7 de Março de 1971. A Taça de Honra da Associação de Futebol de Lisboa teve o seu período áureo na sua fase inicial, entre 1915 e 1922, fase na qual o Sporting foi o clube que mais vitórias conseguiu – 3, coincidindo com as 3 primeiras edições. Em 1947 houve uma edição esporádica (e com moldes pouco habituais – em poule) que os leões conquistaram, e a partir de 1959 a prova regressou de forma regular ao calendário associativo. Depois de vencer em 1961, 1963 e 1965, o Sporting voltou a cantar vitória. Após ter batido o Atlético CP por 3-1 na meia-final, o Sporting derrotou na partida decisiva o Belenenses, no Estádio Alvalade, por 1-0. Fernando Vaz escalou a seguinte equipa: Damas; Pedro Gomes (Laranjeira), Caló, José Carlos e Celestino; Alexandre Baptista, Gonçalves (Pedras) e Dinis; Marinho, Lourenço e Nélson. O jogo foi disputado com muita lentidão e demasiadas picardias. Muito dos jogadores presentes encararam a partida com algum desinteresse e a exibição de ambas as equipas foi muito pobre. Ainda assim, embora as equipas alinhassem num clássico 4-3-3, o do Sporting era claramente voltado para o ataque, enquanto o Belenenses procurava, antes de mais, resguardar a sua baliza. Apesar de tudo o intervalo chegou sem que se tivesse visto futebol que merecesse esse nome… Quando se esperava alguma melhoria para 2ª parte, isso não aconteceu. O futebol jogado continuou a ser muito pobre. Salvou-se o único golo da partida, que proporcionou a conquista do troféu ao Sporting, apontado por Lourenço (foto de arquivo), de recarga, já na parte final da contenda. Apesar de alguma satisfação na cabina, os...
13 de Outubro de 1991. Nesse dia e na véspera disputou-se a Taça de Honra da Associação de Futebol de Lisboa, a 11ª ganha pelo Sporting. Na 1ª partida, no Estádio da Luz, o Sporting bateu tranquilamente o Estoril-Praia por 3-0 (golos de João Luís, Yordanov e Guentchev), e no dia seguinte veio o jogo decisivo frente ao Benfica. O confronto disputou-se no Estádio José Alvalade, tendo o Sporting (sob o comando de Marinho Peres), alinhado com: Sérgio; João Luís, Luizinho, Jorginho e Marinho; Douglas; Litos (cap) (Nélson), Careca e Lima; Yordanov e Guentchev. A 1ª parte do encontro foi sensaborona, com poucos motivos de interesse. Ainda assim, avultou um poderoso remate de Marinho (à trave) e uma boa oportunidade de Yordanov – que recebeu um centro da direita e cabeceou com estilo, mas ao lado… O 2º tempo foi diferente, e paradoxalmente, a diferença começou a ficar marcada aos 52 minutos com a expulsão de Douglas por acumulação de amarelos. Apesar de ter ficado a jogar com 10 elementos a equipa sportinguista aumentou o seu domínio, e durante este período complementar criou diversas situações para marcar. Careca, Marinho, Guentchev e Yordanov estiveram então em plano de evidência, criando e desperdiçando algumas boas oportunidades. Finalmente, o único golo da partida surgiu aos 85 minutos apontado pelo internacional búlgaro Guentchev, que de costas para a baliza aplicou um magnífico remate acrobático, sem hipóteses para Silvino. O final chegaria pouco depois com a vitória do Sporting no jogo e na competição, uma prova que outrora teve grande prestígio a nível regional e mesmo nacional. Guentchev, um jogador prestigiado no seu país...
11 de Setembro de 1963. Depois dum mau início de pré-temporada com presenças muito sofríveis no Torneio de Bilbau e no Torneio “Bodas de Ouro” em Santander, o Sporting conseguiu recompor-se com a brilhante vitória na Taça de Honra da Associação de Futebol de Lisboa (a 6ª do palmarés verde e branco). É verdade que a competição, apesar de bem visível, já não tinha o prestígio de outros tempos, mas uma final ganha frente ao Benfica tinha sempre o seu significado. Assim, depois de bater o Atlético CP por 5-3 (golos de Mascarenhas3 e Bé2), os leões mediram forças com os encarnados, no Restelo. Sob o comando de Gentil Cardoso, o Sporting alinhou com: Carvalho; Lino e Hilário; Mendes, Lúcio e David Julius; Morais, Bé (a principal novidade da equipa de futebol para a nova época, vinda do Brasil), Mascarenhas, Alexandre Baptista e Géo. O Sporting entrou de forma altiva na partida, com grande personalidade, e logo aos 4 minutos, Lúcio teve uma ótima oportunidade para inaugurar o marcador na marcação dum penalty (discutível) – o tiro saiu forte (como sempre), mas à figura de Rita. O Sporting praticava um futebol mais à flor da relva, ao bom estilo brasileiro, enquanto os encarnados jogavam num estilo mais direto. A verdade é que a bola tanto estava numa como na outra baliza, o que proporcionava um espetáculo interessante. Ao fim de 23 minutos de jogo o Sporting abriu o ativo. Da extrema-direita Morais fez um longo cruzamento sobre a defesa encarnada. Germano tocou a bola de cabeça com pouca força, aproveitando Mascarenhas, sem a deixar cair no chão, para desferir...
10 de Setembro de 1961. Tinha sido em 1947 que o Sporting havia conquistado a sua última Taça de Honra da Associação de Futebol de Lisboa. Verdade se diga que pouquíssimas vezes a competição se voltou a realizar, mas dando seguimento a um início de época muito favorável, o Sporting voltou a conquistar o torneio, 14 anos depois. O 1º jogo da competição realizou-se a 31 de Agosto, frente ao Belenenses. Com o golo solitário do “miúdo” Serranito (por essa altura uma grande esperança do futebol leonino), o Sporting foi apurado para a final a disputar com o Benfica. O encontro decisivo disputou-se no Jamor nesse 10 de Setembro de 1961, tendo o Sporting (sob o comando de Otto Glória) alinhado com: Carvalho; Lino e Hilário; Péridis, Morato e Lúcio; Hugo, Serranito, Figueiredo, Géo e Morais. Ainda não havia 1 minuto de jogo quando, sobre o centro do terreno, Géo recebeu um passe, e apesar de estar muito longe da baliza procurou “ser feliz”. O remate saiu forte e certeiro, mesmo ao ângulo superior direito da baliza encarnada, e Costa Pereira nada pôde fazer… Um golão. O intervalo chegou com 1-0 para o Sporting, resultado lógico face ao desenrolar da partida. Os leões entraram para a 2ª parte mantendo o domínio de jogo, e aos 73 minutos, após receber mais um passe curto, agora ligeiramente descaído para a direita, Géo correu de forma fulgurante e aplicou um “missíl” rasteiro e letal, aumentando a contagem. A 6 minutos do fim, o jovem Serranito obteve o justo prémio pela sua prometedora atuação ao marcar o último golo da partida, após receber...
9 de Setembro de 1990. Nesse dia o Sporting conquistou o seu 1º troféu da temporada ao vencer a Taça de Honra da AFL, batendo o Benfica no Estádio da Luz. A equipa de Marinho Peres estava motivada com as vitórias nos 3 primeiros jogos do Campeonato Nacional e não perdeu o ensejo de conquistar uma Taça que em tempos fôra muito prestigiada, e que se procurava recuperar. No 1º jogo, no dia anterior, os leões bateram no Alvalade o Belenenses por 2-0 com golos de Gomes (a fazer um início de época arrasador) e Lima. A final disputou-se no Estádio da Luz perante 25.000 pessoas (o que honrou muito a competição) tendo o Sporting alinhado com: Ivkovic (cap); João Luiz, Miguel, Luizinho e Leal; Bozinowski; Carlos Xavier, Douglas e Careca – Figo 88; Gomes e Lima. Perante um Benfica na sua máxima força, o único golo dos pupilos de Marinho Peres e da partida surgiu aos 22 minutos por Careca (que chegado algumas semanas antes fôra apelidado pelo presidente Sousa Cintra como o “novo Eusébio”). Carlos Xavier marcou um pontapé de canto da esquerda, houve um desvio de Neno (que não conseguiu segurar) e Careca surgiu muito bem ao 2º a concluir na insistência. O Sporting fez um boa partida, sobretudo na 1ª parte, na qual jogou deliberadamente ao ataque, procurando o golo. No 2º tempo a equipa mudou de sistema, optando pelo contra-ataque, mas os pupilos de Eriksson nunca conseguiram romper uma defesa sportinguista muito “senhora de si”. Ivkovic, com grande segurança, terá sido mesmo a principal figura da equipa verde e branca, tendo no final passeado o...
5 de Setembro de 1965. Começou bem a época para o Futebol do Sporting com a conquista (pela 7ª vez) da Taça de Honra da Associação de Futebol de Lisboa. Depois de bater o Torreense por 2-1 (golos de Osvaldo Silva e Rudolfo Seminário), os leões defrontaram na final o Benfica. A partida disputou-se no Estádio do Restelo, tendo os leões alinhado com: Carvalho; Lino, Alfredo, Dani e Hilário; Ferreira Pinto e Peres; Osvaldo Silva, Carlitos, Lourenço e Oliveira Duarte. Este jogo teve a curiosidade de fazer defrontarem-se pela 1ª vez os irmãos José Ferreira Pinto (pelo Benfica) e Fernando Ferreira Pinto (pelo Sporting). Os leões levaram a partida mais a sério fazendo alinhar, ao contrário do seu rival, uma equipa muito próxima daquela que se calcularia ser a base da temporada. Durante todo o 1º tempo o Sporting pareceu acusar muito a responsabilidade de ter a “obrigação” de ganhar perante uma equipa desfalcada, e às poucas jogadas de perigo que criou faltou convicção na hora do remate. Os leões até estavam a favor do vento, mas afunilaram muito o jogo criando dificuldades a eles próprios, ainda por cima com o abuso do passe comprido. Aos 37 minutos surgiu um aspeto importante da partida, com uma carga violenta de Alfredo sobre Nélson que o impossibilitou e fez o Benfica jogar o tempo restante apenas com 10 homens. Ainda assim, foi no último fôlego da 1ª parte que as águias inauguraram o marcador. A centro de Ferreira Pinto, Pedras elevou-se completamente à vontade, fazendo o golo. A surpresa não durou muito tempo, pois na 2ª parte o Sporting melhorou muito...
21 de Julho de 2013. Nessa noite o Sporting conquistou a sua 12ª Taça de Honra da AFL em futebol ao derrotar o Estoril na marcação de grandes penalidades. A partida realizou-se no terreno do adversário – António Coimbra da Mota, e o Sporting apresentou-se com a seguinte equipa: Victor Golas; Ricardo Esgaio, Samba, Nuno Reis e Mica; Hugo Sousa, Kikas e João Mário; Viola, Betinho e Iuri Medeiros. Jogaram ainda: Luka Stojanovic, Fokobo, Wilson Manafá, Yan Zihao, Pranjic e Mickael Meira. Betinho (2 e 78 minutos) e Iuri Medeiros (83) foram os autores dos tentos leoninos, enquanto Rúben Fernandes (27), Carlitos (33) e Sebá (56) marcaram para os estorilistas, num jogo a alta rotação, com golos, emoção e algumas “escaramuças” entre jogadores. Tal como na véspera, diante do Benfica, a formação de Alvalade surgiu com um “onze” recheado de juventude e com algumas alterações operadas por Abel Ferreira (o treinador da equipa B orientou o conjunto), entre as quais a titularidade de Betinho. Seria mesmo o jovem normalmente utilizado pela equipa B leonina a abrir as hostilidades, logo aos 2 minutos, recebendo um passe de Mica e isolando-se perante o guardião Vagner, que foi impotente para travar as intenções do avançado. A formação da Linha reagiu muito bem e voltou a deixar excelentes indicações, apresentando um futebol fluido e rápido, nomeadamente através dos extremos Carlitos e João Pedro Galvão. Por isso a reviravolta no marcador acabaria por acontecer de forma natural, com Rúben Fernandes primeiro, e Carlitos depois, a corresponderem da melhor forma a dois lances de bola parada. Com um maior “andamento” que o adversário, fruto da sua maior experiência...
20 de Julho de 2014. O Estádio do Restelo teve mais de 10.000 pessoas para assistir ao jogo decisivo da Taça de Honra da AFL, prova reabilitada no ano anterior e que esta época teve mais uma edição. Depois de ter batido 2 dias antes o Belenenses por 2-1 com golos de Wilson Eduardo e André Martins, o Sporting encontrou na final o Benfica. Marco Silva fez alinhar a seguinte equipa: Marcelo Boeck; Cédric, Maurício, Eric Dier e Jefferson; Oriol Rosell, André Martins – João Mário 46 e Adrien – Slavchev 74; André Carrillo – Heldon 74, Fredy Montero – Tanaka 65 e Diego Capel – Carlos Mané 65. Aos 7 minutos o Sporting deu o 1º sinal com um remate de longe de André Martins para defesa apertada de Artur. Aos 13 Capel fugiu pela esquerda e cruzou para Montero, que recebeu na marca de penalty e rematou à meia-volta, ligeiramente ao lado. Aos 41 Jefferson cruzou largo, Montero tocou de peito para o remate torto de Rosell, mas Carrillo apareceu ao 2º poste a encostar, e acertou no poste! Logo a seguir, Carrillo fugiu pela direita, entrou na área e cruzou para a boca da baliza onde apareceu André Martins a concluir – A bola ainda tocou em Artur – estava feito o golo! O intervalo chegou com a vantagem natural do Sporting pois foram os leões a rematar mais e a criar as principais jogadas de perigo. Na entrada para a 2ª parte a única alteração da equipa verde e branca foi a saída de André Martins para entrar João Mário – e que bela prestação...
4 de Junho de 1916. Depois de vencer as primeiras edições da Taça de Honra e da Taça Amadora em finais frente ao Benfica, verdes e vermelhos voltaram neste dia ao despique para a disputa de mais um troféu – a 2ª Taça de Honra da Associação de Futebol de Lisboa. Para tal os leões bateram o Império por 5-0 na meia-final, e menos de 1 mês depois do último desafio, voltavam a ter o ensejo de “depenar as águias”. O jogo teve lugar no Stadium de Lisboa, propriedade de José Alvalade. A direção da AFL procurou dar-lhe ambiente de jornada grandiosa, espetacular, magnífica. Para isso convidou o Chefe de Estado, representantes do ministro do interior e do governador civil, e os ministros de Inglaterra, Argentina, Brasil e Espanha, solicitando, também, ao Carcavelos que convencesse o seu mítico jogador Henry Frood a arbitrar a partida. Na assistência esteve presente a “nata” da sociedade lisboeta, registando-se a afluência de muitas senhoras. O Sporting alinhou com: Paiva Simões; Amadeu Cruz e Jorge Vieira; Raúl Barros, Artur José Pereira e Boaventura da Silva; Marcelino, Jaime Gonçalves, Francisco Stromp, Perdigão e Armour. O pontapé de saída foi dado pela “encantadora menina” Dorothea Carnegie, filha do ministro da Inglaterra. A partida começou com um vento tremendo, favorável ao Sporting, que conseguiu adiantar-se no marcador com um golo do jovem Jaime Gonçalves – foto de arquivo (seria o único remate certeiro da partida). Segundo o periódico “Sport Lisboa”: “No 2º tempo foi o bom e o bonito… Apanhando-se em vantagem, os leões procuraram defender o resultado com o recurso ao lançamento das bolas para fora, o chamado...
30 de Maio de 1915. Neste dia, pouco mais de 2 meses depois de se ter sagrado Campeão Regional pela 1ª vez, nova grande e significativa vitória leonina, agora na 1ª Taça de Honra da Associação de Futebol de Lisboa. O Presidente da República e vários ministros marcaram presença numa partida que era encarada pelos benfiquistas como uma desforra onde não poderiam falhar (isto depois dos leões terem batido o Lisboa FC por 4-0 na meia-final). No Stadium de Lisboa, sob a arbitragem do mítico jogador do Carcavelos Henry Frood, e com uma numerosíssima assistência, o Sporting alinhou com: Jorge Morice; Amadeu Cruz e Jorge Vieira; Raúl Barros, Artur José Pereira e Boaventura da Silva; António Stromp, António Rosa Rodrigues, Francisco Stromp (cap), Jaime Gonçalves e Armour. Segundo a imprensa da época o jogo não teve grande beleza, mas muita energia e coragem de parte a parte. Assistiu-se a várias jogadas de belo efeito que falharam quase sempre no momento final de atirar à baliza. Aos 28 minutos os leões inauguraram o marcador por Francisco Stromp, com um pontapé magistral após combinação com o seu irmão António. O Sporting, animado, ainda procurou aumentar a vantagem, mas antes do intervalo foi Jorge Morice, com uma excelente defesa, a negar o empate. No 2º período continuou o Sporting a ser dominador, mas o Benfica de quando em vez respondia perante a atenção do guardião leonino. A certa altura Alberto Rio conseguiu o empate, e poucas vezes se havia assistido nos campos de Lisboa a semelhantes manifestações de júbilo. O Sporting sentiu o tento adversário e vacilou um pouco, mas rapidamente se restabeleceu, acabando por...