Peyroteo é o futebolista leonino com mais golos marcados na História do Campeonato Regional de Lisboa, competição disputada entre 1907/08 e 1946/47 na qual os leões foram a equipa com melhor palmarés ao obterem 18 títulos. Vejamos agora quem são os 10 mais: CLA FUTEBOLISTA E G 1º Peyroteo 10 124 2º Soeiro 11 69 3º Abrantes Mendes 10 58 4º João Cruz 11 58 5º Mourão 16 58 6º Pireza 9 49 7º Jaime Gonçalves 13 36 8º Rogério 2 23 9º Eduardo Mourinha 3 22 10º José Manuel Martins 4...
17 de Novembro de 1946. Nesse dia disputou-se a partida da última jornada do último Campeonato de Lisboa de Futebol. Esta era a 1ª época dos “cinco violinos”, que nem sempre (ainda) jogavam todos juntos, pois havia também Armando Ferreira, Sidónio, entre outros. O Benfica tentava o seu 11º título enquanto os leões procuravam o 18º. Aos encarnados bastava o empate para serem campeões. Este foi um dos jogos mais apaixonantes de sempre entre os 2 velhos rivais. Disputou-se no Campo Grande (casa do Benfica) tendo o Sporting (sob o comando de Robert Kelly) alinhado com: Azevedo; Álvaro Cardoso e Manecas; Canário, Octávio Barrosa e Veríssimo; Jesus Correia, Vasques, Peyroteo, Travassos e Albano. O Sporting, obrigado a ganhar, entrou na partida a pressionar o seu adversário desorientando-o um pouco. Valeu aos encarnados a falta de inspiração de Peyroteo que, muitas vezes em boa posição para marcar, preferia entregar a bola aos seus interiores… Passado aquele 1º quarto-de-hora de sufoco o Benfica conseguiu libertar-se, mas continuou a ser a equipa sportinguista a mais perigosa, não sendo de estranhar que aos 41 minutos Jesus Correia inaugurasse o marcador após um remate fortíssimo em que a bola foi defendida por Pinho para o poste, para depois ressaltar no seu corpo e entrar. Quase à beira do descanso Azevedo magoou-se num braço ao tentar uma defesa, pelo que o Sporting teve de jogar cerca de 3 minutos com Jesus Correia a guarda-redes improvisado. A proximidade do intervalo evitou consequências funestas para os leões. Recomeçada a partida o Sporting surgiu sem o seu guardião. Veríssimo foi para a baliza, Travassos recuou para médio e...
17 de Novembro de 1944. Mais uma vez um Benfica-Sporting decidiu o Campeonato de Lisboa. A partida disputou-se no Campo Grande e os encarnados tinham de ganhar para conquistar o ceptro, pois as equipas estavam empatadas e os leões haviam ganho em “casa” por 3-2. Orientada por Jozef Szabo, a equipa do Sporting: Azevedo; Álvaro Cardoso e Manecas; Octávio Barrosa, Veríssimo e João Nogueira; João Cruz, Canário, Peyroteo, António Marques e Albano. As duas equipas entraram em jogo numa toada algo receosa, mas Peyroteo começou cedo a criar alguma mossa na defensiva benfiquista. O jogo foi aumentando aos poucos de intensidade e logo aos 13 minutos o Sporting fez um golão por Canário, que sem deixar a bola cair no chão respondeu com um petardo fantástico a um centro de Albano a meia altura. O Benfica reagiu, remetendo-se o Sporting a uma toada de contra-ataque que por mais de uma vez poderia ter dado o 2º golo. Após falta de Octávio Barrosa, um livre sobre a esquerda foi marcado por Gaspar, e num magote de jogadores Julinho levou a melhor de cabeça restabelecendo a igualdade. Logo a seguir Azevedo fez uma extraordinária defesa a remate de Teixeira. O Benfica jogava largo, com cruzamentos por alto, mas a extrema atenção e a competência de Cardoso e Manecas (na foto) obstava a que os locais conseguissem ganhar vantagem. Na 2ª parte a partida continuou mais ou menos na mesma toada. O Benfica era obrigado a ganhar, por isso arriscava mais. Acabou por não ser surpreendente (pois minutos antes já o perigo havia circundado a baliza de Martins) que o Sporting chegasse à...
Luís Carlos Almeida da Cunha (conhecido no mundo do futebol por Nani) nasceu a 17 de Novembro de 1986 na Cidade da Praia – Cabo Verde. Iniciou-se nas lides futebolísticas na sua cidade natal, mas ainda criança veio com a família para a Amadora, começando a jogar no Real Massamá, clube onde o Sporting o foi buscar com 15 anos. Estreou-se oficialmente na equipa principal no 1º jogo da temporada 2005/06 (a 10 de Agosto), sob o comando do treinador José Peseiro – derrota no Alvalade por 1-0 frente à Udinese para a 1ª mão da pré-eliminatória de acesso à Liga dos Campeões. Nos primeiros tempos jogou a espaços, mas com a chegada de Paulo Bento (que com ele tinha sido Campeão Nacional de juniores na época anterior) passou a alinhar com grande regularidade. Marcou pela 1ª vez a 30 de Outubro de 2005 num empate a duas bolas no Bessa e acabou, na época de estreia, por somar um número significativo de presenças (36) apontando 6 golos e mostrando todo um virtuosismo que encantou os adeptos verde e brancos. Na temporada seguinte conseguiu evoluir enormemente em termos táticos e tornou-se um indiscutível na equipa (40 jogos e 6 golos) ajudando a ganhar a Taça de Portugal – vitória por 1-0 frente ao Belenenses a 27 de Maio de 2007, naquele que foi o seu último jogo pelo Sporting – e a ficar a apenas a 1 ponto da conquista do Campeonato… No final da época o Manchester United “abriu os cordões à bolsa” e pagou 25,5 milhões de euros pelo seu passe ao Sporting (a maior “venda” da...
16 de Novembro de 2019. O Sporting CP de sagrou-se nesse sábado bicampeão Europeu de Judo ao vencer a Liga dos Campeões da modalidade. A prova disputou-se no Pavilhão Multiusos de Odivelas e os Leões bateram na final os russos do Yawara-Newa por 3-2. Tudo começou com uma vitória de grande nível nos quartos-de-final contra os georgianos do Golden Gori, equipa que estava entre o lote dos favoritos. Kherlen Ganbold começou por bater Vazha Margvelashvili por ippon nos -66kg, com João Fernando (-73kg) a ceder pela margem mínima contra Lasha Shavdatuashvili. Seguiu-se um fenomenal triunfo de João Martinho sobre Luka Maisuradze em -81kg. O adversário até se colocou na frente, mas João Martinho respondeu com um ippon que levantou os muitos adeptos presentes no recinto. A vitória chegou no combate seguinte, com Nikoloz Sherazadishvili (-90kg) a bater Beka Gviniashvili por ippon. Numa luta para cumprir calendário em +90kg, Jorge Fonseca perdeu com Gela Zaalishvili e as contas ficaram fechadas com 3-2 a favor do clube de Alvalade. Nas meias-finais, o Sporting CP encontrou os russos do Ratiborets, tendo vencido por 4-1. David Reis perdeu o primeiro combate com Muloradzhab Khalifaev em -66kg, mas João Fernando (ippon, -73kg), Frank de Wit (ippon, -81kg), Nikoloz Sherazadishvili (ippon, -90kg) e Jorge Fonseca (waza-ari, +90kg) superaram Gamzat Zurgaraev, Alim Kalaev, Ekubzhon Nazirov e Dmitrii Dovgan, respetivamente. Por fim, e já à tarde, chegou a grande final numa reedição do derradeiro duelo da edição de 2018 contra o Yawara-Newa (Rússia). Kherlen Ganbold começou da melhor maneira e bateu Zelimkhan Ozdoev por ippon no ponto de ouro, tendo João Fernando sido derrotado por Denis Iartcev...
16 de Novembro de 2019. A equipa feminina de Râguebi do Sporting Clube de Portugal venceu nesse sábado a Taça de Portugal (em Tens), depois de derrotar o SL Benfica por 28-5 na final da competição. A equipa: 1. Filipa Gavinho, 2. Inês Marques, 3. Joana Morgado, 5. Ana Raquel, 6. Isabel Ozório, 7. Francisca Baptista, 11. Catarina Pargana, 15. Josefa Gabriel, 16. Leazalea Te Iringa, 18. Maria Heitor, 19. Ana Freire, 20. Katia Delgado, 21. Marcela Máximo, 22. Teresa Guégués, 24. Tânia Semedo, 25. Larissa Lima, 27. Beatriz Teixeira, 34. Marta Pedro, 36. Constança Serra, 38. Daniela Correia, 39. Antónia Braga, 40. Alice Silva. Antes disso, as leoas tinham levado a melhor sobre o Sport CP (41-0) nos quartos-de-final e o Belas RC/CR São Miguel (43-0) nas meias-finais. Pedro Leal (o treinador) mostrou-se, por isso, satisfeito com a equipa: “É um grande orgulho treiná-las. Não é fácil vir de um jogo tão exigente, que se jogou na Corunha e depois de uma viagem de regresso de 8 horas, mas elas foram incríveis hoje. Fizeram tudo bem (…) Portaram-se muito bem em todos os jogos e na final dominaram do início ao fim. Pelo que fizeram o resultado podia ter sido melhor, mas foi bom. Estão de...
Mustapha Hadji nasceu a 16 de Novembro de 1971 em Ifrene – Meknès-Tafilalet – Marrocos. Emigrou ainda muito jovem para França e lá começou a jogar futebol no Nancy. O seu talento não passou despercebido a ninguém, e apesar de convidado para alinhar pelas seleções mais jovens gaulesas, optou pelo país de onde é natural, e ao serviço de Marrocos começou a ser frequentemente internacional. Esteve presente no Mundial de 1994 e 2 anos depois foi contratado pelo Sporting por indicação do novo técnico, o belga Robert Waseige. Estreou-se oficialmente a 23 de Agosto de 1996 na 1ª jornada do Campeonato Nacional (triunfo na Maia frente ao Sporting Espinho por 3-1) e na ocasião marcou também pela 1ª vez. Nessa 1ª temporada jogou com grande regularidade (36 presenças), normalmente na esquerda do meio campo. No ano seguinte baixou de rendimento, sobretudo após a saída do treinador Octávio Machado. Acabou por alinhar pela última vez a 1 de Dezembro de 1997 numa derrota frente ao Leça por 1-0, rescindindo logo a seguir (de forma litigiosa) alegando razões psicológicas. Assim, acabou por totalizar apenas duas épocas no Sporting, tendo realizado 52 jogos oficiais e marcado 8 golos, o último dos quais numa derrota em Leverkusen por 4-1 para a Liga dos Campeões (5 de Novembro de 1997). Deixou a imagem dum futebolista com classe, boa técnica e capacidade para fazer assistências, mas algo frágil a nível mental. De Alvalade rumou à Corunha (o Deportivo viria depois a ser obrigado a indemnizar o Sporting em cerca de 1 milhão de contos) onde voltou a demonstrar o seu valor (em 1998 voltou a estar...
Artur José Pereira nasceu a 16 de Novembro de 1889 em Belém. Passou pelo União Belenense, Cruz Negra e Sport Lisboa (embrião do Benfica), atuando normalmente a médio-esquerdo, e sendo uma das principais figuras dos encarnados. Já nessa altura era conhecido pelo seu feitio irrascível, fazendo da competitividade uma das suas grandes armas. Perder não era para ele, que dava tudo em todos os jogos em prol da equipa. No Verão de 1914, por desentendimentos com a direção benfiquista, mudou-se para o Sporting. Beneficiou de condições especiais entre os leões (como uma retribuição certa de 36$00 por mês – tornando-o assim no 1º jogador não amador do futebol português, e outros privilégios, como, por exemplo o de ter preferência sobre o uso de banho quente, luxo que só o Sporting tinha em Lisboa). Estreou-se oficialmente a 15 de Novembro de 1914 num triunfo por 3-0 sobre o Império para a 1ª jornada do Campeonato Regional. A sua presença foi decisiva na equipa e no final da temporada os leões chegaram finalmente ao seu 1º título. A sua presença era muito desequilibradora, a sua classe excecional, mas tinha também o defeito de ser algo “vedeta”. Houve situações, por exemplo, em que só chegou aos jogos no intervalo! Pelo Sporting ficou 5 temporadas realizando perto de 40 jogos oficiais. Na época de despedida voltou a ser Campeão, alinhando pela última vez a 20 de Julho de 1919 num triunfo por 2-1 sobre o Benfica (precisamente na finalíssima do Campeonato Regional). Saiu do clube de Alvalade para cumprir o grande sonho da sua vida – fundar o Clube de Futebol Os Belenenses,...
Robert (“Bob”) Kelly nasceu a 16 de Novembro de 1893 em Inglaterra. Como futebolista foi internacional inglês por 14 vezes entre 1920 e 1928 apontando 8 golos. Em 1925 bateu o recorde o transferências no seu país ao mudar-se do Burnley para o Sunderland por 6.550 libras. Jogou ainda no Huddersfield Town e no Preston North End. Como treinador esteve no Carlisle United e no Stockport County. Chegou ao Futebol leonino em Agosto de 1946. O Sporting não era campeão há 2 anos e pretendia inverter a situação. Formando equipa com Cândido de Oliveira (supervisor técnico – à direita na foto) e José Manuel Martins (ao centro na foto) realizou uma temporada fantástica em Alvalade ganhando o Campeonato Nacional (3º do clube – iniciando um período de 7 títulos em 8 anos) e o último Campeonato Regional de Lisboa (18º) em ambos os casos com grande superioridade sobre todos os adversários. Pode dizer-se que só não ganhou a Taça de Portugal porque ela não se disputou. Lançou na ribalta Vasques e Travassos, ambos recém-chegados da CUF, que se viriam a tornar figuras lendárias do clube. Estes 2 atacantes juntaram-se na linha ofensiva sportinguista a Jesus Correia, Peyroteo e Albano, pelo que Kelly foi o 1º treinador dos famosos “cinco violinos”. Dizem os números que foi o melhor treinador da História do Futebol leonino. Com ele os leões tiveram um saldo de aproveitamento de 87,5% (a melhor marca de sempre). Para além disso é o treinador com melhor média de golos marcados (4,44!), maior percentagem de vitórias (83,33%) e o 2º com menor percentagem de derrotas (8,33%). Depois do Sporting treinou ainda em Portugal...
15 de Novembro de 1914. Nessa tarde, na 1ª jornada do Campeonato Regional de Lisboa (o 1º que o Sporting viria a conquistar) estreou-se oficialmente pelo clube Artur José Pereira num triunfo por 3-0 sobre o Império. Corria o mês de Setembro e Artur José Pereira, o melhor futebolista da sua era (considerado por muitos o melhor jogador português de todos os tempos até surgir Travassos), foi castigado por 6 meses pelo Benfica por recusar treinar-se como outro jogador qualquer (vícios de “vedeta” ao seu tempo). Perante esta situação, um Sporting atento e sedento de títulos e glória no seu futebol, recebeu-o no Lumiar. Mais do que isso, ofereceu-lhe uma retribuição certa de 36$ mensais, fazendo dele o 1º jogador não amador da História do futebol em Portugal. Para além do salário, Artur José Pereira tinha outros privilégios, como a preferência sobre o banho quente (um luxo que só o Sporting possuía entre os clubes de Lisboa). Aumentando a afronta, os responsáveis leoninos nomearam o novo “craque” capitão da sua equipa de honra, facto algo estranho e que só poderá ser entendido como desafio aos benfiquistas, quando no clube de Alvalade moravam jogadores da estirpe e antiguidade dos irmãos Stromp, António Rosa Rodrigues ou João Bentes. Nada poderia impedir, de facto, que o Sporting acolhesse nas suas fileiras o futebolista do Benfica, mas pelo código tácito de conduta que os 2 clubes seguiam reciprocamente, pela própria forma como o processo foi conduzido, o Sporting não ficou muito bem visto em toda a situação… Esta ocorrência acicatou ainda mais a rivalidade entre Sporting e Benfica, pois os vermelhos sentiram-se traídos....
15 de Novembro de 1939. Nesse dia o jornal “Os Sports” noticiava que 180 rapazes se inscreveram na Escola de Jogadores criada pelo Sporting, “uma iniciativa pioneira e de grande alcance para o futebol português”. Os rapazes inscritos eram sujeitos a prévia inspeção médica a cargo de Martins Carneiro e Salazar Carreira e agrupados segundo os seus pesos. Seguia-se a convocatória e as sessões de seleção, que ocorriam aos sábados. Na presença dos orientadores da escola (o treinador Jozef Szabo e Alfredo Perdigão – antiga glória do clube) os miúdos executavam determinados pormenores de jogo e em cada reunião eram escolhidos os considerados com mais habilidade. Os apurados nas sessões começavam verdadeiramente a frequentar a escola. O fim que se tinha em vista era preparar desde o princípio jogadores que pouco a pouco deveriam ascender às categorias oficiais do clube. O treinador principal acompanharia o seu desenvolvimento procurando corrigir eventuais defeitos e incutindo-lhes hábitos de disciplina. Em síntese, o Sporting procurava criar um núcleo de jogadores que pudesse mais tarde ingressar na equipa principal e dar a esta um certo padrão de jogo. O ensino era na sua maior parte ministrado no próprio campo, mas também existia parte teórica. Segundo as declarações de Szabo na altura: “Os selecionados executarão um esquema de ginástica adequada à prática do futebol visando especialmente a flexibilidade e ligeireza de movimentos. Terão ainda pequenos sprints para ganharem velocidade, saltos em altura, etc. Tecnicamente começarão pelo princípio. Paragem de bola em várias posições (8 pelo menos) domínio de bola (base de todos os sistemas de jogo), lançamentos laterais, execução de livres e pontapés de canto,...
14 de Novembro de 1948. Nessa tarde o Sporting recebeu o Benfica (jogo disputado no Estádio Nacional) para a 9ª jornada do Campeonato Nacional. Os leões seguiam já na frente da classificação apesar da surpreendente derrota por 1-0 averbada em Braga há duas semanas. O Benfica necessitava de ganhar para dar luta aos verde e brancos na luta pelo título. Orientados por Cândido de Oliveira, os leões alinharam com: Azevedo (cap); Octávio Barrosa e Juvenal; Canário, Manecas e João Mateus; Jesus Correia, Vasques, Peyroteo, Travassos e Albano. Logo aos 6 minutos um “bico” magnífico de Peyroteo proporcionou a Pinto Machado, em vôo, uma bela defesa. Ao quarto-de-hora aconteceu o 1º golo da tarde. Albano centrou a meia altura e Vasques entrou muito bem de cabeça, prevalecendo a Pinto Machado e Félix. O Benfica procurou ripostar e, após algumas oportunidades de parte a parte, Corona fez o empate aos 27 minutos, respondendo a uma solicitação de Rogério e após fintar Manecas. O Sporting empertigou-se, e até ao intervalo dominou com alguma intensidade, não conseguindo, no entanto, desfazer o empate. A 2ª parte foi diferente. Apesar de tudo os primeiros 10 minutos decorreram com alguma monotonia como que antevendo a “tempestade” que se seguiria. A máquina ofensiva leonina entrou em pleno rendimento aproveitando os maiores recursos físicos dos seus elementos. Nas bolas corridas, nas fintas, nos lances divididos, os sportinguistas levavam quase sempre a melhor. Aos 55 minutos, Peyroteo serviu Jesus Correia, que apesar de rematar à figura de Pinto Machado conseguiu o golo beneficiando dum falhanço deste. 7 minutos depois a defesa benfiquista não aliviou a bola a tempo insistindo...
Ricardo José da Costa Andorinho nasceu a 14 de Novembro de 1976 em Évora. Começou a jogar Andebol no Évora Andebol Clube, mas chegou muito cedo ao Sporting (1994), com apenas 17 anos. Em Alvalade, alinhando normalmente na posição de ponta-esquerda, tornou-se um dos melhores andebolistas portugueses de sempre, vivendo momentos de consagração tanto a nível individual como coletivo. Em 2000 foi distinguido com o Prémio Stromp na categoria Atleta. No Sporting ganhou 1 Campeonato Nacional (2001), 4 Taças de Portugal (1998, 2001, 2003 e 2004) e duas Supertaças (1998 e 2002). No final da temporada 2003/04 o Andebol leonino sofreu uma grande reestruturação com forte contenção orçamental, o que o “obrigou” a deixar o clube “do seu coração” e aventurar-se em Espanha. A sua despedida ocorreu na final da Taça de Portugal ganha ao Belenenses (Junho de 2004), em Castelo Branco, por 29-23. Andorinho fez 7 golos e afirmou no final: “Sou sportinguista de alma e coração, servi o clube durante 10 anos e saio sobretudo pela questão desportiva”. Depois, numa das melhores equipas mundiais – Portland San Antonio, teve grande sucesso. No entanto, uma lesão gravíssima contraída numa partida frente ao FC Barcelona em 2008 levou-o a abandonar a alta competição prematuramente… Foi internacional português por 155 vezes, marcando 528 golos. Abraçou, entretanto, o mundo empresarial após concluir diversas formações de elevado grau em Marketing e Novas Tecnologias. Teve também funções da Federação Portuguesa de Andebol como vice-presidente. Em 2018 foi um dos homens fortes da candidatura (2ª classificada) de João Benedito à presidência do...
Sílvio Paiva nasceu a 13 de Novembro de 1958 em Francana – Brasil. Começou por alinhar no América de São Paulo, mas foi no Internacional de Porto Alegre que se tornou um dos jogadores brasileiros em maior destaque no seu país a ponto de chegar à ”canarinha”. Em 1979 conquistou os Jogos Panamericanos e em 1984 ganhou a medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Los Angeles (como titular na seleção brasileira). Pelo meio foi 4 vezes Campeão Gaúcho. Chegou ao Sporting (proveniente do Internacional) no Verão de 1986 num início de época muito conturbado em Alvalade pois a equipa leonina tinha um plantel curtíssimo que demorou muito tempo a compôr. Alinhou pela 1ª vez de verde e branco na apresentação da equipa aos sócios, a 3 de Agosto (0-0 com o Arsenal). Estreou-se oficialmente (com o treinador Manuel José) a 6 de Setembro num Sporting-Salgueiros (1-0) para o Campeonato. Marcou o 1º golo a 26 de Abril de 1987 numa goleada ao Marítimo por 6-1. Nessa 1ª temporada de verde e branco jogou muitas vezes (25 presenças – a maioria das quais saído do banco) mas não conseguiu superar a concorrência de Mário Jorge (numa das suas melhores épocas) na esquerda do meio-campo. Já bem dentro da 2ª metade da época chegou ao comando técnico da equipa o inglês Keith Burkinshaw que apostava claramente na utilização de extremos “puros” e o brasileiro começou a ganhar mais espaço na equipa. Na meia-final da Taça de Portugal realizada nas Antas (triunfo por 1-0 com um golaço do também brasileiro Mário aos 120 minutos), Silvinho realizou talvez a sua mais extraordinária...