Chana

Vítor Manuel dos Santos Carvalho nasceu a 6 de Dezembro de 1952 no Estoril. Popularizado no Hóquei em Patins por Chana, é a figura cimeira da História da modalidade no Sporting. Foi nos seus tempos de juventude o melhor jogador da “fábrica” de hóquistas que constituia a Juventude Salesiana, tendo rumado ao Sporting em 1972. Dono de uma magnífica técnica, grande agilidade e com dotes de goleador inigualável, esteve 10 anos em Alvalade onde ganhou tudo o que havia para ganhar – uma Taça dos Campeões Europeus (1977), uma Taça das Taças (1981), 5 Campeonatos Nacionais (de 1975 a 1978 e 1982) e duas taças de Portugal (1976 e 1977). Em 1977 fez parte daquela que é para muitos considerada a melhor equipa de clube de sempre do Hóquei em Patins ao lado de Ramalhete, Sobrinho, Rendeiro e Livramento. Este “cinco maravilha” ganhou tudo o que havia a ganhar pelo Sporting (no que diz respeito à Taça dos Campeões europeus foi a 1ª de uma equipa portuguesa) e por Portugal. Em 1978 chegou a acumular as funções de jogador com as de treinador em Alvalade. Jogou 117 vezes (226 golos) pela seleção nacional conquistando 2 Campeonatos do Mundo (1974 e 1982) e 3 Campeonatos da Europa (1973, 1975 e 1977). Foi ele quem convenceu António Livramento a jogar no Sporting, outro aspeto importante da sua biografia desportiva e que em muito beneficiou o percurso leonino na...

Filipe Luís

Filipe Marques Luís nasceu a 4 de Dezembro de 1922. Foi um dos grandes atletas da História do Sporting, clube ao qual chegou em 1947 proveniente do Belenenses (onde já fôra Campeão de Portugal dos 10.000 metros). Decorria o mês de Março quando se tornou um nome badalado no desporto português em virtude do seu triunfo no Campeonato Nacional de Crosse disputado na Tapadinha, com uma prova brilhante. 5 meses depois o atleta leonino conquistava os títulos nacionais dos 5.000 (16m02,5s) e 10.000 (33m44,5s) metros lançando-se definitivamente para a ribalta. Aliás, a sua ascensão foi meteórica, pois nessa 1ª época venceu tudo o que havia para vencer no Crosse nacional. No ano seguinte o sportinguista continuou na mesma “onda”. Atleta de ritmo firme e muito certo, Filipe Luís bateu o recorde nacional dos 15km em estrada com 50m48,2s, e no Crosse voltou a vencer tudo. Entretanto, com homens como Fernando Carvalho, Álvaro Conde e Manuel Nogueira (para além de Filipe Luís) o Sporting ia dominando todas as provas de Crosse como queria, e os especialistas “começaram” a sugerir que contassem para as classificações os 5 primeiro classificados de cada equipa, e não os 3 primeiros como se verificava. Em 1951 e 1952, Filipe Luís voltou a ser Campeão Nacional de Crosse, tornando-se vencedor da competição por 4 vezes. Também no Campeonato de Meio Fundo (em estrada e na extensão de 15km), venceu pela 5ª vez em 1952. Para além disso ia triunfando em quase todas as provas particulares em Crosse. Na passagem de ano de 51 para 52 foi 11º na São Silvestre de São Paulo (a mais importante...

Brito

Manuel Joaquim Brito “nasceu” a 4 de Dezembro de 1947 (ao que dizem esta terá sido a data do seu registo, pois a data real do seu nascimento fôra a 17 de Agosto) em São Vicente – Cabo Verde. Ingressou no Andebol junior do Sporting em 1964. Desde o início da sua carreira que mostrou qualidades muito acima da média na modalidade que escolheu. Esteve 23 anos no Sporting como jogador. Participou em todas as épocas no inédito penta-campeonato alcançado pelo clube (de 1969 a 1973), tendo ainda ganho um tetra- campeonato entre 1978 e 1981, e outro título em 1984. Taças de Portugal foram 5 (1972, 1973, 1975, 1981 e 1983). Como treinador fez um trabalho assinalável nas camadas jovens verde e brancas (com vitórias no Campeonato de Juvenis em 1985, no Campeonato de Juniores em 1997 e na Taça Nacional de Juniores em 1998), enquanto nos seniores alcançou duas Taças de Portugal – em 1989 e 1998. Está considerado por muitos apaixonados pela modalidade como o melhor andebolista português de sempre. A sua técnica e visão de jogo contribuiram largamente para que o Sporting conquistasse o predomínio da modalidade em Portugal. Foi internacional português 57 vezes, onde atingiu os seus pontos mais altos com a participação em 2 campeonatos do mundo. Entre tantas conquistas, Manuel Brito foi distinguido com vários galardões, entre eles o Prémio Stromp (1977), a Medalha de Mérito do Sporting, a Menção de Honra do Comité Olímpico de Portugal e o Prémio Rugidos de Leão. Nos primeiros dias de Maio de 2011 foi homenageado numa confraternização de ex-juvenis e juniores do andebol do Sporting, que teve...

Cândido Rosa Rodrigues

Cândido Rosa Rodrigues nasceu em Lisboa. Os amigos chamavam “Candinho” e com os seus irmãos António (Neco), José e Jorge eram conhecidos pelos “manos Catatau”. Foram das primeiras grandes figuras do futebol português. Em 1904 foi um dos fundadores e dos primeiros 24 associados do Grupo Sport Lisboa – um dos clubes de que viria a resultar o Benfica, mas em meados de 1907 fez parte do grupo de futebolistas do GSL que se mudou para o Sporting, atraído pelas melhores condições proporcionadas pelo clube leonino. Cândido estava proibido pelo seu pai – o “velho Catatau”, tal como o seu irmão Neco, de jogar pelo Grupo Sport Lisboa, pois o clube de Belém treinava às escuras, e o seu irmão chegara a fraturar um braço… Fez parte da primeira equipa oficial do Sporting, a que defrontou o Grupo Sport Lisboa no dia 1 de Dezembro de 1907 e que venceu por 2-1. Mais do que isso, foi Cândido a fazer o 1º golo oficial da História leonina, nesse mesmo jogo! Por essa altura era mesmo a principal figura da equipa no seu posto de interior-direito, posição onde jogou quase sempre na sua carreira, com exceção de uma ou outra época em que derivou para interior-esquerdo para que António Stromp jogasse na extrema-direita e António Rosa Rodrigues (anterior extremo) como interior do mesmo lado. Em 1911/12 foi um dos capitães da equipa sportinguista, um posto que tinha enorme importância na altura. A 3 de Novembro de 1912 o Sporting inaugurou o seu novo Estádio. Para tal instituiu a Taça Visconde Alvalade a disputar com o Boavista (a duas mãos) e os...

Armando Aldegalega

Armando Rodrigues Aldegalega nasceu a 23 de Novembro de 1937 em Setúbal. Foi atleta do Sporting desde 1956. Salientou-se pela 1ª vez no Regional de Crosse de 1958, onde com o seu 4º lugar ajudou a equipa formada ainda por Joaquim Ferreira e Dias dos Santos a obter a vitória. A partir de 1961 ganhou estatuto de 1ª figura do Crosse nacional ao ajudar a equipa do Sporting a vencer tudo a esse nível. Na mesma época obteve o seu 1º título regional de pista (nos 10.000 metros). A 25 de Junho de 1962 a estafeta leonina dos 4X1.500 metros, com Aldegalega, Joaquim Ferreira, Manuel Marques e Manuel Oliveira bateu o recorde ibérico, com o tempo de 16m11,6s. 2 meses depois ganhou pela 1ª vez um título nacional de pista, ao triunfar nos 10.000 metros. Em Abril de 1964 venceu pela 1ª vez a Maratona Nacional, com mais de 21 minutos de avanço do 2º – o seu colega Álvaro Conde. 3 meses depois bateu 3 recordes nacionais numa só corrida (o dos 15km, o da hora e o dos 20km, com 1h03m56,6s). A 10 de Abril de 1966 sagrou-se novamente campeão nacional da especialidade, estabelecendo a melhor marca nacional de sempre com 2h27m09s. Em Setembro de 1967 venceu o seu 1º Campeonato de Portugal individual de 5.000 metros, feito que repetiu no ano seguinte, nos 3.000 obstáculos, e passados 2 anos nos 5.000 e 10.000 metros. Em Abril de 1971 Aldegalega voltou a brilhar na Maratona, sagrando-se de novo campeão nacional, e batendo novo máximo nacional, agora com 2h20m42,6s. Nos Jogos Olímpicos de 1972 em Munique esperava-se muito de...

Francis Obikwelu

Francis Obirah Obikwelu nasceu a 22 de Novembro de 1978 na cidade de Onisha, Nigéria. Filho de um futebolista, começou pelo “desporto rei” o seu percurso, mas uma lesão aos 14 anos levou-o a “transferir-se” definitivamente para o Atletismo. Em 1994 marcou presença nos Mundiais de Juniores em Portugal, e com 3 “irmãos” da seleção nigeriana ficou por cá, tendo ido para o Algarve trabalhar nas obras, enquanto Sylvester Omodiale e Wilson Ogbeide ficavam em Lisboa. Na escola foi aprendendo português, e uma das suas professoras conseguiu que em Março de 1995 chegasse a Lisboa. Foi então encaminhado para o Belenenses e recebido de braços abertos. Passou a ter casa, comida, treinador e algum dinheiro, o que aos 17 anos, e com o nível de vida a que estava habituado, era para ele fantástico. Em 1996 foi campeão mundial de juniores nos 100 e 200 metros, fixando os seus recordes pessoais em 10,12s e 20,24s, enquanto nos Jogos Olímpicos de Atlanta chegou pertíssimo da final dos 200 metros. No final dessa ótima época transferiu-se para o Sporting. Em Alvalade encontrou um ambiente extraordinário e a companhia de Sylvester e Wilson. Com Fausto Ribeiro como técnico, mudou completamente a sua forma de treinar e o seu sonho de conquista de uma medalha nos Jogos Olímpicos tornava-se cada vez mais viável. A sua 1ª medalha internacional foi conquistada nos 200 metros dos Campeonatos do Mundo de pista coberta em 1997 e daí para cá acumulou inúmeros títulos e medalhas. Em Outubro de 2001 tornou-se cidadão português. Do seu palmarés constam uma Taça do Mundo dos 200 metros (2002), 2 Campeonatos da Europa...

Dionísio Castro

Dionísio da Silva Castro nasceu a 22 de Novembro de 1963 em Fermentões – Guimarães. Tal como Domingos, o seu irmão gémeo, deu os primeiros passos no Atletismo ao serviço do Lameirinho. Em 1984 passou para a equipa da Grundig e no ano seguinte ingressou no Sporting trazido por Moniz Pereira, que assim o juntou ao irmão. Deparou-se desde o início da sua estada em Alvalade com o problema de não ser tão talentoso como Domingos, mas manteve sempre uma excelente relação com o irmão, aproveitando todas as oportunidades (e foram muitas) para se afirmar como um atleta de eleição, dos melhores que alguma vez passou pelo Sporting. Ajudou a turma leonina a conquistar 7 títulos de Campeão Europeu de Crosse, chegando inclusivamente à vitória individual em 1990 e aí as suas afirmações foram elucidativas: “É uma vitória com um significado muito especial. Tenho sido marginalizado porque tenho ficado sempre em 2º lugar, só que sempre atrás de um dos melhores atletas do mundo. Provei aqui que tenho muito valor. Com esta vitória tenho de perder os meus complexos de inferioridade, e ver o Domingos mais como adversário que como irmão.” Nesse mesmo ano,a 31 de Março, atingiu um dos pontos máximos da sua carreira ao bater o recorde do mundo dos 20.000 metros em pista, com 57m18,4s, ficando, na mesma prova, a 1 metro do recorde do mundo da hora… Acrescente-se que Dionísio Castro foi convidado para a corrida para servir de “lebre” (até aos 15kms), só que o sportinguista prosseguiu em prova, aos 18kms isolou-se e nunca mais ninguém o apanhou! O máximo mundial de Dionísio só durou...

Domingos Castro

Domingos da Silva Castro nasceu a 22 de Novembro de 1963 em Fermentões – Guimarães. Começou a correr no Lameirinho em 1982, ingressando no Sporting 2 anos mais tarde. “Descoberto” por Moniz Pereira, por quem foi treinado até 1992, esteve depois sob a orientação de Bernardo Manuel. Sempre foi um atleta de grande raça e muito cedo começou a dar nas vistas de verde e branco. Em pista foi campeão ibérico dos 10.000 metros (1992), campeão de Portugal dos 5.000 metros por 3 vezes (1986, 1987 e 1989) e dos 10.000 metros em outras 3 ocasiões (1986, 1987 e 1992). Para além disso ajudou o Sporting coletivamente a sagrar-se campeão nacional de pista por 6 vezes. No Corta-mato foi campeão nacional por equipas 10 vezes (com 4 títulos individuais em 1990, 1993, 1994 e 1998). Teve presença ainda na conquista de 7 Taças dos Campeões Europeus (alcançando 5 triunfos individuais). Internacionalmente a sua 1ª grande vitória ocorreu nos Jogos da Boa Vontade em 1986, nos 10.000 metros. No ano seguinte foi 2º nos 5.000 metros dos Campeonatos do Mundo de Roma. Em 1992 fez parte da equipa nacional que se classificou em 2º lugar no Campeonato do Mundo de estafetas em estrada. No ano seguinte ajudou Portugal no 3º lugar obtido no Campeonato do Mundo de Crosse. Em 1995 foi 2º no Campeonato da Europa de Crosse de Ainwick. Finalmente, em 1999, foi um dos atletas que conquistaram para Portugal o 3º lugar nos Campeonatos do Mundo de Crosse. Em Jogos Olímpicos esteve muito perto da medalha em 1988 nos disputados em Seul na prova de 5.000 metros, mas...

Venâncio

Pedro Manuel Regateiro Venâncio nasceu a 21 de Novembro de 1963 em Setúbal. Foi no Vitória que começou a jogar futebol, mas ainda júnior chegou ao Sporting. Estreou-se oficialmente a 22 de Agosto de 1982 (com o técnico António Oliveira) num Sporting-Marítimo (1-0) para a 1ª jornada do Campeonato Nacional. Logo nessa 1ª temporada assumiu-se como grande promessa sportinguista e do futebol português (20 presenças) e não viria a dececionar. Na temporada seguinte voltou a jogar com alguma regularidade, mas foi com John Toshack, em 1984/85, que se começou a tornar uma referência no setor defensivo do Sporting (24 jogos e 5 golos). Marcou o 1º golo em partidas oficiais a 26 de Agosto de 1984 numa receção ao Vitória de Guimarães (3-0) para o Campeonato. Os técnicos foram passando por Alvalade, os parceiros de setor também, mas Venâncio mantinha ano após ano o seu posto como central de marcação no “onze” leonino. Praticamente, só por lesão não alinhava, e a verdade é que neste particular não se pode dizer que fosse um homem de sorte (somou 6 operações aos joelhos devido a um problema congénito tardiamente detetado). Marcou o seu último golo pelos leões em Penafiel, a 26 de Agosto de 1990 num triunfo por 5-2. A sua época derradeira na equipa sportinguista foi a de 1991/92 (com Marinho Peres e António Dominguez) e mesmo nessa altura era habitualmente titular. Jogou pela última vez a 3 de Maio de 1992 na Madeira frente ao Marítimo (0-1). Totalizou 10 épocas nas equipa principal do Sporting tendo realizado 268 jogos e marcado 14 golos. Ganhou duas Supertaças. Deixou a imagem...

Naide Gomes

Enezenaide do Rosário da Vera Cruz Gomes nasceu a 20 de Novembro de 1979 e veio com 11 anos de S. Tomé e Príncipe (terra de onde é natural) para Lisboa. Esta é uma curta História daquela que é a melhor atleta de sempre do Sporting! Nas aulas de Educação Física cedo mostrou habilidade para o salto em altura, ganhando aos rapazes todos! Por isso a encaminharam para um clube de Atletismo, o Clamo, já extinto. Depois passou pelo Ginásio do Sul, Belenenses e JOMA. Aos 17 anos pediu a nacionalidade portuguesa, que só acabaria por ser confirmada em Maio de 2001. Chegou ao Sporting cumprindo um sonho de sempre no início da temporada de 1997/98. Naide (o diminutivo de Ezenaide) é uma sportinguista de gema, a única da família, e não era raro vê-la chorar em criança quando as coisas corriam mal aos leões. Antes de ir para qualquer prova ouve sempre música repousante, que é o seu “doping”. Gosta da chuva a adora dançar. Não esconde que um dos momentos mais marcantes da sua vida foi quando se estreou nos Jogos Olímpicos, em representação de S. Tomé e Principe, o pais onde nasceu. Recebeu o Prémio Stromp por 7 vezes (2003, 2004, 2005, 2006, 2007, 2008, e 2010), um feito inédito na História do Sporting Clube de Portugal. A 16 de Março de 2015 anunciou o fim da sua carreira, aos 35 anos, devido a uma lesão prolongada: “Convidei-vos para anunciar que nós terminámos a nossa carreira, depois de longos anos e de muitos sucessos e também insucessos. Já chorei muito, já ri muito, mas principalmente rimos juntos. Vivemos...
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