9 de Dezembro de 1979. O Sporting seguia, a par do Belenenses, na 4ª posição do Campeonato Nacional com 15 pontos (mas menos um jogo) a 4 do FC Porto e 1 do Benfica. O Sporting-FC Porto em Alvalade era de primordial importância para os leões. A vitória não podia escapar. Numa tarde de chuviscos, relvado molhado e escorregadio, perante grande assistência (cerca de 55.000 pessoas) o Sporting, de Fernando Mendes, apresentou-se com: Fidalgo; Artur, Bastos, Eurico e Barão (Inácio); Fraguito (Marinho), Menezes e Ademar; Manuel Fernandes (cap), Manoel e Jordão. O espetáculo foi interessante porque as equipas expuseram formas de jogar muito antagónicas. Enquanto os portistas funcionaram como uma “máquina”, sempre ao mesmo ritmo mas com funções bem definidas e excelente organização, o Sporting jogou de uma forma mais “humanizada” deixando ao critério do talento dos seus elementos a decisão das jogadas. Talvez à primeira vista o método portista fosse mais eficaz (é dos livros), mas neste caso os leões levaram a melhor porque o “coração” venceu a “razão”. Faltavam 2 minutos para o intervalo quando o Sporting marcou o único golo da partida. Menezes avançou no terreno e abriu na direita em Artur (que se adiantara pelo seu flanco). O defesa-direito centrou muito bem e Jordão, rápido e ágil, voou para a bola, obtendo um belíssimo golo de cabeça. Na 2ª parte os portistas tiveram um domínio consentido pelos leões, mas raramente conseguiram criar perigo até uma jogada a 5 minutos do fim, em que Duda surgiu em excelente posição para marcar mas acabou por cair. Para sempre ficou a dúvida… rasteirado? desequilibrado pelo estado escorregadio do terreno? A verdade...
25 de Novembro de 1962. O Sporting de Juca e Armando Ferreira não começara a época da melhor maneira. Na Taça dos Campeões, eliminação na 2ª eliminatória com o Dundee United, no Campeonato Nacional derrota com o Leixões logo à 2º jornada… No entanto, a pouco e pouco, a equipa parecia subir de rendimento. Os reforços José Carlos, Osvaldo Silva (sobretudo este) e Mascarenhas iam-se entrosando cada vez mais, e a equipa começava a dar sinais de poder fazer uma boa temporada. À 5ª jornada um grande desafio – o FC Porto-Sporting nas Antas. Os portistas vinham duma vitória na Luz frente ao Benfica por 2-1, eram líderes isolados da prova e tinham o seu Estádio “cheio como um ovo”, mas este terá sido o jogo mais conseguido do Sporting no Campeonato Nacional 1962/63. A equipa leonina: Libânio; Lino (cap) e Hilário; José Carlos, Morato e David Julius; Péridis, Osvaldo Silva, Augusto, Géo e Morais. Os portistas tiveram algum azar logo na parte inicial do encontro, pois Serafim, vítima duma distensão muscular, abandonou o terreno para voltar um quarto-de-hora depois com uma coxa elástica na perna direita. O facto é que ficou visivelmente inferiorizado para o resto do jogo. A 1 minuto do intervalo o marcador funcionou pela 1ª vez. O brasileiro Augusto marcou bem um livre sobre a direita, Américo deu uma palmada da bola, mas Morais, oportuníssimo, apoderou-se dela e quase sem ângulo rematou cruzado para o fundo das malhas. O intervalo chegou, assim, com 0-1. Logo no 1º minuto da 2ª parte os portistas chegaram à igualdade. Jaime infiltrou-se pela direita e lançou Pinto (muito adiantado,...
1 de Novembro de 1976. 7ª jornada do Campeonato Nacional, hora de receção ao FC Porto. Jimmy Hagan (o treinador) e Keita (o principal reforço) eram por esses dias idolatrados pela falange leonina. O Sporting era 1º classificado com 3 pontos de avanço de Varzim e FC Porto, mas vinha de ceder os primeiros pontos com um empate surpreendente no Montijo. O jogo com os portistas revestia-se, assim, da maior importância. Hagan contra Pedroto era um confronto muito curioso. À 7ª jornada perguntava-se quem seria capaz de marcar em Alvalade. Realmente, no seu campo, os leões haviam conseguido 12-0. A verdade é que o Porto também foi impotente para o bom momento verde e branco. O 3-0 final acabou por ser exagerado para aquilo que se passou em campo. A grande diferença esteve na eficácia e pragmatismo da equipa leonina. A “crítica” apontou que: “Com uma defesa assim os portistas não vão longe”. Mas as coisas para Pedroto não tinham sido tão lineares: “Escolhido a dedo o árbitro (Inácio de Almeida) deste jogo” A equipa: Conhé; Inácio, Laranjeira (cap), José Mendes e Da Costa; Valter, Fraguito e Baltazar; Manoel, Manuel Fernandes (Marinho) e Keita. O jogo começou equilibrado, mas pouco a pouco os portistas foram ganhando algum controlo. Apesar disso, Manuel Fernandes criou a 1ª grande situação de perigo ao rematar à trave. O Sporting inaugurou o marcador aos 29 minutos. Baltazar marcou um canto da esquerda, Manuel Fernandes deu um pequeno desvio na bola e Keita surgiu livre, na meia esquerda, a tocá-la para fora do alcance de Tibi. 8 minutos depois os leões aumentaram o ativo por...
18 de Outubro de 2014. Grande expetativa rodeava o Porto-Sporting dessa tarde para a Taça de Portugal. O clima de algum confronto entre os clubes mais acicatava a já tradicional imensa rivalidade. Perante um estádio praticamente cheio, e com uma boa presença de sportinguistas, Marco Silva apresentou a seguinte equipa: Rui Patrício; Cédric, Paulo Oliveira, Maurício e Jonathan Silva; William Carvalho, João Mário (Oriol Rosell 85) e Adrien; Nani, Fredy Montero (Slimani 70) e Diego Capel (André Carrillo 77). O jogo começou com uma grande oportunidade dos leões – belo remate de Nani no poste. Logo a seguir o Porto reagiu e “cheirou” o golo numa jogada entre Jackson e Adrián. Aos 12, remate forte de Quintero a rasar a trave. A partida decorria com algum domínio do Porto, mas pouco a pouco o Sporting foi assentando jogo e roubando a iniciativa ao adversário. Aos 31 minutos, cruzamento de Jonathan e emenda desastrada de Marcano para a própria baliza – estava inaugurado o marcador. O Sporting nem pôde saborear a vantagem, pois aos 34 minutos uma excelente abertura de Quintero encontrou Jackson Martínez muito bem posicionado – o colombiano concluiu com muita classe por sobre Rui Patrício… Numa fase “louca” da partida, aos 38 minutos, Montero aproveitou muito bem uma hesitação da defensiva contrária e tocou de cabeça para Nani, que rematou seco e colocado fazendo um golaço – era o 1-2. Até ao intervalo nada de relevante aconteceu e o descanso chegou com a vantagem leonina numa 1ª parte disputadíssima. Na 2ª parte as caraterísticas do jogo não mudaram, com um Sporting muito personalizado e o Porto sempre...
18 de Outubro de 1975. O Sporting de Juca tivera um defeso agitado com as perdas de jogadores da importância de Carlos Alhinho, Dinis (ambos em litígio e ambos para o FC Porto) ou Yazalde. À equipa faltava algum ritmo competitivo, por isso o Campeonato não começou da melhor forma. À entrada para a 7ª jornada, os leões andavam pelo 6º lugar, e uma visita às Antas não vinha na melhor altura. A resposta do conjunto foi, no entanto, notável num jogo que ficou célebre e a fazer parte das histórias curiosas do futebol português devido a um golo “fantasma” que foi considerado como legítimo. A partida disputou-se sob um manto impressionante de nevoeiro, que complicou muito a vida ao árbitro Alder Dante. A equipa leonina: Damas (cap); Inácio, Zezinho, José Mendes e Da Costa (Tomé); Valter, Nélson e Fraguito; Marinho, Manuel Fernandes (Baltazar) e Chico. O Sporting entrou em jogo praticando um futebol baseado no contra-ataque, e aos 15 minutos já vencia por 2-0! Os leões marcaram o 1º golo aos 7 minutos. Num canto marcado pela direita, Chico respondeu com uma cabeçada oportuníssima, inaugurando o marcador. Ao quarto-de hora surgiu o 2-0 numa jogada muito rápida na qual a bola foi parar a Manuel Fernandes e o ex-cufista não perdoou. O FC Porto “voltou” ao jogo 2 minutos depois com um golo de Murça, em claríssimo fora-de-jogo, assinalado pelo fiscal de linha, mas ao qual o árbitro não atendeu. O intervalo chegou com 1-2, mas aos 55 minutos, solicitado por Oliveira, Gomes rematou na passada, ficando depois desolado, no chão, por a bola ter ido às malhas...
15 de Outubro de 1989. Nesse dia o Sporting recebeu o FC Porto na 5ª jornada do Campeonato Nacional. Os leões, orientados por Manuel José, tinham a hipótese de passar para a frente da classificação com uma vitória. O público presente no Alvalade foi muito, mas longe de registar uma enchente. A equipa: Ivkovic; Oceano, Luizinho, Venâncio e Leal (Cadete); Valtinho; Marlon, Douglas, Carlos Manuel (cap) e Lima (Paulinho Cascavel); Gomes. O Sporting entrou em jogo com a nítida ambição de o vencer perante um FC Porto (tímido e preocupado em fechar os caminhos para a sua baliza), comandado por Artur Jorge, que levou um verdadeiro “banho de futebol”. Os leões atuaram com uma tática em que os flancos ofensivos eram constantemente utilizados por Marlon e Lima. Foi aliás o extremo-esquerdo do Sporting a desperdiçar de forma inacreditável duas oportunidades de golo no 1º tempo – com a baliza à sua mercê e a poucos metros dela, Lima “conseguiu” atirar a bola para fora nas duas ocasiões… (diga-se que estes falhanços marcaram o futuro do extremo-esquerdo como futebolista verde e branco). Gomes (que defrontava pela 1ª vez o “seu” FC Porto) também desperdiçou isolado perante Vítor Baía – mas houve ainda várias outras situações. Para a 2ª parte o sistema e os objetivos das equipas não mudaram, mas o domínio sportinguista acentuou-se, conseguindo desenhar ótimas jogadas sobre o “tapete verde” de Alvalade mas sem eficácia. Finalmente, e quando muitos adeptos leoninos já desesperavam, o único golo da partida surgiu aos 82 minutos. Marlon subiu pelo lado esquerdo, e depois de se libertar de alguns adversários tocou para o meio na...
8 de Outubro de 2020. O Sporting conquistou, esta quinta-feira, a edição 2019/2020 da Taça de Portugal em Basquetebol (pela 6ª vez, sendo que a última tinha acontecido em 1980!), após a vitória por 87-78 sobre o FC Porto, na final realizada no Pavilhão Multiusos de Odivelas. Foi o 1º título dos leões desde a reativação do Basquetebol, que aconteceu precisamente na época que agora termina. Os leões, cujo 5 inicial foi: Shakir Smith, James Ellisor (capitão), Travante Williams, João Fernandes e John Fields, entraram a marcar, mas foi o FC Porto a assumir a vantagem no marcador desde os instantes iniciais, chegando ao final do 1º período a vencer por 27-24. A equipa orientada por Moncho López manteve sempre a dianteira no 2º período apesar de ter perdido o parcial (17-18). Os dragões chegaram ao intervalo a vencer, mas já com aproximação leonina (com John Fields em destaque) no marcador (44-42). Na entrada para os últimos 20 minutos, os comandados de Luís Magalhães conseguiram finalmente igualar as contas a 44 pontos. Após alguma alternância no marcador, um parcial de 8-0 valeu a reviravolta definitiva dos verde e brancos (de 51-50 para 51-58). O 3º período (onde James Ellisor esteve muito inspirado) teve um parcial de 9-18 e chegou com 60-53 no marcador a favor do Sporting. Essa vantagem nunca mais nos fugiu. No último período, com James Ellisor e Francisco Amiel em grande, os leões chegaram a estar a vencer por 12 pontos de diferença (76-64), aos 36 minutos de jogo. O parcial final voltou a ser favorável ao Sporting, 27-25, que confirmou o título. Com 24 pontos, James Ellisor...
5 de Outubro de 1965. Em Leria, no Estádio Municipal, decorreu a finalíssima do Campeonato Nacional de Andebol de 11 entre Sporting e FC Porto. Numa fase final onde ainda estiveram presentes o Salgueiros e o Belenenses, leões e dragões tiveram de se haver com um jogo decisivo em virtude do facto de terem chegado empatados ao final da competição. O Sporting (orientado por Joaquim Chagas) fez uma 1ª parte excecional chegando ao intervalo a vencer por 9-2, diferença que se manteve num 2º tempo bem mais equilibrado. O resultado final foi de 13-6 A equipa que teve o grande mérito de conquistar o 2º título nacional da História do Sporting em Andebol de Onze foi a seguinte: Góis; Mesquita e Pardal; António Marques (3), Gonçalves e Martins (2); Branco, Castanheira (1), Pedro Feist (2), Manuel Marques, João (2) e Jorge Feist (2). Na foto (de cima para baixo e da esquerda para a direita): Madeira da Silva, Manuel Bastos, Alfredo Abreu , (um sócio), Carlos Castanheira, Adriano Mesquita, José Branco, Joaquim Chagas, Armando Pardal, Pedro Feist, Trindade da Silva, Victor Góis, Garcia França e mais dois sócios; (um sócio), Manuel Marques, João Santos, Américo Martins, Jorge Feist, Alfredo Pinheiro, (outro sócio), António Marques, (outro sócio) e António Gonçalves...
5 de Outubro de 1929. Nesse dia o Sporting conquistou pela 4ª vez o Campeonato de Portugal de Polo Aquático. A partida decisiva disputou-se na Doca de Santo Amaro e foi disputadíssima (mesmo com alguma violência). No final o Sporting levou a melhor por 2-1 frente ao FC Porto com um bis de Carlos de Sousa. Os campeões mais utilizados foram António Gomes, Joaquim Oliveira Duarte, António Soares, Afonso Cortez (capitão de equipa), Vasco Ayala dos Prazeres, Carlos Sousa e Coelho da Costa. De realçar ainda que o Sporting juntou este título nacional ao Regional, conquistado pouco tempo antes. Ainda nos deportos náuticos, destaque para as vitórias nos Campeonatos Regionais de Lisboa de Vasco Ayala dos Prazeres (100 metros livres), Amadeu Felício (200 metros livres), Fernando Felício (400 metros livres) e Manuel Antunes (1.500 metros livres). A turma de estafetas de 4X50 metros com Vasco Ayala dos Prazeres, Amadeu Felício, Eduardo Santos e Fernando Felício, também triunfou. Também na água, Fernando Felício foi Campeão Regional de saltos e triunfou na prestigiada Travessia do Tejo (que já ía na sua 21ª edição), com o também sportinguista Afonso Cortez em 2º lugar (a 15 de Setembro). Foto: Afonso Cortez, Coelho da Costa, Carlos Sousa, António Gomes e Oliveira Duarte; António Soares e Ayala dos...
4 de Outubro de 1959. Sob o comando de Fernando Vaz o futebol do Sporting tinha a legítima pretensão de voltar aos títulos. A equipa começou a época em grande estilo. Após duas vitórias deslocou-se às Antas para defrontar os campeões nacionais do FC Porto. O Estádio portista registou uma magnífica assistência para essa partida da 3ª jornada do Campeonato Nacional. A equipa: Octávio de Sá; Lino, Morato e Hilário; David Julius e Mendes; Hugo (cap), Péridis, Fernando, Diego e Ferreira Pinto. A verdade é que o Sporting fez uma exibição magnífica. Nos primeiros minutos o jogo até foi algo equilibrado, apesar de já se notar uma melhor predisposição leonina. Aos 12 minutos surgiu o 1-0. Hugo centrou e Fernando rematou com muito pouca força. A bola ficou então na posse de Diego, que perante alguma hesitação da defesa portista, não teve dificuldades em inaugurar o marcador. O Porto não acusou muito o “toque”, e 12 minutos depois, uma bola cabeceada por Noé e devolvida pela barra, gerando grande confusão, deu alento aos “donos da casa” que passaram a assumir o domínio das operações. O empate chegou então com naturalidade. Morais marcou um livre que mais parecia um canto curto, Noé cabeceou na direção de Monteiro da Costa, que acabou por deixar para Perdigão, e este entrando de rompante fez o golo. O Sporting não tardou em responder mostrando-se uma equipa com grande saúde física e psicológica. Aos 38 minutos mais as coisas se facilitaram para os leões, pois após diversas intervenções violentas, Pedroto derrubou Péridis, recebendo ordem de expulsão. A 1 minuto do intervalo uma rápida jogada entre...