Carlos Jacinto Romão Correia nasceu a 17 de Julho de 1948 em Lisboa. Desde muito novo que esteve ligado ao desporto. Com 12 anos já praticava Ginástica no Sporting, na Rua do Passadiço, sob a orientação do Prof. Moura e Sá.
Depois tentou o Atletismo, e aí deu nas vistas no salto em comprimento, chegando mesmo ao recorde nacional de cadetes com 5m93cm -também se destacava na velocidade. Mais tarde veio o Basquetebol, no CDUL, onde chegou a internacional e a titular nos seniores (ainda com idade de junior).
Desportista nato, foi no entanto no Andebol que mais se destacou, começando logo pelos títulos regional e nacional (3º e último para o Sporting CP) na vertente de 11 em 1965/66, onde ainda não era, no entanto, um dos mais destacados elementos da equipa.
A partir de finais dos anos 60 começou a vir ao de cima a sua categoria no Andebol de 7, rapidamente chegando a internacional esperança e A.
Em 1967 obteve o seu 1º título nacional na modalidade (embora ainda pouco utilizado), mas a 19 de Abril de 1969 já marcava presença destacada na equipa leonina orientada por Matos Moura que venceu o FC Porto por 19-16 (marcou 2 golos) iniciando um até então inédito penta na modalidade. Ao lado de homens como Manuel Brito, Bessone Basto, Manuel Marques, Alfredo Pinheiro e tantos outros, fez parte de um coletivo fortíssimo que marcou uma era no Andebol nacional.
Curiosamente, vários anos depois, entre 77/78 e 80/81 foi novamente figura destacada num outro conjunto (com homens que vieram de trás com realce para Brito, mas a quem se juntaram Carlos Silva, Pedro Miguel, José Manuel, João Gonçalves, Miranda, etc.) que chegou ao tetracampeonato. A 13 de Junho de 1981, no culminar desse período áureo, num triunfo, de novo frente ao Porto, por 26-19, lá esteve Carlos Correia entre os jogadores utilizados pelo treinador Ângelo Pintado.
Para além dos 10 Campeonatos Nacionais de Andebol de 7 conquistados, Carlos Correia esteve ainda na vitória em 5 Taças de Portugal – aliás as primeiras conquistadas pelos leões, em 72, 73, 75, 82 e 83 – este o seu último grande título de leão ao peito, numa partida realizada em Coimbra a 11 de Junho de 1983 frente ao Encarnação (36-21) onde marcou 2 golos.
Em 1980 foi Prémio Stromp na categoria Atleta Amador.
Depois continuou vários anos no Sporting distribuindo os inúmeros ensinamentos em tantos anos de competição assumindo cargos técnicos nos vários escalões do clube.