Phil Babb – O “xerife” da defesa no título de 2002

Philip Andrew Babb nasceu a 30 de Novembro de 1970 em Lambeth – Inglaterra mas tem nacionalidade irlandesa. Começou por jogar no Millwal, passando depois por Bradford e Coventry (ao serviço do qual foi ao Mundial de 1994 em representação da República da Irlanda) até chegar ao Liverpool onde atingiu o pico da carreira em Inglaterra. Na temporada 1999/00 foi emprestado (com surpresa – após 5 bons anos no Liverpool) ao Tranmere Rovers e daí ao Sporting foi um pequeno passo. Chegou a Alvalade no início da temporada 2000/01 (numa altura em que já era um jogador de “nome feito”) para fazer concorrência  a Beto e André Cruz no centro da defesa. Estreou-se oficialmente (com o treinador Augusto Inácio) a 3 de Novembro de 2000 num triunfo em Alvalade frente à União de Leiria por 4-0 para o Campeonato Nacional. Marcou o 1º golo a 30 de Dezembro numa vitória por 4-1 sobre o Leixões para a Taça de Portugal. A sua sobriedade e segurança logo deram nas vistas mas, ainda assim, não conseguiu ser regularmente titular, pois a dupla do ano anterior – Beto e André Cruz (da equipa que tinha chegado ao título) permaneceu intocável. Para 2001/02 chegou Laszlo Bölöni ao comando técnico da equipa. O técnico romeno achava a fiabilidade de Babb imprescindível, e por isso fez derivar Beto (ou Quiroga) para a direita da defesa, colocando o irlandês a fazer dupla com André Cruz. Phil Babb fez 39 jogos, assumindo-se como o “xerife” da defesa leonina. A 27 de Abril de 2002 alinhou pela última vez de “leão ao peito” num empate em Setúbal (2-2)...

Paulo Torres – Um canhoto com pontapé fortíssimo

Paulo Manuel Banha Torres nasceu a 25 de Novembro de 1971 em Évora.  Começou por jogar num clube da terra, o SL Évora, e com apenas 13 anos foi recrutado pelo Sporting. Chegou rapidamente a internacional. Foi vice-Campeão da Europa de sub-16 (1988), vice-Campeão da Europa de sub-18 (1990) e Campeão Mundial de sub-20 (1991), tendo sido considerado o 3º melhor jogador dessa prova realizada em Portugal, na qual foi o melhor marcador da Seleção com 3 golos. Estreara-se oficialmente pela equipa principal (com o treinador Pedro Rocha) bem antes, a 1 de Novembro de 1988, num triunfo em Alvalade por 5-0 frente ao Almansilense para a Taça de Portugal. Esse foi a sua única presença da temporada. Na época seguinte, apesar de ainda muito jovem, começou a fazer concorrência séria a Leal e a Valtinho, realizando 11 jogos. Em 1990/91, com Marinho Peres, voltou a jogar menos (apenas duas presenças) o mesmo acontecendo no ano que se seguiu (8 jogos). Em 1992/93, com Bobby Robson, alinhou em 13 jogos e marcou pela 1ª vez, a 2 de Maio de 1993, num triunfo em Guimarães por 3-2. 1993/94 (primeiro com Bobby Robson e depois com Carlos Queiroz – que já o conhecia bem das seleções jovens) foi a sua época de afirmação, ao ponto de ser dos mais utilizados da equipa (43 jogos) e de se salientar também pelo remate fortíssimo, sobretudo na marcação de livres (5 golos). Subitamente a sua “estrela” empalideceu. Carlos Queiroz começou a preteri-lo em favor de Vujacic na esquerda da defesa. Nuno Valente surgiu e Pedrosa veio do Salgueiros. Após 7 jogos apenas em...

Marinho – Lateral-direito de “fibra” 100% “made in” Sporting

Mário Teixeira da Costa (conhecido por Marinho nos meios futebolísticos) nasceu a 24 de Novembro de 1970 em Sengen – Alemanha. Com apenas 8 meses veio para Portugal e aos 13 anos iniciou o seu percurso na formação, sempre no Sporting. Estreou-se oficialmente (com o treinador Vítor Damas) a 8 de Março de 1989 numa receção ao Vizela para a Taça de Portugal (4-1), alinhando no meio-campo, e essa seria mesmo a sua única aparição da temporada. Na época seguinte começou a jogar mais vezes (15 presenças) e na parte final, com Raúl Águas, passou a ser utilizado na posição em que mais se viria a notabilizar – defesa-direito, sucedendo a João Luís, um brasileiro de bom nível. Para 1990/91 chegou Marinho Peres, e o seu homónimo voltou a estar a maior parte do tempo no banco e na bancada, até porque Carlos Xavier passou a ser aposta consistente para a lateral-direita, mas no ano seguinte tudo mudou – Marinho impôs-se definitivamente e foi o jogador mais utilizado como defesa-direito, mostrando-se um elemento muito pendular e com muita “fibra”. Com a chegada de Bobby Robson houve, em 1992/93, uma grande disputa entre Marinho e Nelson (um Campeão do Mundo de sub-20 entretanto chegado) pela titularidade. Ainda assim Marinho voltou a ser o mais utilizado (24 presenças), o mesmo não acontecendo na época seguinte, pois Carlos Queiroz apostou claramente em Nelson e as suas raras aparições aconteceram mais no meio-campo. 1994/95 acabou por ser a sua última época no clube, tendo feito apenas 1 jogo (o último de verde e branco), na Taça de Portugal (a 4 de Dezembro de...

Venâncio

Pedro Manuel Regateiro Venâncio nasceu a 21 de Novembro de 1963 em Setúbal. Foi no Vitória que começou a jogar futebol, mas ainda júnior chegou ao Sporting. Estreou-se oficialmente a 22 de Agosto de 1982 (com o técnico António Oliveira) num Sporting-Marítimo (1-0) para a 1ª jornada do Campeonato Nacional. Logo nessa 1ª temporada assumiu-se como grande promessa sportinguista e do futebol português (20 presenças) e não viria a dececionar. Na temporada seguinte voltou a jogar com alguma regularidade, mas foi com John Toshack, em 1984/85, que se começou a tornar uma referência no setor defensivo do Sporting (24 jogos e 5 golos). Marcou o 1º golo em partidas oficiais a 26 de Agosto de 1984 numa receção ao Vitória de Guimarães (3-0) para o Campeonato. Os técnicos foram passando por Alvalade, os parceiros de setor também, mas Venâncio mantinha ano após ano o seu posto como central de marcação no “onze” leonino. Praticamente, só por lesão não alinhava, e a verdade é que neste particular não se pode dizer que fosse um homem de sorte (somou 6 operações aos joelhos devido a um problema congénito tardiamente detetado). Marcou o seu último golo pelos leões em Penafiel, a 26 de Agosto de 1990 num triunfo por 5-2. A sua época derradeira na equipa sportinguista foi a de 1991/92 (com Marinho Peres e António Dominguez) e mesmo nessa altura era habitualmente titular. Jogou pela última vez a 3 de Maio de 1992 na Madeira frente ao Marítimo (0-1). Totalizou 10 épocas nas equipa principal do Sporting tendo realizado 268 jogos e marcado 14 golos. Ganhou duas Supertaças. Deixou a imagem...

Carlos Jorge – Um central forte fisicamente

Carlos Jorge Camacho Dantas nasceu a 8 de Novembro de 1966 no Funchal. Depois de ter feito quase toda a formação no Barreirense da sua cidade chegou ao Marítimo ainda júnior, e lá encetou um trajeto interessante (com 1 único ano de interrupção no União da Madeira), chegando a capitão da equipa e mostrando-se um defesa-central pujante e eficaz no jogo aéreo. Com alguma naturalidade acabou por despertar o interesse do Sporting de Sousa Cintra, que tinha ficado sem Venâncio e Luizinho (os dois centrais titulares da época anterior). Estreou-se oficialmente (com o treinador Bobby Robson) a 22 de Agosto de 1992 num Sporting-Tirsense (0-0) da 1ª jornada do Campeonato Nacional mas não se fixou na equipa, pois o técnico inglês preferiu Peixe e Pedro Barny (outra aquisição, proveniente do Boavista). Ainda assim realizou 13 jogos. Na temporada seguinte voltou a jogar pouco (agora a opção mais habitual recaiu na dupla Valckx-Vujacic), aparecendo apenas com algum destaque já em final de época. A 2 de Junho de 1994 fez 2 golos no jogo da última jornada do Campeonato frente ao Paços de Ferreira (3-1), e foram mesmo esses os seus únicos golos de verde e branco. Alinhou pela última vez 8 dias depois, na finalíssima da Taça de Portugal perdida frente ao FC Porto por 2-1 no prolongamento. Totalizou duas épocas, 29 jogos oficiais e 2 golos pelo Sporting. Regressou então ao Marítimo onde fez várias épocas mais, acabando a carreira em 2001 e ficando ligado ao...

Morato – Capacidade de liderança e sentido posicional

António Maurício Farinha Henriques Morato nasceu a 6 de Novembro de 1964 em Lisboa. Com um pai (com o mesmo nome) que jogara com algum relevo no Sporting, cedo chegou a Alvalade, tornando-se um bom “produto” das escolas leoninas. Internacional em todos os escalões jovens, estreou-se oficialmente (com o técnico Jozef Venglos) pela equipa principal a 1 de Abril de 1984 num Sporting-Vitória de Setúbal (3-1) para o Campeonato Nacional. Nessa temporada ainda teve tempo para fazer 5 jogos, mas foi no ano seguinte, com John Toshack, que se lançou definitivamente para a ribalta no centro da defesa leonina. Em 1985/86, com Manuel José, foi titularíssimo, apontando o 1º golo ao serviço do clube a 17 de Novembro de 1985 num triunfo em Ponte de Sôr (2-1) para a Taça de Portugal. Iniciou nessa temporada uma habitual dupla com Venâncio, que perdurou vários anos. Até ao final da época 1988/89 foi sempre uma peça importantíssima na equipa, da qual chegou mesmo a capitão (no último ano). Em Junho de 1989, surpreendentemente, o ainda presidente Jorge Gonçalves deu “permissão” a Pinto da Costa para negociar a sua saída para o FC Porto, o que se veio a concretizar. Curiosamente, 5 anos exatos após a sua estreia oficial pelos seniores, fez o último jogo (a 1 de Abril de 1989) em Portimão (derrota por 3-1), tendo “acabado” como capitão. A 15 de Outubro de 1988 fizera o último golo – num Sporting-Boavista (1-1). Ao longo de 6 temporadas realizou um total de 178 jogos oficiais ao serviço do Sporting, nos quais marcou 6 golos. Ganhou uma Supertaça (1987/88). Deixou a imagem...

Nelson – Lateral-direito de muito bom nível

Fernando Nelson Jesus Vieira Alves nasceu a 5 de Novembro de 1971 no Porto. No clube azul e branco fez a formação, como avançado.  Em 1990/91 estreou-se nos seniores, no Salgueiros, onde começou a dar nas vistas (Filipovic colocou-o a jogar na direita da defesa). No final da época, após se ter sagrado Campeão do Mundo de sub-20, foi contratado para o Sporting pelo presidente Sousa Cintra. A 1ª temporada não foi fácil. Perante a concorrência de Marinho e João Luís realizou apenas 3 jogos, o 1º dos quais (sob o comando de Marinho Peres) logo na abertura da época, numa receção ao FC Famalicão (3-0). No ano seguinte chegou Bobby Robson, e Nelson ganhou protagonismo ao alternar com Marinho na titularidade (19 presenças). Em 1993/94, mais maduro e “mais jogador”, ganhou o estatuto de titular, a ponto de ser o futebolista mais utilizado no plantel comandado por Robson (primeiro) e Queiroz (depois). Fez 46 partidas e marcou o 1º golo de verde e branco num Sporting-Farense (3-1) a 6 de Março de 1994. Manteve a bitola em 1994/95 e conquistou finalmente um título – a Taça de Portugal (com 2-0 ao Marítimo). Na temporada que se seguiu esteve brilhante. Jogou 46 vezes (ganhou a Supertaça ao Porto) e acabou contratado pelo Aston Villa para lamento de todos os sportinguistas. Alinhou pela última vez na tristemente recordada final da Taça de Portugal (em que foi assassinado um adepto sportinguista) perdida por 3-1 perante o Benfica (18 de Maio de 1996). Assim, esteve um total de 5 épocas na equipa principal do Sporting tendo realizado 153 jogos oficiais e marcado...

Fernando Mendes – Irreverência pelo corredor esquerdo

Fernando Manuel Antunes Mendes nasceu a 5 de Novembro de 1966 em Setúbal. Deu os primeiros pontapés na bola no Montijo mas chegou ao Sporting ainda muito novo (para o escalão de iniciados). Nas camadas jovens foi regularmente internacional e rapidamente se tornou uma grande esperança do futebol sportinguista. Estreou-se oficialmente (com o treinador Pedro Gomes) no último jogo da temporada 1984/85 a 2 de Junho, num triunfo por 4-0 sobre o Vitória de Setúbal. Na época que se seguiu, sob o comando de Manuel José, ganhou o estatuto de titularíssimo (apesar da sua juventude) no lado esquerdo da defesa leonina (33 presenças). Até ao final de 1988/89 foi (num total de 4 anos) o “dono do lugar”, no qual se distinguiu sobretudo pela garra com que disputava cada lance. Para além do empenho, tinha como qualidades uma boa capacidade para cruzar, a rapidez e um razoável desempenho em termos defensivos. A 12 de Abril de 1989 alinhou pela última vez de verde e branco numa derrota no Restelo por 3-1 para as meias-finais da Taça de Portugal. Deixou o Sporting no Verão desse ano (reclamando salários em atraso) após 5 épocas na equipa principal, tendo realizado 115 jogos oficiais (sem golos marcados). Ganhou uma Supertaça (em 1987/88). Rumou então ao Benfica onde se sagrou Campeão (jogando pouco) em 1992/93. Esteve ainda no Boavista (venceu a Taça de Portugal), regressou ao Benfica (e ganhou nova Taça), e passou depois por Estrela da Amadora e Belenenses. No defeso de 1996 surpreendeu a sua contratação pelo FC Porto (apesar das boas exibições nos azuis do Restelo), e nas Antas viveu os...

Menezes – Um defesa eficaz que também chutava forte

Paulo Roberto Menezes nasceu a 4 de Novembro de 1956 no Rio de Janeiro – Brasil. Chegou ao Sporting ainda muito jovem, no defeso de 1977, proveniente do Itabuna da Baía. Estreou-se oficialmente (com o técnico Paulo Emílio) a 25 de Setembro com uma derrota em Setúbal por 2-1. Marcou o 1º golo a 2 de Abril de 1978 num 2-3 perante o Porto em Alvalade. Nessa 1ª temporada Laranjeira e Manaca eram os esteios da defesa leonina mas Menezes entrou diversas vezes na equipa (20 presenças) e conquistou a Taça de Portugal (marcou 1 golo importante na final frente ao Porto). No ano seguinte ganhou um lugar no centro da defesa (ao lado de Laranjeira). Coletivamente é que as coisas não correram bem pois não houve títulos para festejar. Tudo mudaria, no entanto, em 1979/80. Num Campeonato disputadíssimo com o Porto, foram os leões a comemorar no fim a conquista do seu 15º Campeonato Nacional. O brasileiro voltou a ser “pedra basilar” da equipa (de Rodrigues Dias, primeiro, e Fernando Mendes, depois) ao fazer 33 jogos e marcar 4 golos. A sua “estrela” começou a empalidecer em 1980/81. Derivado para o meio-campo defensivo, somou apenas 11 jogos. Jogou ainda menos (apenas 3 vezes) na gloriosa temporada 1981/82 sob o comando de Malcolm Allison, mas saiu como Campeão e vencedor da Taça de Portugal (em cuja final – a 29 de Maio de 1982 – se despediu do clube com um triunfo por 4-0 frente ao Braga). Assim, totalizou 5 temporadas no Sporting, tendo alinhado em 95 jogos oficiais e marcado 9 golos. Ganhou 2 Campeonatos Nacionais e duas...

Mário Galvão – Defesa com talento para as bolas paradas

Mário das Neves Galvão nasceu a 2 de Novembro de 1916 em Coimbra. Chegou ao Sporting no defeso de 1935, estreando-se oficialmente a 24 de Novembro (com o treinador Wilhelm Possak) num triunfo frente ao União Lisboa por 6-0 em jogo a contar para o Campeonato Regional. Na ocasião marcou também o seu 1º golo de verde e branco. Nessa 1ª temporada alinhou na esquerda do ataque (como alternativa a Francisco Lopes), realizando 13 jogos e marcando 2 golos. Contribuiu para os triunfos no Campeonato de Portugal e no Regional de Lisboa. Na temporada seguinte Possak “puxou-o” para a defesa, e seria no lado esquerdo do setor defensivo que mais se veio a notabilizar. Habitualmente ao lado de Jurado, fez 19 jogos e conquistou mais um Regional lisboeta. Em 1937/38, sob o comando de Jozef Szabo, realizou uma excelente temporada (de novo fazendo parelha defensiva com Jurado). A nível coletivo as coisas também correram “sobre rodas” com a conquista do Campeonato de Portugal (pela 4ª vez) e do penta-Campeonato lisboeta. Na época seguinte os leões foram hexa-Campeões Regionais (um recorde) e Mário Galvão voltou a destacar-se. No entanto, a temporada ficou manchada para o defesa leonino pelo facto de se ter recusado a defrontar a Académica nas meias-finais da Taça de Portugal. O caso não foi bem esclarecido e as razões do jovem futebolista não foram claramente conhecidas. A verdade é que o castigo da direção do Sporting foi exemplar – suspensão pura e simples de toda a atividade desportiva no Sporting, com a agravante do clube impedir a sua utilização em qualquer outra equipa! Quem pensou que este...
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