Nasceu a 13 de Março de 1978 em Coimbra. No Mundo do Atletismo e entre os amigos é conhecida por Sassi. Com 5 anos foi para Lisboa. Amante do desporto desde muito cedo, começou com 12 anos a jogar Andebol (no Caxias) e depois Futebol de Salão. Um dia, um amigo que gostava de assistir aos seus jogos convenceu-a a mudar para o Atletismo, pois nunca se cansava, correndo o tempo todo de um lado para o outro. Nas corridas da escola Sandra já costumava ganhar e por isso acabou por decidir experimentar. Foi correr uma prova de estrada em Queluz de Baixo e ganhou! Nas suas próprias palavras (e com um sorriso largo): “Lembro-me de andar com a taça no meu bairro a mostrá-la a toda a gente!” Com um início tão prometedor no Atletismo, o seu ex-técnico – Pedro Gomes, nunca mais a “largou”. Ia buscá-la a casa 3 vezes por semana e levava-a ao Estádio Nacional para treinar. Rapidamente se sagrou Campeã Nacional dos 400 metros e convidaram-na para ir a Inglaterra representar a Seleção, o que para ela foi uma grande alegria. A partir daí dedicou-se profundamente ao Atletismo. Esteve 6 anos no Linda-a-Pastora e desde 1998 que concretizou o sonho de representar o Sporting (porque sempre foi sportinguista e o convite para ingressar nos leões lhe deu uma grande alegria). A nível nacional o seu palmarés é extraordinário. Para além de outros triunfos (individuais e coletivos) em diversas provas de pista, estrada ou crosse, ganhou, de verde e branco, 1 Campeonato de Portugal dos 1.500 metros, 8 dos 800 e 2 dos 400 metros (todos...
Fernando Baptista Seixas Peyroteo nasceu a 10 de Março de 1918 em Humpata, Angola. Depois de dar nas vistas no Sporting de Luanda chegou no Verão de 1937 a Lisboa. Tinha um pontapé fortíssimo e muito colocado, assim como um magnífico jogo de cabeça e poderio físico impressionante. Movimentava-se como ninguém dentro da área e a sua fama ultrapassou largamente as fronteiras do nosso país (em Espanha dizia-se que o futebol português “peyroteava”). Foi o grande finalizador dos famosos “cinco violinos”, linha atacante formada por Jesus Correia, Vasques, Peyroteo, Travassos e Albano que encantou as plateias portuguesas entre 1946 e 1949 . É o maior goleador da História do Futebol do clube e estatisticamente o mais eficaz de sempre no Mundo! Estreou-se a 12 de Setembro numa partida frente ao Benfica para um torneio triangular entre os 3 grandes de Lisboa. os leões venceram por 5-3 e Peyroteo fez 2 golos. O seu 1º jogo oficial foi a 17 de Outubro. O Sporting deslocou-se ao terreno do Casa Pia e venceu por 7-0. Peyroteo marcou por duas vezes. Esteve 12 épocas no Sporting apontando 533 golos (melhor marcador de sempre) em 327 jogos oficiais (a sua média também é a melhor – 1,63 golos por jogo). Ganhou 17 troféus oficiais – 3º melhor do clube a par de Canário – 6 Campeonatos Nacionais, 4 Taças de Portugal e 7 Campeonatos Regionais de Lisboa. Possui o recorde de mais golos marcados em jogos oficiais numa só época (57 em 1937/38, a sua temporada de estreia). É o melhor marcador de sempre do Sporting no Campeonato Nacional (298 golos), na Taça de...
Jorge Tenreiro Theriaga nasceu a 8 de Março de 1954 em Lisboa e é considerado, simplesmente, o melhor bilharista português de todos os tempos. Aos 12 anos começou a interessar-se pela modalidade, que praticava nos tempos livres. Aos 18, já estudante de medicina, e constatando o seu especial talento, tornou-se federado, conseguindo uma evolução muito rápida. Como sempre exerceu a sua profissão de médico, nunca colocou a hipótese de se profissionalizar, embora se mantivesse muito tempo entre os melhores do mundo. Em 1980 venceu o seu 1º título nacional às 3 tabelas, iniciando aí um percurso verdadeiramente ímpar. 2 anos depois voltou a ganhar e soma nesta altura 19 títulos nessa especialidade (para além de vários outros noutras vertentes), onde durante muitos anos não teve rival à altura. Internacionalmente também pontificou. Tudo começou em 1986 com o 3º lugar no Campeonato da Europa. 3 anos depois venceu a Taça do Mundo de Triatlo (3 tabelas, livre e 71/2). Em 1992 e 1993 voltou a ser a principal figura da seleção nacional classificada em 3º lugar no Campeonato do Mundo e da Europa, respetivamente. Em 1994 inscreveu-se como individual pois o Sporting abandonara a modalidade, mas no ano seguinte voltou ao convívio dos leões. Em 1996 conseguiu o seu maior título de sempre com a vitória na Taça do Mundo disputada na Bélgica. 3 anos depois perdeu essa mesma prova por apenas 1 ponto, conseguindo ainda um 3º lugar no Europeu disputado no Porto (com a maior série de carambolas da prova, 14). Coletivamente ajudou o Sporting a classificar-se por 3 vezes como vice-campeão europeu, em 1996, 2003 e 2005...
António do Couto nasceu a 8 de Março de 1884. Começou por jogar na Real Casa Pia de Lisboa (em finais do século XIX) passando depois para o Grupo Sport Lisboa onde se tornou o 1º capitão de equipa. Em meados de 1907 foi um dos jogadores atraídos pelas magníficas condições que o Sporting oferecia e mudou-se para o clube de Alvalade. Fez parte da 1ª equipa oficial leonina jogando como médio-centro – a sua posição de sempre. Foi um dos melhores futebolistas do seu tempo. Era fortíssimo fisicamente e tinha grande resistência. A 27 de Agosto de 1910 fez parte da equipa do Sporting (a que foram acrescentados alguns futebolistas convidados) que jogou pela 1ª vez no estrangeiro (durante algum tempo foi considerado, erradamente, o 1º jogo da Seleção Nacional), frente ao Recreativo Huelva (vitória por 4-0). Esteve 6 épocas no Sporting como futebolista, “arrumando” as botas em 1914. Foi membro do 1º Conselho Fiscal do Sporting, eleito a 4 de Janeiro de 1910, com as funções de relator. Concluiu os estudos em Arquitetura, e nesse papel foi autor do projeto das instalações do Campo Grande – inauguradas em 1917. Como Arquiteto foi ainda a principal figura de vários espaços como o parque de jogos do Casa Pia, o Campo do Restelo e a Estátua do Marquês de Pombal (aqui em parceria com Francisco Santos, seu amigo, e que com ele jogou no Sporting). Foi o sócio nº 1 do Sporting desde 1 de Janeiro de 1928 até à data da sua morte – 3 de Julho de...
João Pedro Morais nasceu a 6 de Março de 1935 em Cascais. Começou a jogar futebol no Torreense e chegou ao Sporting após o final da temporada 1957/58, tendo-se apresentado a 31 de Maio num jogo frente ao Vasco da Gama – no qual fez o passe para o golo solitário de Vadinho. Oficialmente, jogou pela 1ª vez a 14 de Setembro, no Barreiro, na 1ª jornada do Campeonato Nacional (1-0). O seu 1º golo foi apontado a 2 de Novembro numa vitória em Guimarães por 3-1. Sempre foi muito apreciada a sua capacidade para cruzar, por isso o posto de extremo (sobretudo à esquerda) foi aquele em que mais vezes alinhou. No entanto, necessidades da equipa fizeram-no jogar muitas vezes na defesa e mesmo no meio-campo, tendo-se destacado por uma grande capacidade de adaptação. Aliás, terá sido um dos mais polivalentes futebolistas que passou pelo clube, tendo inclusivamente referido um dia: “Só me faltou jogar a guarda-redes”. Também por esse motivo sempre foi muito utilizado, com exceção das duas últimas épocas. Fez o golo mais importante da História do Futebol do Sporting, de canto direto, na finalíssima da Taça das Taças de 1963/64, que deu a vitória aos leões frente aos húngaros do MTK Budapeste. Esteve para não alinhar nessa “epopeia”, mas uma lesão do defesa Hilário poucos dias antes (frente ao Vitória de Setúbal) levou a que Anselmo Fernández o convocasse à última hora, facto que o futebolista nunca encarou com “simpatia” e que lhe valeu algumas divergências mais ou menos graves com o arquiteto. Jogou pela última vez a 20 de Abril de 1969 em S....
José Eduardo Malheiro Sampaio nasceu a 3 de Março de 1955 em Seixas do Minho – Caminha. Com 14 anos já fazia Atletismo no Sporting, mas foi no Domingos Sávio que começou a jogar futebol, passando depois por Atlético CP, Portimonense e Famalicão, antes de alinhar de verde e branco. A sua chegada a Alvalade (no Verão de 1979) criou algum “frisson”, pois, na temporada anterior, num choque entre si e Jordão, o magnífico atacante sportinguista contraíra uma gravíssima lesão. Estreou-se oficialmente, pela mão do técnico Rodrigues Dias, a 9 de Setembro de 1979 num Marítimo-Sporting (0-3). Nessa 1ª temporada não começou por jogar muito assiduamente, fazendo-o mais a partir da saída do outro lateral-direito, Artur, para os EUA (já com o treinador Fernando Mendes). No final da época sagrou-se campeão (alinhou em 14 jogos). Sem nunca ser um titular indiscutível sempre constituiu uma boa alternativa, ajudando a conquistar em 1982 a “dobradinha” (aí com Allison). 1982/83 foi a sua última temporada em Alvalade onde ganhou mais uma Supertaça. Jogou pela última vez em Braga (derrota por 3-0) a 20 de Março de 1983. Totalizou 4 épocas e 50 jogos (sem golos marcados) pela equipa principal do Sporting, pela qual ganhou 2 Campeonatos Nacionais, uma Taça de Portugal e outra Supertaça. Após a sua saída do clube representou o Penafiel, onde viria a terminar a carreira de futebolista. Mais tarde foi um dos pioneiros do Futsal no nosso país, do qual foi selecionador, tendo conquistado um Campeonato Europeu e o 4º lugar no Campeonato do Mundo. Em 1991, como treinador do Sporting, venceu a Taça Nacional de Futebol de...
António José Parreira do Livramento nasceu a 28 de Fevereiro de 1943 em São Mansos. Começou por jogar futebol, mas a certa altura um técnico do Futebol Benfica (Torcato Ferreira) achou que o miúdo teria muito mais talento para o hóquei em patins e após muita insistência lá o conseguiu levar a alguns treinos. Em 1959 o Benfica conseguiu contratá-lo e logo chegou à selecão nacional de juniores. A sua ascenção foi meteórica, e começaram a surgiu inúmeros títulos com a “equipa das quinas”, que no final da sua carreira foram 3 mundiais e 7 europeus em 209 internacionalizações com 425 golos marcados. As grandes exibições levaram-no a sair do Benfica para Itália – para jogar no Hóquei Candi Monza (foi o 2º português a sair do país depois de Solipa), mas depois regressou ao clube das águias. Era genial e talentoso mas paradoxalmente também tinha uma alta dose de superstição. Quando um jogo lhe corria bem equipava-se da mesma maneira na partida seguinte tentando dar os mesmos passos. Em 1976 ingressou no clube do Banco Pinto e Sotto Mayor, onde era funcionário, chegando a campeão da 2ª Divisão. Só em 1976, e muito por influência de Chana, chegou finalmente ao clube do seu coração – o Sporting, onde era o artista de uma equipa de sonho que ganhou tudo, com destaque para a Taça dos Campeões Europeus (um título que faltava no currículo do jogador e do clube). Só que a formação leonina durou pouco tempo, pois Livramento rumou depois ao Amatori Lodi – de Itália, terminando a carreira, de novo no Sporting, em 1980. Após o abandono dos...
Hugo Dias Sarmento nasceu a 25 de Fevereiro de 1933. Sobrinho duma das figuras emblemáticas dos primeiros anos do Sporting (com o mesmo nome) chegou à equipa leonina no Verão de 1953 proveniente do Estrelas de Vendas Novas (onde se iniciara) e logo ficou conhecido como o “menino bonito” da equipa. Nessa 1ª temporada, como extremo-direito (a sua posição de sempre), realizou 25 jogos e marcou 6 golos numa equipa (orientada por Álvaro Cardoso – até ao fim do ano civil, e Jozef Szabo – com Tavares da Silva a secretário técnico) que fez a “dobradinha” e conquistou o 1º tetra-campeonato do Futebol nacional. Marcou o 1º golo a 25 de Outubro de 1953 no Sporting-Lusitano de Évora (9-0) para o Campeonato, e as suas qualidades de extremo buliçoso com capacidades que iam para além das assistências (também fazia golos com alguma frequência) fizeram-no conquistar “um lugar ao Sol” por muitos e bons anos. A 4 de Setembro de 1955 esteve presente no 1º jogo da História da Taça dos Campeões Europeus, no Estádio Nacional, frente ao Partizan de Belgrado (3-3). A 23 de Dezembro de 1956 voltou a ficar na História ao marcar o único golo do 1º Sporting-Benfica no novo Estádio Alvalade de 2ª geração. Em 1957/58 foi campeão pela 2ª vez e em 1961/62 voltou a festejar o título marcando um dos golos no jogo decisivo frente ao Benfica (3-1). Até 1962/63, última época em que jogou no Sporting, foi sempre o titular no lado direito do ataque com duas únicas exceções (em 1955/56 jogou habitualmente Rocha e em 1962/63 – última época – o mais...
Carlos Eduardo da Silva Pereira nasceu a 23 de Fevereiro de 1949 em Lisboa. Chegou ao Sporting com apenas 13 anos e Travassos foi o seu 1º treinador lançando-o como defesa-esquerdo, posto que ocupou em toda a sua carreira de futebolista. Após várias temporadas nas reservas estreou-se oficialmente pela equipa principal (com o técnico Ronnie Alen) logo no 1º jogo da temporada 1972/73 (10 de Setembro), nas Antas, para o Campeonato Nacional (vitória por 1-0). Fez quase toda a época como titular (Hilário estava na sua última época e pouco jogou), contribuindo para o triunfo na Taça de Portugal. Na época seguinte, sob o comando de Mário Lino (e Osvaldo Silva na final da Taça de Portugal), os leões tiveram uma prestação magnífica conquistando a “dobradinha”. Carlos Pereira esteve de novo em foco ao ser utilizado com enorme regularidade (38 presenças). A sua última temporada em Alvalade foi a de 1974/75 na qual continuou a ser o defesa-esquerdo mais utilizado, mas a chegada dum brasileiro de muito bom nível (Da Costa) fê-lo perder o lugar e acabou por sair no final. Alinhou pela última vez de verde e branco na meia-final da Taça de Portugal jogada no Bessa a 29 de Maio de 1975 (derrota por 1-0). Esteve um total de 3 épocas na equipa principal do Sporting tendo realizado 84 jogos oficiais (sem golos marcados). Ganhou 1 Campeonato Nacional e duas Taças de Portugal. Após abandonar Alvalade esteve no Estoril duas épocas, passando depois para o Belenenses onde permaneceu 5 anos, acabando lá a carreira de futebolista e iniciando a de treinador. Nestas novas funções passou mais tarde...
Jorge Gomes Vieira nasceu a 23 de Fevereiro de 1898 em Lisboa. Em Outubro de 1911 estreou-se com a camisola leonina nas camadas jovens, mas o seu 1º jogo oficial na equipa principal, com apenas 16 anos (por essa altura já trabalhava nas oficinas da Imprensa Nacional, onde ficou 38 anos), e como defesa-esquerdo (sua posição de sempre) ocorreu a 17 de Janeiro de 1915 num Benfica-Sporting (3-0) disputado em Sete Rios. Nessa época o Sporting conseguiu o seu 1º título oficial com a conquista do Regional lisboeta. Jorge Vieira tinha de caminhar a pé do Dafundo a Carcavelos para treinar, mas pelo Sporting, seu grande amor, valia a pena o esforço. Disputou o 1º jogo da Seleção Nacional (onde alinhou 17 vezes e se tornou uma referência) – um Espanha-Portugal realizado em Madrid em Dezembro de 1921 (1-3). Ao mesmo tempo tornou-se um importante árbitro internacional (função na qual foi o 1º no nosso país, e se estreou aos 23 anos). Ficou conhecido como o “capitão perfeito” devido à sua postura e capacidade de liderança. Era um verdadeiro desportista, respeitado por todos, um grande exemplo para os colegas que liderava com denodo, transportando o testemunho de Francisco Stromp. Para além de tudo isso era um extraordinário jogador (um dos melhores defesas de sempre) e um elemento interventivo – foram dele, por exemplo, as primeiras diligências sérias para profissionalizar os futebolistas. A 12 de Maio de 1932 fez o seu último jogo oficial pelo Sporting num desafio frente ao Benfica (que ficou famoso por ser um dos mais violentos de sempre) que os leões venceram por 1-0. É detentor do...