Filipe Luís

Filipe Marques Luís nasceu a 4 de Dezembro de 1922. Foi um dos grandes atletas da História do Sporting, clube ao qual chegou em 1947 proveniente do Belenenses (onde já fôra Campeão de Portugal dos 10.000 metros). Decorria o mês de Março quando se tornou um nome badalado no desporto português em virtude do seu triunfo no Campeonato Nacional de Crosse disputado na Tapadinha, com uma prova brilhante. 5 meses depois o atleta leonino conquistava os títulos nacionais dos 5.000 (16m02,5s) e 10.000 (33m44,5s) metros lançando-se definitivamente para a ribalta. Aliás, a sua ascensão foi meteórica, pois nessa 1ª época venceu tudo o que havia para vencer no Crosse nacional. No ano seguinte o sportinguista continuou na mesma “onda”. Atleta de ritmo firme e muito certo, Filipe Luís bateu o recorde nacional dos 15km em estrada com 50m48,2s, e no Crosse voltou a vencer tudo. Entretanto, com homens como Fernando Carvalho, Álvaro Conde e Manuel Nogueira (para além de Filipe Luís) o Sporting ia dominando todas as provas de Crosse como queria, e os especialistas “começaram” a sugerir que contassem para as classificações os 5 primeiro classificados de cada equipa, e não os 3 primeiros como se verificava. Em 1951 e 1952, Filipe Luís voltou a ser Campeão Nacional de Crosse, tornando-se vencedor da competição por 4 vezes. Também no Campeonato de Meio Fundo (em estrada e na extensão de 15km), venceu pela 5ª vez em 1952. Para além disso ia triunfando em quase todas as provas particulares em Crosse. Na passagem de ano de 51 para 52 foi 11º na São Silvestre de São Paulo (a mais importante...

2021 – Campeãs Nacionais de Corta-mato

28 de Novembro de 2021. A equipa feminina de Atletismo do Sporting Clube de Portugal conquistou, neste domingo, o Campeonato Nacional de corta-mato na competição que se realizou em Vale de Cambra, no distrito de Aveiro. As leoas somaram 29 pontos, superando o SC Braga (37) e o CD Feirense (56). A nível individual, Jéssica Augusto foi a melhor sportinguista, terminando os 8km da prova na 3ª posição com o tempo de 28m03s. Mariana Machado (SC Braga) venceu a corrida e Neide Dias (CD Feirense) foi 2ª classificada. Lia Lemos (5ª), Ana Mafalda Ferreira (8ª) e Laura Taborda (13.ª) foram as restantes atletas do Sporting CP em acção. Em masculinos, o Sporting CP foi 2º classificado com 19 pontos, ficando apenas atrás do SL Benfica (17). O SC Braga, com 49 pontos, foi 3º. Na corrida individual, Miguel Marques foi 2º, atrás do benfiquista Samuel Barata, tendo demorado 30m12s a percorrer os 10km. Rui Teixeira (3º), Rui Pinto (6º), Miguel Borges (8º), Fernando Serrão (10º), Rúben Amaral (19.º), João Pereira (28.º) e Licínio Pimentel (32.º) completaram a participação verde e branca. Esta prova foi extremamente polémica por má sinalização e grande confusão nos metros finais. O Sporting comandava a classificação quando houve enganos no percurso que tudo alteraram. Enfim, “mosquitos por cordas” que adulteraram claramente a verdade desportiva. No escalão de sub-20, o Sporting CP venceu em masculinos (24 pontos) e femininos (34 pontos), sendo que Rita Figueiredo foi mesmo a grande vencedora da sua...

Armando Aldegalega

Armando Rodrigues Aldegalega nasceu a 23 de Novembro de 1937 em Setúbal. Foi atleta do Sporting desde 1956. Salientou-se pela 1ª vez no Regional de Crosse de 1958, onde com o seu 4º lugar ajudou a equipa formada ainda por Joaquim Ferreira e Dias dos Santos a obter a vitória. A partir de 1961 ganhou estatuto de 1ª figura do Crosse nacional ao ajudar a equipa do Sporting a vencer tudo a esse nível. Na mesma época obteve o seu 1º título regional de pista (nos 10.000 metros). A 25 de Junho de 1962 a estafeta leonina dos 4X1.500 metros, com Aldegalega, Joaquim Ferreira, Manuel Marques e Manuel Oliveira bateu o recorde ibérico, com o tempo de 16m11,6s. 2 meses depois ganhou pela 1ª vez um título nacional de pista, ao triunfar nos 10.000 metros. Em Abril de 1964 venceu pela 1ª vez a Maratona Nacional, com mais de 21 minutos de avanço do 2º – o seu colega Álvaro Conde. 3 meses depois bateu 3 recordes nacionais numa só corrida (o dos 15km, o da hora e o dos 20km, com 1h03m56,6s). A 10 de Abril de 1966 sagrou-se novamente campeão nacional da especialidade, estabelecendo a melhor marca nacional de sempre com 2h27m09s. Em Setembro de 1967 venceu o seu 1º Campeonato de Portugal individual de 5.000 metros, feito que repetiu no ano seguinte, nos 3.000 obstáculos, e passados 2 anos nos 5.000 e 10.000 metros. Em Abril de 1971 Aldegalega voltou a brilhar na Maratona, sagrando-se de novo campeão nacional, e batendo novo máximo nacional, agora com 2h20m42,6s. Nos Jogos Olímpicos de 1972 em Munique esperava-se muito de...

Francis Obikwelu

Francis Obirah Obikwelu nasceu a 22 de Novembro de 1978 na cidade de Onisha, Nigéria. Filho de um futebolista, começou pelo “desporto rei” o seu percurso, mas uma lesão aos 14 anos levou-o a “transferir-se” definitivamente para o Atletismo. Em 1994 marcou presença nos Mundiais de Juniores em Portugal, e com 3 “irmãos” da seleção nigeriana ficou por cá, tendo ido para o Algarve trabalhar nas obras, enquanto Sylvester Omodiale e Wilson Ogbeide ficavam em Lisboa. Na escola foi aprendendo português, e uma das suas professoras conseguiu que em Março de 1995 chegasse a Lisboa. Foi então encaminhado para o Belenenses e recebido de braços abertos. Passou a ter casa, comida, treinador e algum dinheiro, o que aos 17 anos, e com o nível de vida a que estava habituado, era para ele fantástico. Em 1996 foi campeão mundial de juniores nos 100 e 200 metros, fixando os seus recordes pessoais em 10,12s e 20,24s, enquanto nos Jogos Olímpicos de Atlanta chegou pertíssimo da final dos 200 metros. No final dessa ótima época transferiu-se para o Sporting. Em Alvalade encontrou um ambiente extraordinário e a companhia de Sylvester e Wilson. Com Fausto Ribeiro como técnico, mudou completamente a sua forma de treinar e o seu sonho de conquista de uma medalha nos Jogos Olímpicos tornava-se cada vez mais viável. A sua 1ª medalha internacional foi conquistada nos 200 metros dos Campeonatos do Mundo de pista coberta em 1997 e daí para cá acumulou inúmeros títulos e medalhas. Em Outubro de 2001 tornou-se cidadão português. Do seu palmarés constam uma Taça do Mundo dos 200 metros (2002), 2 Campeonatos da Europa...

Dionísio Castro

Dionísio da Silva Castro nasceu a 22 de Novembro de 1963 em Fermentões – Guimarães. Tal como Domingos, o seu irmão gémeo, deu os primeiros passos no Atletismo ao serviço do Lameirinho. Em 1984 passou para a equipa da Grundig e no ano seguinte ingressou no Sporting trazido por Moniz Pereira, que assim o juntou ao irmão. Deparou-se desde o início da sua estada em Alvalade com o problema de não ser tão talentoso como Domingos, mas manteve sempre uma excelente relação com o irmão, aproveitando todas as oportunidades (e foram muitas) para se afirmar como um atleta de eleição, dos melhores que alguma vez passou pelo Sporting. Ajudou a turma leonina a conquistar 7 títulos de Campeão Europeu de Crosse, chegando inclusivamente à vitória individual em 1990 e aí as suas afirmações foram elucidativas: “É uma vitória com um significado muito especial. Tenho sido marginalizado porque tenho ficado sempre em 2º lugar, só que sempre atrás de um dos melhores atletas do mundo. Provei aqui que tenho muito valor. Com esta vitória tenho de perder os meus complexos de inferioridade, e ver o Domingos mais como adversário que como irmão.” Nesse mesmo ano,a 31 de Março, atingiu um dos pontos máximos da sua carreira ao bater o recorde do mundo dos 20.000 metros em pista, com 57m18,4s, ficando, na mesma prova, a 1 metro do recorde do mundo da hora… Acrescente-se que Dionísio Castro foi convidado para a corrida para servir de “lebre” (até aos 15kms), só que o sportinguista prosseguiu em prova, aos 18kms isolou-se e nunca mais ninguém o apanhou! O máximo mundial de Dionísio só durou...

Domingos Castro

Domingos da Silva Castro nasceu a 22 de Novembro de 1963 em Fermentões – Guimarães. Começou a correr no Lameirinho em 1982, ingressando no Sporting 2 anos mais tarde. “Descoberto” por Moniz Pereira, por quem foi treinado até 1992, esteve depois sob a orientação de Bernardo Manuel. Sempre foi um atleta de grande raça e muito cedo começou a dar nas vistas de verde e branco. Em pista foi campeão ibérico dos 10.000 metros (1992), campeão de Portugal dos 5.000 metros por 3 vezes (1986, 1987 e 1989) e dos 10.000 metros em outras 3 ocasiões (1986, 1987 e 1992). Para além disso ajudou o Sporting coletivamente a sagrar-se campeão nacional de pista por 6 vezes. No Corta-mato foi campeão nacional por equipas 10 vezes (com 4 títulos individuais em 1990, 1993, 1994 e 1998). Teve presença ainda na conquista de 7 Taças dos Campeões Europeus (alcançando 5 triunfos individuais). Internacionalmente a sua 1ª grande vitória ocorreu nos Jogos da Boa Vontade em 1986, nos 10.000 metros. No ano seguinte foi 2º nos 5.000 metros dos Campeonatos do Mundo de Roma. Em 1992 fez parte da equipa nacional que se classificou em 2º lugar no Campeonato do Mundo de estafetas em estrada. No ano seguinte ajudou Portugal no 3º lugar obtido no Campeonato do Mundo de Crosse. Em 1995 foi 2º no Campeonato da Europa de Crosse de Ainwick. Finalmente, em 1999, foi um dos atletas que conquistaram para Portugal o 3º lugar nos Campeonatos do Mundo de Crosse. Em Jogos Olímpicos esteve muito perto da medalha em 1988 nos disputados em Seul na prova de 5.000 metros, mas...

Naide Gomes

Enezenaide do Rosário da Vera Cruz Gomes nasceu a 20 de Novembro de 1979 e veio com 11 anos de S. Tomé e Príncipe (terra de onde é natural) para Lisboa. Esta é uma curta História daquela que é a melhor atleta de sempre do Sporting! Nas aulas de Educação Física cedo mostrou habilidade para o salto em altura, ganhando aos rapazes todos! Por isso a encaminharam para um clube de Atletismo, o Clamo, já extinto. Depois passou pelo Ginásio do Sul, Belenenses e JOMA. Aos 17 anos pediu a nacionalidade portuguesa, que só acabaria por ser confirmada em Maio de 2001. Chegou ao Sporting cumprindo um sonho de sempre no início da temporada de 1997/98. Naide (o diminutivo de Ezenaide) é uma sportinguista de gema, a única da família, e não era raro vê-la chorar em criança quando as coisas corriam mal aos leões. Antes de ir para qualquer prova ouve sempre música repousante, que é o seu “doping”. Gosta da chuva a adora dançar. Não esconde que um dos momentos mais marcantes da sua vida foi quando se estreou nos Jogos Olímpicos, em representação de S. Tomé e Principe, o pais onde nasceu. Recebeu o Prémio Stromp por 7 vezes (2003, 2004, 2005, 2006, 2007, 2008, e 2010), um feito inédito na História do Sporting Clube de Portugal. A 16 de Março de 2015 anunciou o fim da sua carreira, aos 35 anos, devido a uma lesão prolongada: “Convidei-vos para anunciar que nós terminámos a nossa carreira, depois de longos anos e de muitos sucessos e também insucessos. Já chorei muito, já ri muito, mas principalmente rimos juntos. Vivemos...

Atletismo leonino brilhou no 50º aniversário do FC Barcelona

Novembro de 1949. O FC Barcelona quis honrar o seu 50º aniversário (Bodas de Ouro) com um encontro internacional de Atletismo. Para isso convidou a equipa do Sporting (treinada por Mário Moniz Pereira), que arrecadou um magnífico triunfo. Álvaro Dias foi o atleta que mais impressionou, no salto em comprimento. Artur Dias na estafeta e José Cameira nos 400 metros barreiras também estiveram muito bem. Jorge Abreu venceu os 100 e 200 metros. Jorge Machado fez as melhores corridas da sua vida – nas estafetas, Rui Maia esteve ao seu nível, assim como Pena da Silva. Filipe Luís e Afonso Marques não estiveram no seu melhor, tal como João Vieira e Moniz. Manuel Silva destacou-se nas suas especialidades, assim como Emídio Ruivo, no peso. No salto em altura, Álvaro Mendes esteve regular, ao passo que João Muralha fez um ótima prestação no lançamento do dardo. O Sporting venceu por 22 pontos a equipa local. A sua vantagem foi indiscutível, numa demonstação de classe que orgulhou, mais uma vez, o país além-fronteiras. No final Moniz Pereira afirmou que o facto de a pista estar molhada obstou a que se conseguissem melhores tempos. Esta conquista foi tão marcante que a equipa foi recebida no regresso a Lisboa pela direção, representada pelo presidente, António Ribeiro Ferreira, e ainda por Garcia Branco, Oliveira Martins, Francisco Franco e Joaquim Alves. Foto (arquivo): Álvaro Dias, o atleta mais em destaque no 50º aniversário do FC...

Mário Porto – Excelente atleta de velocidade que também jogou futebol

Mário Rodrigues Porto foi um desportista multifacetado que atingiu grande relevo no Atletismo sportinguista, mas que também atuou na equipa principal de futebol. Em Junho de 1929 deu pela primeira vez nas vistas ao fazer parte da equipa leonina que venceu os 3×80 metros na Taça Salazar Carreira (na qual os leões triunfaram coletivamente). No Concurso “Os Sports” venceu os 100 e os 10×200 metros. Nos Regionais (em Julho) foi o melhor nos 4×100 metros Em Junho de 1930 venceu (a par de Denis, do CIF), os 100 metros no Concurso de Atletismo “Os Sports”, bem como a prova dos 10×200 metros. A 28 de Setembro do mesmo ano esteve absolutamente brilhante nos Campeonatos Nacionais realizados no Porto, ao vencer os 100 e 200 metros da competição. Na altura era já considerado um verdadeiro “ás” do Atletismo leonino, sendo detentor dos recordes nacionais de 100 e 4×400 metros. Era recordista do clube nos 100, 200, 4×100 e 4×200 metros. Em Outubro, venceu os 100 metros no 1º Coimbra-Lisboa em Atletismo. No mesmo mês, a 26, estreou-se oficialmente como futebolista num jogo da 2ª jornada do Regional (vitória por 2-1 no terreno do Casa Pia). Embora tenha jogado pouco, pôde festejar no final a conquista do 7º Campeonato Regional para os leões. Neste mesmo ano de 1930 ganhou responsabilidades no clube ao desempenhar o cargo de secretário da secção de Atletismo. No ano seguinte voltou a atuar na equipa principal (última época), sempre como extremo-direito, constituindo uma alternativa, pouco utilizada, ao fantástico Adolfo Mourão. Nunca chegou a marcar nenhum golo a nível oficial, mas a 10 de Junho de 1931...

Salazar Carreira

José Salazar Carreira nasceu a 2 de Novembro de 1894 em Lisboa. Foi um dos mais carismáticos e eclécticos atletas e dirigentes do Sporting, atingindo prestígio nacional e internacional. Como atleta iniciou a sua atividade no Ginásio Clube Português, ingressando no Sporting em 1912, e para sempre. Durante 25 anos competiu em Atletismo, Esgrima, Andebol, Natação, Raguêbi e Ténis, sempre com as cores verde e branca. Foi ele que introduziu o Râguebi em Portugal em 1922, e foi com ele que o Sporting se sagrou tetra-Campeão Regional entre 1927 e 1930. Também a ele se deveu o aparecimento das camisolas listadas a verde e branco, que começaram a ser utilizadas no Râguebi e mais tarde se estenderiam ao Futebol e a todas as modalidades do clube. O modelo foi inspirado no equipamento do Racing Clube de France (listado a azul e branco) que Carreira trouxera duma visita a Paris. Como atleta começou, no entanto, a dar nas vistas no Atletismo. Em 1913 já participara na equipa vencedora na estafeta 3X300 metros dos Jogos Olímpicos Nacionais, mas no ano seguinte arrasou ao triunfar, na mesma competição, nos 100, 200, 400 e 800 metros. Após o período conturbado da 1ª Guerra Mundial, na qual o desporto português viveu um período de grande marasmo, Salazar Carreira foi Campeão Nacional dos 400 metros barreiras do Pentatlo, em 1922. Até 1924, última época no Atletismo, conseguiu somar 3 títulos nacionais de 400 metros barreiras (batendo nesse ano o recorde nacional da distância com 1m04,6s) e 2 de 4X400 metros. No Andebol de 11 fez parte da equipa que ganhou o 1º Regional disputado no nosso...
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