24 de Junho de 1978. 4 anos depois, numa finalíssima realizada no Jamor, o Sporting voltou a conquistar a Taça de Portugal de Futebol, naquele que foi o seu 10º triunfo na competição.

A final realizou-se 5 dias antes. O FC Porto regressara aos títulos nacionais 19 anos depois, vivendo por isso um período de alguma euforia. O jogo foi tumultuoso, chegando ao final do prolongamento empatado a um golo (Menezes). Houve pois que desempatar.

O troféu acabou por ser conquistado com grande garra por uma equipa leonina bastante desfalcada. Desta vez não se repetiram os problemas da final, nem dentro do campo nem nas bancadas. Orientados por Rodrigues Dias, os leões alinharam com: Botelho; Artur, Laranjeira, Meneses e Inácio; Ademar, Vítor Gomes (Cerdeira), Ailton e Keita; Manoel e Manuel Fernandes

A 1ª parte foi bastante lenta, pelo que o nulo registado ao intervalo afigurou-se como normal. No 2º tempo as coisas foram completamente diferentes, com as equipas a imprimirem um ritmo muito mais vivo ao jogo. O Sporting marcou o 1º golo aos 53 minutos numa jogada individual de Vítor Gomes, que teve, no entanto, um toque de Ademar (em posição irregular) pelo que o golo não foi legítimo. 10 minutos depois Keita abriu com grande mestria para Manuel Fernandes na extrema direita. Fonseca saiu ao seu encalço julgando que o avançado leonino colocaria no meio em Manoel, mas o atacante sportinguista acabaria por rematar muito bem ao canto esquerdo de Fonseca, surpreendendo completamente o guardião portista.

O FC Porto reagiu muito bem, e a 9 minutos do fim Seninho encurtou distâncias após jogada com Gomes. Até final o Sporting preocupou-se mais em defender e contra-atacar, enquanto os portistas tentavam a todo o transe chegar à igualdade mas não tiveram hipótese de o fazer, apesar duma boa oportunidade de Gomes negada por Botelho.

Artur e Manuel Fernandes foram as figuras principais desta final, numa equipa que fez por merecer o triunfo. Apesar do seu 1º golo ter sido irregular, a equipa leonina foi quase sempre superior ao adversário, justificando por inteiro este saboroso triunfo.

Para Rodrigues Dias: “A vitória na Taça de Portugal foi o corolário dum trabalho de 6 meses de recuperação duma equipa muito marcada física e psicologicamente. Embora não pudéssemos lutar pelo 1º lugar no Campeonato, alcançámos o 3º posto e vencemos a Taça de Portugal. Apesar de alguns detratores, parece-me que o que se fez, depois dum início de época tão irregular, foi bastante bom. A finalíssima colocou frente a frente duas equipas conscientes do valor uma da outra e do seu próprio valor. O 2-1 espelha o que se passou no relvado. Lamento mais uma vez que o Sporting tenha actuado desfalcado de Barão, Da Costa, Manaca, Fraguito, Baltazar e Jordão”.

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