Carlos Xavier

Carlos Jorge Marques Caldas Xavier nasceu a 26 de Janeiro de 1962 em Lourenço Marques – Moçambique. Com grande parte da “formação” feita em Alvalade (recrutado ao Casa Pia), chegou à equipa principal muito jovem, estreando-se oficialmente a 21 de Dezembro de 1980 (“sob a batuta” de Srecko Radisic) num Sporting-Amora (5-0) a contar para o Campeonato Nacional, ocasião em que atuou como defesa-central e marcou o seu 1º golo oficial de verde e branco.

Na temporada seguinte, já sob o comando de Malcolm Allison, mereceu a confiança do técnico inglês, alinhando no centro da defesa em 33 ocasiões. Essa foi uma época de grande sucesso na qual os leões ganharam o Campeonato Nacional e a Taça de Portugal.

Permaneceu no Sporting (numa 1ª fase) até 1985/86 sendo utilizado nas mais diversas posições da defesa e do meio-campo. Com a chegada de Manuel José foi perdendo espaço e acabou emprestado à Académica por 1 ano, onde confirmou toda a sua categoria.

Keith Burkinshaw “resgatou-o” em 1987/88 fazendo-o jogar no meio-campo com alguma regularidade, o que se voltou a repetir com Pedro Rocha, Vítor Damas, Manuel José e Raúl Águas nas épocas seguintes.

Na temporada 1990/91, na qual Marinho Peres chegou ao comando técnico do Sporting, Carlos Xavier voltou a ser um titular indiscutível (tal como em 1982), mas agora no posto de lateral-direito. A sua época foi notável (46 presenças e boas exibições constantes) pelo que despertou a cobiça de vários emblemas, acabando por sair no final para a Real Sociedad (na companhia de Oceano).

Em Espanha apostaram nele como um nº 10, exporando na perfeição a sua magnífica capacidade de passe e visão de jogo. Esteve 3 anos recheados de sucesso pessoal no País Basco, regressando ao Sporting no Verão de 1994 para o plantel de Carlos Queiroz.

Nessa altura já era um jogador experiente, sem o potencial físico de anos anteriores mas com um sentido posicional e uma capacidade técnica e de passe aprimorados que o tornaram utilíssimo à equipa (jogando no meio-campo) que venceu a Taça de Portugal e fez um percurso interessante no Campeonato.

1995/96 acabou por ser a última época do “pés de veludo” no Sporting, na qual voltou a demonstrar toda a sua classe e utilidade à equipa, conseguindo inclusivamente o recorde de marcar sempre nos seus últimos (veio-se a saber depois..) 5 jogos oficiais. Em termos coletivos venceu a Supertaça.

Quando se esperava que continuasse na temporada seguinte a equipa diretiva do Sporting acedeu ao desejo ridículo de Robert Waseige (o novo técnico para esse ano) de o dispensar, embora ainda o tivesse deixado fazer à experiência (!!!) a pré-temporada! Acabou por não permanecer na equipa e terminou a carreira… O seu último jogo oficial aconteceu na final da Taça de Portugal, de má memória, frente ao Benfica (1-3) na qual um adepto leonino foi assassinado. Foi a 18 de Maio de 1996.

No total esteve 12 épocas no Sporting com 333 presenças em jogos oficiais e 23 golos marcados. Ganhou 1 Campeonato Nacional, duas Taças de Portugal e 3 Supertaças. Foi 10 vezes internacional A.

Nos anos seguintes brilhou na selecão nacional de Futebol de Praia e criou uma escola para jovens aspirantes a futebolistas. O Golfe e a culinária são outras paixões que desenvolve e fazem parte constante da sua vida pessoal e profissional. Continua a ser uma pessoa atenta e uma voz escutada em tudo o que ao Sporting (o seu clube de sempre) diz respeito.

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