Ferenc Meszaros nasceu a 11 de Abril de 1950 em Budapeste. Chegou ao Sporting no Verão de 1981 proveniente do Vasas de Budapeste (por 7.000 contos) – onde tinha feito toda a carreira, indicado pelo novo treinador Malcolm Allison. Veio rotulado como sendo um dos melhores guardiões mundiais e em Alvalade comprovou toda a sua classe. Estreou-se oficialmente a 23 de Agosto num Sporting-Belenenses (2-2) para a 1ª jornada do Campeonato Nacional e logo “pegou de estaca” na equipa. Conhecido pelo seu feitio “brincalhão” era um dos bons animadores do balneário verde e branco, e logo nessa 1ª época a equipa leonina conquistou a “dobradinha”. Na temporada seguinte (onde se manteve como titular indiscutível) as coisas já não correram tão bem em termos coletivos, salvando-se o triunfo na Supertaça. No final da época, já com 33 anos, acabou por sair. Jogou pela última vez de “leão ao peito” a 5 de Junho de 1983 na última jornada do Campeonato frente ao Vitória de Guimarães (1-0). Uma das suas histórias mais curiosas no Sporting aconteceu num derby frente ao Benfica no dia 2 de Janeiro de 1983. Os leões ganharam por 1-0 com um golo de Jordão. Meszaros teve tão pouco que fazer que, no decorrer da partida, até deu uma “passa” num cigarro oferecido por um fotógrafo que trabalhava atrás da sua baliza! Esteve um total de duas épocas no Sporting realizando 80 jogos e sofrendo 60 golos – é o 6º melhor guarda-redes de sempre do clube em média de golos sofridos (0,75 por jogo). Ganhou 1 Campeonato Nacional, uma Taça de Portugal e uma Supertaça. Jogou depois...
Ezequiel Mendonça Canário nasceu a 10 Abril 1960 em Faro. Cedo começou a dar nas vistas no corta-mato e por isso foi apelidado muitas vezes de “menino prodígio”. Chegou ao Sporting em 1983 (proveniente do Benfica) e por Alvalade ficou até 1986. Contribuiu para 4 títulos europeus de Crosse, nos 2 primeiros anos no 6º lugar, em 1985 no 2º e em 1986 na 4ª posição. Foi também parte integrante da equipa Campeã Nacional de Crosse por 4 vezes e de pista em 1985. Representou (como sénior) a Seleção Nacional por 10 vezes em Campeonatos da Europa e do Mundo, e em 1984 ganhou a medalha de bronze por equipas. No ano anterior havia sido Campeão ibero-americano. Foi Campeão Nacional individual de Crosse por duas vezes, já no Imortal de Albufeira, em 1988 e 1989. Esteve nos Jogos Olímpicos de Los Angeles (5.000 metros) em 1984 e nos de Seul (10.000 metros) em 1988. Atualmente é proprietário da Pastelaria “Canário”, perto do Campus da Penha da Universidade do...
Manuel José Jesus Silva nasceu a 9 de Abril de 1946 em Vila Real de Santo António. Começou por jogar no Algarve e, ainda muito jovem (e um pouco contrariado – era sportinguista), chegou ao Benfica. Nos encarnados chegou a sénior mas não “vingou”, passando depois por vários clubes de menor nomeada como Belenenses, União de Tomar, Sporting Farense, Beira Mar e Sporting de Espinho. Com apenas 32 anos foi convidado para treinar os espinhenses (acabados de descer) ao mesmo tempo que ainda jogava. Subiu-os à 1ª divisão e começou aí uma carreira interessante como técnico. Passou mais tarde, com sucesso, por Vitória de Guimarães e Portimonense (levou ambos à Europa) até, no Verão de 1985, ser contratado por João Rocha para liderar o Sporting. Quando chegou afirmou que o Sporting de Toshack jogava em “pontapé para a frente e fé em Deus”, o que fez criar grandes expetativas (pois, apesar de nada terem ganho com o técnico inglês, os leões eram bastantes ofensivos e eficazes). Começou bem, com 6 triunfos consecutivos, mas depois surgiu alguma irregularidade e o Campeonato foi perdido. Na penúltima jornada, ao vencer na Luz, “roubou” o título ao Benfica e entregou-o “de bandeja” ao Porto. Na Taça UEFA fez um excelente percurso interrompido com muita infelicidade à mistura nos quartos-de-final frente ao Colónia da Alemanha. Essa temporada ficou marcada pela afirmação de Fernando Mendes e pela saída “pela porta pequena” de Jordão (algo que muitos sportinguistas nunca perdoaram ao técnico algarvio). Ficou para o ano seguinte, e com ele o Sporting bateu o recorde entre equipas portuguesas de maior goleada fora para as competições...
Nasceu a 8 de Abril de 1940 em Trilj – Croácia (antiga Jugoslávia). Como futebolista destacou-se no Hajduk Split e Osijek, mas foi como treinador (carreira que iniciou muito cedo devido a uma lesão enquanto futebolista) que se deu a conhecer ao mundo. Começou pelo Junak (com sucesso – subindo à 2ª divisão), passando depois uma longa temporada nas camadas jovens da Jugoslávia, onde atingiu o ponto mais alto com a conquista do Mundial de Juniores de 1987 realizado no Chile – com jogadores como Boban, Prosinecki ou Suker. Os chilenos não mais o esqueceram, e com o início dos conflitos na ex-Jugoslávia foi contratado para uma das maiores equipas do país – o Colo-Colo, numa 1ª fase como coordenador de todas as camadas jovens, mas rapidamente como técnico principal, onde teve enorme sucesso com inúmeras conquistas. Em 1994 chegou a diretor técnico da seleção chilena. Esteve depois no Club América (México), Hajduk Split, Al-Hilal (Arábia Saudita) e Newell`s Old Boys (Argentina). No Verão de 1998 a direção liderada por José Roquette contratou-o, sobretudo pelo seu excelente currículo no trabalho com jovens. O seu conhecimento do mercado sul americano fez chegar ao Alvalade homens como Quiroga, Duscher, Kmet, Heinze e Acosta. Para além disso, apostou em elementos como Delfim (a revelação da época) ou Simão (que saiu no final para Barcelona), que atingiram uma bitola nunca antes vista. Colocou a equipa a jogar um grande futebol, com muita qualidade, mas foi completamente atraiçoado por uma conjuntura extremamente prejudicial ao clube no que diz respeito às arbitragens, que, nessa temporada, atingiram o ponto mais alto de incompetência (para usar o...
Nasceu em Hamburgo – Alemanha. Filha de pai português e mãe alemã viveu na adolescência vários anos em Antuérpia, na Bélgica, onde começou a praticar e disputar provas de Atletismo. Fixou residência em Portugal em 1943 tratando logo de indagar onde se praticava a sua modalidade favorita. Alguém lhe indicou o Sporting, e às instalações leoninas se dirigiu. Ficou então surpreendida com o questionário que lhe apresentaram para responder – excessivamente “naif” na sua opinião, mas rapidamente começou a correr. Logo criou à sua volta um ambiente de grande curiosidade com a sua figurinha gentil de muita graça feminina e um louro de nórdica no cabelo. “Será Portuguesa?”, interrogavam-se aqueles que a viam mas não a conheciam. Estreou-se em provas oficiais em 1945 tornando-se desde logo pioneira no nosso Atletismo feminino. Foi ela a 1ª portuguesa a saltar ao estilo de “rolamento californiano” e a empregar 3 passos entre as barreiras. Em finais de Julho ajudou o Sporting a vencer o 1º título nacional feminino da sua História ao triunfar nos 60 (8,5s), 150 (21s), 3X60 metros (24,9s, com Olga Ribeiro e Deolinda Meson) e salto em altura (1m30cm). Na temporada seguinte foi ainda maior o seu esplendor. Nos Regionais bateu o recorde nacional dos 80 metros barreiras com 14,2s, ganhando ainda os saltos em altura e comprimento. Nos Campeonatos Nacionais alcançou novos recordes de Portugal nos 80 metros barreiras (13,9s) e salto em comprimento (4m69,5cm), vencendo ainda o salto em altura. O Sporting sagrou-se bi-campeão. A sua categoria era evidente. A sua superioridade em termos técnicos perante as principais adversárias era indiscutível. Notava-se que tinha “escola” e que...
Vagner Canotilho nasceu a 30 de Março de 1945 em Mooca – São Paulo – Brasil. Depois de alinhar nas camadas jovens do Inter Limeira e na Juventus de S. Paulo chegou muito jovem a Portugal para jogar no Leixões. Em Matosinhos (onde esteve 4 anos) era avançado e goleador e entretanto voltou por uma época ao Brasil para rumar à Portuguesa. Logo regressou a Portugal onde se destacou muito no Vitória de Setúbal sob a batuta de Fernando Vaz e Pedroto. Chegou ao Sporting no início da temporada 1971/72 (proveniente dos setubalenses) e estreou-se oficialmente de “leão ao peito” (com o técnico Fernando Vaz) a 15 de Setembro de 1971 no Estádio José Alvalade em jogo referente à 1ª mão da 1ª eliminatória da Taça das Taças, no qual o Sporting venceu o Lyn Oslo (Noruega) por 4-0. Nessa 1ª temporada não conseguiu chegar à titularidade (16 presenças), numa altura em que o meio-campo sportinguista tinha Nelson, Peres e Tomé. No entanto, a partir da época seguinte, constituiu durante 3 anos uma das “traves mestras” da equipa. Médio polivalente que se adaptava facilmente a qualquer posição, era um jogador versátil dotado duma boa técnica individual e grande visão de jogo, destacando-se ainda pela sua forte capacidade de liderança, caraterística que o conduziu até capitão de equipa. Marcou o 1º golo a 23 de Setembro de 1972 numa partida em Faro para o Campeonato (3-1). Nessa temporada contribuiu para a conquista da Taça de Portugal e no ano seguinte para a “dobradinha” do Sporting de Mário Lino. Em 1974/75 realizou a sua última temporada como sportinguista na qual, a...
Joaquim Pedro Pacheco nasceu a 30 de Março de 1926 em Macau (colónia portuguesa na altura). Começou por jogar no Argonauta, no entanto, a partir de certa altura, os campeonatos de futebol pararam por problemas políticos e dedicou-se ao “jogo da bolinha”, uma espécie de futebol de 7 jogado com uma bola de dimensões mais reduzidas. Com 20 anos ingressou na polícia e passou a alinhar no Desportivo da Polícia de Macau onde se revelou um avançado temível. Veio de Macau para o Sporting em Maio de 1950 (por responsabilidade de António da Conceição – antigo atleta leonino – também macaense), num período em que ainda se vivia no “trauma” pós-Peyroteo. Rotulado de avançado-centro possante marcou muitos golos nos primeiros jogos (amigáveis) em que atuou. Estreou-se oficialmente (com o treinador Randolph Galloway) a 17 de Setembro de 1950 num Benfica-Sporting (1-3) realizado no Estádio Nacional. Marcou o 1º golo (bisou) a 22 de Outubro na Covilhã (triunfo por 3-2). Nessa época o Sporting foi Campeão Nacional pela 6ª vez. Joaquim Pacheco foi reserva de Mário Wilson, mas, ainda assim, marcou 6 golos em 9 jogos. Para a temporada seguinte Galloway adaptou-o a defesa. Foi uma época de transição, em que jogou apenas 10 vezes (voltou a ser campeão), mas no ano seguinte afirmou-se definitivamente como um defesa-esquerdo de grande valor, sendo protagonista (30 presenças em todas as competições) da equipa que se sagrou tri-campeã nacional. No final da temporada contraiu uma lesão gravíssima que o deixou afastado dos campos de futebol mais de 1 ano, pelo que na época 1953/54 não chegou a atuar oficialmente. Apesar disso, reassumiu todo o...
János Hrötkö Szabái nasceu a 30 de Março de 1924 em Gérce – Vas – Hungria. Começou por dar nas vistas no MTK Budapeste (chegou a internacional húngaro), passando depois por Itália (Bari e Pro Sesto) e Espanha (Saragoça) até chegar ao Sporting no defeso de 1953, já com 29 anos. Na altura o futebol húngaro tinha grande prestígio em todo o mundo e este médio “chegou, viu e venceu” no Sporting, ganhando imediatamente um lugar no meio-campo (ao lado de Passos e Juca) e contribuindo para a conquista do 1º tetra-Campeonato do futebol português e da Taça de Portugal. Estreou-se oficialmente (com o técnico Álvaro Cardoso) a 4 de Outubro de 1953 num Sporting-Académica (3-1) para a 1ª jornada do Campeonato. Marcou o 1º golo oficial (bisou) a 2 de Maio de 1954 numa receção ao Vitória de Guimarães (5-0). Na temporada seguinte alternou com Armando Barros na direita do meio-campo (foi titular até ao fim do ano e Barros ganhou-lhe o lugar a partir de Janeiro). Os êxitos coletivos não aconteceram e acabou por sair no final. Jogou pela última vez a 26 de Dezembro de 1954 frente ao Belenenses (1-2). Marcara o último golo a 19 de Setembro perante o Lusitano de Évora (9-1). Esteve um total de duas épocas no Sporting tendo participado em 33 jogos oficiais e marcado 5 golos. Ganhou 1 Campeonato Nacional e uma Taça de Portugal. Após a sua saída do Sporting foi jogar para filial da Covilhã, encetando depois uma carreira de treinador. Radicado em Portugal, morreu a 23 de Março de...
Krassimir Guenchev Balakov nasceu a 29 de Março de 1966 em Tarnovo – Bulgária. Foi no clube da sua cidade – o Etar, quen começou a dar nas vistas, alcançando mesmo o título de Campeão Nacional. Chegou ao Sporting em Janeiro de 1991 pela “mão” de Sousa Cintra, e estreou-se a 12 desse mês num Sporting-Penafiel (2-0) para o Campeonato Nacional. A 30 marcou o 1º golo (bisou) numa partida para a Taça de Portugal frente ao Peniche (6-0). É caso para dizer que “pegou de estaca” logo quando chegou, ganhando um lugar no meio campo ofensivo da equipa de Marinho Peres, relegando Careca (que tinha chegado essa época – e começara com grande fulgor) para uma situação mais discreta. Pouco a pouco foi ganhando cada vez mais protagonismo na equipa ao ponto de se tornar rapidamente a sua grande “estrela”, fosse com Marinho Peres, Bobby Robson ou Carlos Queiroz. Em 1993/94 chegou mesmo a ser o melhor marcador do Sporting com 21 golos, o que para um médio ofensivo é notável. Esquerdino, com bom potencial físico, excelente capacidade de passe, remate potentíssimo e colocado, Balakov era também especialista nas “bolas paradas”. Foi seguramente um dos melhores jogadores da História do Sporting e muito provavelmente o melhor na década de 90 do século passado. Nessa 1ª metade dos 90s os sportinguistas tiveram grandes equipas, compostas por excelentes jogadores (o Estádio Alvalade apresentava, jogo após jogo, enormes assistências devido ao excelente futebol praticado), mas em Portugal, mais do que nunca, vivia-se tempos tormentosos em que a verdade desportiva andava “ferida de morte”… Passou por grandes momentos no Sporting, como por...
Nasceu a 28 de Março de 1974 e é uma das figuras cimeiras de sempre da Patinagem Artística em Portugal. Uma das principais responsáveis pelo seu “lançamento” internacional foi a, também grande patinadora do Sporting, Fátima Baptista. Esteve de verde e branco de 1995 a 1997 tendo ganho, praticamente, tudo o que havia para ganhar: 2 Campeonatos Nacionais Individuais em Patinagem Artística, 2 Campeonatos Nacionais Individuais em Patinagem Livre, 2 Campeonatos Nacionais Individuais em Patinagem – Combinado e 2 Campeonatos Nacionais Individuais em Patinagem – Figuras Obrigatórias. Enquanto atleta do Sporting, conquistou ainda, em finais de Setembro de 1995, a Medalha de Prata (no combinado) e de bronze (livre) no Campeonato Europeu em Patinagem Artística em Saarbrüken, na Alemanha. Em Abril de 1996 ganhou a Taça Latina. Já como atleta da AD Oeiras, foi medalha de prata e de bronze em 1998 e duplo ouro em 1999. Depois esteve 5 anos sem competir, já que optou por tirar o curso de Medicina, tendo regressado posteriormente à modalidade ao serviço do AEFD de Torres...