João Henrique Roque dos Santos nasceu a 1 de Janeiro de 1940 em Casalinhos de Alfaiata – Torres Vedras. Com 18 anos iniciou a sua carreira de ciclista no Mem Martins dando logo nas vistas com a conquista de muitas vitórias. Era pedreiro de profissão quando foi descoberto por outro ciclista leonino, Américo Raposo. Curioso o facto de só aos 18 anos ter aprendido a andar de bicicleta e aos 21 já estar no Sporting.

As suas principais características eram a força e a especialidade em contra-relógios. Segundo testemunhos da época era “um rapaz simples, modesto e acanhado. Um aldeão rijo, valente, daqueles que foram obrigados a trabalhar desde muito novos para ganhar o seu sustento”.

Chegou ao Sporting em 1961 e logo na sua 1ª época no clube foi decisivo para a conquista do triunfo colectivo na Volta a Portugal ao classificar-se no 5º lugar (melhor leão). Na temporada seguinte venceu a Prova de Abertura.

Para 1963 estavam guardadas as suas maiores conquistas. Em Maio foi o melhor português na Volta a Espanha (32º) e principal protagonista no título colectivo do Sporting no Campeonato Regional. Em Julho mostrou grande poderio na conquista da clássica Porto-Lisboa, uma prova com um calor intenso onde menos de metade dos ciclistas conseguiram chegar ao fim. Em Agosto triunfou na Volta a Portugal batendo o recorde de média na prova e arrecadando 25 contos. Na noite da vitória chegou de Lisboa à sua terra onde foi passeado num cortejo de automóvel impressionante, uma loucura como nunca se tinha visto!

No ano seguinte sagrou-se campeão nacional de rampa.

Em 1965 foi 2º na Volta a Portugal (tal como o Sporting) e no ano seguinte conseguiu uma das suas grandes glórias ao triunfar na prestigiada Volta ao Estado de S. Paulo, um triunfo que deu brado.

Em 1967 sagrou-se campeão regional de fundo e triunfou no Grande Prémio da Associação de Ciclismo do Sul. Na Volta a Portugal foi 2º contribuindo para o triunfo colectivo do Sporting. 2 meses depois sagrou-se campeão regional de rampa.

João Roque dizia que “A camisola do Sporting pesa muito, mas com a amarela nem se consegue dormir”. Também gostava muito de Futebol: “Sempre que possível vou ao campo do Sporting ou do Torreense”.

Foi ele o principal responsável pela vinda de Joaquim Agostinho para o Sporting.

Recebeu 1 prémio Stromp e fez parte da Comissão de honra do Centenário do clube.

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