Exibição magnífica em Southampton

21 de Outubro de 1981. Depois de “despachar” copiosamente os luxemburgueses do Red Boys (com 4-0 e 7-0), saiu ao Sporting a “fava” no sorteio para os 1/16 final da Taça UEFA, agendando um confronto face aos ingleses do Southampton do famosíssimo avançado Kevin Keegan. A equipa leonina não se atemorizou (com Allison isso era impossível!) e partiu para Inglaterra (onde nunca nenhuma equipa lusa tinha ganho) na firme disposição de trazer para Lisboa um bom resultado. Na verdade, foi grande a exibição do Sporting nessa partida, tendo alinhado com: Meszaros; Carlos Xavier, Zezinho (Barão), Eurico e Inácio; Ademar; Nogueira (Virgílio), Oliveira e Freire; Manuel Fernandes (cap) e Jordão. O Sporting entrou no jogo de forma fantástica, inaugurando o marcador logo aos 2 minutos. Numa jogada rápida de contra-ataque, Freire desmarcou Oliveira que surgiu livre de marcação pela direita e progrediu até à esquina da área de onde cruzou a meia altura para Jordão surgir como uma seta a cabecear contra a relva enganando o guardião contrário. Aos 21 minutos, em nova jogada de contra-ataque, o Sporting voltou a marcar. Oliveira centrou para a entrada da área onde Manuel Fernandes tocou de cabeça para Freire, que entrou na área com perigo sendo desarmado com precipitação por Holmes – acabando por introduzir a bola na sua própria baliza. A 3 minutos do intervalo mais boquiabertos ficaram os apaniguados locais com o 3-0. De novo Oliveira (exibição fantástica) tocou para Manuel Fernandes, que entrou isolado na área, depois perdeu terreno, fintou 2 defesas, correu para o guarda-redes, a bola ressaltou nos pés deste e depois tocou de calcanhar para o fundo...

Em Amesterdão, um dos grandes triunfos nas Competições Europeias

5 de Outubro de 1988. Nesse dia os leões conseguiram uma vitória histórica em Amesterdão no velhinho Estádio De Meer em partida a contar para a 2ª mão dos 1/32 final da Taça UEFA. Sob a orientação do uruguaio Pedro Rocha, e em relação à partida da 1ª mão (que o Sporting venceu por 4-2), entraram na equipa Damas, Douglas (um trinco de grande categoria que tardava em firmar-se na 1ª equipa leonina – fazia aqui a estreia oficial) e Carlos Xavier, para os lugares de Rodolfo Rodriguez, Carlos Manuel e Paulinho Cascavel. A equipa: Damas; João Luiz, Venâncio, Morato e Fernando Mendes; Oceano e Douglas (Rui Maside 50); Carlos Xavier, Silas e Litos; Forbs. O Sporting fez uma exibição de grande esforço, mas com golos de classe obtidos por Silas aos 21 minutos, que descaído pela direita na sequência dum contra-ataque fez um magnífico chapéu a Menzo – obtendo um golo fantástico, e por Rui Maside, que a 5 minutos do fim recebeu uma solicitação longa de Damas e correu mais que os defesas contrários, isolando-se e rematando para o melhor sítio. O golo da equipa da casa surgiu aos 81 minutos por Verkuyl, na ressaca a um livre de Rob Witschge. Oceano, Silas e Forbes constituiram a matriz da equipa leonina, que se por um lado soube sofrer quando foi preciso, por outro podia ter obtido um resultado mais dilatado se tivesse concretizado mais alguns dos seus perigosíssimos contra-ataques. O brasileiro Paulo Silas confirmava em cada jogo a sua enorme capacidade: “O meu golo foi um momento extraordinário numa jogada de puro contra-ataque. Quando vi que estava...

Apuramento dramático frente ao Sevilha

28 de Setembro de 1983. Cerca de 5.000 sportinguistas estiveram em Sevilha (15 dias antes) na partida nos 1/32 final da Taça UEFA, uma das maiores deslocações de sempre de leões ao estrangeiro. Depois duma 1ª parte sofrível e de ter chegado ao intervalo a perder pela margem mínima, o Sporting arrancou para um ótimo 2º período onde conseguiu chegar a um precioso empate a uma bola com um golo de Manuel Fernandes após excelente jogada de Jordão. Entre um jogo e outro Paulo Futre foi chamado por Fernando Cabrita à Seleção Nacional, tornando-se o mais jovem futebolista português a merecer tal honra (5-0 à Finlândia nas eliminatórias para o Europeu de 84 em França). Nesse 28 de Setembro foi dramática a partida da 2ª mão. A equipa escalada por Jozef Venglos: Katzirz; Gabriel, Virgílio, Zezinho e Mário Jorge; Kostov (Futre); Lito, Oliveira e Romeu; Manuel Fernandes (cap) e Jordão (Fernando Cruz – que se estreou oficialmente de verde e branco). O Sevilha mostrou-se muito sereno desde o início, claramente mais vocacionado para jogar em contra-ataque, o que intranquilizou claramente os sportinguistas, que tardaram muito em encontrar-se. Oliveira dum lado e Pintinho do outro davam as “pinceladas” de melhor qualidade na partida. Os espanhós marcaram primeiro “gelando” Alvalade, aos 27 minutos, após um passe magnífico de António Alvarez a rasgar a defensiva leonina para Montero que bateu bem Katzirz à saída deste. Valeu 5 minutos depois um golo a meias entre Kostov e o guardião Buyo para restabelecer a igualdade, no jogo e na eliminatória. O búlgaro centrou e o guarda-redes espanhol, pressionado por Manuel Fernandes, acabou por dar...

Noite emocionante em Lisboa frente ao Real Madrid

27 de Setembro de 1994. Nessa noite o Sporting recebeu o Real Madrid em jogo da 2ª mão dos 1/32 avos final da Taça UEFA. A equipa leonina prometia muito. Carlos Queiroz mantinha-se no comando técnico depois de ter chegado muito perto do título na época anterior. As aquisições foram valorososas. Destaque-se as dos centrais Marco Aurélio e Naybet e as dos centrocampistas Oceano, Carlos Xavier, Sá Pinto e Amunike. O jovem Dani, com “carradas” de talento, prometia poder vir a ser uma figura de 1ª grandeza no futebol mundial. O Campeonato começou bem, com vitórias, mas o sorteio não foi favorável para a 1ª eliminatória da Taça UEFA, colocando os leões perante o Real Madrid. O Sporting fez uma grande exibição em Madrid. Só nos primeiros 10 minutos os sportinguistas não estiveram bem, mas depois realizaram uma prestação de grande categoria, pelo que o 0-1 final se afigurou como doloroso e pouco de acordo com o desenrolar dos acontecimentos. Na partida da 2ª mão houve uma noite de grande intensidade em Alvalade com um ambiente magnífico num estádio cheio de adeptos crentes numa noite mágica dos leões. A equipa: Lemajic; Nélson, Valckx, Marco Aurélio e Paulo Torres; Oceano (cap) (Cadete) e Peixe; Figo, Sá Pinto (Carlos Xavier) e Balakov; Juskowiak. O Sporting entrou na partida da melhor maneira possível, inaugurando o marcador logo aos 2 minutos na sequência dum canto marcado por Balakov e onde, após alguns ressaltos, Sá Pinto fez o golo. Foi o delírio, e eliminatória estava igualada. 2 minutos depois Juskowiak, completamente isolado, optou pelo remate em força, mas fê-lo na direção do guardião madrilista...

Bom triunfo sobre o Auxerre

19 de Setembro de 1984. Nesse dia o Sporting iniciou a temporada na “Europa do Futebol” com uma receção ao Auxerre em jogo a contar para os 1/32 final da Taça UEFA. A época começara bem com 3 triunfos consecutivos nos 3 primeiros jogos do Campeonato. O novo treinador, John Toshack, conseguia pôr a equipa a jogar um futebol ofensivo, agradável à vista. A equipa: Damas; Carlos Xavier, Venâncio, Oceano e Mário Jorge; Virgílio; Lito, Jaime Pacheco e Sousa (Litos 71); Manuel Fernandes e Jordão (Eldon 68). Na altura o “fator casa” tinha mais importância do que nos nossos dias. Um resultado aquém dos 2 golos de diferença era sempre considerado curto nas eliminatórias europeias, e o Sporting lançou-se na ofensiva desde o início. Apesar de tudo não se conseguiu fazer golos na 1ª parte. O 2º período começou muito bem, com Manuel Fernandes a fazer o 1º golo aos 54 minutos. Os leões continuaram a porfiar e, a 10 minutos do fim Jaime Pacheco estreou-se marcar de verde e branco fazendo o 2-0 que seria o resultado final e trazia alguma tranquilidade para a deslocação a França. Diga-se que esse foi o jogo nº 98 e a 41ª vitória do Sporting nas competições da UEFA. 15 dias depois as coisas estiveram tremidas pois os locais conseguiram igualar a eliminatória. No entanto, no prolongamento, Oceano e Litos empataram a partida (ambos marcaram pela 1ª vez pelo Sporting) e fizeram os leões seguir em frente. Foto: Os capitães Manuel Fernandes e o polaco Szarmach nas saudações habituais antes do início do...

4-2 ao Ajax numa bela noite europeia no Alvalade

7 de Setembro de 1988. O Sporting iniciou da melhor maneira a sua campanha europeia (Taça UEFA). Para “início de conversa” nada melhor que um “gigante” do futebol europeu – o Ajax de Amesterdão. A 1ª mão disputou-se no Alvalade. Sob o comando do uruguaio Pedro Rocha, a equipa: Rodolfo Rodríguez; João Luís, Venâncio, Morato (cap) e Fernando Mendes; Oceano; Silas, Carlos Manuel e Litos; Forbes (Carlos Xavier) e Paulinho Cascavel (Rui Maside). Viviam-se os primeiros tempos do novo presidente Jorge Gonçalves e o Sporting passava por uma nova era. No Alvalade, perante um estádio quase cheio, houve festival de luz e som antes da partida se iniciar. O jogo começou frenético, com ambas as equipas a tentar o golo, mas foi o Sporting, logo aos 6 minutos a abrir a contagem. Fernando Mendes pressionou a defensiva contrária e gerou um ressalto, depois foi Oceano a pressionar e a ganhar a bola. O polivalente médio leonino tocou para Silas que lhe devolveu o esférico. Poderosíssimo, Oceano rompeu pela defensiva holandesa e rematou a meia altura, colocadíssimo. A bola ainda tocou no poste antes de entrar na baliza de Menzo. Alvalade “ferveu”, mas um grande “encharcado de água fria” viria aos 18 minutos. Bergkamp jogou muito bem pela direita, passou Carlos Manuel e centrou para perto da baliza. Rodriguez ficou “a olhar” em vez de sair e Petterson, sem marcação, cabeceou para o fundo das redes. Durou pouco o silêncio em Alvalade, pois 2 minutos se passaram até, em oposição a uma iniciativa de Forbs, Verlaat cortar para canto e surpreendentemente o árbitro marcar penalty. Encarregado de marcar Paulinho Cascavel atirou...

Emoção para lá dos limites em Alkmaar

5 de Maio de 2005. Todas as esperanças eram legítimas para a partida na Holanda frente ao AZ Alkmaar para a 2ª mão das meias-finais da Taça UEFA (201º jogo dos leões nas Competições Europeias), até porque o Sporting, na maioria das vezes, jogara melhor fora que em casa durante a competição. Em Alvalade, o Sporting (de José Peseiro) triunfara por 2-1, resultado muito curto para uma bela exibição coroada com golos de Douala e Pinilla. Num estádio pequeno e com mau piso, que estranhamente foi aprovado pela UEFA, e com uma arbitragem inacreditável do dinamarquês Claus Bo Larsen, o Sporting alinhou com: Ricardo; Miguel Garcia, Beto, Anderson Polga e Rui Jorge (Niculae 110); Custódio; João Moutinho, Rochemback (Pedro Barbosa 86) e Douala (Rodrigo Tello 75); Sá Pinto e Liedson. O Sporting poderia e deveria ter conseguido o “passaporte” para a final com alguma facilidade. No entanto as coisas começaram a complicar-se quando Perez fez o 1-0 logo aos 5 minutos de jogo. O Sporting não demorou a responder, tomou conta do jogo, e Liedson fez o empate em “cima do intervalo”. Na 2ª parte o Sporting deu sempre a sensação de que se acelerasse um pouco resolveria as coisas a seu favor, mas um certo “deixar correr o marfim” saiu caro, pois Huysegems fez o 2-1 aos 78 minutos. Houve pois que recorrer a prolongamento (sob chuva forte), e aí Jaliens apontou o 3-1 aos 108 minutos. O sonho de chegar à final de Alvalade parecia desmoronar-se para os sportinguistas, mas a equipa não desistiu, e já nos descontos, na sequência dum canto marcado por Rodrigo Tello, Miguel...

No jogo 200 na Europa, final da UEFA mais perto com triunfo sobre o AZ Alkmaar

28 de Abril de 2005. Jogo 200 do Sporting nas Competições Europeias de futebol. Na meia-final da Taça UEFA foi difícil o confronto frente aos holandeses do AZ Alkmaar, a grande surpresa da prova. Em Alvalade o Sporting venceu por 2-1 perante uma equipa (orientada por Co Adriaanse – que anos mais tarde seria campeão em Portugal no Porto) que jogou os 90 minutos muito fechada atrás. Por outro lado, numa temporada verdadeiramente desgastante, os leões apresentavam alguma fadiga, compensada por um entusiasmo assinalável. Foram os visitantes os primeiros a marcar, aos 36 minutos por Landzaat, mas a equipa de José Peseiro empatou logo a seguir por Douala. Depois de muito porfiar os leões chegaram ao 2-1, a 11 minutos do fim, com um golo espetacular do chileno Maurício Pinilla, que “carimbou” a 86ª vitória dos leões nas provas da UEFA. Em cima do final da partida um tabela perfeita entre Pinilla e Liedson colocou o chileno em posição privilegiadíssima para marcar mas o remate não saiu da melhor forma… O Sporting jogou com: Ricardo; Rogério (Pinilla 69), Enakarhire, Anderson Polga e Rui Jorge; Custódio; Pedro Barbosa (João Moutinho 46), Rochemback (Hugo Viana 60) e Douala; Sá Pinto e Liedson. A final de Alvalade estava mais perto!...

Recuperação fantástica frente ao Newcastle

14 de Abril de 2005. O Sporting chegara aos quartos-de-final da Taça UEFA, onde teve pela frente, de novo, a turma do Newcastle, a quem já vencera esta época no torneio de pré-temporada disputado na cidade inglesa e com quem empatara “fora” na fase de grupos. O 1º jogo, disputado em Inglaterra, saldou-se por uma derrota “cruel” por 1-0, numa partida em que o Sporting até merecia ganhar pelo futebol produzido. Jogar em casa na 2ª mão com 0-1 na eliminatória é sempre muito perigoso (ainda por cima sem o goleador Liedson, castigado), e pior se tornou o cenário quando, logo aos 19 minutos, e totalmente contra a corrente do jogo, os ingleses se colocaram a vencer no Alvalade. O que se passou depois não estaria, com toda a certeza, nas previsões de muitos. O Sporting arrancou para uma exibição fantástica (uma das melhores do seu historial europeu) e conseguiu triunfar por um claro 4-1, que levou a equipa às meias-finais. Niculae fez, aos 40 minutos, o 1-1 (o seu último golo de verde e branco) – para o romeno foi o maior momento de glória duma época em que teve um rendimento muito baixo. O intervalo chegou com o empate, mas na 2ª parte, sem nunca entrar em desespero, a turma leonina fez uns últimos minutos fantásticos, marcando por Sá Pinto aos 70, Beto aos 77 (foto – uma cabeçada na sequência dum canto que virou a eliminatória) e Rochemback aos 90. A turma leonina, orientada por José Peseiro, alinhou com: Ricardo; Rogério, Beto, Anderson Polga e Rui Jorge; Rochemback; Sá Pinto (Custódio), João Moutinho e Carlos Martins...
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