António Ramalhete nasceu a 8 de Dezembro de 1946 em Monsanto. Começou no Hóquei em Patins do Benfica mas em 1974 transferiu-se para o Sporting. A sua carreira foi recheada de títulos e muito curiosa pois andou a “saltitar” entre os grandes de Lisboa. Em 1978 voltou ao Benfica e depois regressou ao convívio leonino. O seu currículo em Alvalade é impressionante, tendo conquistado uma Taça dos Campeões Europeus (1976/77), uma Taça das Taças (1984/85), uma Taça CERS (1983/84), 4 Campeonatos Nacionais (1974/75, 1975/76, 1976/77 e 1981/82), duas Taças de Portugal (1976/77 e 1983/84) e uma Supertaça (1982/83) Ao serviço da Seleção Nacional marcou uma era. Internacional por 206 vezes, foi campeão do mundo por duas vezes (1974 e 1982) e da Europa em 5 ocasiões (1971, 1973, 1975, 1977 e 1979). É considerado unanimemente um dos melhores guarda-redes da história do Hóquei mundial e também a ele o Sporting deve muito do sucesso que teve nas épocas áureas da modalidade no...
Salif Keita Traore nasceu a 6 de Dezembro de 1946 em Bamako – Mali. Começou muito cedo a revelar grande potencial para o futebol, e ainda ao serviço do Real Bamako (clube da terra) chegou a internacional maliano com apenas 16 anos. Em 1967 chegou a França – Saint-Étienne, onde teve uma carreira fantástica conquistando 3 Campeonatos e duas Taças. Em 1970 foi considerado o melhor jogador africano e em 1971 foi o 2º melhor marcador do “Championat” (42 golos). Depois de 1 ano no Marselha (1972/73) foi para Espanha (Valência) onde voltou a demonstrar todo o seu virtuosismo, a ponto de o terem batizado de “La perla negra de Mali”. Numa altura em que o número de estrangeiros por equipa era limitado, acabou por não renovar contrato (após 3 temporadas) e chegou a Alvalade fruto da sagacidade de João Rocha, no Verão de 1976. Estreou-se oficialmente (com o treinador Jimmy Hagan) a 4 de Setembro na 1ª jornada do Campeonato (3-0 ao Benfica). Fez o 1º golo (bisou) 8 dias depois num triunfo em Guimarães por 3-1. Nessa 1ª temporada de verde e branco formou com Manuel Fernandes e Manoel um trio atacante de grande categoria, mas apesar dos leões terem chegado a estar confortavelmente no comando do Campeonato acabaram por perdê-lo para o Benfica. Somou 27 jogos e 15 golos na época de estreia (2º melhor marcador da equipa a seguir a Manuel Fernandes – 22 golos). Para a temporada seguinte chegou Jordão, e o Sporting passou a contar com 4 atacantes de grande classe. No entanto, o novo avançado lesionou-se gravemente mais ou menos a meio...
Joaquim António Dinis nasceu a 1 de Dezembro de 1947 em Luanda – Angola. Chegou ao Sporting no defeso de 1969, contratado ao ASA por 550 contos (após uma luta cerrada entre os 3 grandes do nosso futebol). Estreou-se oficialmente (com o treinador Fernando Vaz) a 9 de Novembro de 1969 num triunfo por 1-0 sobre o Benfica em Alvalade para a 7ª jornada do Campeonato Nacional. Marcou pela 1ª vez logo uma semana depois (vitória em Guimarães por 2-1). No jogo que decidiu matematicamente o título para o Sporting, marcou no triunfo por 2-1 no Restelo (a 15 de Março de 1970). Logo nessa 1ª temporada em Alvalade ganhou um lugar na extrema-esquerda do ataque (30 presenças e 7 golos). Na época seguinte ganhou a Taça de Portugal, e marcou na final frente ao Benfica (4-1). Em 1972/73 voltou a ganhar a Taça (3-2 ao Vitória de Setúbal) e no ano que se seguiu fez parte da magnífica equipa de Mário Lino que conquistou a “dobradinha”, tendo-se assumido como um dos principais municiadores de Yazalde que bateu um recorde (que permanece) de 46 golos no Campeonato. Depois de 5 anos em grande destaque na equipa do Sporting acabou por não se salientar tanto em 1974/75, aquela que acabou por ser a sua última época no clube, de onde saiu de forma algo litigiosa para o Porto (ao abrigo duma nova lei de transferências e fazendo algumas acusações “à posteriori” sobre o ambiente interno em Alvalade). Alinhou pela última vez a 29 de Maio de 1975 na meia-final da Taça de Portugal perdida por 1-0 (após prolongamento) com o...
Philip Andrew Babb nasceu a 30 de Novembro de 1970 em Lambeth – Inglaterra mas tem nacionalidade irlandesa. Começou por jogar no Millwal, passando depois por Bradford e Coventry (ao serviço do qual foi ao Mundial de 1994 em representação da República da Irlanda) até chegar ao Liverpool onde atingiu o pico da carreira em Inglaterra. Na temporada 1999/00 foi emprestado (com surpresa – após 5 bons anos no Liverpool) ao Tranmere Rovers e daí ao Sporting foi um pequeno passo. Chegou a Alvalade no início da temporada 2000/01 (numa altura em que já era um jogador de “nome feito”) para fazer concorrência a Beto e André Cruz no centro da defesa. Estreou-se oficialmente (com o treinador Augusto Inácio) a 3 de Novembro de 2000 num triunfo em Alvalade frente à União de Leiria por 4-0 para o Campeonato Nacional. Marcou o 1º golo a 30 de Dezembro numa vitória por 4-1 sobre o Leixões para a Taça de Portugal. A sua sobriedade e segurança logo deram nas vistas mas, ainda assim, não conseguiu ser regularmente titular, pois a dupla do ano anterior – Beto e André Cruz (da equipa que tinha chegado ao título) permaneceu intocável. Para 2001/02 chegou Laszlo Bölöni ao comando técnico da equipa. O técnico romeno achava a fiabilidade de Babb imprescindível, e por isso fez derivar Beto (ou Quiroga) para a direita da defesa, colocando o irlandês a fazer dupla com André Cruz. Phil Babb fez 39 jogos, assumindo-se como o “xerife” da defesa leonina. A 27 de Abril de 2002 alinhou pela última vez de “leão ao peito” num empate em Setúbal (2-2)...
João Joaquim Tavares da Silva nasceu a 29 de Novembro de 1903 em Estarreja. Como futebolista nunca passou da mediania, dedicando-se mais tarde à arbitragem onde teve grande sucesso e chegou a internacional (o 2º português depois de Jorge Vieira) em 1932 (estreou-se num Espanha-Jugoslávia). Já antes iniciara o seu percurso como selecionador nacional de futebol (onde se estreou em 1931 – mas apenas permanecendo na Federação por 2 jogos). Simultaneamente dedicou-se também ao jornalismo desportivo passando por publicações como “A Bola”, “Stadium”, “Diário de Lisboa” e “O Norte Desportivo”. Foi autor também do livro “História dos Desportos em Portugal”. Em 1945 voltou à Seleção (substituindo Cândido de Oliveira) e foi sob o seu comando que Portugal venceu pela 1ª vez a Espanha e obteve a 1ª vitória “fora de portas” (Irlanda). Esse período acabou com a derrota que deu brado por 10-0 perante a Inglaterra. Na sua qualidade de jornalista desportivo “inventou” a expressão “cinco violinos” para definir o magnífico quinteto avançado do Sporting formado por Jesus Correia, Vasques, Peyroteo, Travassos e Albano. O nome, segundo ele próprio, foi inspirado na harmonia e entrosamento que os 5 jogadores revelavam em campo. Em 1951 veio mais um período na Seleção, de novo por pouco tempo. Nos primeiros dias de 1954 estreou-se como Secretário (ou orientador) Técnico da equipa de futebol do Sporting (o treinador era Jozef Szabo). Nessa temporada de sucesso os leões ganharam o Campeonato Nacional (o famoso 1º tetra do nosso Futebol) e a Taça de Portugal. Na época seguinte permaneceu em funções, mas o deficiente desempenho da equipa levou-o a sair (com Szabo) para darem lugar...
Paulo Manuel Banha Torres nasceu a 25 de Novembro de 1971 em Évora. Começou por jogar num clube da terra, o SL Évora, e com apenas 13 anos foi recrutado pelo Sporting. Chegou rapidamente a internacional. Foi vice-Campeão da Europa de sub-16 (1988), vice-Campeão da Europa de sub-18 (1990) e Campeão Mundial de sub-20 (1991), tendo sido considerado o 3º melhor jogador dessa prova realizada em Portugal, na qual foi o melhor marcador da Seleção com 3 golos. Estreara-se oficialmente pela equipa principal (com o treinador Pedro Rocha) bem antes, a 1 de Novembro de 1988, num triunfo em Alvalade por 5-0 frente ao Almansilense para a Taça de Portugal. Esse foi a sua única presença da temporada. Na época seguinte, apesar de ainda muito jovem, começou a fazer concorrência séria a Leal e a Valtinho, realizando 11 jogos. Em 1990/91, com Marinho Peres, voltou a jogar menos (apenas duas presenças) o mesmo acontecendo no ano que se seguiu (8 jogos). Em 1992/93, com Bobby Robson, alinhou em 13 jogos e marcou pela 1ª vez, a 2 de Maio de 1993, num triunfo em Guimarães por 3-2. 1993/94 (primeiro com Bobby Robson e depois com Carlos Queiroz – que já o conhecia bem das seleções jovens) foi a sua época de afirmação, ao ponto de ser dos mais utilizados da equipa (43 jogos) e de se salientar também pelo remate fortíssimo, sobretudo na marcação de livres (5 golos). Subitamente a sua “estrela” empalideceu. Carlos Queiroz começou a preteri-lo em favor de Vujacic na esquerda da defesa. Nuno Valente surgiu e Pedrosa veio do Salgueiros. Após 7 jogos apenas em...
Mário Teixeira da Costa (conhecido por Marinho nos meios futebolísticos) nasceu a 24 de Novembro de 1970 em Sengen – Alemanha. Com apenas 8 meses veio para Portugal e aos 13 anos iniciou o seu percurso na formação, sempre no Sporting. Estreou-se oficialmente (com o treinador Vítor Damas) a 8 de Março de 1989 numa receção ao Vizela para a Taça de Portugal (4-1), alinhando no meio-campo, e essa seria mesmo a sua única aparição da temporada. Na época seguinte começou a jogar mais vezes (15 presenças) e na parte final, com Raúl Águas, passou a ser utilizado na posição em que mais se viria a notabilizar – defesa-direito, sucedendo a João Luís, um brasileiro de bom nível. Para 1990/91 chegou Marinho Peres, e o seu homónimo voltou a estar a maior parte do tempo no banco e na bancada, até porque Carlos Xavier passou a ser aposta consistente para a lateral-direita, mas no ano seguinte tudo mudou – Marinho impôs-se definitivamente e foi o jogador mais utilizado como defesa-direito, mostrando-se um elemento muito pendular e com muita “fibra”. Com a chegada de Bobby Robson houve, em 1992/93, uma grande disputa entre Marinho e Nelson (um Campeão do Mundo de sub-20 entretanto chegado) pela titularidade. Ainda assim Marinho voltou a ser o mais utilizado (24 presenças), o mesmo não acontecendo na época seguinte, pois Carlos Queiroz apostou claramente em Nelson e as suas raras aparições aconteceram mais no meio-campo. 1994/95 acabou por ser a sua última época no clube, tendo feito apenas 1 jogo (o último de verde e branco), na Taça de Portugal (a 4 de Dezembro de...
Raphael Joseph Meade nasceu a 22 de Novembro de 1962 em Islington – Inglaterra. Foi “formado” nas escolas no Arsenal de Londres, e chegado aos seniores começou a destacar-se pela quantidade de golos que marcava nas reservas. Com o caminho tapado na equipa principal por futebolistas já “feitos” (embora já levasse 51 presenças e 16 golos), acabou por ser contratado pelo Sporting no Verão de 1985. Estreou-se oficialmente (com o treinador Manuel José) a 2 de Novembro numa derrota nas Antas por 2-1 para o Campeonato. 8 dias depois fez o 1º golo num triunfo por 3-0 sobre o Marítimo. Numa equipa em que Manuel Fernandes e Jordão ainda eram a dupla habitual do ataque mostrou-se sempre uma alternativa credível e eficaz (26 presenças e 13 golos). Nessa época teve momentos altos, como por exemplo a sua influência decisiva na eliminação do Atlético Bilbau da Taça UEFA ou os 3 golos que marcou em Coimbra e em Alvalade com o Vitória de Guimarães. Para a temporada seguinte Jordão foi dispensado e o possante atacante britânico ganhou espaço junto a Manuel Fernandes na frente de ataque. Realizou uma época em muito bom nível (33 jogos e 22 golos) estando presente na inesquecível goleada por 7-1 ao Benfica (marcou 1 golo). Para além disso marcou por duas vezes na goleada (que ainda é recorde entre equipas portuguesas, fora de casa, para provas da UEFA) por 9-0 em Akranes. Em Fevereiro chegou Keith Burkinshaw ao comando técnico da equipa. O treinador inglês gostava de jogar num declarado 4-4-2 e derivou Meade para a ala direita colocando Houtman ao lado de Manuel Fernandes....
Fernando Gomes nasceu a 22 de Novembro de 1956 no Porto. Começou nos Salesianos de Pinto Bessa, mas foi no Futebol de Salão (ao serviço do Sport Clube da Lomba) que despertou o interesse do FC Porto. Esteve no clube da “invicta” desde as camadas jovens (1970/71) até 1989 (com 2 anos, entretanto, passados em Gijon). Pelos portistas ganhou tudo o que havia para ganhar a nível individual e coletivo, mas desentendimentos internos fizeram-no abandonar o “clube do seu coração”. Perante este desfecho Sousa Cintra não perdeu tempo e contratou-o. Chegou ao Sporting no Verão de 1989 estreando-se oficialmente (com o técnico Manuel José) no 1º jogo oficial da temporada, frente ao Vitória de Guimarães (3-2) a 20 de Agosto. Marcou o 1º golo a 10 de Setembro numa receção ao Nacional da Madeira (2-0). Logo nessa 1ª temporada assumiu lugar de destaque na equipa fazendo uma dupla interessante com Cadete no ataque (remeteram Paulinho Cascavel para o banco de suplentes), uma simbiose entre a experiência e a juventude. Numa época que correu muito mal em termos coletivos foi, ainda assim, o melhor marcador da equipa – mas com apenas 8 golos. No ano seguinte, com Marinho Peres, os sportinguistas fizeram uma temporada bem mais produtiva (apesar de terem terminado sem títulos) sobretudo fruto da boa campanha na Taça UEFA. Apesar de ter sido essa a sua última época como futebolista profissional, Gomes foi (a par de Leal) o jogador com mais presenças na equipa (50) apontando 29 golos. Despediu-se a 26 de Maio de 1991 com 1 golo no triunfo sobre o Gil Vicente (2-0). Totalizou duas épocas, 79 jogos...
Peter Boleslaw Schmeichel nasceu a 18 de Novembro de 1963 em Gladsaxe – Dinamarca. Começou por alinhar no clube da terra e em 1983 mudou-se para o Hvidovre. Começou a colecionar títulos a partir de 1987 no Brondby e em 1991 chegou ao Manchester United. Causou surpresa a sua contratação (tinha acabado de ganhar a Liga dos Campeões a Premier League e a FA Cup) ao Manchester United (depois de 8 épocas “em grande” nos “red devils”) no Verão de 1999, mas os responsáveis leoninos apostavam em acabar de vez com o jejum de títulos nacionais que já ia em 17 anos e acharam por bem juntar ao plantel um nome com semelhante “brilho” no futebol mundial, até para criar uma “onda” de maior entusiasmo entre os adeptos. Até aí, nunca tinha atuado no futebol português um atleta com tantos e tão importantes títulos conquistados na Europa, e isso também levou a que o “velho continente” fixasse mais os olhos em Alvalade. Estreou-se oficialmente (com o técnico Giuseppe Materazzi) a 20 de Agosto, na 1ª jornada do Campeonato Nacional, num empate 2-2 nos Açores frente ao Santa Clara. Como esperado fixou-se como titular indiscutível da equipa, destacando-se pela forma como gritava com os companheiros da defesa para corrigir as suas posições e pela exuberância com que festejava os golos. Fez 34 jogos (24 golos sofridos) e ajudou à conquista do 17º título nacional para os leões. A temporada seguinte não foi brilhante em termos coletivos, mas o dinamarquês voltou a destacar-se, sendo peça fundamental no triunfo na Supertaça (1-0 ao Porto) ao defender um penalty de Deco. Nos 2...