4 de Outubro de 1995. Foi reforçadíssimo o plantel sob as ordens de Carlos Queiroz para a temporada 95/96. As importantes perdas de Figo e Balakov exigiram que se tomasse medidas para que, em vez de perder, a equipa ainda ganhasse mais competitividade. O meio-campo foi logicamente o setor mais reforçado. Os Pedros – Martins e Barbosa vieram de Guimarães, sendo o segundo a grande esperança para substituir Figo. Afonso Martins foi contratado ao Nancy, enquanto o baixinho Dominguez (um fantasista de “primeira água” com uma técnica brilhante) veio do Birmingham. O brasileiro Roberto Assis e o marfinense Ouattara foram adquiridos ao Sion da Suiça, enquanto o ponta-de-lança Paulo Alves chegou do Marítimo.

Sem estar a ser propriamente brilhante, o início de época do Sporting deixava ilusões aos adeptos de que, desta vez, o título poderia mesmo vir para os verdes. À 6ª jornada, no Alvalade, um sempre apetecido Sporting-Benfica assumia uma importância extraordinária para se ver até que ponto os leões teriam mesmo estofo para lutar pelo título.

Perante 38.000 pessoas, a equipa sportinguista: Costinha; Nélson, Naybet, Marco Aurélio e Vujacic; Oceano; Sá Pinto, Afonso Martins (Pedro Martins), Pedro Barbosa (Dominguez) e Amunike; Ouattara (Paulo Alves).

A 1ª parte decorreu num ritmo algo lento. Na 1ª meia hora até foi o Benfica a mostrar melhor disposição perante um Sporting que, salvo algumas exceções, tinha os jogadores algo desinspirados e a demorar para acertar com as marcações. Depois deste período inicial de algum estudo, e muito empurrado pela bela exibição do capitão Oceano, o Sporting começou a marcar superioridade e a atirar cada vez mais os benfiquistas para o seu último reduto.

Na 2ª parte mais se acentuou o domínio sportinguista, onde Pedro Barbosa e Afonso Martins davam esclarecimento a um meio campo que continuava a viver também, e muito, da abnegação de Oceano. Após um livre marcado da esquerda por Afonso Martins, Pedro Barbosa fez de cabeça o 1-0 aos 49 minutos. Este novo reforço sportinguista, vindo de Guimarães, deu mostras nesta partida do seu grande reportório técnico, faltando-lhe ainda um maior envolvimento com os companheiros.

O Benfica nunca conseguiu responder a preceito e ao longo de todo o 2º período o Sporting conseguiu explanar um bom futebol que lhe deu um domínio quase avassalador sobre a equipa de Mário Wilson. No entanto, só a 6 minutos do fim, com assistência do talentoso Dominguez, o nigeriano Amunike fez o 2-0 trazendo tranquilidade aos apaniguados sportinguistas.

Oceano foi provavelmente a principal figura do encontro. No final, o grande capitão leonino referiu: “É verdade que na 1ª parte sentimos algumas dificuldades para penetrar na zona defensiva adversária e para percebermos a tática que o Benfica estava a utilizar. No 2º tempo melhorámos consideravelmente dado que conseguimos acertar com as marcações a meio-campo. Produzimos um bom futebol, moderno e eficaz, que nos permitiu chegar à vitória”.

Pedro Barbosa jogou pela 1ª vez o grande clássico do futebol nacional. “Foi o meu 1º golo em clássicos, mas mais importante foi termos vencido numa partida em que tudo nos correu muito bem. No 2º tempo fomos muito superiores”.

Com este triunfo o Sporting subiu ao 2º lugar do Campeonato Nacional, a 3 pontos do FC Porto.

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