Bis de Martins ao grande rival no caminho para o Tetra

17 de Janeiro de 1954. Nesse dia o Benfica recebeu o Sporting (que era tri-Campeão Nacional) no Estádio do Jamor em jogo da 13ª jornada do Campeonato. Jozef Szabo, que regressara ao comando técnico da equipa no início desse ano (Tavares da Silva era o secretário-técnico – espécie de treinador de gabinete), fez alinhar: Carlos Gomes; Caldeira e Galaz; Janos Hrotko, Passos e Juca; Hugo, Vasques, Martins, Travassos e Fernando Mendonça. Numa prova que era comandada pelo Belenenses, o Sporting era 2º e o Benfica estava um pouco mais atrás, a vitória era fundamental para os pupilos de Ribeiro dos Reis. No entanto, o Sporting realizou uma excelente exibição, autoritária e convincente, não dando a mínima hipótese ao seu velho rival. Martins fez os 2 golos da partida, aos 18 e 73 minutos. Os benfiquistas queixaram-se no final pela voz do seu atacante Rogério (conhecido por “Pipi”), que afirmou ter sido agredido por Carlos Gomes num choque na área sportinguista. O capitão leonino, Passos, referiu: “O Pipi é um brincalhão, mas um excelente rapaz, de modo que nunca nos zangamos com as suas peripécias.” A verdade é que uma semana depois (ao vencer em Coimbra com bis de Travassos) o Sporting assumiu a liderança do Campeonato que nunca mais largou, alcançando do 1º tetra-Campeonato do futebol português. Foto (arquivo):...

O último jogo no Regional de 1915/16, frente ao Benfica

16 de Janeiro de 1916. O Sporting fez o seu último jogo no Campeonato de Lisboa dessa época (devido a problemas surgidos com a AFL – que levaram à desistência na competição), frente ao Benfica. Depois duma bem sucedida digressão a Madrid os leões eram tidos como uma extraordinária equipa, que vencera claramente, os jogos até aí disputados – 6-0 ao Império, 5-0 ao Lisboa FC e 7-0 ao CIF. O Benfica vinha também de boas exibições no Torneio Internacional de Sete Rios. O jogo disputou-se no campo do Stadium. Os camarotes eram a 2 e 3$, os “fauteuils” a 60 e 50 centavos, as bancadas a 40 centavos e o peão a 15 centavos. O Sporting alinhou com: Paiva Simões (na foto); Amadeu Cruz e Jorge Vieira; Marcelino, Artur José Pereira e Boaventura da Silva; António Stromp, Jaime Gonçalves, Perdigão, Francisco Stromp e Armour. Raúl Barros estava magoado com uma fratura contraída em Madrid, constituindo uma baixa importante nos sportinguistas. Mais de 7.000 pessoas assistiram ao jogo, numa partida que despertava grande entusiasmo. Apesar de todo o interesse gerado o desafio não teve o brilho que seria de esperar. As equipas, apesar de muito enérgicas, estiveram demasiado ansiosas e agressivas, com um futebol precipitado. O Sporting carregou muito na 1ª parte mas não conseguiu concretizar, acabando por ser o Benfica a marcar o 1º golo. Nos primeiros 20 minutos da 2ª parte os leões continuaram a dominar e chegaram ao empate por António Stromp num belo remate. O árbitro, Luciano Simões, esteve muito bem apesar da grande luta, que no entanto nunca excedeu o razoável. Segundo o “Diário de Notícias”:...

2018 – Campeãs Nacionais de estrada e títulos individuais nos 2 sexos

14 de Janeiro de 2018. O Atletismo do Sporting CP esteve este em grande destaque nos Campeonatos Nacionais de Estrada que se realizaram no Jamor. Num dia histórico para a secção leonina, a equipa feminina conquistou o 1º título coletivo de sempre do Clube na competição. Além disso as leoas também tiveram razões para sorrir individualmente, com Jéssica Augusto a vencer a prova, isolada, com o tempo de 33m13s. Susana Godinho ficou no 4.º posto, Ana Mafalda Ferreira em 5ª e Daniela Cunha em 7ª. Já no setor masculino, Hélio Gomes também se sagrou vencedor (29m57s). Por equipas, os leões arrecadaram o 2º lugar na classificação geral, a apenas 1 ponto do rival Benfica. Rui Teixeira ficou em 8º lugar e Helder Santos em 10º. No final da prova, o vice-presidente do Sporting CP para as modalidades, Vicente Moura, não escondeu a felicidade pelos resultados obtidos. “Estou muito satisfeito. Ganhámos 3 títulos em 4 possíveis, o que demonstra que a competição não era fácil. O Presidente Bruno de Carvalho mandou-me uma mensagem a dizer que estamos no bom caminho. Em relação ao próximo ano, esperamos que seja ainda melhor e que consigamos vencer os 4 títulos”, afirmou, antes de destacar as conquistas inéditas conseguidas pelos leões: “Queremos sempre ganhar tudo, esse é o ADN do Sporting CP. Em termos masculinos, em mais de duas décadas só tínhamos ganho o ano passado pelo Rui Silva. Voltámos a vencer este ano e ficámos em 2º lugar a nível coletivo. Já em feminino, nunca tínhamos ganho. O dia de hoje foi inédito. Ganhámos tanto a nível individual como coletivo, por isso acho que mais do que isto não se...

Sporting “mandou” no 1º derby do novo Estádio da Luz

4 de Janeiro de 2004. A equipa de Fernando Santos seguia a 5 pontos do FC Porto de José Mourinho e tinha 1 ponto a mais que o Benfica de José António Camacho. À 16ª jornada, penúltima da 1ª volta, Benfica e Sporting discutiram no 1º derby do novo Estádio da Luz qual das duas equipas teria “estofo” para lutar com os portistas pela conquista do título. O Sporting apresentou: Ricardo; Miguel Garcia, Anderson Polga, Beto e Rui Jorge; Custódio; Rochemback, João Pinto (Lourenço) e Pedro Barbosa (Paulo Bento); Silva (Sá Pinto) e Liedson. A partida começou equilibrada, mas com o Sporting a denotar logo de início um melhor fio de jogo, melhor atitude, uma predisposição maior para chegar ao triunfo. Logo aos 8 minutos, Silva – o “pistoleiro”, escapou-se para a área contrária e quando procurava passar por Moreira caiu. A dúvida da tradicional falta do guarda-redes sobre o avançado ficou, dando no entanto a ideia que o experiente avançado sportinguista soube tirar partido da inexperiência do valoroso guardião contrário forçando o contacto. Nada impressionado com as dúvidas eventualmente existentes, Rochemback (na foto) aplicou um pontapé forte, bem ao seu estilo, e inaugurou o marcador. Os locais procuraram reagir mas era o Sporting a equipa mais serena, pelo que não surpreendeu o 0-2 aos 33 minutos, por Silva, após bela jogada na esquerda e solicitação a preceito de Pedro Barbosa (provavelmente o melhor homem em campo). Com a vantagem adquirida mais se tranquilizou o Sporting, entrando a equipa encarnada numa fase de algum desespero, mas Rochemback levou o 2º cartão amarelo aos 42 minutos numa aparente simulação de Tiago, deixando...

O 1º derby no novo Estádio Alvalade (2ª geração)

23 de Dezembro de 1956. O Sporting navegava em “águas turvas”, pelo 5º lugar da classificação, quando a 2 dias do Natal lhe coube receber o Benfica para o 1º derby no novo Estádio Alvalade (2ª geração). Abel Picabêa (o treinador leonino) fez alinhar: Carlos Gomes; Caldeira, Passos e Pacheco; Péridis e Osvaldinho; Hugo, Gabriel, Pompeu, Travassos e Martins. O jogo começou animado, com iniciativas dos 2 lados, mas um predomínio dos “donos da casa”. Aos 17 minutos Pompeu centrou atrasado, muito perto da linha de cabeceira. Aproveitando uma ligeira hesitação da defensiva contrária, Hugo (foto) emendou para o fundo da baliza fazendo o único golo do jogo. O Benfica procurou reagir mas encontrou sempre no Sporting um adversário forte, mais poderoso do que toda a gente esperava em virtude do desempenho das equipas no Campeonato Nacional. Os leões chegaram a exibir-se em plano destacado, tendo feito a sua melhor exibição da época e impondo assim ao Benfica a sua 1ª derrota no Campeonato. O Sporting foi superior durante 70 minutos e só nas duas dezenas de minutos finais os benfiquistas conseguiram patentear alguma superioridade na busca do empate. Apesar de tudo, com uma magnífica exibição, Carlos Gomes foi o melhor em campo. Não teve muito que fazer, mas o que fez foi notável. No final afirmou: “Qualquer uma das equipas podia ter ganho. Esta foi uma bela prenda de Natal. Dedico o meu quinhão da vitória de hoje a todos os sportinguistas porque eles bem a merecem. Sinceramente achava que nos seria muito difícil derrotar o Benfica, mas todos jogámos com vontade férrea daí resultando um extraordinário desafio como este...

1987 – 2ª Supertaça no Futebol com 2 triunfos frente ao Benfica

20 de Dezembro de 1987. 15 dias depois de ter ganho por 3-0 no Estádio da Luz (na 1ª mão da Supertaça) com uma magnífica exibição de Vital e um contra-ataque mortífero, o Sporting recebeu em Alvalade um Benfica que pretendia “limpar a face”. Os leões, orientados por Keith Burkinshaw, alinharam com: Vital; João Luiz, Duílio, Morato e Mário Jorge; Virgílio; Carlos Xavier (Marlon), Oceano e Silvinho; Tony Sealy (Mário) e Paulinho Cascavel. Oceano reapareceu na equipa leonina, que mais uma vez apresentou uma defesa muito segura e Silvinho a criar grandes problemas à defensiva benfiquista. Foi do brasileiro, aliás, o único golo da partida, que surgiu aos 20 minutos após um passe magnífico de Carlos Xavier para Paulinho Cascavel que, descaído sobre a esquerda, tocou para Silvinho no meio, e este, entrando rapidamente na área marcou de pé direito. 1-0 acabou por ser o resultado final refletindo aquilo que se passou no terreno de jogo. Com uma vantagem clara adquirida no jogo da 1ª mão, o Sporting fez um jogo sólido conseguindo juntar o útil (vitória no troféu) ao agradável (triunfo no jogo). Para o Sporting era uma conquista nacional 5 anos depois… Silvinho foi a grande figura da vitória neste jogo. Estava muito feliz: “Estamos contentes. Valeu a pena o esforço. Na Luz jogámos melhor mas hoje, felizmente, voltámos a vencer. O meu golo foi especial pois fi-lo com o pé que só serve para subir no onibus (o direito)! Acreditem em nós pois estamos a trabalhar muito para ainda virmos a fazer uma boa temporada”....

2016 – Hexacampeões de Natação no setor masculino!

12 de Dezembro de 2016. Na Póvoa de Varzim, o dia anterior já dera mostras da superioridade leonina, mas neste domingo o Sporting CP “disparou”, conseguindo mais 82 pontos que, acrescentados aos 70 da véspera, valeram o 6º título seguido à Natação masculina dos leões, com mais 26 pontos do que o rival Benfica, 2º classificado. Na vertente masculina o Sporting CP conseguiu finalizar 18 vezes no pódio, 12 destas no 1º posto, um contributo decisivo para o novo título. Na categoria feminina o Sport Algés e Dafundo quebrou o ciclo de 8 títulos consecutivos do FC Porto, enquanto as leoas amealharam 114 pontos e repetiram o 3º lugar de 2015, agora a apenas 5 pontos dos azuis e brancos. De referir que a secção feminina conseguiu terminar 13 provas no pódio. Assim, em termos globais, o Sporting CP voltou a sair campeão nos masculinos e 3º classificado no feminino, tal como na temporada anterior. As provas reuniram cerca de 500 atletas, em competições da 1.ª e 2.ª Divisão nacional. As vitórias leoninas: M 50m Livres – Igor Mogne – 23,40s 100m Livres –  Igor Mogne – 50,99s 200m Livres – Alexis Santos – 1m52,75s 1.500m Livres – Guilherme Pina – 15m54,07s 50m Costas – Francisco Santos – 27,33s 100m Costas – Francisco Santos – 58,11s 200m Costas – Francisco Santos – 2m07,46s 50m Mariposa – Igor Mogne – 25,32s 200m Estilos – Alexis Santos – 2m04,90s 400m Estilos – João Vital – 4m28,04s 4 x 200m Livres – Sporting – 7m33,93s 4 x 100m Estilos – Sporting – 3m50,54s Guilherme Dias, António Mendes e Miguel Cruchinho também se...

3-1 ao Benfica e o jovem Pedro Gomes como “símbolo” da equipa

15 de Dezembro de 1963. À 9ª jornada do Campeonato Nacional encontraram-se no Estádio José Alvalade Sporting e Benfica. O Sporting até nem fazia um bom início de prova mas cerca de 1 mês antes tinha batido o recorde europeu que se mantém da maior goleada de sempre em Competições Europeias (16-1 ao Apoel Nicosia, no brilhante caminho para a conquista da Taça das Taças que aconteceria precisamente passado meio ano). Para os leões era um jogo importantíssimo para se tentarem manter na luta pelo título. O técnico Gentil Cardoso escalou a seguinte equipa: Carvalho; Pedro Gomes, Lúcio e Hilário; Mendes e Péridis; Osvaldo Silva, Mascarenhas, Figueiredo, Géo e Morais. O Sporting acabou, contra a expetativas, por obter um triunfo tranquilo alicerçado em golos de Figueiredo (21 minutos), Morais (60) e de novo Figueiredo (69). O mais que os encarnados conseguiram foi reduzir, por Eusébio, de penalty, a 13 minutos do fim. A crítica foi unânime em considerar que o Sporting teve uma “clara superioridade em jogo-jogado” e que Benfica andou “completamente à deriva”. Pedro Gomes (apenas com 22 anos) foi considerado o melhor homem em campo, realizando uma verdadeira exibição de “mão-cheia” – o jornal “A Bola” chamou-lhe “o símbolo da equipa”! Foto (arquivo) – Pedro Gomes, a grande figura do...

O mítico dia dos 7-1 com 4 golos de Manuel Fernandes

14 de Dezembro de 1986. Jogava-se a 14ª jornada do Campeonato Nacional. O Sporting andava pelo 4º lugar da classificação e vencer o seu rival era imperioso num dia em que os leões homenagearam Manuel Marques, o homem das mãos milagrosas (na foto). Num Estádio Alvalade “cheio como um ovo”, Manuel José (treinador do Sporting) apresentou a seguinte equipa: Damas; Gabriel, Venâncio, Virgílio e Fernando Mendes (Duílio); Oceano; Litos (Silvinho), Zinho e Mário Jorge; Manuel Fernandes e Meade. O jogo começou equilibrado tendo sido mesmo do Benfica a 1ª grande oportunidade, com Damas a defender espetacularmente uma cabeçada de um atacante contrário. A pouco e pouco o Sporting foi dando a sensação de que poderia chegar ao golo o que aconteceu aos 15 minutos. Litos abriu bem para a esquerda do ataque, Meade solicitou Manuel Fernandes na área, o capitão rematou bem mas Silvino defendeu para a frente, surgindo Mário Jorge a recargar, Silvino novamente a defender e à 3ª Mario Jorge a conseguir finalmente inaugurar o marcador. Os 30 minutos que se seguiram até ao intervalo foram de algum equilibrio num jogo que surpreendeu pelo facto de o Sporting dar algum espaço ao Benfica para atacar, tentando aproveitar os contra-ataques, filosofia que contrastava um pouco com o habitual em ambas as equipas. Nesse tempo que restou do 1º período o Sporting perdeu boas oportunidades para dilatar a vantagem, enquanto o Benfica, mais dominador territorialmente, não conseguia criar grande perigo. A 2ª parte foi “mágica” e ficará sempre para a História como os 45 minutos mais “loucos” do Estádio Alvalade de 2ª geração. Aos 50 minutos Zinho marcou um canto da...

1941 – 15º Campeonato Regional de Futebol com 5-0 ao Benfica

14 de Dezembro de 1941. O Benfica-Sporting, no Campo Grande (novo estádio dos encarnados inaugurado havia pouco tempo), era a partida decisiva para atribuição do título lisboeta. Sob o comando de Jozef Szabo, o Sporting apresentou-se com: Azevedo; Rui de Araújo e Álvaro Cardoso; Gregório, Daniel e Manecas; Mourão, Soeiro, Peyroteo, Canário e João Cruz. Segundo a imprensa da época assistiu-se a um belo espetáculo, sobretudo na 1ª parte, período no qual os leões se exibiram com inegável brilhantismo. O Sporting foi superior desde o início, e só no 1º quarto-de-hora do 2º tempo (numa altura em que já perdiam por 2-0) os benfiquistas esboçaram uma reação, mas Azevedo, com 3 excelentes intervenções, negou-lhes qualquer proveito. Aos 17 minutos o Sporting abriu o marcador. Soeiro, da meia esquerda, lançou um remate violento e rasteiro, difícil de conter. Aos 33 surgiu o 2-0. Passes consecutivos de Daniel, Cruz, Canário e novamente Cruz, que rematou para defesa incompleta de Martins, surgindo Peyroteo, fulgurante, a fazer o golo. O 3-0 apareceu aos 75 minutos. Gregório deu a bola a Soeiro, este desviou-a para a esquerda e João Cruz , desmarcado, rematou colocado. Peyroteo fez o 4-0 aos 81 minutos. Foi na sequência dum trabalho perfeito de Manecas, Mourão e Cruz, que lateralizou para o avançado-centro que rematou para o melhor sítio. O último golo da tarde foi de João Cruz, já 30 segundos depois da hora. O ponta avançou com a bola, isolou-se, fintou o guarda-redes e marcou. Numa análise à partida, de realçar que o entendimento entre Cardoso e Manecas na asa esquerda leonina foi perfeito. O ataque, atuando com grande rapidez, com jogadas largas (às...
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