Nasceu a 13 de Março de 1934 em Belo Horizonte – Brasil. Começou a jogar futebol no Pompeia FC. O treinador Yustrich descobriu-o depois no América trazendo-o para Portugal para jogar no FC Porto, em 1957. Num período muito conturbado pelas Antas (onde ainda assim foi campeão nacional e venceu uma Taça de Portugal) acabou por ser dispensado para o Leixões onde foi a figura principal da maior proeza da História do clube matosinhense, ao apontar o golo solitário que derrotou o FC Porto nas Antas na final da Taça de Portugal de 1962. No final dessa mesma temporada veio para o Sporting por 200 contos, e com um ordenado de 4 contos. Estreou-se oficialmente (sob o comando de Juca) a 19 de Setembro de 1962, em Shelbourne, para a Taça dos Campeões Europeus, partida que o Sporting venceu por 2-0. 4 dias depois fez o seu 1º golo num Sporting-Oliveirense para a Taça de Portugal (4-1). Nessa sua 1ª época no Sporting o brasileiro (jogando a interior-direito) foi, a par de Morais, o mais utilizado da equipa (41 jogos) e conseguiu um número significativo de 21 golos, ganhando a Taça de Portugal, mas seria na temporada seguinte que “explodiria” definitivamente em Alvalade. O seu futebol imprevisível feito de passes rasgados, técnica sublime e muita certeza na hora de atirar ao golo conquistou definitivamente os apaniguados sportinguistas. Foi ele a principal figura da equipa na conquista da Taça das Taças onde espantou a Europa com a categoria mostrada em confrontos, por exemplo, face ao Manchester United (marcou 3 golos na célebre vitória por 5-0) ou com o Olympique de...
Nasceu a 11 de Março de 1953 em Tirgu Mures – Transilvânia – Roménia. Depois de longos anos no clube da sua terra chegou ao Steaua de Bucareste onde se afirmou como um dos melhores futebolistas romenos de sempre e ganhou tudo o que havia para ganhar, acumulando 108 presenças e 25 golos na Seleção. Como treinador começou no Nancy onde andou pelas 1ª e 2ª divisões francesas. Em 2000 chegou a selecionador romeno e de lá saiu para o Sporting, que pretendia apostar num treinador de grande experiência com jovens pois a Academia Sporting estava a ponto de ser inaugurada. Assinou contrato com os leões a 18 de Junho de 2001. Na pré-temporada lançou Hugo Viana, Ricardo Quaresma e Cristiano Ronaldo (não se viria a estrear nos seniores esse ano) na equipa e pediu a contratação do compatriota Niculae. A época oficial começou com uma vitória frente ao FC Porto, mas perdeu os 2 jogos seguintes. Quando alguma contestação já se fazia sentir chegou Jardel e tudo mudou. Os sportinguistas embalaram para uma época fantástica a nível interno na qual conquistaram o Campeonato Nacional e a Taça de Portugal, deixando a Taça UEFA nos oitavos-de-final apesar de boas exibições frente ao AC Milan. No final da temporada lançou o livro “O Bloco de notas de Laszlo Bölöni”, um documento muito interessante que deu a conhecer a todos o que escrevia afinal o romeno no livrinho que sempre o acompanhava nos jogos e treinos, Com duas vitórias e um empate nos primeiros 3 jogos da época seguinte (e vitória na Supertaça pelo meio que o tornou o 1º treinador...
José Eduardo Malheiro Sampaio nasceu a 3 de Março de 1955 em Seixas do Minho – Caminha. Com 14 anos já fazia Atletismo no Sporting, mas foi no Domingos Sávio que começou a jogar futebol, passando depois por Atlético CP, Portimonense e Famalicão, antes de alinhar de verde e branco. A sua chegada a Alvalade (no Verão de 1979) criou algum “frisson”, pois, na temporada anterior, num choque entre si e Jordão, o magnífico atacante sportinguista contraíra uma gravíssima lesão. Estreou-se oficialmente, pela mão do técnico Rodrigues Dias, a 9 de Setembro de 1979 num Marítimo-Sporting (0-3). Nessa 1ª temporada não começou por jogar muito assiduamente, fazendo-o mais a partir da saída do outro lateral-direito, Artur, para os EUA (já com o treinador Fernando Mendes). No final da época sagrou-se campeão (alinhou em 14 jogos). Sem nunca ser um titular indiscutível sempre constituiu uma boa alternativa, ajudando a conquistar em 1982 a “dobradinha” (aí com Allison). 1982/83 foi a sua última temporada em Alvalade onde ganhou mais uma Supertaça. Jogou pela última vez em Braga (derrota por 3-0) a 20 de Março de 1983. Totalizou 4 épocas e 50 jogos (sem golos marcados) pela equipa principal do Sporting, pela qual ganhou 2 Campeonatos Nacionais, uma Taça de Portugal e outra Supertaça. Após a sua saída do clube representou o Penafiel, onde viria a terminar a carreira de futebolista. Mais tarde foi um dos pioneiros do Futsal no nosso país, do qual foi selecionador, tendo conquistado um Campeonato Europeu e o 4º lugar no Campeonato do Mundo. Em 1991, como treinador do Sporting, venceu a Taça Nacional de Futebol de...
Nasceu a 2 de Março de 1901 em Budapeste – Hungria. Foi um extremo-esquerdo de grande categoria no seu país (no Kispest AC e MTK de Budapeste), chegando à internacionalização por 20 vezes (esteve presente nos Jogos Olímpicos de 1924). À beira dos 30 anos decidiu vir para a Península Ibérica, assumindo o posto de jogador-treinador no Atlético de Madrid. No início da temporada 1932/33 o Presidente do Sporting, Joaquim de Oliveira Duarte, achou por bem promover uma “revolução” no futebol do clube, e após o técnico Arthur John ter começado a temporada (nos amigáveis de início de época), decidiu substituí-lo por Rudolf Jeny, o que valeu elevados custos financeiros – ao que se disse, por esse motivo, o futebol do Sporting deu 13 contos de prejuízo nessa temporada. Nessa 1ª época o jogador-treinador Jeny foi apenas treinador pois não chegou a alinhar em nenhuma partida oficial do clube. No Regional os leões ficaram no 3º lugar e no Campeonato de Portugal chegaram à final (1-3 com o Belenenses). Antes desta partida Jeny avisou a Direcção que nunca a jogaria pois considerava indigno que um estrangeiro alinhasse na final do Campeonato de um país que não é o seu! A verdade é que as bases estavam lançadas e 1933/34 foi uma época gloriosa para o Sporting que arrebatou o Campeonato de Portugal (pela 2ª vez) e o Campeonato Regional de Lisboa (8º título). Rudolf Jeny manteve-se no comando técnico da equipa mas desta vez também jogou (como extremo-esquerdo). Estreou-se no 1º jogo da temporada (e logo com 1 golo) a 21 de Janeiro de 1934 frente ao Bom Sucesso...
Carlos Manuel Brito Leal Queiroz nasceu em Nampula – Moçambique a 1 de Março de 1953. Chegou a ser guarda-redes de futebol mas depois apostou tudo na formação académica no ISEF. Mais tarde chegou à Federação Portuguesa de Futebol onde se sagrou Campeão do Mundo (como treinador) de sub-20 em 1989 e 1991. Como consequência natural chegou à Seleção principal onde falhou a qualificação para o Mundial de 1994. Com uma equipa recheada de jovens, vários deles campeões mundiais com Queiroz, Sousa Cintra tinha o sonho de o contratar. Com a eliminação europeia (estranhíssima) aos pés do Casino Salzburgo em Dezembro de 1993, o então presidente do Sporting achou que era chegada a altura. Queiroz orientou pela 1ª vez a equipa leonina a 13 de Dezembro de 1993 com um triunfo sobre o Beira Mar (1-0, golo de Cadete). Nessa mesma semana deu-se o fatídico acidente de Cherbakov, a estrutura abalou, mas conseguiu chegar quase ao fim do Campeonato da luta pelo título, que falhou com o terrível 3-6 de Alvalade frente ao Benfica. Entretanto apostou em jovens como Poejo ou Porfírio, reabilitou Vujacic e votou Jorge Cadete ao ostracismo…. Na final da Taça de Portugal foi derrotado na finalíssima frente ao FC Porto (que já era de Robson…). Para 1994/95 partiu com todas as ambições. Os melhores jogadores da temporada anterior (com exceção de Paulo Sousa) permaneceram e o conjunto foi reforçado com futebolistas da estirpe de Marco Aurélio, Oceano, Carlos Xavier, Sá Pinto e Amunike! O Sporting tinha uma grande equipa mas o Campeonato falhou porque o FC Porto fez uma prova quase sem mácula. A carreira leonina...
António José Parreira do Livramento nasceu a 28 de Fevereiro de 1943 em São Mansos. Começou por jogar futebol, mas a certa altura um técnico do Futebol Benfica (Torcato Ferreira) achou que o miúdo teria muito mais talento para o hóquei em patins e após muita insistência lá o conseguiu levar a alguns treinos. Em 1959 o Benfica conseguiu contratá-lo e logo chegou à selecão nacional de juniores. A sua ascenção foi meteórica, e começaram a surgiu inúmeros títulos com a “equipa das quinas”, que no final da sua carreira foram 3 mundiais e 7 europeus em 209 internacionalizações com 425 golos marcados. As grandes exibições levaram-no a sair do Benfica para Itália – para jogar no Hóquei Candi Monza (foi o 2º português a sair do país depois de Solipa), mas depois regressou ao clube das águias. Era genial e talentoso mas paradoxalmente também tinha uma alta dose de superstição. Quando um jogo lhe corria bem equipava-se da mesma maneira na partida seguinte tentando dar os mesmos passos. Em 1976 ingressou no clube do Banco Pinto e Sotto Mayor, onde era funcionário, chegando a campeão da 2ª Divisão. Só em 1976, e muito por influência de Chana, chegou finalmente ao clube do seu coração – o Sporting, onde era o artista de uma equipa de sonho que ganhou tudo, com destaque para a Taça dos Campeões Europeus (um título que faltava no currículo do jogador e do clube). Só que a formação leonina durou pouco tempo, pois Livramento rumou depois ao Amatori Lodi – de Itália, terminando a carreira, de novo no Sporting, em 1980. Após o abandono dos...
Carlos Eduardo da Silva Pereira nasceu a 23 de Fevereiro de 1949 em Lisboa. Chegou ao Sporting com apenas 13 anos e Travassos foi o seu 1º treinador lançando-o como defesa-esquerdo, posto que ocupou em toda a sua carreira de futebolista. Após várias temporadas nas reservas estreou-se oficialmente pela equipa principal (com o técnico Ronnie Alen) logo no 1º jogo da temporada 1972/73 (10 de Setembro), nas Antas, para o Campeonato Nacional (vitória por 1-0). Fez quase toda a época como titular (Hilário estava na sua última época e pouco jogou), contribuindo para o triunfo na Taça de Portugal. Na época seguinte, sob o comando de Mário Lino (e Osvaldo Silva na final da Taça de Portugal), os leões tiveram uma prestação magnífica conquistando a “dobradinha”. Carlos Pereira esteve de novo em foco ao ser utilizado com enorme regularidade (38 presenças). A sua última temporada em Alvalade foi a de 1974/75 na qual continuou a ser o defesa-esquerdo mais utilizado, mas a chegada dum brasileiro de muito bom nível (Da Costa) fê-lo perder o lugar e acabou por sair no final. Alinhou pela última vez de verde e branco na meia-final da Taça de Portugal jogada no Bessa a 29 de Maio de 1975 (derrota por 1-0). Esteve um total de 3 épocas na equipa principal do Sporting tendo realizado 84 jogos oficiais (sem golos marcados). Ganhou 1 Campeonato Nacional e duas Taças de Portugal. Após abandonar Alvalade esteve no Estoril duas épocas, passando depois para o Belenenses onde permaneceu 5 anos, acabando lá a carreira de futebolista e iniciando a de treinador. Nestas novas funções passou mais tarde...
Jozef Venglos nasceu a 18 de Fevereiro de 1936 em Ruzomberok – antiga Checoslováquia. Centrocampista de bom nível (internacional pela Seleção B checa), tendo feito percurso de monta no Slovan Bratislava, acabou prematuramente a carreira devido a uma hepatite. Começou então a treinar, tendo-se iniciado na Austrália – onde chegou à Seleção. Depois voltou ao seu país, orientando os sub-23. Em 1973 regressou ao Slovan onde se sagrou campeão por duas vezes, ao mesmo tempo que era adjunto da Seleção principal do seu país. De 1978 a 1982 chegou a selecionador, conseguindo um 3º lugar no Europeu de 1980. Em 1983 (parte final da época) chegou ao Sporting pela mão de João Rocha. A temporada já estava perdida e pela orientação da equipa já tinham passado António Oliveira e Marinho Mateus. Estreou-se no banco leonino a 15 de Maio de 1983 com um empate em Vidal Pinheiro frente ao Salgueiros (1-1). Na temporada seguinte pôde começar um trabalho de raiz. As coisas até começaram bem, mas a eliminação da Taça UEFA perante o Celtic (com uma derrota em Glasgow por 5-0) e o falhanço nos jogos fulcrais do Campeonato e Taça de Portugal (sobretudo frente aos outros “grandes”) acabaram por resultar no seu despedimento antes, ainda, do final da época. Dirigiu pela última vez a equipa numa receção ao Sp. Braga (1-2) a 6 de Maio de 1984… Da sua passagem por Alvalade ficou o lançamento de alguns novos jogadores como Futre, Fernando Cruz ou Morato, mas paradoxalmente, ficou também o “pouco rasgo” que teve, por exemplo, na utilização do jovem Paulo Futre, um extremo genial que fazia a...
Nasceu a 18 de Fevereiro de 1961 em Quangjiou, uma região da China. Começou a praticar Ténis de Mesa na escola, com 9 anos, e desde logo revelou ter muito talento para a modalidade. Com apenas 13 anos integrou a equipa profissional de Cantão, e com 19, em 1981, foi campeão do Mundo em pares mistos. No ano seguinte conseguiu um magnífico 2º lugar na Taça do Mundo e o vice-campeonato chinês pela equipa de Cantão. Representou a selecção chinesa de 1978 a 1986, participando na Taça do Mundo, Campeonato da Ásia e em Campeonatos do Mundo. Em 1989 chegou a Portugal para jogador-treinador do Sporting numa altura em que com homens como Pedro Miguel, Nuno Dias e João Portela, os leões já haviam conquistado a hegemonia da modalidade em Portugal. Com a sua inestimável contribuição os mesatenistas leoninos refinaram as suas qualidades e os campeonatos nacionais foram ganhos uns atrás dos outros. Em 1995 Chen recebeu melhores contrapartidas financeiras do Ginásio do Sul e saiu de Alvalade. Em 5 anos de ausência do chinês os leões só conquistaram 2 títulos, e o seu regresso para a época 2000/01 foi muito saudado. Aí passou a ser sobretudo treinador (coadjuvado pelo histórico Pedro Miguel), embora, de vez em quando, “pegasse na raqueta”. João Pedro Monteiro, embora ainda muito jovem, passou então a ser figura principal dos leões e um dos melhores de sempre em Portugal, facto a que esteve intimamente ligada a orientação técnica de Chen. De 2001 a 2003 o Sporting alcançou mais um tri-campeonato, repetindo o feito de 2007 a 2009. Em 2012, 2016, 2017, 2018, 2019 e 2020 voltámos a...
Robert William Robson nasceu a 18 de Fevereiro de 1933 em Sacriston – Inglaterra. Influenciado pelo pai, descobriu o encanto pelo futebol e com 17 anos já era profissional no Fulham. Em 7 anos no clube londrino destacou-se como ponta-de-lança passando depois para o West Bromwich Albion. A seguir chegou à Seleção. Em 1962 regressou ao Fulham onde se tornou treinador de sucesso. Em 1969 começou um grande trabalho no Ipswich Town construindo uma equipa que anos depois brilharia a nível interno e na Europa. Em 1982 chegou à Seleção inglesa onde se manteve 6 anos, partindo então para o PSV Eindhoven onde se sagrou por duas vezes campeão holandês. No defeso de 1992 chegou ao Sporting pela mão de Sousa Cintra (tendo como adjuntos Manuel Fernandes e José Mourinho – este mais no papel de tradutor) e por sua iniciativa homens como Stan Valckx, Juskowiak, Capucho, Cherbakov ou Porfírio começaram a dar nas vistas no Alvalade. O início do seu percurso de verde e branco foi complicado e apesar de alguns bons momentos nada conseguiu conquistar. Ainda assim continuou para 1993/94, contando então com reforços como Costinha, Paulo Sousa ou Pacheco. Começou bem a temporada mas uma eliminatória que pareceu “embruxada” frente ao Casino Salzburgo, no qual o Sporting venceu em casa por 2-0 (com Figo a atirar duas bolas nos postes) e perdeu fora por 3-0 (após prolongamento), sofrendo o 2º golo aos 90 minutos, atirando 3 bolas aos postes e ainda sendo vítima duma péssima exibição do guarda-redes Costinha, levou a que Sousa Cintra perdesse a paciência e o substituisse por Carlos Queiroz, por quem o...