7 de Fevereiro de 1993. Na 30ª edição da Taça dos Campeões Europeus de Crosse, o Sporting venceu pela 13ª vez, naquela que terá sido uma das vitórias mais “fáceis” de sempre.

Na Aldeia das Açoteias, o Sporting triunfou por 18 pontos de diferença sobre o 2º classificado – Maratona Clube de Portugal. Na corrida, Domingos Castro teve sempre o domínio, mantendo debaixo de olho o italiano Panetta e impondo o ritmo que mais lhe interessava. Um pouco mais atrás, o trio que “fechava a equipa” andava quase sempre junto. Volta a volta o Sporting ia cimentando a sua liderança até à vitória final.

Paulo Guerra, João Junqueira e Carlos Monteiro formaram o terceto que confirmou o triunfo coletivo. E se Monteiro ainda se mostrava um pouco distante do seu real valor, Guerra patenteou excelente forma, e João Junqueira foi talvez a grande surpresa da equipa ao realizar uma corrida extraordinária. Dionísio Castro alinhou inferiorizado, mas fez o sacrifício de tentar ajudar ao máximo a equipa. Carlos Patrício sacrificou-se um pouco pelo seu companheiro, “rebocando-o” em algumas alturas de forma a ajudá-lo a terminar a prova.

Nos últimos 15 anos o Sporting só perdera esta prova em 1987 e 1988 para os italianos do Pro Patria, tendo Domingos Castro conquistado o seu 4º título individual (3º consecutivo). A classificação dos leões: 1º Domingos Castro, 3º João Junqueira, 4º Paulo Guerra, 7º Carlos Monteiro, 12º Carlos Patrício, 15º Dionísio Castro. A equipa fez 15 pontos contra 33 do Maratona.

No final da prova a alegria estava estampada no rosto de todos os elementos da comitiva, dos atletas aos técnicos, passando pelos vice-presidentes Abílio Fernandes e Correia Leal. Para o vice responsável pelas modalidades, Abílio Fernandes: “É uma grande alegria para a direção do Sporting e para os atletas, técnicos, seccionistas e todos os sócios a conquista de mais um título europeu. Temos uma grande equipa formada por excelentes atletas, que muitas alegrias têm dado ao clube. Vamos manter este grupo o mais homogéneo possível, sempre com o sentido da renovação presente”.

O técnico da equipa, Bernardo Manuel, que antes da prova tinha assumido o favoritismo mas sempre com naturais reservas, referiu: “Foi uma vitória normal. Todo o grupo está imbuído dum espírito positivo e todos trabalhamos em sintonia”.

O grande campeão Domingos Castro exclamou: “Estou muito feliz, como não poderia deixar de ser. Não tanto pelo triunfo individual, mas pela vitória da equipa, que era o mais importante. O andamento no princípio foi muito rápido. Como eu estava muito bem, fui sempre entre os primeiros, controlando os movimentos. Foi assim que fiz, sempre a pensar na Taça”.

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