Edson, Luís Loureiro e Deivid, e tinha ganho o acesso à final da prova ao bater os ingleses do Middlesbrough por 4-0 com golos de Rochemback2, Deivid e Manoel (outro reforço, mas que nunca chegou a alinhar oficialmente). A equipa no jogo decisivo: Nélson; Miguel Garcia, Semedo, Beto e Paíto; Luís Loureiro; Nani, João Moutinho e Rodrigo Tello; Silva e Deivid. Jogaram ainda: Tonel, Anderson Polga, Rochemback, Varela, Manoel, Sá Pinto, Douala e André Marques. Os leões foram superiores desde o início da contenda, criando algumas oportunidades mas pecando na finalização. O 1º golo surgiu já na 2ª parte, aos 50 minutos, quando João Moutinho bateu de forma fantástica um livre direto, sem quaisquer hipóteses para Marco Tábuas. Perto do fim, Varela fez o resultado final com um remate colocado após uma boa solicitação de Rochemback. Desta competição ficou obviamente o triunfo, a interessante prestação do muito jovem Nani e os bons pormenores de Varela (que regressou do empréstimo ao Casa Pia). Entretanto, João Moutinho foi considerado o “jogador mais valioso” do...

Benfica e Deportivo derrotados e 2º triunfo no Torneio do Guadiana

29 de Julho de 2006. Nesse dia o Sporting conquistou pela 2ª vez o Torneio Internacional do Guadiana, numa pré-época que começava da melhor forma. O treinador Paulo Bento aproveitou este 2 jogos para dar a oportunidade a jovens jogadores como Yannick Djaló, Ronny, Miguel Veloso ou Rui Patrício de se mostrarem e a experiência não poderia ter sido melhor.. 2 dias antes, na 1ª partida, os leões enfrentaram o Benfica, no Complexo Desportivo Municipal de Vila Real de Santo António. Numa partida marcada pela estreia do paraguaio Carlos Paredes, os leões dominaram em toda a linha, triunfando categoricamente por 3-0, com golos de Yannick Djaló2 (que estivera na temporada anterior emprestado ao Casa Pia) e do grego Katsouranis na própria baliza. Depois veio o jogo decisivo perante os espanhóis do Deportivo da Corunha (que tinham derrotado os benfiquistas por 1-0). Aí os leões levaram mais uma vez a melhor, com um golo solitário de Deivid aos 26 minutos. De destacar neste encontro a estreia do jovem guarda-redes Rui Patrício, que se saiu a contento. A equipa: Tiago (Rui Patrício 46); Abel (Miguel Garcia 46), Tonel (Anderson Polga 46), Miguel Veloso e Ronny; Paredes (Custódio 71); Nani, Romagnoli (Carlos Martins 63) e Rodrigo Tello (João Moutinho 68); Deivid (Liedson 63) e Douala (Yannick Djaló...

Oceano

Oceano Andrade Cruz nasceu a 29 de Julho de 1962 em S. Vicente – Cabo Verde. Começou muito novo no Almada, passando depois pelo Odivelas até chegar ao Nacional da Madeira onde foi “descoberto” por Pedro Gomes (adjunto de John Toshack na sua 1ª época no Sporting). “Pegou de estaca” logo quando chegou a Alvalade. O técnico galês apreciava muito as suas qualidades e não hesitou em utilizá-lo regularmente como médio defensivo ou mesmo no centro da defesa. Estreou-se a 2 de Setembro de 1984 numa vitória em Coimbra por 3-2, marcando o 1º golo a 3 de Outubro em Auxerre (2-2) para a Taça UEFA. Fez 36 jogos nessa 1ª temporada e rapidamente chegou à Seleção Nacional. Ao longo dos anos, num período conturbado do futebol sportinguista (em que os treinadores entravam e saíam com inusitada frequência) foi sempre dos jogadores mais utilizados e destacados do plantel, até que, após uma época de grande nível (com Marinho Peres) em 1990/91, saiu para a Real Sociedad. Nesse período passado em Alvalade ganhou apenas a Supertaça de 1987/88. Após 3 bons anos em Espanha regressou a “casa”. Com 32 anos estava ainda melhor jogador e os anos pareciam não passar por ele. Nessa temporada de regresso contribuiu para o triunfo na Taça de Portugal e tornou-se o verdadeiro líder da equipa, estatuto que manteve nos anos seguintes, sempre em “alta rotação”. Em 1995/96 conquistou a Supertaça. A sua última temporada no Sporting foi a de 1997/98 (uma das mais conturbadas de sempre do clube) na qual se manteve muito bem (2º melhor marcador da equipa com 12 golos!), constituindo a verdadeira...

Vasques

Manuel Soeiro Vasques nasceu a 29 de Julho de 1926 no Barreiro. Muito miúdo mostrou qualidades de verdadeiro” malabarista” a jogar futebol nos jogos entre crianças, exigindo que lhe chamassem Soeiro – como o seu tio goleador que refulgia no Sporting. Aos 12 anos deixou a escola primária e matriculou-se na escola industrial nas aulas noturnas, mas como não gostava de estudar empregou-se como aprendiz de carpinteiro de moldes na CUF, onde o seu pai era chefe de secção. Foi natural então que fosse jogar futebol para a equipa da empresa e aos 17 anos já era o interior direito da sua categoria principal. Com talento inato, foi natural o assédio de clubes mais poderosos. Chegou a ir treinar e impressionar ao Benfica após uma visita de Joaquim Bogalho a sua casa, mas a conselho do tio não assinou nada, e por intermédio do mesmo acabou por ir para ao Sporting (onde chegou e em 1959 saiu na companhia do seu amigo Travassos) por 18 contos mais um salário de 600$ mensais. Estreou-se oficialmente pelos leões precisamente frente à sua antiga equipa, a 22 de Setembro de 1946. O Sporting venceu por 7-0 e Vasques marcou 1 golo. Muito criativo, tratando a bola com verdadeira arte, era também um excelente rematador, tanto com os pés como com a cabeça. No posto de interior direito e às vezes como avançado centro, esteve no Sporting 13 épocas (onde foi um dos famosos “ 5 violinos”) realizando 340 jogos e marcando 226 golos em jogos oficiais que fazem dele o 3º melhor marcador de sempre dos leões. Para além disso é o melhor...

Triunfo frente ao Benfica e conquista (pela 3ª vez) do Torneio do Guadiana

27 de Julho de 2008. Nesse dia o futebol do Sporting conquistou pela 3ª vez o Torneio Internacional do Guadiana, realizado no Estádio Municipal de Vila Real de Santo António, ao derrotar o Benfica por 2-0. Na véspera os leões tinham ganho por 2-1 ao Blackburn Rovers (golos de Pedro Silva e Tonel – na estreia de Helder Postiga), e 2 dias antes os ingleses tinham derrotado os benfiquistas por 3-2. Ao Sporting bastava o empate para conquistar o Torneio mas os pupilos de Paulo Bento entraram para ganhar desde o 1º minuto de jogo. Ainda assim a 1ª parte foi relativamente equilibrada, com Derlei (pelos leões) e Carlos Martins (pelas águias) a criarem os lances de maior perigo. No 2º tempo houve mais velocidade e os sportinguistas “tomaram conta” da bola. Yannick Djaló abriu as hostilidades aos 57 minutos (a passe de Derlei) e o “Ninja” fechou-as, aos 71 (com assistência de Yannick). Postiga esteve muito perto de aumentar a contagem mas atirou por cima, perante uma equipa encarnada impotente. No final o Sporting levantou a taça e Rochemback (recém-regressado ao Sporting) foi eleito o jogador mais valioso do torneio. A equipa leonina: Tiago, Abel, Tonel, Anderson Polga e Grimi (Ronny 45); Caneira (Adrien 79) e Rochemback; Izmailov, Romagnoli (Pereirinha 85) e Yannick Djaló; Derlei (Hélder Postiga, 74). Numa equipa em que Caneira, Rochemback e Helder Postiga constituiam as principais novidades, os leões prometiam uma boa temporada mas acabaram por não conseguir melhor que o triunfo na Supertaça (frente ao Porto) e o 2º lugar no Campeonato (atrás dos portistas)....

Radisic – Especialista na preparação física

Srecko Radisic nasceu a 26 de Julho de 1931 na ex-Jugoslávia. Chegou ao Sporting no Verão de 1979 para preparador físico do futebol, numa equipa comandada por Rodrigues Dias. Quando Fernando Mendes assumiu o comando técnico a 25 de Novembro de 1979, Radisic passou de ser apenas o preparador físico da equipa para número 2 do novo treinador. Os leões chegaram ao título e uma quota-parte desse sucesso foi atribuída ao jugoslavo, pois a equipa sportinguista apresentou índices físicos fantásticos. Na temporada seguinte as coisas começaram a correr muito mal desde o início, e numa altura em que os sportinguistas andavam pelo 4º lugar do Campeonato, João Rocha apostou em Radisic para treinador principal no que restava da temporada. Valha a verdade que as melhorias não foram muitas, mas, ainda assim, os leões garantiram o 3º lugar final. No seu curto período como treinador principal do Sporting, entre 21 de Dezembro de 1980 e 31 de Maio de 1981, Radisic foi vítima duma equipa destroçada, mas que, curiosamente, era a detentora do título nacional e voltaria a conquistá-lo no ano que se seguiu. Do seu “reinado” avulta a estreia de Carlos Xavier, que, aliás, Radisic promoveu logo aquando do seu 1º jogo como técnico principal (e o estreante até marcou num 5-0 ao Amora). Após a contratação de Malcolm Allison para treinador, Radisic manteve-se nos quadros técnicos do clube contribuindo para os sucessos no Campeonato, Taça de Portugal e Supertaça. Em 1983 foi para o Kuwait, onde exerceu a sua especialidade no Al-Quadsia, regressando a Portugal para treinador do Imortal de Albufeira em 1986. Em 1987/88 e 1988/89 voltou...

Uma entrevista curiosa a Peyroteo

25 de Julho de 1941. Em entrevista ao jornal “Os Sports”, Peyroteo – o mais temível de todos os avançados-centro que alguma vez existiram em Portugal, dizia: “Satisfez-me a minha época porque senti mais facilidade na execução de alguns lances e porque tive melhor certeza na colaboração com os companheiros. Deste modo julgo que foi possível corresponder aquilo que o clube necessitava, e se não fiz mais foi porque não pude. A confiança em mim próprio aumentou” Diga-se que o Sporting tinha acabado de fazer a sua melhor temporada de sempre, ganhando tudo o que havia para ganhar – Campeonato Nacional, Taça de Portugal e Campeonato Regional. Peyroteo fez 38 golos em 20 jogos (esteve parte da época lesionado)! Quanto à sua visão sobre a atualidade do “desporto-rei”, Peyroteo referiu: “O futebol decaiu em qualidade, há menos compostura e correção, e assim ele perde beleza e fica em risco… Os árbitros devem ser menos tolerantes e ter um critério mais uniforme”. No que diz respeito a uma dos temas mais discutidos da altura: “Aqui não há profissionalismo, mas é também difícil fazer com que o jogador seja puro amador. No estado atual das coisas o futebol não é um prazer. Quando vou para o campo vou disposto a fazer o melhor possível a dar tudo para que o Sporting vença, mas sinceramente não sinto prazer em jogar futebol”. Sobre o acumular de vitórias e a equipa: “O jogo mais difícil e ao mesmo tempo mais agradável da época foi a final da Taça de Portugal com o Belenenses (triunfo por 4-1). Os 3 campeonatos ganhos representam um trabalho de conjunto...

Jaime Pacheco – Um “patrão” trabalhador

Jaime Moreira Pacheco nasceu a 22 de Julho de 1958 em Paredes. Começou a jogar no Rebordosa, dando depois nas vistas no Aliados de Lordelo, onde despertou a cobiça do FC Porto. Nas Antas ficou 6 anos com alguns sucessos colectivos. Chegou ao Sporting (com o seu companheiro Sousa) no Verão de 1984 proveniente do FC Porto (por 30.000 contos), numa investida do presidente João Rocha sobre o clube de Pinto da Costa, que se “vingou” contratando Paulo Futre. Estreou-se oficialmente (com John Toshack) a 2 de Setembro, em Coimbra, num triunfo por 3-2 sobre a Académica para a 2ª jornada do Campeonato. Marcou pela 1ª vez a 19 de Setembro numa receção ao Auxerre (2-0) para a Taça UEFA. Nessa 1ª temporada não foi um titular indiscutivel (até porque esteve muito tempo lesionado), num meio campo fabuloso que tinha homens como Oceano, Litos, Lito, Oliveira, Kostov, Sousa e Romeu. Ainda assim alinhou em 19 jogos apontando 4 golos. Em 1985/86, com Manuel José, aí sim, foi o verdadeiro “patrão” da equipa. Jogou quase sempre (39 presenças – só Damas e Manuel Fernandes jogaram mais) mas não marcou qualquer golo. No final da temporada acabou por regressar ao Porto (o Sporting não teve capacidade financeira para lhe renovar o contrato). Jogou pela última vez de “leão ao peito”a 20 de Abril de 1986, num Sporting-Salgueiros (2-1) para a última jornada do Campeonato Nacional. Esteve um total de duas épocas no Sporting, alinhando em 58 jogos oficiais e marcando 4 golos. Foi um dos futebolistas de qualidade que passaram pelo clube no tão falado “jejum” de 17 anos. Com uma...

Seminário – O “Expresso de Lima”

Juan Roberto Seminário Rodríguez nasceu a 22 de Julho de 1936 em Puira – Peru. Jogador do Clube Municipal de Lima, chegou aos 18 anos à Seleção Nacional peruana, e logo lhe passaram a chamar o “Expresso de Lima”, sobretudo porque era capaz de através de picos estonteantes ir buscar bolas que colocava, em rodopio, por detrás dos defesas. Ficou famoso no Mundo inteiro por ter marcado os 2 golos dum muito badalado Brasil-Peru (2-2) e mais ainda pelos 3 tentos apontados na vitória da sua Seleção sobre a Inglaterra (4-1). Chegou ao Sporting proveniente do FC Barcelona (por 700 contos) na parte inicial da temporada 1959/60. A sua aquisição não foi fácil, pois além de pertencer ao Barcelona, também tinha contrato com o Saragoça, pelo que a Federação Espanhola não permitiu a sua inscrição. Os catalães tiveram então de o “emprestar”. Sporting e FC Porto perfilaram-se e foram os leões a levar a melhor. Veio ganhar 5 contos mensais e estreou-se oficialmente (com o treinador Fernando Vaz) a 25 de Outubro de 1959 numa derrota no terreno no Belenenses por 1-0 para a 6ª jornada do Campeonato Nacional. Marcou pela 1ª vez (numa partida em que apontou 3 golos) logo uma semana depois, num triunfo por 8-0 sobre o Vitória de Setúbal. Nesse 1ª temporada em Alvalade logo se afirmou na extrema-esquerda, fazendo um quinteto poderoso com Hugo, Faustino, Fernando e Diego. No entanto, os leões não conseguiram ganhar nada, ficando em 2º no Campeonato e sendo finalistas vencidos da Taça de Portugal… Na época seguinte voltou a dar nas vistas, mas mais uma vez os leões não...

12ª vitória na Taça de Honra da AFL, nos penaltis, frente ao Estoril

21 de Julho de 2013. Nessa noite o Sporting conquistou a sua 12ª Taça de Honra da AFL em futebol ao derrotar o Estoril na marcação de grandes penalidades. A partida realizou-se no terreno do adversário – António Coimbra da Mota, e o Sporting apresentou-se com a seguinte equipa: Victor Golas; Ricardo Esgaio, Samba, Nuno Reis e Mica; Hugo Sousa, Kikas e João Mário; Viola, Betinho e Iuri Medeiros. Jogaram ainda: Luka Stojanovic, Fokobo, Wilson Manafá, Yan Zihao, Pranjic e Mickael Meira. Betinho (2 e 78 minutos) e Iuri Medeiros (83) foram os autores dos  tentos leoninos, enquanto Rúben Fernandes (27), Carlitos (33) e Sebá (56)  marcaram para os estorilistas, num jogo a alta rotação, com golos, emoção  e algumas “escaramuças” entre jogadores. Tal como na véspera, diante do Benfica, a formação de Alvalade surgiu  com um “onze” recheado de juventude e com algumas alterações operadas por  Abel Ferreira (o treinador da equipa B orientou o conjunto), entre as quais a titularidade de Betinho. Seria mesmo o jovem normalmente utilizado pela equipa B leonina a abrir as hostilidades,  logo aos 2 minutos, recebendo um passe de Mica e isolando-se perante  o guardião Vagner, que foi impotente para travar as intenções do avançado. A formação da Linha reagiu muito bem e voltou a deixar excelentes indicações, apresentando  um futebol fluido e rápido, nomeadamente através dos extremos Carlitos e  João Pedro Galvão. Por isso a reviravolta no marcador acabaria por acontecer de forma natural, com Rúben Fernandes primeiro, e Carlitos depois, a corresponderem da melhor forma a dois lances de bola parada. Com um maior “andamento” que o adversário, fruto da sua maior experiência...
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