Yazalde – Goleador lendário

Hector Casimiro Yazalde nasceu a 29 de Maio de 1946 num bairro pobre de Buenos Aires. Em criança sonhava ser médico mas cedo o pai lhe explicou que precisava de ir trabalhar para ajudar no sustento da família, pelo que começou por vender jornais, depois bananas e por fim a partir gelo. Adorava futebol e ansiava poder vir a ser um dia como os seus ídolos do Boca Juniors. Num dia de 1965, Hector foi assistir ao treino do amigo Horácio Aguirre no Piraña, clube de amadores de Buenos Aires. Pediu que lhe emprestassem um equipamento, treinou e surpreendeu tudo e todos. Na mesma tarde assinou contrato e recebeu 2.000 pesos, o equivalente ao que recebia mensalmente como vendedor ambulante de bananas. Pouco tempo depois transferiu-se para o Independiente de Buenos Aires. Com 20 anos, sagrou-se pela 1ª vez campeão e recebeu o troféu de melhor marcador, e não demorou muito até ser chamado à Seleção das “pampas” para defrontar o Brasil. Após ter voltado a ser campeão viu surgirem-lhe, em 1970, convites do Santos, Palmeiras, Valência, Lyon, Nacional de Montevideu e Boca Juniors. Quando entrou de férias recebeu um telefonema de Buenos Aires, dizendo-lhe que tinha aparecido um dirigente dum clube português para falar com ele – era Abraão Sorin, que depressa o convenceu a vir para o Sporting numa transferência orçada em cerca de 3.500 contos. Com o dinheiro que recebeu à partida para o clube de Alvalade construiu uma vivenda em zona chique para os pais viverem até ao seu regresso. A 12 de Setembro de 1971 estreou-se oficialmente pelo Sporting na 1ª jornada do Campeonato Nacional...

2018 – Completo o triplete das nossas leoas do Futebol!

27 de Maio de 2018. Estádio do Jamor. Uma semana depois da final masculina veio, no mesmo palco, a final feminina da Taça de Portugal em futebol. As sportinguistas apresentaram-se como bi-campeãs nacionais e vencedoras da Supertaça. Esta temporada já só faltava juntar a Taça para se atingir a perfeição a nível interno. No percurso até este jogo decisivo o Sporting tinha afastado o FC Parada (18-1), Valadares Gaia (4-1), Futebol Benfica (2-1) e Estoril (1-0 e 6-1). A equipa: Patrícia Morais; Matilde Fidalgo, Mariana Azevedo, Carole Costa e Joana Marchão; Carlyn Baldwin; Tatiana Pinto (Ana Capeta 66) e Fátima Pinto (Nadine Cordeiro 115); Ana Borges, Diana Silva e Sharon Wojcik. Sporting e Braga eram claramente as duas melhores equipas a nível nacional desde o ano anterior, e reeditaram a última final, voltando, de novo, tudo a decidir-se no prolongamento – e a favor do Sporting As leoas tiveram as melhores oportunidades no primeiro tempo, através de Diana Silva, logo aos 9 minutos, com a atacante do Sporting a não conseguir dar a melhor sequência a uma boa jogada pelo corredor esquerdo de Fátima Pinto, e Sharon Wojcik, aos 23, perante um Braga um pouco amorfo quer na definição do último passe quer na finalização. No 2º tempo, as comandadas de Miguel Santos reagiram e estiveram muito perto de marcar – Francisca Cardoso foi a primeira a ameaçar a baliza de Patrícia Morais, com a guarda-redes do Sporting a brilhar entre os postes. Depois entrou Ana Capeta e o futebol sportinguista tornou-se mais vertical e objetivo. No entanto, aos 83 minutos, Francisca Cardoso (novamente) colocou mesmo a bola no fundo das...

2007 – 14ª Taça de Portugal de Futebol, com Liedson a resolver

27 de Maio de 2007. Numa tarde de tempo instável, o Estádio do Jamor encheu para assistir à festa do futebol português – a final da Taça de Portugal. Para chegar a esse patamar da competição o Sporting teve um percurso tranquilo eliminando sucessivamente, e sem grandes dificuldades, União da Madeira, Rio Ave, Pinhalnovense, Académica e Beira Mar. Paulo Bento apresentou a seguinte equipa: Ricardo; Abel, Caneira, Anderson Polga e Rodrigo Tello (Tonel); Miguel Veloso; João Moutinho, Romagnoli (Custódio) e Nani; Liedson e Alecsandro (Yannick Djaló). O Belenenses, equipa de Jorge Jesus, surgiu muito bem “arrumado” em campo (na semana anterior perdera em Alvalade para a última jornada do Campeonato por 4-0) procurando anular os mecanismos perfeitamente adquiridos da equipa do Sporting. Apesar disso, logo nos primeiros instantes, João Moutinho foi abalroado na área belenense mas Pedro Proença não quis assinalar a evidente grande penalidade. O Sporting começou, portanto, bem. A criatividade dos seus homens do meio campo (com destaque para Nani e Romagnoli) criava problemas aos azuis, mas o golo não surgia (ao contrário dos últimos jogos em que os leões marcaram sempre nos primeiros minutos). O Belenenses só saía para o ataque em raros fogachos, os leões eram indiscutivelmente superiores e Alecsandro falhou uma oportunidade soberana aos 35 minutos, optando por uma assistência para ninguém em vez de rematar… No 2º tempo o Belenenses melhorou, conseguiu equilibrar mais as coisas, mas Costinha continuava a ser um dos homens do jogo defendendo tudo (Liedson, Nani e Romagnoli “provaram” a competência do guardião contrário), pois o Sporting continuava a ser a equipa mais perigosa. Tudo poderia, no entanto, ter mudado,...

1962 – 15º título nacional de Futebol, na última jornada frente ao Benfica

27 de Maio de 1962. Depois de alguns (naturais) percalços, mas sem nunca perder a liderança da prova, chegou-se à última jornada do Campeonato Nacional de Futebol para um escaldante Sporting-Benfica. Escaldante porque Sporting e FC Porto possuiam os mesmos pontos. No entanto, como os leões tinham vantagem direta sobre o seu adversário, “bastava-lhes” vencer o Benfica para garantir o título, 4 anos depois. Para esse desafio decisivo entraram em campo: Libânio; Lino e Hilário; Peridis, Lúcio e Mendes; Hugo, Figueiredo, Diego, Géo e Morais. O Sporting entrou na firme disposição de marcar o mais cedo possível e conseguiu-o, abrindo o ativo aos 20 minutos. Mendes captou a bola, avançou uns metros e endossou-a a Morais que galgou terreno pelo seu flanco, internou-se e disparou, já com pouco ângulo, cruzado e rasteiro, sem hipóteses para Costa Pereira. Apenas 6 minutos passaram e os leões aumentaram a contagem. Foi uma brilhante jogada pela esquerda do ataque sportinguista, com toques curtos e tabelinhas que abriram por completo a defesa encarnada. Figueiredo recebeu a bola no centro do terreno e atirou muito bem, mas a bola bateu no poste, ressaltando para Hugo – que concluiu com um ”tiro” forte e certeiro. O jogo estava na sua fase mais “quente”, e 3 minutos depois os benfiquistas responderam. Num livre perto da área de Libânio, depois de receber um pequeno toque, Eusébio atirou em habilidade enganando o guardião leonino. Faltavam apenas 5 minutos para o intervalo, numa 1ª parte alucinante, quando Morais marcou um canto para a confusão da defesa benfiquista e ataque verde-e-branco. A bola acabou por entrar impelida por uma má intervenção do...

O “vício” de ganhar finais ao Benfica

27 de Maio de 1917. A equipa de Futebol do Sporting foi jogar a Sete Rios (terreno do rival) a 3ª Taça de Honra da Associação de Futebol de Lisboa (uma competição de enorme prestígio na altura), e, mais uma vez (3ª consecutiva), os leões levaram a melhor. Ante uma assistência enorme não foi fácil arranjar um árbitro, mas com o movimento de várias influências, lá acedeu Boo-Koolberg (um desportista de grande nomeada), a apitar a partida, o que fez de forma correta e imparcial. O Sporting alinhou com: Carlos Ferrando da Silva; Amadeu Cruz e Jorge Vieira; Gastão Ferraz, Artur José Pereira e Boaventura da Silva; Francisco Stromp, Jaime Gonçalves, Perdigão, Loureiro e Marcelino. Segundo o periódico “Sport de Lisboa”: “A maior parte do jogo foi jogada ao acaso, sem combinação, intenção ou colocação”. Na 1ª parte não houve golos, apesar dos sportinguistas terem o vento a favor. Julgava-se que no 2º tempo o Benfica poderia ganhar, mas o Sporting marcou primeiro numa jogada de grande atrapalhação. Os leões, moralizados, continuaram a carregar e fizeram o 2-0. O jogo tornou-se cada vez mais impetuoso e rápido, e, de penalty, Jaime aumentou a conta para 3-0. Começou então a notar-se o cansaço nos contendores, os benfiquistas ainda reduziram, mas o Sporting aumentou logo a seguir para 4-1. Artur José Pereira e Loureiro foram expulsos antes do fim, tal como o benfiquista Francisco Pereira. Em “O Século” referiu-se que: “A vitória do Sporting foi incontestável. Ganhou porque é melhor, porque tem mais valor”. Em termos individuais, Artur José Pereira (foto de arquivo), “inigualável meia-defesa centro, com bastante colocação, muito golpe de...

Oliveira Martins em grande na eliminação do Porto no Campeonato de Portugal

26 de Maio de 1929. Neste dia o Sporting afastou o FC Porto do Campeonato de Portugal (numa época em que as eliminatórias foram disputadas apenas numa mão) com 3 golos de Oliveira Martins (um avançado ainda muito jovem). Os leões, que tinham acabado de se classificar num modestíssimo 5º lugar no Campeonato de Lisboa, não eram favoritos à partida. O jogo, referente aos oitavos-de-final da competição disputou-se em Lisboa, e da cidade invicta acorreu à capital uma numerosa falange de apoio portista com um entusiasmo transbordante. O Sporting, orientado por Charles Bell, alinhou com: Cipriano; Jurado e Martinho de Oliveira; Varela, Serra e Moura e Matias; Mourão, Abrantes Mendes, Oliveira Martins, Filipe dos Santos e José Carreira. O FC Porto entrou melhor no jogo. Alinhando contra o vento, os sportinguistas jogavam muito por alto o que não os favorecia. À passagem dos 9 minutos mais se adensou a descrença num triunfo leonino quando Waldemar, a passe de Mesquita, picou a bola sobre Cipriano inaugurando o marcador. O que ninguém estaria à espera era do que estava para acontecer. Aos 22 minutos Abrantes Mendes teve uma abertura primorosa para o flanco na direção de Mourão. Este centrou bem e Oliveira Martins entrou de rompante igualando a contenda. Os leões cresceram com este golo, o seu público começou a acreditar e a partida ganhou rigidez. Até ao intervalo o Sporting esteve pertíssimo de marcar em diversas ocasiões mas a extraordinária exibição de Siska e alguma imperícia na conclusão obstaram a que isso acontecesse. Já nesta altura era Oliveira Martins a figura mais em destaque entre os verdes. No início do 2º...

Joaquim Serrano

Joaquim de Oliveira Serrano nasceu a 26 de Maio de 1911 em Aveiro, mas foi viver muito novo para Faro com a família, e foi no Algarve que se iniciou nas lides futebolísticas. A 18 de Setembro de 1932 jogou pela 1ª vez pelo Sporting, num amigável de início de época em Faro perante o Sporting Farense (5-3), no entanto, a sua estreia oficial (com o treinador Rudolf Jeny) aconteceria a 16 de Outubro, no Campo Grande, na 1ª jornada do Campeonato Regional (4-3 ao FC Barreirense). Logo nessa época de estreia foi titularíssimo como defesa-esquerdo (fazendo dupla defensiva com Jurado) realizando 22 dos 25 jogos da equipa. Em 1933/34 o Sporting fez uma excelente temporada conquistando pela 2ª vez a “dobradinha” da altura – Campeonato Regional e Campeonato de Portugal, e Joaquim Serrano foi mais uma vez indiscutível ao lado de Jurado. No ano seguinte a situação manteve-se (mais um Regional conquistado), mas para 35/36 chegou o brasileiro Vianinha que rapidamente se impôs em mais uma época de sucessos (Campeonatos de Portugal e Regional). Vianinha entretanto saiu mas o jovem Mário Galvão surgiu na 1ª equipa alternando com Serrano na temporada 36/37, na qual o Sporting conseguiu um inédito Tetracampeonato Regional. O penta e o hexa chegaram nos anos seguintes, mas aí Joaquim Serrano já foi geralmente suplente, realizando apenas 3 e 7 jogos oficiais. A 12 de Novembro de 1939 fez o seu último jogo oficial (único dessa época derradeira) numa deslocação ao Carcavelinhos (6-3) para o Regional. Curiosamente, alinhou aí na posição de extremo-direito! Assim, totalizou 8 épocas na equipa principal do Sporting, realizando 113 jogos...

2019 – Ganhámos a 17ª Taça de Portugal em Futebol, nos penaltis, frente ao FC Porto!

25 de Maio de 2019. Final da Taça de Portugal em futebol. Frente a frente o Sporting de Marcel Kaiser – que tinha terminado o Campeonato no 3º lugar e que este ano já conquistara a Taça de Liga, e o Porto de Sérgio Conceição – que ficou em 2º no Campeonato e que ganhou logo no início da época a Supertaça. A haver um favorito talvez fosse o Porto, que fez uma época mais regular e que tinha uma equipa mais estável, mas ambas as equipas entraram nesta decisão convictas de que tinham que ganhar para conseguir um balanço de temporada mais positivo. Marcel Kaiser apresentou a seguinte equipa: Renan; Bruno Gaspar (Tiago Ilori 66), Coates, Mathieu e Acuña; Gudelj (Doumbia 90+4), Wendel (Jefferson 106) e Bruno Fernandes; Raphinha, Luiz Phellype e Diaby (Bas Dost 75). O Sporting até entrou com bola, mas aos 6 minutos Otávio obrigou Renan a uma grande defesa após mau alívio de Bruno Gaspar. Aos 10 Bruno Fernandes respondeu com um tiraço, mas Vaná deteve (com dificuldade). Aos 11 Raphinha surgiu em ótima posição (depois do Porto não conseguir tirar a bola da sua zona defensiva) mas rematou ligeiramente ao lado… Aos 24 Marega marcou em claro fora-de-jogo (Jorge Sousa consultou o VAR e anulou). Aos 41 Herrera controlou com o ombro e cruzou bem para Soares cabecear (Coates foi batido) e abrir o ativo… Quase em cima do intervalo o Sporting voltou a explorar o lado esquerdo do seu ataque (como vinha fazendo com insistência) – Acuña tocou no meio para Bruno Fernandes que rematou forte, a bola ainda tabelou em Danilo...

Invasão verde em Guimarães

25 de Maio de 1980. Na jornada anterior, antepenúltima do Campeonato, enquanto o Sporting derrotava no Alvalade o Beira-Mar por 2-0, o FC Porto empatava na Póvoa com o Varzim. Os leões assumiam então o comando da prova devido à vantagem no confronto direto com os portistas. Quase tudo poderia jogar-se em Guimarães, última deslocação do Sporting antes da derradeira jornada no Alvalade frente ao União de Leiria (frente ao qual não era crivel que os leões desperdiçassem pontos). Desde a noite anterior ao jogo a “cidade berço” foi positivamente invadida por adeptos sportinguistas com as suas bandeiras, bonés e cachecóis. Na manhã seguinte o centro da cidade estava praticamente intransitável, tantos eram os sportinguistas presentes. No Estádio Municipal de Guimarães, com cerca de 30.000 pessoas a assistir, o Sporting (orientado por Fernando Mendes) alinhou com: Fidalgo; José Eduardo, Bastos, Menezes e Barão; Eurico; Ademar (Freire) e Fraguito (Zezinho); Manuel Fernandes (cap), Manoel e Jordão. À entrada em campo o Sporting parecia jogar em “casa”, com os calorosos aplausos da sua imensa falange protetora. Os jogadores agradeceram aos 3 setores do estádio onde estavam os seus adeptos numa tarde magnífica de sol. O jogo em si, apesar de decisivo, foi de grande qualidade. Mau grado sentir o peso da responsabilidade, o Sporting arrancou (principalmente na 1ª parte) talvez a melhor exibição da época, com um futebol vistoso, objetivo e sempre virado para a baliza adversária. A equipa leonina entrou em jogo com agressividade tomando a iniciativa e obrigando o adversário a correr atrás da bola. Jogando claramente com 3 homens na frente (Manuel Fernandes, Manoel e Jordão) o Sporting “pegou” na...

Recorde no clube – As 10 maiores goleadas do Futebol em jogos oficiais

Ao longo da sua História, o Futebol do Sporting tem averbado inúmeras goleadas. Vejamos agora quais foram as 10 maiores: CLA ÉPOCA ADV COMP C/F/N RES 1º 1970/71 Mindelense TP C 21-0 2º 1927/28 Torres Novas CP C 18-0 3º 1963/64 Apoel Nicosia TT C 16-1 4º 1941/42 Leça CN C 14-0 5º 1910/11 Lisboa FC CR F 14-0 6º 1937/38 Carcavelinhos CLig C 13-0 7º 1937/38 Marinhense CP F 13-1 8º 1939/40 V. Setúbal CN C 12-0 9º 1947/48 Lusitano VRSA CN C 12-0 10º 1940/41 V. Guimarães TP C...
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