Manuel Joaquim Brito “nasceu” a 4 de Dezembro de 1947 (ao que dizem esta terá sido a data do seu registo, pois a data real do seu nascimento fôra a 17 de Agosto) em São Vicente – Cabo Verde. Ingressou no Andebol junior do Sporting em 1964. Desde o início da sua carreira que mostrou qualidades muito acima da média na modalidade que escolheu. Esteve 23 anos no Sporting como jogador. Participou em todas as épocas no inédito penta-campeonato alcançado pelo clube (de 1969 a 1973), tendo ainda ganho um tetra- campeonato entre 1978 e 1981, e outro título em 1984. Taças de Portugal foram 5 (1972, 1973, 1975, 1981 e 1983). Como treinador fez um trabalho assinalável nas camadas jovens verde e brancas (com vitórias no Campeonato de Juvenis em 1985, no Campeonato de Juniores em 1997 e na Taça Nacional de Juniores em 1998), enquanto nos seniores alcançou duas Taças de Portugal – em 1989 e 1998. Está considerado por muitos apaixonados pela modalidade como o melhor andebolista português de sempre. A sua técnica e visão de jogo contribuiram largamente para que o Sporting conquistasse o predomínio da modalidade em Portugal. Foi internacional português 57 vezes, onde atingiu os seus pontos mais altos com a participação em 2 campeonatos do mundo. Entre tantas conquistas, Manuel Brito foi distinguido com vários galardões, entre eles o Prémio Stromp (1977), a Medalha de Mérito do Sporting, a Menção de Honra do Comité Olímpico de Portugal e o Prémio Rugidos de Leão. Nos primeiros dias de Maio de 2011 foi homenageado numa confraternização de ex-juvenis e juniores do andebol do Sporting, que teve...
Ricardo José da Costa Andorinho nasceu a 14 de Novembro de 1976 em Évora. Começou a jogar Andebol no Évora Andebol Clube, mas chegou muito cedo ao Sporting (1994), com apenas 17 anos. Em Alvalade, alinhando normalmente na posição de ponta-esquerda, tornou-se um dos melhores andebolistas portugueses de sempre, vivendo momentos de consagração tanto a nível individual como coletivo. Em 2000 foi distinguido com o Prémio Stromp na categoria Atleta. No Sporting ganhou 1 Campeonato Nacional (2001), 4 Taças de Portugal (1998, 2001, 2003 e 2004) e duas Supertaças (1998 e 2002). No final da temporada 2003/04 o Andebol leonino sofreu uma grande reestruturação com forte contenção orçamental, o que o “obrigou” a deixar o clube “do seu coração” e aventurar-se em Espanha. A sua despedida ocorreu na final da Taça de Portugal ganha ao Belenenses (Junho de 2004), em Castelo Branco, por 29-23. Andorinho fez 7 golos e afirmou no final: “Sou sportinguista de alma e coração, servi o clube durante 10 anos e saio sobretudo pela questão desportiva”. Depois, numa das melhores equipas mundiais – Portland San Antonio, teve grande sucesso. No entanto, uma lesão gravíssima contraída numa partida frente ao FC Barcelona em 2008 levou-o a abandonar a alta competição prematuramente… Foi internacional português por 155 vezes, marcando 528 golos. Abraçou, entretanto, o mundo empresarial após concluir diversas formações de elevado grau em Marketing e Novas Tecnologias. Teve também funções da Federação Portuguesa de Andebol como vice-presidente. Em 2018 foi um dos homens fortes da candidatura (2ª classificada) de João Benedito à presidência do...
António de Almeida Bessone Basto nasceu a 9 de Novembro de 1945 em Algés no seio de uma família muito ligada ao desporto. O seu avô paterno, Rodrigo Bessone Basto (fundador do Sport Algés e Dafundo), era um grande apaixonado da Natação, tendo levado o neto a diversos eventos ligados com a modalidade. O pai participou nos Jogos Olímpicos de Helsínquia em 1952 – como jogador da equipa nacional de Pólo Aquático, a mãe Genoveva Rosa também praticou Natação e a irmã igualmente. Logo, foi com grande naturalidade que António Bessone Basto enveredou muito cedo pela prática desportiva. Logo aos 8 anos fez a 1ª travessia do Tejo, e aos 12 foi pela 1ª vez internacional. Nos anos 60 foi figura da Natação nacional vencendo diversos Campeonatos Nacionais, chegando a triunfar a nível ibérico e também nos jogos luso-brasileiros. Jogou Pólo-Aquático no Algés e no Sporting, mas foi no Andebol leonino, como guarda-redes, que assumiu o maior protagonismo no clube. Foram 7 os títulos nacionais conquistados numa era dourada da modalidade entre os leões, avultando o inédito penta-campeonato alcançado entre 1969 e 1973 – um feito sem paralelo em Portugal. Para além disso também venceu de verde e branco 3 Taças de Portugal, numa modalidade em que chegou por 45 vezes à internacionalização. Numa vida inteiramente dedicada ao desporto, praticou ainda Râguebi, Judo, Karaté, Basquetebol, Andebol de Onze, Ténis, Ténis de Mesa e Pesca Submarina. Tinha uma máxima: quando começava num clube em determinada modalidade não mais mudava, pois segundo as suas próprias palavras: “Não fazia sentido para mim estar inserido num grupo, convivendo e partilhando determinados objetivos e...
Nasceu a 25 de Outubro de 1960 em Almada. Era ainda um adolescente quando se iniciou no Andebol no clube da sua terra, onde se manteve até aos 20 anos, sempre a dar nas vistas. Chegou ao Sporting no Verão de 1981. Na sua 1ª época no clube, apesar de bem no plano individual, não conquistou títulos, mas a 11 de Junho de 1983 foi importantíssimo no triunfo na Taça de Portugal ao marcar 10 golos na vitória por 36-21 sobre o Encarnação (o seu 1º grande título em Alvalade). Quase 1 ano depois, a 6 de Maio de 1984, sagrou-se finalmente Campeão Nacional de verde e branco, e no jogo decisivo perante o FC Porto (29-23) apontou 4 golos. Em 1984 acumulou a função de jogador do Sporting com a de treinador da equipa feminina do Almada, e após uma temporada de 1985 “em branco”, voltou a sagrar-se campeão a 26 de Abril de 1986 numa finalíssima a 2 jogos com o Belenenses em que marcou 8 golos. Após este momento de glória saiu (um tanto surpreendentemente para o Porto), mas pelas Antas (onde não ganhou títulos) ficou apenas 1 ano, regressando prontamente ao Sporting. Em mais duas épocas de verde e branco ganhou duas Taças de Portugal consecutivas – em 1988 frente ao Belenenses (29-20) – marcou 4 golos, e em 1989 (num jogo eletrizante) perante o Benfica (22-18) – onde realizou uma excelente exibição. No final da temporada voltou a sair por 1 ano, agora para o Vitória de Setúbal. O seu 3º período como andebolista do Sporting iniciou-se em 1990. Permaneceu mais 3 temporadas como...
Fernando Miguel de Oliveira Nunes nasceu a 26 de Setembro de 1974. Começou a jogar Andebol no Seixal com apenas 11 anos, influenciado por um primo que já estava na modalidade. Logo começou a destacar-se, mostrando muito talento, e com 17 anos transferiu-se para o Vitória de Setúbal (por influência de Manuel Manita, que diz dele ser “um homem muito sensato, amigo dos seus amigos e da família, humilde, com sentido de responsabilidade e grande caráter”). Internacional português nas camadas de formação, foi Campeão Europeu de cadetes e 3º no Mundial de Juniores. Chegou a trabalhar num escritório e oficina de automóveis, mas depois dedicou-se totalmente ao Andebol pelo qual nutre verdadeira paixão. Estreou-se nos seniores pelo Vitória e rumou depois ao Ginásio do Sul. No início da temporada 2000/01 chegou ao Sporting e logo na época de estreia Fanã (como é conhecido no meio andebolístico) ganhou o Campeonato Nacional e a Taça de Portugal. Ponta-direita de excelentes recursos, ganhou a Supertaça em 2001/02 e as Taças de Portugal de 2002/03 e 2003/04. No ano seguinte regressou ao Ginásio do Sul e nas duas épocas que se seguiram foi para a Espanha, onde representou o Arrate. Voltou ao Sporting em 2007 numa fase em que o Andebol verde e branco não vivia um grande período. Anos mais tarde – em 2010, foi um dos protagonistas na conquista da Taça Challenge – a 1ª Competição Europeia ganha por um clube português de Andebol. A 27 de Junho de 2010, numa final da Taça de Portugal surpreendentemente perdida frente ao Xico Andebol, terminou uma belíssima carreira de jogador no qual se...
7 de Setembro de 1997. Depois de na época anterior terem ficado perto das vitórias no Campeonato Nacional e na Taça de Portugal mas de não terem vencido nada, Luis Hernâni e Carlos Silva mantiveram-se no comando técnico da equipa de Andebol do Sporting, partindo para a nova época com as ambições de sempre. As coisas começaram bem com os leões a conquistar a 1ª Supertaça do seu historial, derrotando no Pavilhão Municipal da Batalha o ABC de Braga por 28-18. Houve confusões criadas pela Federação Portuguesa de Andebol no que diz respeito à marcação da data da partida. O Sporting também não foi tido nem achado nesse processo, mas os bracarenses alinharam com uma equipa formada maioritariamente por juniores. Assim, apesar da vitória histórica do Sporting (na medida em que conquistou pela 1ª vez a competição), o triunfo não teve o mesmo “sabor” que teria em condições normais. A 1ª parte foi fraca por parte dos sportinguistas, talvez convencidos que venceriam facilmente perante um adversário debilitado. No entanto os bracarenses foram galhardos, e o intervalo chegou com um escasso 14-13. No 2º período o cariz do encontro mudou radicalmente, pois os leões aceleraram e a entrada de Tchikoulaev em jogo fez o nível do Andebol produzido pela equipa subir muito. O triunfo acabou por ser dilatado e os festejos finais não ultrapassaram alguma sobriedade, motivada pelo contexto da situação. O coordenador da Modalidade, Diamantino Ribeiro, afirmou no final: “Este é um título que ficará na História do clube, pois foi a nossa 1ª Supertaça. Os jogadores deram o seu melhor e por isso estão de parabéns. Apresentámo-nos no dia...
Frankis Carol Marzo nasceu a 7 de Setembro de 1987 em Guantanamo – Cuba. Tem também nacionalidade do Qatar. Chegou ao Sporting em Novembro de 2011, e apesar da sua 1ª época com as nossas cores não ter sido brilhante, os responsávei sportinguistas exerceram a cláusula de opção do seu contrato e por cá ficou até 2021 tornando-se um dos andebolistas mais categorizados de toda a gloriosa História do Andebol leonino. Alinhando normalmente na posição de central, conquistou pelo Sporting 1 Taça Challenge, 2 Campeonatos Nacionais, 3 Taças de Portugal e 1 Supertaça. Em Janeiro de 2018 foi eleito o melhor jogador da Taça da Ásia, prova que conquistou pelo Qatar. Em 2021 foi o melhor marcador do Campeonato do Mundo que se disputou no Egipto, recebendo uma proposta muito relevante do Al-Arabi SC, que o fez compreensivelmente sair do nosso clube, após 10 temporadas de grande nível (com 392 jogos e 1621 golos). Na hora de saída do Sporting afirmou: “Cheguei sem saber nada do clube e saio como um verdadeiro sportinguista. Foi um orgulho e uma honra usar a braçadeira de...
30 de Agosto de 1952. Depois de ter vencido pela 2ª vez no 2º Campeonato Regional (com 9-5 frente ao Benfica), o Andebol (de 7) do Sporting participou no 1º Campeonato Nacional com legítimas aspirações. A verdade é que os leões nunca haviam sido campeões nacionais na vertente de onze, mas na nova modalidade começaram por “dar cartas” logo de início. Após um percurso sem mácula, a equipa leonina chegou à final que se disputou no recinto de Cascais, numa noite na qual muito público esteve presente. Sporting e Glória haviam eliminado respetivamente o Belenenses e a Associação Académica. Os leões foram manifestamente superiores, aproveitando o facto de serem o clube que há mais anos praticava esta modalidade em Portugal. Uns esmagadores 19-2 foi o desnível que o marcador alcançou no final, o que não traduzia a real diferença entre as equipas mas sim o seu diferente comportamento neste jogo. A defesa sportinguista barrou sempre o caminho dos atacantes contrários e sobretudo ao seu melhor marcador, Baptista, que só conseguiu 1 golo. Entre os leões, Ernesto esteve seguro e Chagas foi o melhor elemento sobre o terreno bem secundado por Lanceiro, Hermínio e Dalié. O desafio começou com andamento lento a que só Chagas se opunha com arrancadas em velocidade. O intervalo chegou já com 10-1, mas o Sporting continuou a dominar claramente no 2º tempo, alcançando um resultado muito desnivelado. A equipa verde e branca que obteve este feito histórico foi: Ernesto; Salgueiro, Lanceiro (1), Vital, Moura (1), Hermínio (8), Chagas (5), Sousa (1) e Delié...
27 de Agosto de 1966. Ao bater o FC Porto por 25-17 o Sporting sagrou-se Campeão Nacional de Andebol pela 4ª vez após uma exibição fulgurante que pôs ao rubro Alvalade. O diminuto recinto do Sporting foi pequeno para albergar a numerosa assistência que pretendeu ver esta grande final (e também a de juniores na qual o Sporting venceu o Boavista por 20-11). Segundo o jornal “A Bola”: “Com o Pavilhão dos Desportos disponível, foi pena não se terem aí realizado as partidas pois todos lucrariam – público, jogadores, receita e modalidade”. A televisão não pôde transmitir o evento, tal como era sua intenção, pois as instalações sportinguistas não reuniram condições para tal. A chuva caiu quase initerruptamente durante todo o tempo de jogo mas não obstou a que o Sporting demonstrasse um grande superioridade sobre o seu valoroso adversário. A equipa verde e branca entrou de forma fulgurante no jogo, e cedo se adiantou no marcador desbaratando a defensiva contrária. O irrequieto Martins lançava muito bem os companheiros no ataque, e os remates imparáveis de António Marques e dos irmãos Feist acabaram por conduzir a um resultado volumoso, que acabou por estar de acordo com a marcha do desafio. O FC Porto tentou jogar mais em contra-ataque, mas não teve quaisquer hipoteses devido às suas insuficiências defensivas. No final, o triunfo leonino foi muito festejado. Os campeões: Bessone Basto; António Marques (7), Mesquita, Ramiro, Pedro Feist (7), Martins (3), Jorge Feist (5), Gonçalves (1) e Branco (2). De salientar ainda que, 3 meses antes, já os leões haviam conquistado o título...
27 de Agosto de 1961. Após bater o Benfica por 17-12 (no último jogo da prova) o Sporting arrebatou o título nacional de Andebol após 4 anos de hegemonia do FC Porto. Segundo o jornal “A Bola”: “Foi numa final emocionante e correta que o Sporting arrecadou o seu 3º título nacional de Andebol de Sete. O jogo disputou-se no rinque do Campo de Ourique, que foi pequeno para a maior enchente de sempre registada no recinto, ao ponto de todo o público, imprensa e cronometristas terem assistido à totalidade da partida em pé… Quando as equipas entraram no recinto o entusiasmo era enorme, provando que os encontros entre os 2 velhos rivais, seja em que modalidade fôr, continua a despertar as mais inusitadas paixões”. O Benfica começou o jogo da melhor maneira, e aos 10 minutos já vencia por 5-2. Sentindo o perigo o Sporting abandonou a lentidão patenteada até ao momento e entregou-se à disputa com mais ardor. Marques (um dos melhores do jogo) contribuiu em larga escala para que a equipa recuperasse e chegasse ao intervalo em vantagem por 6-5. Após o recomeço os leões não abrandaram e a vantagem foi-se alargando. A defesa jogou excelentemente e o ataque, apesar de bem marcado, soube distribiur as ocasiões de remate por todos os elementos, o que só favoreceu o grupo. Marques foi o grande pivô dum conjunto que alinhou com Soares; Mesquita (1), Patrício (7), Marques (2), José Santos (4), Aires (1), Gonçalves (1), Pincho e Brito (1). No final o ambiente na cabina do Sporting era de euforia. José Santos, o capitão, referiu: “Foi uma das maiores...