Rui Pedro dos Santos Patrício nasceu a 15 de Fevereiro de 1988 em Marrazes, alcunha que tinha nas camadas jovens do Sporting, onde se iniciou muito cedo. Foi campeão nacional em Iniciados, Juvenis e Juniores e internacional em variadíssimas ocasiões.

A 19 de Novembro de 2006 estreou-se oficialmente na equipa principal numa partida na Madeira frente ao Marítimo para o Campeonato. Os leões triunfaram por 1-0 (Rodrigo Tello) e o debutante defendeu uma grande penalidade – para estreia não podia ter sido melhor! Essa foi mesmo a sua única presença na temporada (que fez quase toda nos juniores) – o “dono da baliza” leonina era Ricardo (última época).

No ano seguinte chegou Stojkovic, um guardião que se dizia dos melhores do mundo. O sérvio até começou bem mas rapidamente se incompatibilizou com Paulo Bento, e foi Rui Patrício, apesar da sua juventude, a assumir a baliza, somando 36 partidas oficiais e fazendo parte do grupo que venceu a Supertaça (onde alinhou Stojkovic) e a Taça de Portugal. Nesse ano de 2008 ganhou o Prémio Stromp na categoria “Revelação”. Foi chamado por Luiz Felipe Scolari para a fase final do Euro 2008, mas só a 17 de Novembro de 2010, num triunfo por 4-0 sobre a Espanha, se estreou na Seleção A (e também pela mão de Paulo Bento). Praticamente desde aí tem sido também o nº 1 de Portugal.

Apesar de contestado inicialmente por alguns setores (mas sempre muito apoiado pelo treinador Paulo Bento), Rui Patrício mostrou logo grandes potencialidades, e começou a adivinhar-se que poderia ver a ser um grandíssimo guarda-redes. Daí para a frente, e durante vários anos foi “o guarda-redes do Sporting”, dando muito poucas hipóteses aos seus colegas de posto.

Em 2011 voltou a ser Prémio Stromp, agora na categoria “Futebolista”, o mesmo acontecendo em 2012, ano em que esteve no Europeu. Em 2012/13 passou a ser um dos capitães da equipa leonina. No Verão de 2014 esteve no Mundial do Brasil e 2 anos depois sagrou-se campeão europeu e melhor guarda-redes da competição na prova de seleções realizada em França.

Foi “leão” até 2018, somando 467 jogos oficiais e 458 golos sofridos. Ganhou 3 Taças de Portugal,1 Taça da Liga e 3 Supertaças.

Esteve muito perto de ser campeão no Sporting, mas esse é um título que lhe faltou… Ainda assim, em épocas melhores e outras piores em termos coletivos, Rui Patrício foi quase sempre um garante de estabilidade nas balizas leoninas. Entre diversos atributos que fazem dele um dos melhores guarda-redes do Mundo destaca-se na forma como “enche” a baliza perante adversários isolados, pelos excelentes reflexos e também no talento para defender penaltis.

Ano após ano falava-se na sua eventual saída para os clubes mais ricos da Europa, mas o Sporting ia conseguido segurar aquela que se tornou num determinado período a sua maior “jóia da coroa”, uma guarda-redes na senda dos “imortais” Azevedo, Carlos Gomes ou Vítor Damas.

No defeso de 2018 saiu mesmo, mas duma forma completamente inesperada, pois rescindiu contrato unilateralmente após o ataque à Academia de Alcochete. Foi para um clube sem grandes ambições, o Wolverhampton, onde deu boa conta de si, passando no Verão de 2021 para a AS Roma de José Mourinho.

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