1 de Maio de 2025. Pavilhão Municipal de Vila Nova de Famalicão. A equipa de Hóquei em Patins do Sporting Clube de Portugal conquistou, nesta quinta-feira 1 de Maio, a Taça de Portugal ao superar a UD Oliveirense, na final, por 6-3 após prolongamento (2 dias antes os leões tinham batido o Benfica na meia-final por 4-2 – Roc Pujadas, Toni Pérez, Alessandro Verona e Nolito Romero.

Depois do 3-3 no fim do tempo regulamentar, a qualidade verde e branca apareceu no tempo extra e os Leões conquistaram assim a 5ª Taça de Portugal do palmarés, um troféu que fugia desde 1989/1990.

Ângelo Girão, Nolito Romero, Alessandro Verona, Rafael Bessa e Toni Pérez foram titulares e a entrada não podia ter sido melhor: logo no 1º minuto, Nolito Romero trabalhou atrás da baliza e assistiu Toni Pérez, que finalizou na zona onde está mais confortável e inaugurou o marcador.

Mais intensos do que o adversário, os leões continuaram a ameaçar e tanto Nolito Romero como Alessandro Verona e Toni Pérez podiam ter dobrado a vantagem. Do outro lado, a UD Oliveirense esteve perto de empatar aos 10 minutos, mas Ângelo Girão salvou em cima da linha. Logo a seguir, foi Xano Edo, guarda-redes adversário, a defender a investida de Henrique Magalhães.

Aos poucos, o duelo foi ficando mais equilibrado e a UD Oliveirense foi-se aproximando cada vez mais do golo. Facundo Navarro já tinha ameaçado e, aos 17 minutos, Bruno Di Benedetto fez mesmo o 1-1.

Bruno Di Benedetto bisou aos 20, completando a reviravolta, mas o Sporting CP não deixou a UD Oliveirense fugir, conseguindo voltar a estabelecer o empate ainda antes do intervalo: agora foi Nolito Romero, do meio da rua e ao seu estilo, a não dar hipóteses a Xano Edo e a apontar o 2-2.

Na 2ª parte a melhor entrada foi da UD Oliveirense, que conseguiu voltar a passar para a frente por intermédio de Bruno Di Benedetto, autor de um hat-trick, aos 28 minutos.

A perder, o Sporting CP viu-se obrigado a subir linhas e foi conseguindo, aos poucos, empurrar a UD Oliveirense – que ainda enviou uma bola ao poste – e voltar a ficar por cima da partida. A grande ocasião de Roc Pujadas, aos 38, foi exemplo disso.

Finalmente, aos 44, chegou o 3-3 depois de muita insistência. Uma forte stickada de Rafael Bessa encontrou Toni Pérez, que bisou à boca da baliza.

O empate deu uma nova vida ao Sporting CP, que cresceu e podia ter voltado a faturar. Rafael Bessa, por exemplo, teve duas oportunidades flagrantes, sendo que uma delas bateu na trave. Do outro lado, a UD Oliveirense ainda tentou uma última vez, mas a bola acertou no poste. Final do tempo regulamentar e 3-3.

A 1ª parte do prolongamento acabou por ser a fase mais decisiva da partida uma vez que o Sporting CP passou para a frente com um tiro de longe de Alessandro Verona, aos 54, e fez ainda o 5-3 quando Facundo Bridge combinou com Nolito Romero e, na cara de Xano Edo, não desperdiçou.

Com 5 minutos pela frente, a UD Oliveirense deu tudo para tentar reduzir e chegou a ter um livre direto a castigar a 10ª falta Leonina, mas Bruno Di Benedetto não conseguiu superar Ângelo Girão, que segurou a diferença.

Mais perto do fim, Facundo Navarro viu o cartão azul e o Sporting CP teve direito a um livre directo, mas Xano Edo defendeu a conversão de Nolito Romero. Mesmo assim, o emblema de Alvalade aproveitou a vantagem numérica para João Souto, a poucos segundos da buzina final, fechar as contas em 6-3.

Terminado o desafio, vitória do Sporting CP e conquista do título que faltava desde o regresso do Hóquei em Patins sénior masculino ao clube em 2010/2011.

A equipa: Ângelo Girão [C] [GR], Rafael Bessa, Alessandro Verona, Roc Pujadas, João Souto, Toni Pérez, Facundo Bridge, Henrique Magalhães, Nolito Romero e Zé Diogo Macedo [GR].

Edo Bosch
“Esperemos que seja o primeiro título de muitos. É uma alegria enorme e é uma equipa grandiosa. As equipas grandes não se vêem só quando ganham. Esta equipa caiu e levantou-se várias vezes este ano e merecia este título. Estou orgulhoso. Estivemos a perder e apareceu a alma da equipa, que faz tudo para ganhar. Hoje era um dia importante porque há 35 anos que o Sporting CP não ganhava a Taça de Portugal. Aqui está, para todos os adeptos que estão aqui e para os Sportinguistas em todo o mundo. A chave é a alma desta equipa. Temos o nosso hóquei, a nossa defesa, mas para além de tudo isso, há uma alma que a torna diferente. O coletivo é muito forte. Notou-se que não estávamos no nosso melhor a nível físico, mas a alma deu-nos uma força extra para empatar o jogo e para vencer no prolongamento. Estando no Sporting CP, temos sempre a responsabilidade de ganhar. Por vezes fazemos tudo e não conseguimos, mas a partir de agora esperamos ganhar muitos títulos com este emblema ao peito.”

Rafael Bessa
“Sabe muito bem. A época, no início, não foi nada fácil para nós. Poder celebrar, agora, a Taça de Portugal é fantástico. Este grupo trabalha como ninguém e orgulho-me imenso de fazer parte desta equipa e de ter colegas que foram e continuam a ser dos melhores do mundo. Agora vamos celebrar.”

Facundo Bridge
“Estou muito feliz. Era um título que queríamos muito. Estamos a fazer uma época algo irregular, mas esta semana juntámo-nos e, tanto ontem como hoje, fomos muito competentes. Estou muito feliz, também, pelos meus colegas.”

Alessandro Verona
“Este ano foi difícil. Quando chegavam as alturas a que tínhamos de ganhar fizemos jogos menos bons. Chegados aqui, merecíamos isto, assim como os adeptos e o staff técnico. Os jogadores que no próximo ano não vão estar connosco no próximo ano também merecem. Dedico também à minha família e à minha namorada, que estão sempre comigo.”

Toni Pérez
“Estou cansado, mas muito feliz porque esta equipa merece e trabalha muito todos os dias. Por vezes, as coisas não correm bem. É desporto, mas lutamos sempre para ganhar. Fizemos uma Taça de Portugal brilhante e é um título muito esperado por esta secção. São muitos anos aqui, no Sporting CP, e era o título que me faltava. Ainda vamos lutar pelo Campeonato Nacional, esta equipa nunca se vai render. Sinto muito orgulho por fazer parte deste clube e deste grupo. Estou muito emocionado porque tem sido uma temporada difícil.”

Nolito Romero
“É uma satisfação enorme. Este título era muito desejado, fugia há bastante tempo. Desta vez não podia fugir. Fomos consistentes no nosso trabalho depois de nos adaptarmos às novas ideias da equipa técnica.”

Roc Pujadas
“Estou muito feliz, a viver um sonho. Estar aqui e ganhar um título é inacreditável. O apoio dos adeptos é imprescindível. Precisamos muito deles e estiveram espectaculares, ajudaram-nos muito.”

João Souto
“Era um título que faltava a este grupo e que muito ambicionávamos. É um orgulho imenso ter conquistado tantos títulos ao serviço do Sporting CP, é uma sensação de dever cumprido. Este grupo deixou o Clube recheado de títulos.”

Ângelo Girão
“Um dia muito complicado. Foi dos piores jogos da minha carreira, nunca me senti tão nervoso. Esta oportunidade já me tinha sido tirada antes e, desta vez, consegui vir a jogo, mas não ajudei a equipa. Estive muito apagado, mas a equipa é fantástica e não tenho palavras para estes jogadores. Não posso pedir mais nada. Desde que o Hóquei em Patins voltou, só faltava esta Taça de Portugal para completarmos tudo. Estou orgulhoso deste trajeto e este título é desta equipa e de todos os que contribuíram para este caminho ao longo dos anos. É um sentimento indescritível chegar aos 400 jogos pelo Sporting CP, um clube que me dá todo este apoio e carinho. Não há palavras para retribuir ou agradecer. Mando também um beijinho para a minha mulher e para as minhas filhas. Amo-as muito e sinto muito a falta delas.”

NOTA – texto baseado em sporting.pt

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