Morato – A sobriedade como trunfo

António Henriques Morato nasceu a 20 de Março de 1937 em Lisboa. Começou no Charneca, mas chegou ao Sporting ainda nas camadas jovens. Estreou-se oficialmente na equipa principal (com o treinador Enrique Fernández) a 25 de Janeiro de 1959 num Sporting-Lusitano de Évora (3-1) para o Campeonato. Logo nessa 1ª temporada foi bastante utilizado (17 presenças) como alternativa a Galaz no posto de defesa/médio centro.

Na temporada seguinte voltou a jogar com alguma regularidade (sem ser titular), mas em 1960/61, com Alfredo González (primeiro) e Otto Glória (depois), foi o jogador mais utilizado na sua posição (28 jogos), o mesmo acontecendo na época seguinte, na qual, finalmente, se sagrou Campeão Nacional (com Juca).

Em 1963/63 perdeu o lugar para o luso-brasileiro Lúcio, jogando muito menos que nas épocas anteriores. Ainda assim valeu o título coletivo na Taça de Portugal. No ano seguinte esteve emprestado ao Vitória de Setúbal, regressando em 1964/65 para fazer a sua última época de “leão ao peito”. A 30 de Junho de 1965 jogou pela última vez pelo Sporting numa derrota por 2-0 com o Vitória de Setúbal para a Taça de Portugal.

Esteve um total de 6 épocas no clube tendo realizado 106 jogos oficiais (curiosamente nunca fez nenhum golo). Ganhou 1 Campeonato Nacional e uma Taça de Portugal. Foi um bom defesa, que sem exuberâncias nem grandes momentos de brilhantismo conquistava (pela sua regularidade e sobriedade) a confiança dos seus treinadores.

Depois passou por Lusitano de Évora e Oriental. Foi uma vez internacional A.

O seu filho, também António Morato, também defesa e também internacional A, foi uma das figuras da equipa do Sporting (que chegou a capitanear) nos anos 80 do século passado.

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